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REBAIXAMENTO INTELECTUAL (DEFICIÊNCIA INTELECTUAL)

Acadêmica: Marília Pereira Batista

O Rebaixamento Intelectual, também denominado Transtorno do Desenvolvimento


Intelectual ou Deficiência Intelectual (D.I.), inicia-se no período de desenvolvimento (podendo
também ser resultado de uma lesão angariada nesta época) e abarca déficits em capacidades
mentais genéricas (raciocínio, planejamento, pensamento abstrato, aprendizagem, solução de
problemas, outros); e funcionais, tanto adaptativos como intelectuais, nas habilidades
conceituais, sociais e práticas. Estes déficits originam perdas no funcionamento adaptativo do
indivíduo e limitam o desempenho conveniente em atividades cotidianas, como por exemplo, a
comunicação, afetando também a participação social e independência em copiosas esferas, tais
como escola, trabalho, casa e sociedade.
O diagnóstico de deficiência intelectual apoia-se na avaliação clínica, bem como em
testes padronizados das funções intelectuais e adaptativas. Além disso, a D.I. também pode ser
classificada em 4 níveis de gravidade que podem ser distinguidos a partir da obtenção de dados
e observação clínicos. Segundo o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais –
DSM-5 (2014), são eles e suas características:

 Deficiência intelectual de grau leve: dificuldades na aprendizagem de habilidades


acadêmicas que envolvam leitura, escrita, matemática, tempo ou dinheiro (domínio
conceitual); imaturidade nas relações, na comunicação, conversação e linguagem,
credulidade (domínio social); necessidade de apoio em tarefas complexas do dia-a-dia, bem
como na tomada de decisão (domínio prático);
 Deficiência intelectual de grau moderado: lento desenvolvimento de habilidades pré-
acadêmicas, lento progresso na leitura, escrita, matemática e compreensão do tempo e
dinheiro, havendo necessidade de apoio contínuo para a realização de tarefas conceituais
cotidianas (domínio conceitual); julgamento social, capacidade de tomada de decisão e
comunicação limitados (domínio social); necessidade de apoio em tarefas básicas (exemplo:
alimentar-se, vestir-se, eliminações e higiene) até que haja aprendizagem e,
consequentemente, independência – mesmo com uma possível necessidade de lembretes
(domínio prático);
 Deficiência intelectual de grau grave: habilidades conceituais limitadas, pouca
compreensão da linguagem escrita ou de conceitos que envolvam tempo, quantidade,
dinheiro e números (domínio conceitual); linguagem verbal limitada em vocabulário e
gramática, compreensão de verbalizações e comunicação gestual simples (domínio social);
necessidade de apoio em todas as atividades cotidianas e supervisão em todos os momentos
(domínio prático);
 Deficiência intelectual de grau profundo: ocorrência de prejuízos motores e sensoriais,
habilidades conceituais abrangem mais o mundo físico do que os processos simbólicos
(domínio conceitual); compreensão limitada da comunicação simbólica, na fala e nos
gestos, presença de comunicação não verbal e não simbólica (domínio social); dependência
em todos os aspectos do cuidado físico diário (domínio prático).

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION et al. DSM-5: Manual diagnóstico e


estatístico de transtornos mentais. Artmed Editora, 2014.

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