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Adicionalmente, qualquer problema com sua turma/curso deve ser resolvido, em primeira
instância, pela secretaria de sua unidade. Caso você não tenha obtido, junto a sua
secretaria, as orientações e os esclarecimentos necessários, utilize o canal institucional da
Ouvidoria.
ouvidoria@fgv.br
www.fgv.br/fgvmanagement
SUMÁRIO
1. PROGRAMA DA DISCIPLINA
1.1 Ementa
Contextualização e integração do gerenciamento de recursos do projeto com as demais
áreas de gerenciamento e a estratégia da organização. Papéis e responsabilidades no
gerenciamento de projetos. Planejamento e gerenciamento dos recursos do projeto.
Estimativa e mobilização dos recursos do projeto. Desenvolvimento e gerenciamento da
equipe do projeto. Controle dos recursos do projeto. Processos de gerenciamento de
pessoas em projetos segundo o PMBOK®.
1.3 Objetivos
Transmitir conceitos e fundamentos essenciais para a gestão de pessoas e os diversos
processos comportamentais que impactam no desenvolvimento das equipes, indivíduos e
no desempenho organizacional.
1.5 Metodologia
Integração entre a base conceitual, por exposição compartilhada, debates e leituras e a
aprendizagem vivencial, através de dinâmicas e estudos de casos.
MOTTA, Paulo Roberto. A ciência e a arte de ser dirigente. Rio de Janeiro: Record,
1991.
PARKER, Gleen M. O poder das equipes. Rio de Janeiro: Campus, 1995.
PMI. Um guia do conhecimento em gerenciamento de projetos (Guia PMBOK®) 6ª
ed. Newtown Square: Project Management Institute (PMI), 2017.
REGO, Francisco Gaudêncio Torquato. Comunicação empresarial: comunicação
institucional. São Paulo: Summus, 2006.
RODRIGUES, Denize; JOHANN, Maria Elizabeth; CUNHA, Neisa Maria; MACÊDO,
Ivanildo. Aspectos Comportamentais da Gestão de Pessoas. Rio de Janeiro:
FGV, 2009.
SENGE, Peter M. A quinta disciplina. São Paulo: Best-Seller, 1993.
TOFFLER, Alvin. A empresa flexível. Rio de Janeiro: Record, 1985.
VERGARA, Sylvia Constant e Davel, Eduardo. Gestão com pessoas e subjetividade.
São Paulo: Atlas, 2001.
WALGER, Carolina; VIAPIANA, Larissa; MONFORT BARBOZA, Mariana. Motivação e
Satisfação no Trabalho: em busca do bem-estar de indivíduos nas organizações. 1°
Edição. Curitiba: Intersaberes, 2014.
A Figura 9-1 fornece uma visão geral dos processos de Gerenciamento dos Recursos do
Projeto. Os processos de Gerenciamento dos Recursos do Projeto são apresentados como
processos discretos com interfaces definidas embora, na prática, eles se sobreponham de
formas que não podem ser completamente detalhadas no Guia PMBOK®.
6 Controlar
os Recursos
Há uma distinção entre as habilidades e competências necessárias para que o gerente do
projeto administre recursos da equipe em relação a recursos físicos. Os recursos físicos
incluem equipamentos, materiais, instalações e infraestruturas. Os recursos de equipe ou
pessoal referem-se aos recursos humanos. Os membros da equipe podem ter vários
conjuntos de habilidades, atuar em regime de tempo integral ou parcial, e podem ser
acrescentados ou removidos da equipe do projeto à medida que o projeto progride. Ha
alguma sobreposição entre o Gerenciamento dos Recursos do Projeto e o Gerenciamento
das Partes Interessadas do Projeto (Seção 13). Esta seção (Seção 9) tem foco no
subconjunto das partes interessadas que compõem a equipe do projeto.
Ambiente da equipe,
Localização geográfica dos membros da equipe,
Comunicações entre partes interessadas,
Gerenciamento de mudanças organizacionais,
Política interna e externa,
Questões culturais e fatores de exclusividade da organização, e
Outros fatores que podem alterar o desempenho do projeto.
Como líder, o gerente do projeto também e responsável por desenvolver de forma proativa
as habilidades e competências da equipe, e manter e aprimorar a satisfação e a motivação
da equipe. O gerente do projeto deve conhecer e cumprir o comportamento profissional e
ético, e garantir que todos os membros da equipe cumpram esses comportamentos.
O gerenciamento de recursos físicos concentra-se em alocar e usar recursos físicos
(materiais, equipamentos e suprimentos, por exemplo) necessários para conclusão bem-
sucedida do projeto de forma eficiente e eficaz. Para fazer isso, as organizações precisam
ter dados sobre demandas de recursos (agora e em um futuro razoável), configurações de
recursos que serão necessárias para atender a essas demandas e o suprimento de
recursos. Deixar de gerenciar e controlar os recursos com eficiência e uma fonte de risco
para a conclusão bem-sucedida dos projetos. Por exemplo:
Como cada projeto e único, o gerente do projeto precisará adaptar a forma como os
processos de Gerenciamento dos Recursos do Projeto são aplicados. Os itens a serem
considerados para adaptação incluem, mas não estão limitados a:
Os projetos com alta variabilidade são beneficiados por estruturas de equipe que
maximizam o foco e a colaboração, como equipes auto organizáveis com especialistas.
O objetivo da colaboração e impulsionar a produtividade e facilitar soluções inovadoras
para os problemas.
As equipes colaborativas podem facilitar a integração acelerada de atividades de trabalho
distintas, aprimorar a comunicação, aumentar o compartilhamento de conhecimentos e
fornecer flexibilidade de atribuições de trabalho, além de outras vantagens.
Embora os benefícios da colaboração também se apliquem a outros ambientes de projeto,
as equipes colaborativas com frequência são críticas para o êxito de projetos com alto grau
de variabilidade e mudanças rápidas, porque há menos tempo para definição de tarefas e
decisões centralizadas.
O planejamento de recursos físicos e humanos e muito menos previsível em projetos com
alta variabilidade. Nesses ambientes, acordos para suprimento rápido e métodos enxutos
(lean) são críticos para controlar os custos e cumprir o cronograma.
A sexta edição do Guia PMBOK®, uma das maiores referências internacionais em gestão
de projetos, elenca seis processos básicos para fazer o gerenciamento de recursos. Confira
um resumo sobre cada um deles.
Mas, não basta apenas ter a “lista” dos recursos. É preciso especificá-los, convertendo-os
em requisitos, isto é, capacidades facilmente mensuráveis.
3. Adquira os recursos
Etapa que pode ser resumida na obtenção dos recursos físicos e de equipe necessários à
conclusão do projeto. É possível captar recursos de duas formas: interna e externa.
Os recursos internos são aqueles que já estão disponíveis na organização. É possível obtê-
los a partir do alinhamento e da negociação com os gerentes das áreas. Já os recursos
externos são aqueles que precisam ser obtidos através de um processo formal de
aquisição, que exige o levantamento de fornecedores, o recebimento de propostas e a
efetivação dos contratos.
A aquisição de recursos pode ser documentada em um calendário de recursos, que
identifica quando e por quanto tempo cada recurso está disponível. Funciona mais ou
menos como um mapa, que facilita e agiliza a tomada de decisão.
É preciso avaliar se a equipe deve ser preparada para o projeto ou se a melhor opção é
subcontratar ou adquirir esses recursos. Na hora de tomar esse tipo de decisão é
interessante analisar se as habilidades e os conhecimentos que precisarão ser
desenvolvidos também serão aplicáveis a outros projetos ou se é algo pontual. Além disso,
pode ser necessário avaliar em que medida o tempo de preparação e desenvolvimento dos
recursos afeta o orçamento ou o prazo do projeto.
6. Controle os recursos
Trata-se do monitoramento dos recursos atribuídos e alocados no projeto, garantindo que
eles estejam disponíveis na hora certa, no lugar certo e na quantidade certa. Caso a
utilização real dos recursos não esteja batendo com a utilização planejada, o controle de
https://www.euax.com.br/2019/05/gerenciamento-de-recursos/
Acesso disponível em 03 fevereiro 2020
Uma equipe de trabalho não surge da noite para o dia e também não aparece do nada e
pra nada. Para se formar uma equipe se precisa de um objetivo, um projeto a ser
desenvolvido, as pessoas precisam estar motivadas para ir em busca de algo em comum
e esse algo em comum que transforma aquele grupo em uma verdadeira equipe.
Um bom planejamento pode ajudar no desenvolvimento da equipe, para que as pessoas
saibam como devem agir, o que e como fazer para alcançar o objetivo desejado, Lacombe
e Heilborn (2003, p. 162) trazem sobre planejamento “a determinação da direção a ser
seguida para alcançar um resultado desejado”. E em meio a isso, em algumas situações,
tem um indivíduo que se destaca, conquistando a confiança dos demais, para alcançarem
juntos os objetivos desejados, é comum que este se torne futuramente o líder desta
equipe.
O trabalho em equipe é importante para o desenvolvimento da organização, que precisa
se manter competitiva, em meio a intensas mudanças no mundo econômico, buscando
alcançar o sucesso. Ana Rabello de Macedo Posso, em um artigo publicado no site web
artigos (2009) diz que “a alegria de se alcançar o sucesso como equipe; e o prazer de
ajudar os colegas estimula um comportamento não individualista, e isso favorece para o
crescimento e sucesso da empresa”.
Mesmo o trabalho em equipe sendo ponto importante para o crescimento, algumas
organizações ainda não o adotaram, por trazer desvantagens, como o individualismo,
característica muito comum ao ser humano, fazendo com que ele se feche a essas
experiências, e não se integram no trabalho em equipe. Outra questão ocorre
principalmente nas grandes empresas, onde acontece de se ter mais do que uma equipe,
provocando competição entre elas, gerando um problema dentro da organização e pode ai
acontecer os conflitos, que devem receber atenção para serem resolvidos, antes que
causem danos irreparáveis.
Mas o que fazer com os conflitos? Como agir para resolvê-los? Em primeiro lugar, é preciso
se ter em mente que os conflitos não devem ser considerados como inimigos, eles não são
apenas pontos negativos, pois em muitas situações eles provocam grandes mudanças e
geram muitos resultados, pois conforme Chiavenato (2004, p. 424) “o conflito pode trazer
resultados construtivos ou negativos para pessoas e grupos e, sobretudo, para a
organização como um todo”.
Os conflitos são normais entre as pessoas, não apenas nas organizações, por ser comum
o individualismo e como o ser humano é diferente, único, cada qual tem sua opinião, com
seus propósitos, contribuindo a sua maneira, por isso é impossível viver sem conflitos, o
importante é saber lidar com eles, tentando sempre evitá-los e não deixar que eles se
alastrem por muito tempo na equipe, buscar uma solução para resolvê-lo, de maneira a
não prejudicar o andamento dos trabalhos na equipe.
Para as pessoas uma das grandes dificuldades é trabalhar em equipe, elas conseguem
trabalham em grupos, numa mesma sala, mesma seção, mas quando se precisa somar
forças, dividir suas opiniões, abrindo mão destas em muitos casos, o que exige muita
maturidade, a dificuldade aparece, cooperar entre si para chegar ao sucesso, a
competitividade e o individualismo falam mais alto. Conforme ressalta Campos (et al, 2003,
p.25) “Cooperar é atuar junto, de forma coordenada, no trabalho ou nas relações sociais
para atingir metas comuns. As pessoas cooperam pelo prazer de repartir atividades ou
para obter benefícios mútuos”. É preciso unir forças para chegar aos resultados, muitos
As pessoas passam boa parte do seu tempo nas organizações, convivendo com outras
pessoas, mesmo assim o relacionamento acaba ficando em segundo plano, no caso do
artigo nos referimos ao relacionar-se no trabalho em equipe nas organizações, conforme
Hunter (2004, p.35) “tudo na vida gira em torno do relacionamento” e continua “isso é
especialmente verdadeiro nos negócios, porque sem pessoas não há negócios”. No entanto
seria possível falar de muitas outras questões, quando nos referimos ao relacionamento,
nas famílias, associações, no meio político, em todos os lugares, mas parece que torna-se
cada vez mais difícil o relacionamento, as pessoas pensam apenas em si próprias. Em um
artigo publicado em 2008 por Nélio da Silva (blogspot.com) ele diz que uma das principais
razões dos fracassos, na família ou trabalho, acontece porque as pessoas não conseguem
se relacionar bem com os outros.
Uma questão a ser avaliada é que desde cedo o ser humano é influenciado a competir, ser
melhor na escola, ser melhor em tudo que fizer e torna-se competitivo, o que mais tarde
pode dificultar seu convívio em equipe, há dificuldade em abrir mão das suas opiniões, por
isso a convivência, que é necessária acaba sendo difícil, e muitas vezes impossível, gerando
os conflitos nas organizações, como já visto no tópico anterior.
Um ponto importante para relacionar-se com o outro, é conhecer a si mesmo, saber quais
as limitações, abrir mão de opiniões se for melhor para a equipe, evitando os conflitos tão
indesejados, se conhecendo bem facilita a convivência com os outros.
É preciso também que haja um relacionamento dos gerentes com seus colaboradores, em
muitas empresas, ainda são “chefes” e não se abrem as mudanças, não há diálogo. As
empresas ainda tratam as pessoas como parte dos recursos materiais (máquinas,
equipamentos), esquecem que são elas que garantem o sucesso da empresa, que fazem
o trabalho, que alcançam resultados. Quando se trata desta questão sobre valorizar o ser
humano Chiavenato (2004, p.8) diz “as organizações bem sucedidas se deram conta disso
e tratam seus funcionários como parceiros do negócio (…)”. E são essas as organizações
que saem na frente, que valorizam o ser humano como pessoa e não como parte dos
recursos materiais, essa tem sido uma grande vantagem no meio competitivo valorizar o
relacionamento, o valorizar o ser humano como pessoa. As pessoas não querem mais
trabalhar como escravos, buscam um local adequado, se por um lado os seres humanos
têm dificuldades de se relacionar, por outro ele acaba sendo valorizado por muitos na hora
de buscar um local para trabalhar. As empresas não gostam de misturar o emocional com
o profissional, tem se o mito de que isso atrapalha o andamento do trabalho, no entanto,
se a pessoa não estiver bem, não estiver motivada, seu rendimento será baixo. As
organizações precisam saber lidar com essas situações, para contornar as emoções com
as aptidões dos colaboradores. Então é preciso que aconteça um relacionamento entre os
integrantes da equipe, mas também é muito importante que os gerentes ou
administradores mesmo que não sejam o líder direto da equipe, tenham um perfil de líder
ou busquem desenvolvê-lo, e busquem se relacionar com todos os integrantes da
organização. Pois como podemos perceber nas palavras de Bernardinho em seu livro
(2006, p. 15) “as instituições não funcionam sozinhas, não se gerem por toque de mágica,
nem os cargos têm vida própria”.
Quando se trata do relacionamento também se tem em vista o limite, respeitar o próximo,
relacionar-se não quer dizer intrometer-se na vida do outro, muitas pessoas acham que
podem pensar pelo seu colega de trabalho, ou amigo e acabam sendo inconvenientes.
Então é preciso que se tenha um bom relacionamento no trabalho, em casa ou em qualquer
ambiente que você tenha que conviver com outras pessoas, mas respeitando o limite do
próximo.
O LÍDER NA EQUIPE
Toda equipe precisa de um líder, no geral uma pessoa que se destaca entre as demais, o
líder tem uma tarefa árdua, tem um papel impar no desenvolvimento da equipe, pois as
pessoas se espelham nele, para Stinson et al 1975, o comportamento do líder aumenta a
satisfação dos colaboradores, fornecendo a eles confiança e compreensão, entre
desempenho e resultado. Ele precisa transmitir que tem confiança e realmente acredita no
que está pensando e repassando, tem papel importante nesse processo. Lacombe e
Heilborn (2003, p. 348) enfatizam que “liderar é conduzir um grupo de pessoas,
influenciando seus comportamentos e ações, para atingir objetivos e metas de interesse
comum desse grupo”. É função do líder inspirar sua equipe, motivando-a para alcançar
objetivos, deve fazer isso com exemplo, comportamento de vencedor.
A verdadeira liderança é apresentada por Hunter (2004, p.25) como sendo “a habilidade
de influenciar pessoas para trabalharem entusiasticamente visando atingir aos objetivos
identificados como sendo para o bem comum”. Mas para realizar um bom trabalho e
influenciar sua equipe, o líder precisa conhecer as habilidades e fraquezas de cada
colaborador, para assim aproveitar as habilidades e desenvolver as fraquezas, pois cada
um de seus colaboradores é único e mais do que isso se conhecer, o autoconhecimento é
importante, como já focado anteriormente.
Existem vários estilos de liderança, mas na sua maioria os líderes precisam adotar não só
um estilo, pois quando se tem uma equipe, formada por pessoas, que por sua vez são
diferentes umas das outras, um mesmo líder precisa de um estilo diferente para agir e
trabalhar cada colaborador.
No entanto é preciso tomar certo cuidado, porque existem também os estilos que se
adotados podem atrapalhar o andamento da equipe, principalmente porque muitos líderes
são especialistas em gerar intrigas, acham que por ter o “comando” da equipe nas mãos
podem mandar, e de líder passam a ser o temido chefe. Krauz (1999) descreve quatro
destes estilos:
. O líder controlador tem dificuldade de ver o todo, compete com subordinados, falta
confiança entre as pessoas. Liderança Orientadora, os líderes com este perfil são vistos
como conselheiros, acompanham e esclarecem o trabalho, facilitando o crescimento
. Comunicação: Uma boa comunicação é indispensável, deve ser clara e objetiva, para
que todos compreendam, levando em conta que a mesma não é apenas verbal, pois os
gestos, as emoções transmitidas são importantes, e em muitas situações dizem muito mais
que palavras. Segundo Bellows (in CHIAVENATO, 1982, p. 452), “a comunicação envolve
troca de fatos, ideias, opiniões e emoções entre duas ou mais pessoas”. Hoje com o mundo
desenvolvido, tecnologia sempre mais rápidas, acabam fazendo com que muitos usem e-
mail, msn e outros meios tecnológicos de comunicação, o que é muito bom, pois
precisamos estar sempre atualizados, e de certa forma é uma maneira mais rápida de
comunicação, mas nem sempre tão eficaz. No entanto dentro da empresa, principalmente
o líder dentro de sua equipe deve valorizar a comunicação no contato direto, Lacombe e
Heilborn (2003, p. 212) relembram “o contato direto, apesar do imenso desenvolvimento
das telecomunicações, continua sendo insubstituível como instrumento de comunicação”.
. Feedback: Outro aspecto importantíssimo que deve ser adotado é o feedback, avaliar
constantemente o trabalho realizado, evitando que lá na frente se tenha um grande
problema, Lacombe e Heiborn (2003) lembram que o colaborador precisa saber onde
melhorar. No entanto é preciso que haja uma preparação para esse aspecto, pois as
pessoas têm dificuldade em receber e dar o feedback.
Feedback é um processo de ajuda mútua para mudanças de comportamento, por meio da
comunicação verbalizada ou não entre duas pessoas ou entre pessoa e grupo, no sentido
de passar informações, sem julgamento de valor, referentes há como sua atuação afeta
ou é percebida pelo outro e vice e versa. (pt.shvoong.com)
Esse processo pode ser positivo ou negativo, depende da forma como é aplicado, é preciso
que se prepare pessoas para realização deste aspecto, podendo assim utilizá-lo como ponto
de crescimento e desenvolvimento da equipe de trabalho.
• Motivação: A equipe deve estar motivada, isso deve ser constantemente trabalhado, as
pessoas precisam de motivos para realizar as atividades, alcançar objetivos. Para Montana
(1999, p. 203) motivação é o “processo de estimular um indivíduo para que tome ações
que irão preencher uma necessidade ou realizar uma meta desejada”. Muitas organizações
pensam que pagar altos salários é o suficiente, no entanto hoje, as pessoas procuram
muito mais do que apenas o dinheiro, conforme ressalta Chowdhury (2003) o dinheiro é
um fator de manutenção e não de motivação. Além disso o líder tem poder sobre os
CONCLUSÃO
Trabalhar em equipe não é nada fácil, sempre gera conflitos, no entanto se faz necessário
saber lidar com esses conflitos, para que se consiga chegar aos objetivos desejados. O
líder tem papel importante nessas situações, motivar os colaboradores para que eles
atinjam objetivos e tragam sucesso para a organização. As pessoas precisam receber
estímulos, para um melhor desempenho, precisam ser valorizadas, é necessário um novo
modelo de gerenciar pessoas, com disposição das empresas e de seus gestores,
acompanhar as mudanças que o sistema impõe, liderando equipes, respeitando seus
integrantes como seres humanos, viabilizando o potencial de cada um, desenvolvendo suas
habilidades.
Muitas empresas já estão adotando o trabalho em equipe e valorizando o relacionamento
entre seus colaboradores, enquanto outras ainda trabalham de forma a tratar as pessoas
como peças, e acabam ficando para trás, em contrapartida as pessoas estão em busca de
locais de trabalho agradáveis, que não tenha apenas bons salários, mas que seu esforço
seja reconhecido.
Relacionar-se com os outros não é fácil, a individualidade tomou conta do nosso meio, e
competir, chegar em primeiro, ser o melhor está em alta, faz com que as pessoas,
encontrem uma enorme dificuldade em trabalhar em equipe, em alcançar objetivos em
comum, mas o relacionamento é essencial e indispensável na vida da organização e no
dia-a-dia das pessoas. Um bom líder é vital, para a sobrevivência da organização, o que
não se pode esquecer é que os lideres também precisam ser motivados, porque são
simplesmente seres humanos, que estão conduzindo seres humanos, e percebemos o
quanto é árdua sua tarefa, estar sempre confiante e motivado a seguir em frente, exige-
se dele muita competência e dedicação, para alcançar os objetivos da empresa em que
trabalha. Em certas situações, em alguns artigos se diz que a liderança é nata, ou seja,
que a pessoa já nasce líder, no entanto, não basta nascer líder é preciso desenvolver a
habilidade ao longo da vida. Todas as pessoas possivelmente nascem com alguma
característica de líder, mas existem aqueles que conseguem desenvolver a habilidade, se
tornam grandes líderes e dirigem grandes equipes. Existe quem não se torna líder nas
grandes organizações, mas usa a liderança ou aspectos dela no dia-a-dia, em casa, na rua,
com a família ou com amigos, a liderança está presente em situações que muitas vezes
nem percebemos, não nos damos conta. O líder tem sabedoria para entender seus
liderados, desvendar talentos, perceber quais as limitações de cada um, sabendo assim
como agir, garantindo o sucesso de sua equipe e da organização que confiou a ele esse
trabalho. O trabalho em equipe pode sim ser uma solução para o desenvolvimento e
crescimento da organização. Mas a equipe precisa estar bem preparada com um líder
competente, colaboradores que saibam relacionar-se entre si e saibam respeitar as
pessoas, não ultrapassando os limites, para não ser inconveniente, conseguindo assim
alcançar o sucesso da empresa e a própria realização profissional.
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
CHOWDHURY, Subir. A era do talento – obtendo alto retorno sobre talento. (tradução Sonia
Midori). São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2003.
STINSON, J. & T. Johnson. ‘The path-goal theory of leadership: A partial test and suggested
refinement’. In Academy of Management Journal, Jun 1975;
http://www.artigonal.com/recursos-humanos-artigos/trabalho-em-equipe-fator-
da- qualidade-518820.html acessado 26/08/2011 19:10
http://pt.shvoong.com/humanities/1737318-feedback-arma-da-equipe-
produtiva/#ixzz1X1eHmtyR acessado 4/09/2011 19:32
http://www.webartigos.com/articles/28027/1/Vantagens-e-desvantagens-de-um-
trabalho-em-equipe/pagina1.html por Ana Rabello de Macedo Posso (2009) acessado
15/09/2011 22:10
Motivação é o ato ou efeito de motivar, segundo o Aurélio, que define essa palavra como
sendo um conjunto de fatores psicológicos (conscientes ou inconscientes) de ordem
fisiológica, intelectual ou afetiva, os quais agem entre si, e determinam a conduta de um
indivíduo.
Esse é um assunto muito sério, polêmico, pleno de teorias, que demanda muita
observação, reflexão e coragem.
É nesse momento que se destacam aqueles que conseguem ver mais coisas além do caos
e desesperança. Não importa se fazem parte do chão-de-fábrica ou do corpo diretivo, se
são líderes por uma questão de hierarquia funcional ou por ascendência entre seus pares.
O fundamental é que essa visão otimista, mas também realista, se dissemine na
organização de modo a produzir um clima de retomada de confiança que leve os
colaboradores a pensar de que forma podem atuar para superar esse momento de crise e,
mais do que isso, sentirem-se parte fundamental nesse processo.
Na construção desse panorama, cabe ao quadro diretivo dar condições para que essas
lideranças aflorem e participem, abrindo canais de comunicação entre todos os níveis da
organização, que demonstre a importância de cada um, no esforço de recuperação de
mercado, como forma de restabelecer a autoconfiança e motivação dos colaboradores.
É claro que a situação de crise mundial pode gerar situações indesejáveis, em que, apesar
de todos os esforços, não seja possível deixar de tomar atitudes drásticas. Caso isso seja
inevitável, cabe às lideranças manter, de forma clara e honesta, os tais canais de
comunicação abertos, fornecendo informações corretas, claras e objetivas sobre a
empresa, o mercado e as possíveis alternativas para enfrentar a crise. Quando a situação
se tornar insuportável, tentar, como medida inicial, negociar a redução de salários e
benefícios, em todos os níveis da organização, desde o primeiro executivo, como exemplo
a ser seguido, até o mais humilde dos colaboradores.
Numa situação-limite, uma organização - seja ela grande ou pequena, pública ou privada,
nacional ou multinacional, de capital aberto ou fechado - tem o dever e a obrigação, de
tratar o seu recurso mais importante e precioso - o capital humano - de maneira adequada,
colaborativa, justa e honesta.
Por Luiz Felipe de Sousa Calazans (sócio-diretor e consultor sr. da TRANSEARCH Brasil.
Com mais de 40 anos de experiência, é membro da diretoria do centro comunitário e
Creche Sinhazinha Meirelles, entidade beneficente. Website: www.transearch.com.br) HSM
Online 15/04/2009
Dirigir – significa fazer com que os subordinados executem o que deve ser feito. Pressupõe
que as relações hierárquicas estejam claramente definidas, assim como o grau de
participação e colaboração de cada um para a consecução dos objetivos definidos.
Coordenar – a implantação de qualquer planejamento seria inviável sem a coordenação
das atitudes e esforços de toda a organização, tendo em vista os objetivos traçados.
Controlar – controlar é estabelecer padrões e medidas de desempenho que permitam
assegurar que as ações adotadas sejam as mais compatíveis com o que a organização
almeja.
Sabemos que nem todos podem ser bons nas duas vertentes. Algumas pessoas podem
tornar-se excelentes gerentes, chefes, coordenadores e supervisores, mas não lideres
vigorosos. Outros apresentam grande potencial para a liderança, mas por vários motivos,
encontram dificuldades em ser bons gerentes.
Liderar é lidar com a mudança. Um dos motivos por que vem se tornando tão importante
nos últimos anos é que o mercado vem se tornando mais competitivo em todos os
seguimentos. As pessoas estão mais esclarecidas, mais exigentes, mais ansiosas e com
novos hábitos e esse novo cenário requer, por parte das organizações, mais liderança por
parte daqueles que estão no comando.
Liderar é diferente de gerenciar. A liderança não é algo místico e misterioso. Não tem a
ver com “carisma” ou algum traço exótico de personalidade, não é reduto de alguns poucos
escolhidos e nem é necessariamente melhor ou pior que o gerenciamento.
Liderança e gerenciamento são dois sistemas de ação distintos. Cada um tem sua própria
função e atividades características. Ambos são necessários para o êxito em qualquer
projeto ou missão. A liderança complementa o gerenciamento, não o substitui.
O líder deve criar um ambiente onde seus liderados se sintam motivados, incentivar e
apoiar, saber delegar, educador, ser visionário e compartilhar a visão e ser exemplo, afinal,
as pessoas estão mais atentas às ações do que às palavras.
Todavia, o cargo não faz o líder. Existe a necessidade de uma relação positiva com seus
seguidores, tais como: dar espaço para que exista diálogo e para que as pessoas possam
falar, sugerir e discordar. O líder não deve dar respostas e sim apresentar as equações e
deixar que sua equipe possa pensar nas soluções. Caso isso não ocorra, as pessoas
poderão vê-lo não como um líder e sim como um mero gestor cumprindo apenas as
atribuições do seu cargo.
Por fim, o gerenciamento assegura a realização das ações traçadas pelo planejamento,
controlando e monitorando, formal e informalmente, através de relatórios, reuniões e
Agora pergunto....você é o quê ? Chefe, líder ou os dois? Caso seja somente chefe fique
tranquilo, as pessoas irão te obedecer, mas não fique triste se elas não quiserem continuar
ao seu lado. Empresas onde somente existam chefes dificilmente os empregados irão
querer continuar trabalhando nela. O final dessa história é que você irá treinar, ensinar o
trabalho e na primeira oportunidade perderá um por um dos seus colaboradores. Conheço
empresas que na hora do almoço os empregados não almoçam, fazem entrevistas ou
distribuem currículos e depois te deixam. Pense nisso!
* Luiz Carlos Becker Junior é Consultor, Palestrante, Autor e Professor de diversos cursos
de pós-graduação e MBA da Fundação Getulio Vargas e da UNIPÊ/PB. Autor dos livros
Desenvolvimento de Equipes e Planejamento e Gestão Estratégica em organizações de
saúde, ambos pela editora FGV.
condições aos gestores para melhor liderar a mudança, em vez de apenas reagir à
mudança.
E como começar a desenhar uma organização que aprende?
São cinco as disciplinas que vêm convergindo para facilitar a inovação nas organizações
que aprendem, embora desenvolvidas separadamente cada uma delas é crucial para o
sucesso das outras.
São elas:
• Maestria Pessoal;
• Modelos mentais;
• Objetivo comum (visão compartilhada);
• Aprendizado em grupo;
• Raciocínio sistêmico.
O termo “maestria” descende de raiz sânscrita mah, significando “maior”. Através dos
séculos, no latim e no inglês antigo, perdurou o significado de “maestria” como domínio
sobre algo mais. Porém uma variação da palavra desenvolveu-se no francês medieval:
maître, significando alguém que era excepcionalmente proficiente e habilitado - um mestre
de um ofício.
Se alguém pode criar grandes trabalhos apenas pela luta constante, não qualificaríamos
essa pessoa como dotada de maestria. Na maestria, existe um senso de desembaraço e
jovialidade que tem origem na capacidade e na disposição para entender e trabalhar com
as forças em volta da pessoa.
Através dessa disciplina aprendemos a esclarecer e aprofundar continuamente nosso
objetivo pessoal, a concentrar nossas energias, a desenvolver a paciência e, em geral,
abordar a vida como o artista aborda o trabalho de criação. Significa fazer da vida um
trabalho criativo, viver a vida de um ponto de vista criativo, em contraposição a um reativo.
Para que a maestria pessoal se torne uma disciplina, ele deve incorporar dois movimentos
subjacentes.
Primeiro: devemos esclarecer continuamente o que é importante para nós. Em geral,
despendemos tanto tempo lidando com os problemas que encontramos ao longo do
caminho que acabamos por esquecer o porquê de estarmos naquele caminho.
Segundo: devemos aprender continuamente a enxergar com mais clareza a realidade do
momento. Ao tomarmos uma direção desejada, é fundamental sabermos onde estamos no
momento.
A justaposição do nosso objetivo (o que desejamos) com uma imagem clara da realidade
(onde estamos em relação ao que desejamos) gera o que chamamos de “tensão criativa”:
uma força para uni-los, resultante da tendência natural que a tensão tem de buscar
resolução. A essência do domínio pessoal está em aprender a gerar e manter tensão
criativa em nossas vidas.
Pessoas com alto nível de maestria pessoal possuem várias características em comum.
Elas têm um sentido especial de vida, que vai além dos objetivos e metas ocasionais. Para
elas, a realidade do momento é um aliado, e não um inimigo. Elas aprenderam a identificar
e a trabalhar com as forças de mudança ao invés de resistir a elas. São profundamente
inquisitivas, procurando sempre ver a realidade com maior clareza. Sentem-se ligadas ao
próximo e à vida em si. Todavia, não renunciam à sua individualidade, sentem-se parte de
um processo criativo maior, no qual podem influir, mas que não podem controlar
unilateralmente.
O princípio da tensão criativa é o princípio central do domínio pessoal, integrando todos os
elementos da disciplina. Devido ao termo “tensão”, que sugere ansiedade ou estresse, seu
conceito é geralmente mal-entendido, mas a tensão criativa não provoca nenhum sintoma.
Ela é a força que entra em ação quando identificamos um objetivo em desacordo com a
realidade atual. Contudo, a tensão criativa gera sentimentos ou emoções associadas com
a ansiedade, tais como tristeza, desânimo ou preocupação, e as pessoas confundem essas
emoções com a tensão criativa. Mas é importante compreender que essas emoções
“negativas” não são a tensão criativa propriamente dita, mas o que chamamos de tensão
emocional.
A dinâmica para aliviar a tensão emocional é traiçoeira porque pode agir sem ser notada.
A tensão emocional sempre pode ser aliviada ajustando-se o polo da tensão criativa que
está sempre sob nosso absoluto controle, que é o objetivo. Os sentimentos que nos
incomodavam desaparecem porque sua fonte (tensão criativa) foi reduzida. Nosso objetivo
fica mais próximo da realidade atual. Escapar da tensão emocional é fácil, só que o preço
é abrir mão do que realmente queremos: nosso objetivo.
Muita gente, mesmo pessoas bem-sucedidas na vida, tem profundas dúvidas quanto a sua
maestria pessoal, dúvidas essas que geralmente estão num nível abaixo do consciente.
Para entender o que eu quero dizer, faça a seguinte experiência: diga em voz alta a
seguinte frase: “eu posso criar minha vida exatamente como eu quero, em todas as
dimensões – trabalho, família, amigos, comunidade e o mundo em geral”. Note sua reação
interna diante dessa afirmação; a “vozinha” no fundo da sua cabeça: “Quem ele pensa que
está enganando”?
“Ele não pode estar falando a sério”. No nível pessoal e de trabalho, tudo bem, mas não
na comunidade e no mundo em geral. “Todas essas reações são evidências de ideias
profundamente arraigadas.
A maioria de nós acredita em duas coisas contraditórias que limitam nossa capacidade de
criar o que realmente queremos. Uma delas é a nossa impotência – ou incapacidade de
realizar o que realmente queremos – e a outra é o nosso desmerecimento, ou seja, a ideia
de que não merecemos o que realmente desejamos. Instala-se, então, um conflito
estrutural.
Onde está, então, a alavancagem para se lidar com o conflito estrutural? Se ele é gerado
por ideias profundamente arraigadas, só pode ser resolvido mudando-se as ideias, o que
leva tempo. Existe uma estratégia simples, porém profunda, para se lidar com o conflito
estrutural: falar a verdade.
O compromisso com a verdade não significa sair por aí a buscá-la, mas sim em buscar
incansavelmente eliminar os mecanismos pelos quais limitamos ou enganamos a nós
mesmos, impedindo-nos de ver como as coisas realmente são. Significa, também, expandir
o nosso consciente e aprofundar o nosso conhecimento das estruturas que estão por trás
dos eventos.
Mas, como os modelos mentais normalmente são tácitos, existindo abaixo do nível da
consciência, muitas vezes eles não são testados nem examinados. Eles são geralmente
invisíveis para nós até que procuremos por eles. A tarefa central dessa disciplina é trazer
à superfície os modelos mentais, explorar e falar sobre eles com o mínimo de espírito
defensivo para nos ajudar a ver a vidraça, entender seu impacto sobre nossas vidas, e
achar modos de reformar o vidro, criando novos modelos mentais que nos servem melhor
no mundo.
A administração de modelos mentais em nível pessoal e interpessoal supõem o uso de
técnicas de duas classes: técnicas de reflexão e técnicas de investigação.
As técnicas de reflexão começam por reconhecer os saltos de abstração. Os saltos de
abstração ocorrem quando passamos da observação direta (dados concretos) para a
generalização sem fazer testes, que impedem o aprendizado por se tornarem axiomáticas.
O que antes era uma suposição passa a ser tratado como um fato.
Como identificar os saltos de abstração? Perguntando-se: em que dados essas
generalizações estão baseadas? Estou disposto a considerar que essas generalizações
possam ser incorretas ou enganosas? Se a resposta for não, não faz sentido prosseguir.
Outra técnica de reflexão é a “coluna da esquerda”. Esta é uma técnica usada para começar
a “ver” como nossos modelos mentais atuam em determinadas situações.
Ele revela a maneira pela qual manipulamos situações, a fim de não enfrentarmos o que
realmente pensamos e sentimos. O exercício é iniciado com a escolha de uma situação
específica, na qual estou debatendo com outras pessoas de uma maneira improdutiva. No
lado direito da folha escrevo uma amostra da conversa que está ocorrendo, em forma de
script. Do lado esquerdo da folha escrevo o que estou pensando e não dizendo em cada
fase da conversa. Isso me ajuda a tornar mais claros meus pensamentos e sentimentos
no momento e, assim, mudar o rumo da conversa para que esta se torne mais produtiva.
Uma técnica de investigação importante é o que Argyris chama de “equilíbrio entre
inquirição e defesa”. A fim de que haja um aprendizado cooperativo, é preciso balancear
inquirição e defesa.
Quando dois defensores se defrontam, o encontro geralmente produz pouco aprendizado.
Defesa sem averiguação gera mais defesa, resultando num acirramento de posições que
não levam a nada. O aprendizado mais produtivo ocorre quando os administradores
combinam defesa e inquirição, fazendo um questionamento recíproco.
A aprendizagem resulta em mudanças de atitude e não simplesmente a assimilação de
novas informações e formação de novas ideias. Por isso é fundamental que se reconheça
a diferença entre teoria defendida e teoria adotada (praticada). Por exemplo, eu posso
professar a opinião de que todas as pessoas são confiáveis (teoria defendida), mas nunca
empresto dinheiro a amigos e guardo possessivamente tudo que me pertence (teoria
adotada). Obviamente, minha teoria adotada, meu modelo mental mais profundo, difere
da teoria que eu defendo. Uma expressão popular ilustra isso muito bem: “faça o que
mando, mas não olhe o que eu faço”.
Nenhuma organização torna-se grande se não tiver objetivos, valores e missão que se
tornem compartilhados por toda a organização. Uma declaração de visão ou o carisma do
líder não são suficientes.
É comum que equipes compostas por indivíduos com QI acima de 120 tenham um QI
coletivo abaixo de 100. Por quê? Eles, na verdade, não aprenderam a trabalhar juntos. A
característica fundamental das equipes pouco alinhadas é a perda de energia.
Aprendizado em grupo é o processo de alinhamento e desenvolvimento da capacidade de
um grupo criar os resultados que seus membros realmente desejam. Ele se desenvolve a
partir da criação de um objetivo comum e da maestria pessoal, pois equipes talentosas são
formadas por indivíduos talentosos. Mas, objetivo e talento não são suficientes. O mundo
está cheio de equipes formadas por indivíduos talentosos que compartilham de um objetivo
por algum tempo e, no entanto, não conseguem aprender.
Dentro das organizações, o aprendizado em grupo tem três dimensões fundamentais.
Primeiro, é necessário analisar com discernimento as questões complexas. Nesse caso, o
grupo deve aprender a canalizar o potencial de muitas mentes de maneira que a
inteligência em conjunto seja maior que a individual. Embora seja fácil falar, existem forças
poderosas em ação que tentam fazer com que a inteligência do grupo nunca supere a
inteligência dos membros que o compõem, e muitas dessas forças estão sob controle direto
dos membros do grupo.
Segundo, existe a necessidade de se tomar ações inovadoras, coordenadas. Equipes
esportivas e bandas de jazz são um bom exemplo de como agir de maneira espontânea,
porém coordenada. Dentro das organizações, as equipes de sucesso desenvolvem o
mesmo tipo de relação, onde cada membro tem consciência de que faz parte de uma
equipe e age de modo a complementar as ações dos outros integrantes.
Terceiro, existe a influência dos membros de um grupo sobre outros grupos. Por exemplo,
a maioria das decisões tomadas por equipes de nível mais alto é executada por outras
equipes. Dessa maneira, uma equipe ajuda outras equipes difundindo as técnicas do
aprendizado em grupo.
Apesar de envolver habilidades individuais e áreas de conhecimento, o aprendizado em
grupo é uma disciplina coletiva.
Assim sendo, não faria sentido dizer que “eu”, como indivíduo, domino a disciplina do
aprendizado em grupo, assim como não faria sentido dizer que “eu domino a técnica de
ser uma ótima banda de jazz”.
A disciplina do aprendizado em grupo requer a prática do diálogo e da discussão.
Existem dois tipos fundamentais de discurso: diálogo e discussão.
Ambos são importantes para uma equipe capaz de desenvolver um aprendizado genérico
contínuo, mas seu poder está em sua sinergia, que não está presente quando as diferenças
entre eles não são reconhecidas.
A palavra “discussão”, cuja raiz é a mesma de percussão e concussão, sugere algo como
um jogo de pingue-pongue, onde ficamos rebatendo a bola de um para o outro. Nesse tipo
de jogo, o assunto de interesse comum pode ser analisado e dissecado sob os diferentes
pontos de vista daqueles que dele participam. Esse é um fator positivo, mas normalmente
o objetivo do jogo é “vencer” o que, neste caso, significa fazer com que sua ideia seja
aceita pelo grupo. Entretanto, a fixação em vencer não é compatível com a necessidade
de se dar prioridade à coerência e à verdade. Para que ocorra essa mudança de prioridades,
é preciso que haja “diálogo”, que é um modo diferente de comunicação.
No diálogo, o grupo analisa questões complexas sob diferentes pontos de vista,
comunicando suas ideias livremente. O resultado é uma análise livre, que traz à tona a
experiência e o modo de pensar das pessoas, sem precisar se ater a nenhuma opinião
individual.
No diálogo, as pessoas também começam a notar a natureza coletiva do raciocínio. Grande
parte do raciocínio é de origem coletiva.
A linguagem, por exemplo, é inteiramente coletiva e, sem ela, o raciocínio como o
conhecemos não poderia existir. A maioria das ideias que carregamos na mente foram
adquiridas de um banco de ideias culturalmente aceitáveis. Poucos aprendem a “pensar
por si mesmos”, e quem o faz, segundo Emerson, na certa é mal interpretado.
As pessoas também começam a notar a diferença entre o “raciocínio”, que é um processo
em andamento, e os “pensamentos”, que são os resultados desse processo. O
reconhecimento dessa diferença é de suma importância para se começar a corrigir a
incoerência do nosso raciocínio.
Bohrn identifica três condições básicas necessárias para o diálogo:
- Todos os participantes devem “levantar” suas suposições, mantendo-as literalmente
“suspensas diante de nós”;
- Todos os participantes devem se considerar colegas entre si;
- Deve haver um “orientador” que “mantenha o contexto” do diálogo.
O orientador de um diálogo tem muitas das funções básicas de um bom “orientador do
processo”. Uma dessas funções é ajudar as pessoas a manterem o domínio do processo e
dos resultados. Equilíbrio entre diálogo e discussão. No aprendizado em grupo, a discussão
é a contraparte necessária do diálogo. Numa discussão, diferentes ideias são apresentadas
e defendidas, o que pode resultar numa boa análise da situação como um todo. No diálogo,
diferentes ideias são apresentadas como um meio para se chegar a uma nova ideia. Na
discussão, decisões são tomadas. No diálogo, questões complexas são analisadas.
Quando um grupo precisa chegar a um acordo e tomar algumas decisões, é necessário que
haja discussão, sendo as ideias alternativas avaliadas, e a de maior preferência é
selecionada (que pode ser uma das alternativas iniciais ou uma nova ideia que emergiu da
discussão). Quando produtiva, a discussão converge para uma conclusão ou um curso de
ação. Por outro lado, o diálogo é divergente e não busca acordo, mas um controle maior
das questões complexas.
Uma equipe de aprendizagem sabe se movimentar entre o diálogo e a discussão, passando
de um para outro sempre que necessário. As regras do jogo são diferentes. Os objetivos
são diferentes. Não sabendo distingui-los, não se tem diálogo nem discussões produtivas.
possam enxergar além dos limites das suas perspectivas pessoais; e domínio pessoal, para
nos motivar a pesquisar continuamente como as nossas ações afetam o mundo em que
vivemos. Finalmente, o raciocínio sistêmico torna compreensível o aspecto mais sutil da
organização de aprendizagem: - a nova maneira pela qual os indivíduos veem a si mesmos
e ao mundo. No âmago da organização de aprendizagem está a mudança de mentalidade,
a qual implica deixarmos de nos ver separado do mundo para passarmos a nos considerar
parte integrante dele, deixarmos de ver nossos problemas como sendo causados por
alguém ou alguma coisa “lá de fora” para compreendermos que eles são causados pelos
nossos próprios atos. A organização de aprendizagem é um lugar onde as pessoas
aprendem a criar sua própria realidade. E a mudá-la. Como disse Arquimedes: “Dê-me
uma alavanca e um ponto de apoio e moverei o mundo”.
São poucas as grandes empresas que chegam até a metade do tempo médio de vida de
uma pessoa. Em 1983, uma pesquisa da Royal Dutch/Shell revelou que um terço das
empresas relacionadas entre as “500”, pela revista Fortune haviam desaparecido do mapa,
e que a estimativa de vida média de uma grande empresa é de menos de quarenta anos.
Na maioria das empresas que “quebram”, antes disso acontecer há muitas evidências de
que a empresa está com problemas. Entretanto, essas evidências são negligenciadas,
mesmo que os dirigentes estejam cientes delas. A organização, como um todo, não tem
condições de reconhecer os perigos que a ameaçam, entender suas implicações ou
apresentar alternativas.
Não é só por acidente que a maioria das organizações não conseguem aprender. A maneira
como elas são estruturadas e administradas, como os cargos são definidos e, o mais
importante, como todos nós fomos ensinados a raciocinar e a interagir criam graves
deficiências de aprendizagem, deficiências essas que atuam apesar de todos os esforços
de pessoas inteligentes e empenhadas em evitá-las. Geralmente, quanto mais as
organizações se esforçam para resolver os problemas, piores são os resultados. O primeiro
passo para saná-las é começar a identificar as deficiências de aprendizagem.
Todos são treinados para serem leais ao cargo que ocupa, tanto que o confundem com
suas identidades. Quando se pergunta a uma pessoa em que ela trabalha, ela geralmente
descreve a tarefa que executa no seu dia-a-dia (“eu sou um torneiro mecânico”), e não o
objetivo maior da empresa em que ela trabalha. A maioria das pessoas se vê dentro de
um “sistema”, sobre o qual elas têm pouca ou nenhuma influência e, consequentemente,
consideram sua responsabilidade limitada à área de sua função.
Quando os membros de uma organização se concentram apenas em sua função, eles não
se sentem responsáveis pelos resultados quando todas as funções atuam em conjunto.
Além do mais, quando os resultados são decepcionantes, é muito difícil saber a razão. Tudo
que se pode fazer é presumir que alguém “fez uma besteira”.