Você está na página 1de 3

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA

CENTRO DE CIÊNCIAS NATURAIS E EXATAS – CCNE


DEPARTAMETO DE BIOLOGIA MOLECULAR E BIOQUÍMICA
Curso de Licenciatura e Bacharelado em Biologia
Disciplina BBM1004 – Bioquímica Experimental

Relatório de aula prática – Aula 7: Enzimas e fatores que afetam a atividade


enzimática.

Aluna: Bárbara Weber.

Introdução

As enzimas são as proteínas mais notáveis e mais altamente especializadas. As enzima


tem um poder catalítico extraordinário, geralmente muito maior do que catalisadores
sintéticos ou inorgânicos. Elas têm um alto grau de especificidade para os seus
respectivos substratos, aceleram reações químicas e atuam em soluções aquosas sob
condições suaves de temperatura e pH. Estão presentes no centro de cada um dos
processos bioquímicos, atuando em sequencias organizadas elas catalisam a cada
reação das centenas de etapas que degradam as moléculas dos nutrientes que
conservam e transformam a energia química e que constroem as macromoléculas
biológicas a partir de precursores elementares.

Em algumas doenças, especialmente nas doenças genéticas hereditárias pode haver


uma deficiência ou mesmo ausência total de uma ou mais enzimas. Outras doenças
podem ser causadas pela atividade excessiva de determinada enzima. A determinação
da atividade de enzimas no plasma sanguíneo, nas hemácias ou em amostras de
tecidos é importante no diagnóstico de certas enfermidades. Muitos medicamentos
agem por interação com enzimas. A atividade enzimática é influenciada principalmente
pela temperatura, pH e tempo. 

Objetivos

Observar a atividade enzimática da amilase salivar, verificando a influencia de


temperatura e pH sobre as mesmas.

Materiais e Métodos

- Saliva;

- Água destilada;

- Lugol;

- Amido;
- Reagente de Benedict;

Primeiramente foi coletada a amostra biológica de saliva, a mesma foi diluída


utilizando-se a água destilada em uma proporção de 1 ml de saliva para 10 ml de água
destilada. Segundamente foram dispostos em 20 tubos a solução de lugol diluído, a fim
de posteriormente ser realizado o teste de lugol. Em seguida foram distribuídos em 4
tubos 3 ml da solução de amido, cada tubo foi submetido a uma condição diferente.

O primeiro tubo foi colocado em banho maria à 100°C pelo período de 5 minutos, após
o tempo determinado adicionou se uma gota a solução de saliva diluída a solução, e
retirou-se amostras nos tempo de 0 segundos e posteriormente nos tempos de 30
segundos, 60 segundos, 90 segundos e 120 segundos, colocadas em contato com o
lugol. Após a coleta em diferentes tempos foi adicionado o reagente de Benedict a
amostra.

O segundo tubo foi exposto a baixas temperaturas, colocou-se a solução de amido


imerso em gelo, esperando o tempo de 5 minutos, após o tempo determinado
adicionou- se a solução de saliva diluída retirando assim amostras nos tempos de 0
segundos e posteriormente nos tempos de 30 segundos, 60 segundos, 90 segundos e
120 segundos e colocadas em contato com o lugol. Após a retirada das amostras foi
adicionado reagente de Benedict a solução.

Ao terceiro tubo foi adicionada 1 ml da solução de HCl e retirou-se amostras nos


tempo de 0 segundos e posteriormente nos tempos de 30 segundos, 60 segundos, 90
segundos e 120 segundos. Após a retirada das amostras foi adicionado reagente de
Benedict a solução.

O quarto tubo foi levado ao banho maria na temperatura de 37°C por 5 minutos,
depois do tempo determinado foram coletadas amostras nos tempos de 0 segundos e
posteriormente nos tempos de 30 segundos, 60 segundos, 90 segundos e 120
segundos. Após a retirada das amostras foi adicionado reagente de Benedict a
solução.

O quinto tubo contendo apenas a solução de saliva e amido foi colocado em contato
direto com o reagente de Benedict.

Resultados

A primeira amostra não apresentou alteração na coloração enquanto imersa no banho


maria, já as amostras retiradas em diferente tempos quando colocadas e contato com
o lugol reagiram com o mesmo apresentando a coloração marrom, provando assim
que a enzima foi desnaturada devido as elevadas condições de temperatura. Quando
adicionado o reagente de Benedict a solução a mesma não apresentou alteração de
cor.
(Gelo) A segunda amostra diminui a atividade enzimática.

(HCl) A terceira amostra demonstrou que a amilase salivar apresentou funcionamento


precário, não sendo capaz de quebrar as moléculas e exercer sua função.

(37°C) A quarta amostra demonstrou que a enzima foi eficiente para quebrar as
moléculas de amido.

A quinta amostra apresentou reação ao reagente de Benedict tornando a solução


marrom quando colocada em contato com o reagente.

Discussões dos resultados

Temperatura: Seguindo o comportamento das reações químicas, a velocidade da


atividade enzimática aumenta quando se aumenta a temperatura. Entretanto, a
velocidade da reação aumenta até um máximo, após determinada temperatura a
velocidade declina rapidamente, mesmo aumentando a temperatura. Isso ocorre por
que a estrutura tridimensional das enzimas se rompe, impossibilitando-a de formar o
complexo enzima-substrato.

pH: Assim como no caso da temperatura, existe um valor para atividade ótima o qual,
após ele ocorre um rápido decréscimo.

Tempo: A atividade enzimática é influenciada diretamente pela ação do tempo.


Quanto mais tempo a enzima estiver em contato com o substrato, mais produtos serão
produzidos, enquanto houver substrato.

Conclusão

Conclui se que as enzimáticas são extremamente sensíveis a variações na temperatura


e no pH, podendo assim comprometer sua funcionalidade se as mesmas não estiverem
nas condições ideais, causando danos ao organismo.

Referencias Bibliográficas

LEHNINGER, A.; NELSON, D. L.; COX, M. M. Princípios de Bioquímica. 2ª Ed. Sarvier


Editora. São Paulo, 2002.

Você também pode gostar