DIREITO CONSTITUCIONAL

Direitos e Deveres Individuais e Coletivos IV

Produção: Equipe Pedagógica Gran Cursos Online

DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS IV

PRINCÍPIO DA PROPORCIONALIDADE

Diferença entre proporcionalidade e razoabilidade: ambos são princípios

utilizados para ponderar o caso concreto. A proporcionalidade é oriunda do direito
alemão, enquanto que a razoabilidade tem origem no direito norte-americano.
A proporcionalidade tem duas facetas: proibição de excesso e vedação à
proteção insuficiente. Este diz respeito à desproporcionalidade “para menos”, ao
passo que aquele se refere à desproporcionalidade “para mais”.
Os subprincípios da proporcionalidade são: adequação, necessidade e pro-
porcionalidade em sentido estrito. A proporcionalidade em sentido estrito é sinô-
nimo de razoabilidade. A proporcionalidade, portanto, é um conceito mais amplo.

PROVAS ILÍCITAS

Diferença entre provas ilícitas e ilegítimas: a prova ilícita fere o direito

material; já a prova ilegítima viola o direito processual.
Teoria dos frutos da árvore envenenada (ilicitude por derivação): por exem-
plo, uma escuta telefônica realizada sem autorização judicial é uma prova ilícita.
Caso uma prova posterior seja derivada dessa escuta ilegal, ela também será
uma prova ilícita.
Teoria da fonte ou da prova independente: a mera existência de provas
ilícitas em um processo não impede a condenação caso haja provas lícitas e
independentes.
Encontro fortuito de provas ou crime achado (fenômeno da serendipi-
dade): considere uma autorização judicial para a escuta telefônica dos crimi-
nosos A e C. Se ambos tiverem contato com um terceiro B, verificando-se, em
razão da escuta, que B também seja criminoso, os três podem ser condenados,
mesmo que a autorização para a escuta não inclua B.
ANOTAÇÕES

1
www.grancursosonline.com.br
DIREITO CONSTITUCIONAL
Direitos e Deveres Individuais e Coletivos IV
Produção: Equipe Pedagógica Gran Cursos Online

Gravação clandestina: conceito e (in)admissibilidade da prova. Diz de

quando um interlocutor grava um outro, sem seu conhecimento nem consenti-
mento. Trata-se de uma prova válida, exceto quando realizada por um policial
que seja um dos interlocutores e responsável pela prisão, em razão do direito de
Miranda (advertência do direito de silêncio).

Hipóteses de admissão de provas ilícitas:

• meio de defesa;
• teoria da descoberta inevitável: a prova seria inevitavelmente descoberta
por outros meios legais;
• teoria da mancha purgada ou diluída: há uma prova ilícita, mas um acon-
tecimento posterior “dilui essa mancha”.
• teoria da fonte ou prova independente.

Obs.: ressalta-se que a teoria da fonte ou prova independente é admitida no

ordenamento jurídico brasileiro.

�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a
aula preparada e ministrada pelo professor Aragonê.
ANOTAÇÕES

2
www.grancursosonline.com.br