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Grupo ZAYN Educacional
Coordenação Geral
Ana Lúcia Moreira de Jesus
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Marco Antônio Gonçalves
Professor-autor
Luciano de Assis Silva
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Mateus Esteves de Oliveira
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Boas-vindas
Olá!
AVALIAÇÃO NEUROPSICOLÓGICA
O objetivo da avaliação neuropsicológica consiste em:
A quantificação e a qualificação detalhadas de alterações das
funções cognitivas, objetivando diagnóstico ou detecção precoce de sintomas em
quadros neurológicos e transtornos psiquiátricos, tanto em clínica como em pesquisa.
Investigar a natureza e o grau de alterações cognitivas e
comportamentais.
Monitorar a evolução de quadros neurológicos e psiquiátricos,
tratamentos clínicos, medicamentosos e cirúrgicos.
Planejar programas de reabilitação voltados para as alterações
cognitivas, comportamentais e de vida diária.
Avaliação com foco para os aspectos legais, gerando informações
e documentos sobre as condições ocupacionais ou incapacidades mentais de pessoas
que sofreram algum dano cerebral ou doença, afetando o sistema nervoso central
(MIOTTO, 2012; MÄDER-JOAQUIM,2010).
A avaliação é realizada por meio da aplicação de entrevistas, testes
neuropsicológicos quantitativos e qualitativos das funções cognitivas (atenção,
percepção, memória, linguagem e raciocínio). Alguns métodos já são utilizados há
algum tempo, porém outros estão ainda em construção (MÄDER-JOAQUIM, 2010).
É importante lembrar que a avaliação neuropsicológica não é somente a
aplicação, correção e interpretação de testes de cognição. Ela contribui para o
raciocínio, baseado em hipóteses diagnósticas, possibilita a identificação de maneira
pormenorizada o tipo e a extensão da alteração cognitiva, enfatiza as funções
cognitivas preservadas e comprometidas, a presença de alterações do comportamento
e de humor, bem como o impacto destas nas atividades de vida diária, ocupacional,
social e pessoal do indivíduo. A avaliação consiste também investigar as alterações de
humor e do comportamento por meio de escalas (MIOTTO,2012).
A avaliação neuropsicológica é indicada em indivíduos com alterações
cognitivas devido a eventos que atingiram primária ou secundariamente o SNC. São os
traumatismos cranioencefálicos (TCEs), tumores cerebrais (TUs), epilepsias, acidentes
vasculares encefálicos (AVEs), demências,desordenstóxicas, doenças endócrinas ou
desordens metabólicas, deficiências vitamínicas e outras desordens (CAMARGO,
BOLOGNANI e ZUCCOLO, 2008).
ATENÇÃO
MEMÓRIA
TESTE DE MEMÓRIA
FONTE:: <http://www.casadopsicologo.net>
LINGUAGEM
KARL WERNICKE
Neologismo.
Disprosódia.
Ecolalia.
Anomia.
Agramatismo.
Parafasia.
Dislexia.
Disgrafia ou agrafia.
TESTE DE LINGUAGEM
<http://pocoescondido.blogspot.com.br/2013_03_01_archive.html>
FUNÇÕESEXECUTIVAS
O CÉREBRO HUMANO
A SÍNDROME NLD
DEFICITS NEUROPSICOLÓGICOS
DIFICULDADES DE ADAPTAÇÃOSOCIAL
FIGURA 2
http://77.232.219.194/tv6.ro/public/pages/news/news/664
Uma indicação dessa problemática pode ser ilustrada pelas taxas de suicídio
nos adolescentes que produzem grande consternação e impacto social por sua
“aparente compreensão” por parte dos adultos, pais e professores (Cf. BERMAN e
JOBES, 1991).
A adaptação e o funcionamento social das pessoas com dificuldades de
aprendizagem dependem das aptidões que possuam e do tipo de dificuldades de
aprendizagem. Não são igualmente incapacitantes, no funcionamento social, as
dificuldades de aprendizagem da leitura e escrita ou da matemática do que as da
linguagem, posto que a interação social exige um domínio das habilidades
comunicativas e da linguagem, e essas são requeridas nas habilidades sociais. As
pessoas com dificuldades de aprendizagem da linguagem seriam as mais propensas,
pelo menos teoricamente, a apresentar algum deficit nas habilidades sociais.
Realmente a adolescência é difícil para pessoas com dificuldades de
aprendizagem, uma vez que a transição para a vida adulta exige habilidades cada vez
mais complexas, muitas delas do tipo acadêmico, o que influi na adaptação. Se a isso
unimos diversas dificuldades cognitivas, tal como temos apresentado nesta apostila,
parece compreensível a existência de dificuldades na sensibilidade e efetividade social,
o que pode ter como consequência o rechaço dos iguais, dificuldades na vida social e
implicações para sua personalidade em aspectos como a autoconfiança e a autoestima
(BERGMAN,1987).
Indícios que assumem amplamente a existência de dificuldades de
aprendizagem heterogêneas e variadas, tanto no tipo quanto na profundidade do
transtorno, afetando previsivelmente a adaptação social e, consequentemente, a
respectiva intervenção.
Quando se trata de adolescentes com dificuldades de aprendizagem da
linguagem, as dificuldades não são somente acadêmicas, mas afetam também a
adaptação social. As dificuldades comunicativas interferem em uma expressão
adequada socialmente da frustração, da agressividade ou dos conflitos, podendo ter
manifestações emocionais e de conduta. Posto que uma dificuldade de aprendizagem
da linguagem costuma caracterizar-se por atraso no desenvolvimento da fala, erros nas
expressões verbais, deficits no estabelecimento e captação de frases, no seguimento
de instruções e em diversos aspectos pragmáticos da comunicação, com frases
simples, diretas, isso pode afetar todos os processos de interação social e de
adaptação, que se baseiam em processos de natureza comunicativa.
As dificuldades de comunicação complexas afastarão o adolescente com
dificuldades de aprendizagem dos outros, desenvolvendo-se nele um sentimento de
solidão e incompreensão. Ao apresentar dificuldades no uso e/ou compreensão das
metáforas, duplos sentidos, ironias, esses jovens parecerão ser antissociais, às vezes,
ofensivos e mal-educados, sendo uma consequência do não cumprimento das
máximas comunicativas de Grice. Isso pode provocar reações emocionais como
ansiedade, rigidez, frustração, compulsões, agressividade, isolamento, hostilidade e
apatia.
A intervenção neste tipo de adolescente deverá ser dirigida tanto para promoção
de um maior desenvolvimento nas habilidades comunicativas e linguísticas como
atuando sobre as consequências sociais e em sua personalidade – algum tipo de
intervenção psicoterapêutica pode ser necessário. Enfocar a intervenção no
desenvolvimento de estratégias compensatórias para a comunicação pode, em geral,
ser um bom caminho tanto em crianças quanto em adolescentes ou adultos com
dificuldades de aprendizagem delinguagem.
TRANSTORNO NÃOVERBAL
APRENDIZAGEM E MEMÓRIA
De pacientesamnésicos.
E sobre os níveis deconsciência.
NEUROPSICOLOGIA DODESENVOLVIMENTO
http://clinicaalianca.pt/pt/neuropsicologia-infantil
Perspectiva Maturacional
DESENVOLVIMENTO NEURONAL
1. Geração da célula (fase de proliferação celular) e adiferenciação
celular (fase da diferenciaçãocelular).
2. A migração das células do seu sítio de nascimento (posição
germinativa), no qual começam a se diferenciar, a sua posiçãofinal
(fase de migraçãocelular).
3. A agregação da célula, com suas específicas regiões cerebrais.
4. O crescimento de axônios edendritos.
5. A formação das conexõessinápticas.
6. A eliminação das células, axônios e dendritos, um processocontínuo
que se expande até a vida adulta (morte celular programada ou
apoptose).
7º mês é que terá sua maior eficiência. Vale ressaltar que a mielinização nas
meninas é mais precoce em áreas referentes à linguagem, o que explica uma maior
desenvoltura das habilidades linguísticas das meninas em relação à fase do
desenvolvimento. Nos meninos a maturidade do hemisfério direito pode ser mais
prolongada, o que para alguns autores, pode exemplificar uma maior habilidade dos
meninos em tarefas que envolvem o processamento visuoespacial (MIRANDA e
MUSZKAT, 2004).
O desenvolvimento neuropsicológico se refere também a umainteração
dinâmica das experiências sociais e ambientais. É necessário identificar os fatores
que interferem nesse processo, mas também suainfluência.
FATORESAMBIENTAIS E CULTURAISNO
DESENVOLVIMENTONEUROPSICOLÓGICO
DESENVOLVIMENTOINFANTIL
FONTE: <http://www.desenvolvimento-infantil.blog.br/vai-comecar-a-semana-
mundial-do- brincar/ >
Aavaliaçãoneuropsicológicadacriançatempelomenostrêsmomentos: o
diagnóstico, o prognóstico e a reabilitação (MIRANDA e MUSZKAT,2004).
Diagnóstico: o objetivo da avaliação neuropsicológica é estabelecer o
perfildodéficitedesuaextensãofuncionalecomosedánacriançaoprocesso global do
pensamento. É importante determinar se há predomínio sensório- motor, operatório,
em um nível mais concreto ou se atingiu uma fase mais ideacional com predomínio
dos processos simbólicos eabstratos.
Prognóstico: a avaliação neuropsicológica também é importante para uma
delimitação prognóstica, quando se desenha o perfil evolutivo do distúrbio aliado ao
perfil evolutivo da criança em relação às funções cognitivas, psíquicas,
comportamentais e mentais. Pode também ser útil na delimitação de sequelas
potenciais da capacidade de recuperação de crianças que irão passar por
procedimentos invasivos ou que envolvem áreas cerebrais significativas.
Reabilitação: objetiva verificar estratégias que seriam mais efetivas para o
processo de reabilitação cognitiva. A avaliação deve proporcionar o entendimento da
delimitação de déficits, a repercussão no contexto sequelar as reservas cognitivas
que vão dar base para a escolha de alternativas de reabilitação em bases
neurobiológicas. É importante também delimitar qual o impacto que a lesão ou
disfunção localizada possui e quais são os mecanismos compensatórios e
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adaptativos. Deve mostrar uma dimensão da reserva funcional, pois, poderá permitir
estratégias (cognitivas) dentro de uma realidade neuropsicológica efetiva no que se
refere à orientação do processo de reabilitação (COSTA, et. al.,2004).
A avaliação neuropsicológica infantil tem por objetivo a identificação precoce
de alterações no desenvolvimento cognitivo e do comportamento. Está se tornando
ferramenta essencial das consultas rotineiras no que se refere à saúde infantil. A
utilização de instrumentos adequados é extremamente importante para que a
avaliação tenha resultados satisfatórios. Uso de escalas e de testes tem como
objetivo determinar o nível evolutivo da criança, lembrando que esses instrumentos
também objetivam a prevenção e detecção precoce de alterações do
desenvolvimento e aprendizado, podendo indicar de forma detalhada a qualidade do
processo contribuindo para um mapeamento qualitativo e quantitativo das áreas
cerebrais objetivando intervenções terapêuticas mais precisas e precocemente
(COSTA, et. al.,2004)
Ela é indicada quando há suspeita de dificuldade ou alteração cognitiva ou
que haja alteração de comportamento de origem neurológica. A avaliação também
tem como objetivo auxiliar o diagnóstico e tratamento de várias enfermidades
neurológicas, comprometimentos psiquiátricos, alterações de condutas, etc. Atua
também no estabelecimento de algumas relações entre as funções corticais
superiores como a atenção, linguagem, memória e aprendizagem simbólica que
engloba conceitos, escrita, leitura (COSTA, et. al., 2004).
52
DÉFICIT DE ATENÇÃO
vezes mais nas revisões sobre outros trabalhos (FARAONE E BIEDERMAN, 2000).
A descoberta do transtorno também em adultos contribuiu para novas possibilidades
em relação a estudos sobre recorrência familiar. Por outro lado, pesquisa
sempacientes gêmeos, irmãos biológicos e irmãos adotivos indicam a influência
genética (gêmeos: concordância entre 60 e 91%) e a concordância em TDAH em
gêmeos monozigóticos chega a 76% (REED,2012).
Vários estudos vêm mostrando que há uma predisposição genética associada
a fatores pré e perinatais adversos, desencadeando um distúrbio cognitivo-
comportamental variável, o qual pode ser modificado por influências ambientais e
sociais. A predisposição genética é caracterizada pelas alterações estruturais das
redes neurais e essa predisposição leva a uma alteração funcional que é mediada
pela alteração de neurotransmissores (dopamina, noradrenalina e em parte a
serotonina) (REED, 2012).
O déficit de dopamina no que se refere aos sintomas de TDAH é
documentado de forma constante por meio dos estudos de neuroimagem,
moleculares, neuropsicológicos e de resposta às medicações estimulantes
(SWANSON et. al., 2007).
Por outro lado, não há esclarecimento total sobre a neurobiologia do TDAH,
embora se tenha muitos estudos sobre o assunto. Segundo Kieling et al.(2008), os
estudos em sua totalidade apontam para uma associação entre os diferentes fatores
genéticos e ambientais com as alterações estruturais e funcionais do cérebro que
desencadeiam em alterações de comportamento variando com a fase de
desenvolvimento.
Vale ressaltar que alguns estudos verificam as anormalidades estruturais do
TDAH por meio dos exames de neuroimagem. O estudodeLouet al. (1989) com a
utilização do PET mostrou que o fluxo sanguíneo cerebral em crianças com TDAH
encontra-se diminuído no núcleo cauda do direito em relação ao grupo controle que
participou do estudo, sendo normalizado após a ingestão da medicação
Metilfenidato. Em outro estudo realizado por Castellanos et al., (1996) observou-se
pela RM (Ressonância Magnética) que em 57 meninoscom TDAH comparando com
57 meninos do grupo controle havia diminuição do volume cerebral de 5% em média,
o globo pálido menor e região frontal direita significativamente menor que a
esquerda sendo que nos indivíduos normais o lobo frontal direito é maior que o
esquerdo (REED,2012).
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DISLEXIA
DISTÚRBIOS DEAPRENDIZAGEM
DISTÚRBIO DE APRENDIZAGEM
60
Boa memória verbal para decorar textos, ler e soletrar, mas em repetição de dados
ou ideias que já haviam sido expostas.
Discalculia.
Tendência ao sedentarismo.
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Má prosódia.
Déficit de atenção quanto a informações táteis e visuais, bem como quanto a repetições
verbais, que são comuns.
REPRESENTAÇÃO DA DISCALCULIA
ao autismo (SNOWLING,2005).
A classificação da dispraxia depende um pouco do consenso entre alguns
autores, porém a mesma é incluída entre os distúrbios de aprendizagem não verbais
e ainda é considerado que em caso de ampla gravidade, a dificuldade social e da
linguagem pragmática poderia formar uma continuidade em relação aos distúrbios
da aprendizagem não verbais com a síndrome de Asperger (REED, 2012).
Há poucas pesquisas sobre o distúrbio do desenvolvimento da coordenação
no que se refere a sua etiopatogenia. Provavelmente os avançosda área da
neuroimagem possam contribuir para uma análise com precisão de tratos que
possibilitem comprovar conexões entre as prováveis áreas envolvidas no que se
refere ao distúrbio citado. É preciso que novos estudos foquem na neurobiologia
dessa alteração e na possibilidade da existência da neuroplasticidade para que
possa haver pelo menos uma diminuição de sintomas (ZWICKER et. al.2009).
Pelo menos duas das alterações faciais características (estreitamento da fenda palpebral,
lábio superior fino e filtro nasal raso).
Retardo do crescimento pré e/ou pós-natal em peso e altura que devem estar abaixo do
percentil 10.
ALTERAÇÕES COGNITIVO-COMPORTAMENTAIS
Alterações cognitivo-comportamentais
SÍNDROME DE WILLIAMS
SÍNDROME DE WILLIAMS
<http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/infantil/sindrome-willians.htm>
SÍNDROME DO X FRÁGIL
REED, 2012).
A síndrome é causada por mutações no gene FMR1, que se localiza no braço
longo do cromossomo X, cujo objetivo é orientar a formação da proteína X frágil do
retardo mental e a função ainda não é completamente conhecida. É provável que
essa proteína atue no desenvolvimento de sinapses especializadas nas conexões
interneuronais (SUTHERLAND e ASHFORTH,1979; MARQUES- DIAS e Reed,
2012).
Os portadores da síndrome podem apresentar retardo motor e mental,
comportamento hiperativo, ansiedade, excesso de atividade motora ou
impulsividade. Alguns indivíduos podem desenvolver o TDAH. Um terço das
meninas tem comportamento autístico afetando a comunicação e interação social.
Quinze por cento dos meninos e 5% das meninas podem apresentar crises
epilépticas. Cinquenta por cento das meninas são afetadas pela deficiência mental e
a outra metade apresenta deficiência limítrofe no que se refere ao intelecto, distúrbio
do aprendizado e dificuldades psicológicas (MURPHY, 2009).
SÍNDROME DO X FRÁGIL
<http://www.psiqweb.med.br/site/?area=NO/LerNoticia&idNoticia=26>
também nas meninas que apresentam essas alterações, podendo indicar que
alterações morfológicas da fissura silviana devem estar relacionadas com os
distúrbios da aprendizagem (MARQUES-DIAS e REED,2012).
Em relação aos distúrbios de matemática, os mesmos parecem estar
relacionados a uma alta incidência de dificuldades visuo espaciais nos pacientes
com a síndrome NF-1 (MARQUES-DIAS e REED,2012).
REFERÊNCIAS