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SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO, CULTURA, ESPORTE E LAZER

VÁRZEA GRANDE
2020 0
SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO, CULTURA, ESPORTE E LAZER

PLANO ESTRATÉGICO PARA O RETORNO DAS


ATIVIDADES ESCOLARES PRESENCIAIS NA REDE
MUNICIPAL DE ENSINO DE VÁRZEA GRANDE

Autores
Vanilda Carvalho Mendes
Luz Marina Coelho
Sara Vitalino de Souza
Lezi Aparecida da Silva
Tânia Cristina Lemas Machado
Valéria Cristina Gasques Mortari
Claudia Aparecida dos Santos Valadares
Priscilla Queiroz Palombo
Edneia Domingas de Miranda Saga
Isliene Auxiliadora Corrêa de Magalhães

Revisão de Texto e Diagramação


Leonardo de Azevêdo Gomes Dario

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1. APRESENTAÇÃO

Vivenciamos um cenário de incertezas frente à pandemia

da COVID-19, neste contexto é preciso termos um plano

estratégico para o período de retomada das atividades presenciais

nas unidades escolares. Visando auxiliar a equipe escolar nesse

planejamento, a Secretaria Municipal de Educação, Cultura,

Esporte e Lazer difunde este documento com as diretrizes a

serem seguidas no período de retomada das atividades

presenciais. São pontos de reflexão que podem colaborar muito

com um retorno mais eficiente, seguro e tranquilo das aulas.

Ressaltamos que essas orientações são para a rede

municipal de ensino de Várzea Grande, mas é essencial que as

unidades escolares desenvolvam ações adaptadas ao seu

contexto.

É essencial que todo esse trabalho a ser desenvolvido para

o retorno das atividades presencias considere a parceria com

outras secretarias, especialmente a de saúde e assistência social,

e concomitantemente as famílias dos estudantes. Destacamos,

ainda, a necessidade de todos os profissionais da unidade

exercitarem a empatia e um olhar mais sensível no período de

acolhimento dos estudantes.

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2. INTRODUÇÃO

A situação de pandemia do Coronavírus (COVID - 19) trouxe a necessidade de

mudanças e reorganização do cotidiano da população. Tornou-se necessária a adoção de

medidas, dentre elas, o isolamento social como forma de contenção da disseminação

acelerada do vírus, em aglomerações, bem como para evitar o colapso nos sistemas de

saúde, considerando o alto índice de letalidade da doença (comprovadamente entre

idosos e pessoas com doenças pré-existentes). Essas medidas foram adotadas na

maioria dos países, incluindo o Brasil, por serem consideradas formas mais eficazes de

controle da contaminação.

A adoção dessas medidas teve consequências também no contexto educacional e

resultou na suspensão das atividades presenciais, que ocorreu em 192 países – deixando

mais de 90% dos estudantes mundiais fora das salas de aula, conforme dados da

UNESCO.

No município de Várzea Grande, desde o início da pandemia da COVID- 19, a

Prefeitura Municipal desenvolveu um conjunto de ações para prevenir a disseminação do

Coronavírus. Dentre essas ações, a suspensão das aulas a partir do dia 23 de março e a

antecipação do recesso escolar.

Devido à evolução da pandemia, foram adotadas medidas de distanciamento

social, consequentemente impossibitando a realização de atividades presenciais. A


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Secretaria Municipal de Educação, Cultura, Esporte e Lazer, por meio das Normas

Orientativas Nº 001/2020 – SMECEL/VG/MT, determinou diretrizes para a continuidade do

processo de aprendizagem dos estudantes mediante a realização de atividades escolares

de forma não presencial.

Diante desse cenário e reconhecendo as condições e os desafios impostos, a

Secretaria Municipal de Educação, Cultura, Esporte e Lazer desenvolveu uma série de

estratégias para orientar e apoiar as unidades de ensino na realização das atividades

escolares não presenciais, para que, em um trabalho colaborativo, pudesse, de acordo

com as possibilidades, garantir aos estudantes a equidade, a aprendizagem e a

continuidade dos estudos.

Considerando a diminuição do número de casos e a redução da taxa de ocupação

dos leitos hospiltalares e de unidade de terapia intensiva, surge a possibilidade da

retomada das atividades escolares presenciais. Com isso, faz-se necessaria a

organização das ações.

3. AÇÕES PARA O RETORNO DAS ATIVIDADES PRESENCIAIS

É preciso enfatizar que a escola terá um papel importante na retomada da vida

coletiva. Possivelmente será na escola que as primeiras experiências de convívio com

um grande grupo de pessoas serão reinventadas. Portanto, reforça-se a importância da

atenção, da observação e da avaliação constante de como este processo ocorrerá,

principalmente durante as primeiras semanas, para que as medidas necessárias

possam ser validadas ou ajustadas. Levando-se em consideração todos os

colaboradores que estão sob a gestão, bem como o público que é atendido na escola.

Nessa perspectiva, entende-se que os profissionais poderão buscar a rede de

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atendimente do município, como a secretaria de saúde, de assistência social, o Centro

de Atendimento Especializado João Ribeiro Filho e ainda o suporte técnico da Secretaria

Municipal de Educação, Cultura Esporte e Lazer, no intuito de fortalecer a equipe, para

que possa gerir os conflitos psicológicos e sociemocionais que poderão surgir na

retomada das atividades presenciais. Será um recomeço para as práticas escolares e

certamente demandará um processo de ressignificação e de novos olhares à experiencia

de ser escola.

A pandemia pode ter afetado os estudantes diretamente, seja com a doença

propriamente, com a perda de um ente querido e, também, com o isolamento e as

tensões que os rodeiam de ordem econômica, social, cultural, emocional, manifestadas na

forma de qualquer tipo de violência ou até ao experimentar a volta à escola como uma

separação dolorosa da família, por parte de algumas crianças.

Deve-se organizar, na retomada das aulas na rede municipal de ensino de Várzea

Grande, a acolhida aos estudantes, considerando as dimensões psicológicas e

socioemocionais que todos vivenciaram, durante o período de isolamento social.

O retorno das atividades presenciais é um momento privilegiado para o diálogo e a

escuta atenta desses estudantes e de suas famílias para fazer um breve diagnóstico da

situação experienciada por eles no período de pandemia e definir a melhor estratégia de

intervenção pedagógica a ser adotada.

Em seguida, o desafio proposto é oportunizar que os estudantes obtenham os

conhecimentos básicos necessários para a continuidade dos estudos, construindo as

aprendizagens essenciais para que a sequência da trajetória escolar seja concretizada,

superando as dificuldades apresentadas durante este ano.

É imprescindível a realização de busca de estudantes, especialmente dos grupos

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de maior vulnerabilidade, devendo prever o regresso à escola, quando as atividades

presenciais forem autorizadas e as unidades de ensino reabrirem.

Para o retorno das atividades presenciais, consideram-se cenários possíveis para

o atendimento educacional, de acordo com o disposto pelas autoridade municipais, as

seguintes situações:

 Retorno gradual/Escalonado das etapas/turmas;

 Todos em sala de aula, se os protocolos de segurança sanitária permitirem;

 Um grupo na escola e outro grupo em casa, conforme flexibilização das

medidas de isolamento e as possibilidades de cada unidade de ensino.

As ações apresentadas a seguir consideram as orientações dos órgãos que

regulam o sistema de ensino e dos órgãos de saúde nacionais, estaduais e municipais.

4. CABE A SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO, CULTURA,


ESPORTE E LAZER:

 Reorganizar o calendário escolar.

 Mobilizar os Centros Municipais de Educação Infantil e Escolas Municipais de

Educação Básica, para organizarem suas COMISSÕES ESCOLARES DE

RETORNO ÀS ATIVIDADES ESCOLARES PRESENCIAIS.

 Realizar orientações e/ou reuniões periódicas (virtuais ou presenciais), entre

equipes técnicas da secretaria e as unidades escolares.

 Fornecer Cartilhas Orientativas específicas para a prevenção da COVID-19, a

serem distribuidas à todos os alunos da rede municipal de ensino.

 Garantir a higienização dos veículos usados no transporte escolar.

 Orientar as unidades escolares na aquisição de equipamentos de proteção contra a

COVID-19 e higienização de ambientes, através dos recursos do Programa


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Dinheiro Direto na Escola (PDDE).

 A Articulação Interinstitucional para o fortalecimento das relações nas escolas:

 Reafirmar e desenvolver novas estratégias de ampliação dos vínculos entre

a comunidade escolar e o território.

 Trabalhar em conjunto com as equipes de vigilância epdemiológica, ou

vigilância em saúde do município, com a equipe de saúde da atenção

primária,

para contribuir nas ações relacionadas ao reatreamento de casos e

contágios.

5. AÇÕES A SEREM DESENVOLVIDAS NAS UNIDADES ESCOLARES

5.1. INSTITUIR COMISSÃO ESCOLAR DE RETORNO DAS ATIVIDADES

ESCOLARES PRESENCIAIS, COM REPRESENTANTE DE:

a) Diretor escolar

b) Coordenador pedagógico

c) Conselho Consultivo Deliberativo Escolar

d) Professor

e) Profissionais da educação

f) Pais e/ou responsável

Esta comissão terá a função de articular as ações de retomada das aulas, de

acordo com as orientantações desta secretaria.

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5.2. IMPLEMENTAR GESTÃO DO ENSINO REMOTO

O trabalho com atividades não presenciais está acontecendo nas unidades de

ensino da rede municipal, conforme Normas Orientativas Nº 001/2020 –

SMECEL/VG/MT. Dentre essas orientações a gestão e o monitoramento das atividades,

com a construção de portfólio. É preciso adequar e organizar os registros de tudo o que

está sendo feito, para manter o controle e organização, podem ser elaboradas planilhas

que devem conter:

 Carga horária do que foi trabalhado, sendo o mínimo de 800 horas/ano;

 Garantia de conteúdos nos planejamentos e,

 Mapeamento geral do que foi planejado e do que está pendente.

5.3. ORGANIZAR A AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA

O planejamento das atividades não presenciais durante o período de

distanciamento considerou a diversidade de estudantes atendidos na rede municipal. As

unidades foram orientadas a utilizarem os recursos tecnológicos e ainda disponibilizado

material impresso.

Por se tratar de um cenário novo para os estudantes, é preciso atender a

heterogeneidade no desempenho de cada um no processo de aprendizagem – fato

rotineiro em sala de aula e que também acontece nas atividades não presenciais.

Diante disso, é essencial que seja organizada uma avaliação diagnóstica a partir

das habilidades a serem desenvolvidas em cada ano do Ensino Fundamental.

Uma avaliação diagnóstica dos estudantes, aplicada logo após a reabertura das

aulas, possibilitará ter uma visão global, com foco na aprendizagem.


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Os estudantes que não participaram regularmente do período de atividades não

presenciais precisam de atenção especial, por meio de uma proposta de intervenção

específica, a fim de alcançarem condições favoráveis de aprendizagem e evitar um

possível risco de abandono escolar.

5.4. AVALIAÇÃO DO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM

É importante que se leve em consideração a flexibilidade na avaliação da

aprendizagem durante e pós-pandemia, também os aspectos definidos nos documentos

escolares, proposta pedagógica, regimento escolar e planos curriculares. Nesse sentido,

a reorganização do processo avaliativo deve ser justificada em função da

excepcionalidade pela pandemia, fundamentada e legalmente registrada no Plano de

Ação Pedagógico. Uma sugestão é que seja possibilitada a utilização de instrumentos

avaliativos diversificados que possam subsidiar o trabalho das unidades de ensino, tanto

no período de realização de atividades pedagógicas não presenciais como no retorno

das atividades escolaress presenciais.

A avaliação deve ser processual e utilizar mecanismos de acompanhamento que

contemplem os direitos e os objetivos essenciais de aprendizagem, apresentados na

Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e no Documento de Referência Curricular para

Mato Grosso (DRC-MT), para o ano de 2020.

Na etapa da Educação Infantil, é importante ressaltar o que estabelece o inciso I

do artigo 31 da LDB, no qual a avaliação é realizada para fins de acompanhamento e

registro do desenvolvimento das crianças, sem o objetivo de promoção, mesmo para o

acesso ao Ensino Fundamental. Nessa etapa, a promoção da criança deve ocorrer

independentemente de atingir, ou não, os objetivos de aprendizagem estabelecidos pela

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escola. Nessa fase de escolarização, a criança tem assegurado o direito de progresso,

sem retenção.

5.5. ELABORAR PROPOSTA DE INTERVENÇÃO

De acordo com os resultados obtidos por meio da avaliação diagnóstica realizada

nas unidades de ensino, o próximo passo é a elaboração da proposta de intervenção

para os estudantes que apresentaram dificuldades com relação àquilo que foi previsto e

esperado em termos de aprendizagem.

Essa proposta de intervenção deve apresentar as seguintes ações:

 Participação dos estudantes na oficina de Letramento e Raciocínio Lógico, nas

escolas que possuem o Programa Escola em Tempo Ampliado;

 Organização das turmas a partir de agrupamentos produtivos que podem ser

formados por níveis de aprendizagem, visando o atendimento das especificidades

das crianças/estudantes, sendo prioritário o atendimento daqueles cujas aulas não

puderam ser acompanhadas;

 Fortalecimento da parceria com os pais para o acompanhamento desses

estudantes na realização das atividades complementares;

 Compromisso de todos os profissionais da unidade no processo de efetivação do

plano de recuperação.

5.6. REVER O PLANEJAMENTO ANUAL

É preciso revisitar o planejamento anual e começar a repensar as atividades

previstas para o restante de 2020, considerando as demandas apresentadas na

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avaliação diagnóstica e os objetivos propostos para cada ano do Ensino Fundamental,

observando

quais deles serão mantidos em função desta nova organização.

Com o propósito de garantir os objetivos de aprendizagem previstos nos currículos

é necessário que os educadores priorizem a organização curricular com a seleção de

objetivos essenciais que norteiam toda a rede, tendo como fundamento a BNCC e o

DRC-MT.

A proposta deve ser a seleção das atividades, concentrando o trabalho docente no

desenvolvimento das competências, habilidades e atividades essenciais. Esse trabalho

acontecerá sob orientação e acompanhamento da Equipe Gestora da unidade de ensino

e da Superintendência pedagógica.

Os conteúdos, podem ser divididos em dois grupos:

1. Os essenciais, fundamentais e indispensáveis (pré-requisitos para o próximo ano).

2. Os secundários (conteúdos que podem ser trabalhados com atividades

complementares e de forma não presencial).

5.7. ORGANIZAR ATIVIDADES COMPLEMENTARES

Gestores e professores devem pensar na organização de atividades extras para

trabalhar os conteúdos considerados secundários, neste momento podem ser

trabalhados de forma diferenciada por meio de projetos, atividades não presenciais,

pesquisas diversas, entre outros.

Essas atividades podem ser construídas envolvendo mais de uma disciplina ou

temáticas, para que sejam trabalhados interdisciplinarmente, usando o contra turno dos

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alunos na escola ou sendo realizados em casa. O trabalho com os conteúdos

considerados essenciais será realizado pelo professor, em sala de aula.

5.8. PREPARAR MEDIDAS DE SANEAMENTO PARA RETORNO DAS

ATIVIDADES ESCOLARES PRESENCIAIS.

Cada instituição de ensino é responsável por seus estudantes durante todo o

período em que se encontram na unidade. Em cenário de retorno os cuidados devem ser

ainda mais sensíveis.

Sendo assim, aos gestores escolares cabe a elaboração e execução de um plano

de ação quanto à manutenção de comportamentos preventivos, relacionados à higiene

local e individual. Tais ações são importantes para que as pessoas retomem a

convivência com a certeza de que há implementação de ações que visam a sua

segurança e da comunidade escolar.

As unidades devem disponibilizar os aparatos de segurança e higiene, e orientar

todos os profissionais para utilizá-los, seguindo os procedimentos e os protocolos

recomendados para a COVID-19.

5.8.1. ORIENTAÇÕES GERAIS:

 Instale barreiras físicas (acrílico ou acetato) sobre os balcões, garantindo


distanciamento físico entre trabalhadores e público. Quando não possível,
recomendar uso de face shield (protetor facial) para trabalhadores que têm maior
interação com o público;

 Providencie guias físicos, como fitas adesivas no piso e cartazes nas paredes,
para a orientação do distanciamento físico;

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 Organizar as cadeiras nas salas, com distanciamento adequado; conforme


recomendação do Ministério da Saúde;

 Todos os espaços educacionais e mobiliários (mesas, cadeiras, armários)


devem ser higienizados pelo menos meia hora antes da chegada dos
estudantes;

 Evite o uso de acessórios como brincos, colares, anéis etc;


 Sinalize todas as áreas de risco de contaminação da escola, como: maçanetas,
corrimão, etc;

 Elaborar e Fixar em locais visíveis a toda a comunidade escolar, cartazes


educativos com informações referentes às medidas de prevenção em relação à
COVID-19;

 Higienizar, com álcool em gel, todos os equipamentos e mobílias, antes e ao


final do início das aulas;

 Respeitar o espaçamento adequado para evitar aglomerações na entrada,


intervalo e saída dos alunos;

 A recepção dos estudantes deverá ser feita no portão da unidade. A gestão da


unidade educacional deverá organizar esta recepção, respeitando os espaços
adequados;

 Ao receber o estudante , o profissional responsável deverá aferir a temperatura,


se houver febre ou qualquer outro sintoma gripal, o estudante não poderá ficar
na unidade e deverá retornar para casa,acompanhado dos pais;

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 Disponibilizar álcool em gel, em todos os setores da unidade educacional,


desde recepção, salas de aula, bibliotecas, salas de informática,
refeitórios, administração entre outros, permitindo o uso a qualquer pessoa
que adentre à unidade escolar;

 Estimular o uso de recipientes individuais para o consumo de água,


evitando o contato direto da boca com a torneira dos bebedouros;

 Higienizar os bebedouros a cada duas horas e solicitar que cada aluno


traga sua garrafinha de casa para utilizá-lo. Caso o aluno não tenha o
recipiente, a unidade escolar deve fornecer copo descartável;

 Disponibilizar sabonete líquido e papel toalha nos lavatórios, pias e


banheiros, fazendo o reabastecimento sempre que necessário;

 Todos os pais e responsáveis deverão usar máscaras, quando forem levar


ou buscar os estudantes, o acesso para circulação na unidade deve ser
restrito;

 Orientar que alunos e funcionários realizem a troca de suas máscaras,


conforme preconiza autoridades, considerando o tipo de máscara utilizada;

 Reforçar que no banho se utilize uma toalha por criança, bem como dos
procedimentos de biossegurança;

 Limpar com mais frequência os banheiros e sua higienização deve ser mais
rigorosa;

 No refeitório a higienização das mesas deve ser feita sempre que houver
troca de turma.

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5.8.2. ORIENTAÇÕES PARA ESTUDANTES COM DEFICIENCIA OU

TRANSTORNO.

Os estudantes com deficiência ou transtorno, não serão dispensados das atividades

presenciais apenas pela deficiência. A sua ausência deverá ser justificada por laudo

ratificando que o aluno pertence a um grupo de risco da Covid-19. As análises deverão ser

feitas caso a caso e a decisão envolver a equipe médica, a família e a unidade escolar.

 As crianças e jovens com deficiência ou transtorno que apresentarem dificuldades

ou impossibilidade para a execução da lavagem ou desinfecção adequada das mãos

precisam receber apoio;

 Os estudantes que fazem uso de cadeiras de rodas e constantemente tocam nas

rodas devem lavar as mãos com frequência, e ainda optar por usar luvas descartáveis e ter

sempre álcool em gel à sua disposição.

Além das cadeiras de rodas, outros equipamentos como bengalas, óculos, cadeiras

higiênicas, implantes, próteses auditivas e corporais merecem atenção e cuidados de

higiene;

 Quanto aos estudantes com deficiência, recomenda-se uma avaliação

individualizada sobre a necessidade do uso de máscara. A primeira delas é que o uso de

máscaras prejudica a socialização de alunos com deficiência auditiva, especialmente

aqueles que praticam a leitura labial ou se comunicam por língua de sinais. Nesses casos,

uma possível solução é adotar o uso de máscaras transparentes. O mesmo se aplica aos

intérpretes de Língua de Sinais.

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5.8.3. ORIENTAÇÕES PARA OS SEGMENTOS DAS UNIDADES ESCOLARES:

5.8.3.1. DIRETOR ESCOLAR:

Desenvolver rotina de informação aos estudantes, profissionais e aos familiares dos

estudantes. Sobre estas, com especial ênfase na correta utilização de máscaras,

higienização de mãos e o distanciamento social seguro no ambiente da unidade

educacional;

 O lanche deverá ser servido dentro da sala de aula. A unidade que decidir pela

utilização do refeitório, deverá evitar aglomeração;

 Desativação dos bebedouros com disparo para boca e incentivar a utilização de

garrafinhas individuais;

 Obrigatoriedade de uso de máscaras (quando o aluno esquecer caberá à escola

providenciar);

 Criar rotina de triagem e higienização na entrada da escola (higienização das mãos

dos alunos logo no portão de entrada da escola, encaminhando-os diretamente para

a sua sala de aula, e aferição da temperatura corporal).

 Elaborar escalas para distribuição da merenda escolar, evitando tumulto e

respeitando o distanciamento permitido entre os alunos;

 Evitar a entrada de profissionais na sala de aula para além daqueles estritamente

necessários para a realização das atividades;

 No que se refere aos estudantes e servidores que se enquadrem nos grupos de

risco relacionado à COVID-19, a equipe gestora deve promover o afastamento de

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atividades presenciais, reorganizando-as em alguma das modalidades remotas

possíveis e avisar imediatamente o setor de Recurso Humano;

 Criar um ambiente de isolamento, na unidade escolar, para que diante da

identificação de casos suspeitos, os mesmos sejam encaminhados, até que sejam

tomadas as medidas cabíveis.

 Orientar as pessoas com suspeita da Covid-19 a seguirem os procedimentos de

isolamento e buscarem atendimento médico.

 Articular com a equipe escolar (coordenador, professores, secretários escolares e

técnicos) ações de prevenção a evasão e o abandono escolar, sobretudo, mediante

busca de estudantes que não voltarem às aulas ou que se mantiverem ausentes.

5.8.3.2. COORDENADOR PEDAGÓGICO/ SUPERVISOR ESCOLAR:

A função do coordenador pedagógico é pensar no processo de ensino

aprendizagem dos alunos, sendo assim:

 Elaborar atividades de brincadeiras de acordo com a faixa etária dos alunos, durante

o intervalo dirigido, evitando contato físico.

 Organizar os horários do lanche e intervalos por turmas ou etapas de modo a não

formar aglomerações nos espaços. Para isso os horários deverão ser elaborados e

socializados com todos os profissionais envolvidos.

 Nos intervalos, quando os alunos saírem das salas deverão ter sempre pessoas no

pátio da unidade observando e orientando-os, para a importância do uso das

máscaras e distanciamento, evitando o toque e aglomeração.

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5.8.3.3. SECRETÁRIO ESCOLAR/ TAE-TÉCNICO ADMINISTRATIVO


EDUCACIONAL:

 Todos os profissionais devem fazer uso constante das máscaras e higienizar as

mãos.

 Colocar à disposição de todos que adentrarem à secretaria um recipiente com álcool

em gel para higienização das mãos;

 Fixar um cartaz de forma que fique visível a todos que só poderá adentrar o recinto

se estiver utilizando máscara.

5.8.3.4. PROFESSOR:

Neste momento o professor terá papel fundamental na sensibilização dos

estudantes, por isso, falar do vírus, utilizar as cartilhas com informações, esclarecer sobre a

importância do uso da máscara é um diálogo essencial e rotineiro que deverá ser colocado

dentro do seu planejamento.

5.8.3.5. TSAE – NUTRIÇÃO ESCOLAR:

 Os profissionais devem sempre trajar seus uniformes em condições de higiene, usar

luvas, máscaras, toucas e aventais.

 Todos os produtos recebidos pela Unidade Escolar devem ser higienizados

(inclusive frutas, legumes e hortaliças) de acordo com sua natureza, antes do

armazenamento e antes do uso.

 Considerando a prática já existente, recomendamos especial atenção para a

manutenção da higienização dos insumos da merenda escolar.


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 Os recipientes de álcool, nunca devem ser utilizados na cozinha e/ou nas

proximidades do fogão, devendo a utilização ser feita preferencialmente em outras

dependências.

5.8.3.6. TSAE – MANUTENÇÃO DA INFRAESTRUTURA E HIGIENIZAÇÃO:

 Todos os técnicos deverão usar máscaras, luvas e botas para o trabalho, visto que

eles são os responsáveis pela limpeza e higienização de todo o espaço da unidade;

 Ser meticuloso na higienização dos sanitários, bebedouros, inclusive dos panos de

chão que devem estar sempre umedecidos em água sanitária e expostos nas portas

de todas as salas.

5.8.3.7. TDI - TÉCNICO DE DESENVOLVIMENTO INFANTIL:

 Orientar e auxiliar os alunos na higienização pessoal e autocuidado com vestuário e

utensílios;

 Orientar os alunos no uso correto da máscara;

 Auxiliar os professores na elaboração de atividades na prevenção do novo

Coronavírus (Covid-19).

5.8.3.8. TDEE- TÉCNICO DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL


ESPECIALIZADO:

 Orientar os alunos na rotina de higienização pessoal e do uso da máscara;

 Manter hizienizada, com álcool, a cadeira de rodas, aparador e próteses.

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5.8.3.9. TSAE - TÉCNICO DE SEGURANÇA E MANUTENÇÃO:

 Ser solidário com seus colegas de trabalho, ser proativo, zelar pelo patrimônio como

também da manutenção do prédio escolar.

5.8.3.10. PROFISSIONAIS EM READAPTAÇÃO DE FUNÇÃO:

 Realizar as atribuições dentro das funções readaptadas, como:

 Recepcionar os alunos e acompanhá-los no intervalo. Verificar se estão higienizando

as mãos corretamente.

 Informar ao TSAE (higienização) quando houver necessidade de abastecer os

recipientes de álcool em gel;

 Contribuir com a verificação da higienização do ambiente e equipamentos.

5.8.4. MEDIDAS PREVENTIVAS PARA O TRANSPORTE ESCOLAR

5.8.4.1. MOTORISTA:

 Utilizar máscaras em todas as atividades;

 Manter o ônibus em condições de higiene e sempre que possível, trafegar com as

janelas abertas;

 Ao final de cada viagem higienizar com álcool os locais de maior contato no interior

do ônibus, como: maçanetas, barras, bancos, volantes, apoio de braço e cinto de

segurança.

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5.8.4.2. MONITORES

 Utilizar máscaras em todas as atividades verificando o uso das mesmas pelos

passageiros;

 Ao final de cada viagem higienizar com álcool os locais de maior contato no interior

do ônibus, como: maçanetas, barras, bancos, volantes, apoio de braço e cinto de

segurança.

Caso haja novas recomendações de ordem Federal ou Estadual, estas orientações

serão revistas.

6. MONTAR O PLANO DE COMUNICAÇÃO PARA O RETORNO DAS ATIVIDADES

PRESENCIAIS

Após a construção do plano de ação faz-se necessário socializar as ações

programadas para toda a comunidade escolar.

A comunicação com a comunidade escolar deve priorizar os seguintes aspectos:

a) A orientação de pais, alunos, funcionários e professores sobre procedimentos,

protocolos e possíveis consequências do período de pandemia, como a saúde

física e emocional dos estudantes;

b) Sejam ofertadas modalidades de atendimento ao público por canais remotos.

c) A elaboração de campanhas de comunicação a serem implantadas nas redes

sociais (posts, vídeos, infográficos, animações) e na escola (cartazes e

orientações gerais) com relação aos procedimentos a serem adotados e seguidos

por todos.

A comunicação é imprescindível nesse contexto de insegurança e incertezas, pois


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é preciso promover a confiança em toda a comunidade escolar, ajudando-a na

conscientização e motivação para o enfrentamento dos desafios propostos neste

período.

7. PROCEDIMENTOS DIANTE DE UM CASO SUSPEITO DE COVID-19


NA UNIDADE ESCOLAR.

 Os trabalhadores e estudantes devem estar

informados sobre os procedimentos perante um caso

suspeito de Covid-19.

 Caso qualquer trabalhador ou estudante

apresente sinais ou sintomas da Covid-19, a orientação é de

que permaneça em casa e entre em contato com a escola

para informar a situação.

 Diante da identificação de um caso suspeito na

escola, autoreferido ou com base na constatação de sinais e

sintomas, no momento da entrada, este deve ser

encaminhado para a área de isolamento previamente

definida e de acordo com as indicações dos protocolos dos

serviços de saúde local, encaminhado para serviço de

saúde. O procedimento ideal é de que seja realizado um

teste do tipo RT-PCR no serviço de saúde, para confirmação

do caso. A coleta do material deverá ser realizada até o

oitavo dia após o início dos sinais ou sintomas.

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7. PROCEDIMENTOS DIANTE DE UM CASO SUSPEITO DE COVID-19 NA


UNIDADE ESCOLAR.

 Devem ser acionados os contatos de emergencia

do estudante para informes e orientações sobre a

necessidade de observação e de isolamento domiciliar,

evitando contato também com os outros moradores da casa,

especialmente se forem pessoas com maior risco de

desenvolver quadros graves da Covid-19. Também deve ser

aconselhado a buscar uma unidade de saúde.

 Reforçar a limpeza e desinfecção das superfícies

mais utilizadas pelo caso suspeito, incluindo as das áreas de

isolamento.

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8. CONSIDERAÇÕES FINAIS

As orientações apresentadas neste documento têm como finalidade contribuir com

os gestores educacionais quanto ao planejamento de retorno às atividades escolares de

forma presencial, considerando o período de pandemia. As ações a serem realizadas

pelas unidades de ensino do município de Várzea Grande devem ser muito bem

planejadas, para que possam ser efetivamente implementadas pelas escolas neste

momento de excepcionalidade.

Além do aspecto sanitário, é preciso atender os impactos emocionais dos

envolvidos no processo educativo.

Outra orientação diz respeito à necessária ação intersetorial a ser fortalecida,

especialmente, entre as áreas de Educação, Saúde e Assistência Social para garantir

políticas à altura dos novos desafios que se apresentam e poderão ainda surgir.

Por fim, este documento partilha além das ações necessárias para o enfrentamento

de uma situação de pandemia, os sentimentos de solidariedade, empatia e esperança de

que os direitos de nossos estudantes sejam garantidos e que possamos construir juntos

novos tempos e espaços de ensinar e aprender.

Várzea Grande-MT, 31 de Agosto de 2020.

__________________________ ________________________
Silvio Aparecido Fidelis Benedita Santana Ponce
Secretário Municipal de Educação, Cultura, Subsecretária Municipal de Educação,
Esporte e Lazer de Várzea Grande Cultura, Esporte e Lazer de Várzea Grande.

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Eva de Paulo Vieira Santos Gonçalina Auxiliadora Leite Rondon
Presidente do Conselho Municipal de Educação Superintendente pedagógica – SMECEL/VG
de Várzea Grande

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Charles Fabiano Araujo Quadro Richard Rodrigues da Silva
Coordenador de Gestão de Pessoas – SMECEL/VG Assessor Jurídico – SMECEL/VG

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