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“Enzimas e Metabolismo”
METABOLISMO CELULAR – é o conjunto de todas as reações químicas celulares acompanhadas de
transferência de energia.
𝐀𝐧𝐚𝐛𝐨𝐥𝐢𝐬𝐦𝐨 𝐨𝐮 𝐟𝐚𝐬𝐞 𝐜𝐨𝐧𝐬𝐭𝐫𝐮𝐭𝐢𝐯𝐚 − conjunto de reações quimicas
que conduzem á biossintese de moléculas
complexas a partir de moléculas simples
com consumo de energia −
reações 𝐞𝐧𝐝𝐞𝐫𝐠ó𝐧𝐢𝐜𝐚𝐬 ou 𝐞𝐧𝐝𝐨𝐞𝐧𝐞𝐫𝐠é𝐭𝐢𝐜𝐚𝐬. São 𝐫𝐞𝐚çõ𝐞𝐬 𝐝𝐞 𝐬𝐢𝐧𝐭𝐞𝐬𝐞.
𝐌𝐞𝐭𝐚𝐛𝐨𝐥𝐢𝐬𝐦𝐨 𝐜𝐞𝐥𝐮𝐥𝐚𝐫
𝐂𝐚𝐭𝐚𝐛𝐨𝐥𝐢𝐬𝐦𝐨 𝐨𝐮 𝐟𝐚𝐬𝐞 𝐝𝐞𝐬𝐭𝐫𝐮𝐭𝐢𝐯𝐚 − conjunto de reações de degradação
de moléculas complexas em moléculas
mais simples, com 𝐥𝐢𝐛𝐞𝐫𝐭𝐚çã𝐨 𝐝𝐞 𝐞𝐧𝐞𝐫𝐠𝐢𝐚 −
{ reações 𝐞𝐱𝐞𝐫𝐠ó𝐧𝐢𝐜𝐚𝐬 ou 𝐞𝐱𝐨𝐞𝐧𝐞𝐫𝐠é𝐭𝐢𝐜𝐚𝐬. São reações de 𝐚𝐧á𝐥𝐢𝐬𝐞.
As células estão permanentemente num processo constante de construção e destruição, o que constitui um
processo de grande complexidade. Por isso o estudo do metabolismo celular é feito de modo fragmentado,
através das vias metabólicas.
Esquema representativo de uma via
Via metabólica – sequência de reações químicas em cadeia que metabólica linear
relaciona entre si dois compostos ou metabolitos importantes.
As vias metabólicas não são independentes, estão interligadas. O
produto final de uma via pode ser a substância inicial - o substrato, de
outra.
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Muitas vezes é necessário fornecer certa quantidade de energia ao sistema, aquecendo-o, por exemplo, de
modo a aumentar as colisões entre as moléculas. Esta energia que é necessário fornecer ao sistema para se
iniciar uma reação química é designada por ENERGIA DE ATIVAÇÃO.
O amido é um polissacarídeo cujas moléculas são muito estáveis nas condições normais de temperatura e
pressão. No laboratório a sua decomposição por hidrólise em maltose (açúcar redutor) é muito lenta. No
entanto, torna-se mais fácil a uma temperatura elevada e adicionando um catalisador inorgânico, neste caso o
ácido clorídrico. A velocidade da reação aumenta ainda consideravelmente, em presença de saliva. Na saliva
existe uma enzima, a amílase salivar, que catalisa a hidrólise do amido, permitindo que ela ocorra a uma
temperatura de 37 °C, a temperatura do corpo humano.
As enzimas atuam como biocatalisadores cuja presença faz diminuir a energia de ativação necessária para o
início da reação.
As enzimas possibilitam a rapidez necessária à realização das reações químicas metabólicas nas condições de
temperatura intracelulares.
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Ao contrário dos catalisadores inorgânicos que atuam sobre qualquer substância, uma enzima, catalisador
biológico, apenas atua sobre um determinado tipo de moléculas.
A substância sobre a qual atua uma enzima designa-se por substrato. Por exemplo, o amido é o substrato
sobre o qual atua cataliticamente a amílase.
Em muitos casos, cada enzima atua apenas sobre um determinado substrato. A amílase, por exemplo, tem
ação de catálise exclusivamente na hidrólise do amido - Especificidade Absoluta.
No entanto, outras enzimas atuam sobre vários substratos que são semelhantes entre si - Especificidade
relativa. São exemplos as lípases que atuam sobre vários lípidos e as protéases que atuam sobre as proteínas.
LIGAÇÃO ENZIMA-SUBSTRATO
As enzimas são moléculas proteicas globulares de grandes dimensões comparadas com as dimensões da
maioria dos substratos.
A configuração espacial de
uma enzima determina a
existência de uma região, o
centro ativo ou sítio ativo,
complementar da configuração
espacial de todo ou parte do
substrato.
A nível do centro ativo da enzima estabelecem-se ligações intermoleculares com a molécula de substrato,
formando-se o complexo enzima-substrato. Assim a molécula é ativada, verificando-se rapidamente
mudanças químicas. O estabelecimento de ligações entre a enzima e o substrato é transitório. Ao terminar a
reação libertam-se os produtos formados, ficando a enzima intacta.
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Essa molécula enzimática pode então acuar sobre outra molécula de substrato, repetindo-se o ciclo até que
todo o substrato esteja transformado.
Modelo de encaixe induzido - Koshland (1959) propôs uma modificação ao modelo de Fischer, considerado
um modelo muito estático e rígido.
Segundo Koshland, existe uma interação mais
dinâmica entre a enzima e o substrato. O
substrato ao ligar-se à enzima induz uma
mudança na estrutura da molécula enzimática de
modo que os aminoácidos do centro ativo se
"moldem", formando um centro ativo
complementar do substrato. Esta mudança torna-
se possível visto o centro ativo de uma enzima
não ser rígido.
Por comparação, o substrato atua como uma mão que, ao penetrar na luva vai provocar a alteração da sua
forma. Este modelo é mais dinâmico, e permite explicar a atividade de certas enzimas que atuam sobre
diversos substratos que o modelo de Fischer não explica.
REACÇÕES METABÓLICAS
As reações metabólicas são sequenciais, sendo cada uma catalisada por uma enzima. Às enzimas que
funcionam em cooperação neste conjunto de reações denomina-se CADEIA ENZIMÁTICA, e a sequência
de reações é considerada VIA METABÓLICA. Nesta, os produtos intermédios servem de substrato à reação
seguinte até se obter o produto final.
ENZIMAS ALOSTÉRICAS
Enzimas alostéricas são enzimas que contem o centro ativo e um ou mais centros reguladores – centros
alostéricos – aos quais se podem ligar metabolitos específicos que provocam mudança de configuração da
enzima, inibem ou favorecem a ligação ao substrato.
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Estes metabolitos são designados
moduladores ou reguladores.
- Se o modulador favorece a afinidade da
enzima com o substrato, denomina-se
modulador positivo. Neste caso, a enzima
adquire uma forma mais ativa.
- Se o modulador inibe a afinidade da
enzima com o substrato denomina-se
modulador negativo e a enzima adquire
forma inativa.
INIBIÇÃO RETROATIVA DE VIAS METABÓLICAS OU FEEDBACK ENZIMÁTICO
Neste processo o produto final de uma via metabólica age na enzima chave que regula a entrada a essa via,
evitando que mais do produto final seja fabricado. Na maioria dos sistemas enzimáticos, a enzima que
cataliza a primeira reação é geralmente uma enzima alostérica.
Quando há pouco produto, a enzima não será inibida, e a via seguirá normalmente. Quando há muito
produto, este irá bloquear a enzima, evitando a produção de produto novo até que o suprimento existente
tenha sido consumido.
O produto final de uma via metabólica de várias etapas se liga a um sítio alostérico da enzima que catalisa a
etapa comprometida da via, reduzindo a atividade da enzima. Esta regulação ajuda a diminuir a velocidade
da via quando níveis do produto final forem altos (quando não é preciso mais).
FACTORES QUE CONDICIONAM A ATIVIDADE ENZIMÁTICA
Existem diversos factores que condicionam a atividade enzimática entre os quais destacamos:
Temperatura
PH
Concentração do Substrato
TEMPERATURA
Quando as enzimas são submetidas a temperaturas baixas, estas inativam-se reversivelmente – há
compactação da molécula.
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Quando as temperaturas são altas, estas inibem-se irreversivelmente porque a elevada agitação das
enzimas altera a conformação da enzima e rompem-se as ligações - desnaturação.
Para cada enzima existe uma temperatura ótima, em que a velocidade de reação é máxima.
pH
O pH do meio interfere com a conformação do centro ativo, pois pode alterar a distribuição das cargas
elétricas da enzima e, em casos extremos de basicidade ou acidez, pode conduzir à desnaturação da
mesma, tornando-a permanentemente inativa.
Para cada enzima existe um pH ótimo, em que a velocidade de reação é máxima.
CONCENTRAÇÃO DO SUBSTRATO
O aumento da concentração do substrato aumenta a atividade enzimática o que pressupõe um aumento da
velocidade da reação, desde que haja enzima disponível há qual o substrato se irá ligar.
Quando deixa de haver enzima disponível (saturação da enzima) a velocidade da reação não aumenta,
mantém-se constante.