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● Osteoblastos: São células imaturas (“blastos”), células que precisam de algum tipo de
especializam ainda. Eles têm a função de se diferenciar, mais para frente, em osteócitos,
que são as células que mantém a integridade do osso, então quando o osso já está
calcificado/mineralizado, o
osteoblasto migra para dentro e se
diferencia em osteócito,
mantendo, portanto, o osso
maduro. Esse osteoblasto tem,
então, a função de depositar a
matriz mineral óssea, isso ele faz
em resposta a uma série de
estímulos:
❏ Glândula paratireóide-:
Muito importante na
regulação desse fenômeno
ósseo, porque da
paratireóide vão sair os
dois principais hormônios
que regulam essa
homeostasia de cálcio no
osso, o Paratormônio (PTH) e Calcitonina.
➢ Paratormônio- Osteoclasto: Quando o nosso cálcio plasmático cai, isso é um sinal direto
de liberação do Paratormônio, porque o Paratormônio vai direto no osso ativar a
produção dos osteoclasto, ativando a diferenciação dos precursores dos osteoclastos
em osteoclastos maduros, e esses osteoclastos maduros têm a função de degradação
(como se fossem macrófagos);
➢ Calcitonina- Osteoblasto: Os osteoblastos são ativados pela calcitonina, que ´é o
hormônio liberado quando o cálcio plasmático está elevado. Então, a partir do momento
em que o Cálcio é absorvido no intestino, ele entra na célula intestinal e se liga a uma
proteína ligadora de cálcio a Calbindina, e essa prende ele na célula até que seja,
realmente, absorvido/transportado para o sangue, porque se isso não acontecer (quando
a pessoa tem baixa produção dessa proteína ligadora) o cálcio entra o enterócito e volta,
é eliminado e volta.
Umas das ações o Calcitriol (Vitamina D ativa) é aumentar a expressão da
Calbindina, então, por isso, que ela propicia o aumento da absorção intestinal de cálcio.
Depois que o Cálcio sobe no plasma, ele na paratireóide sinaliza a liberação de
Calcitonina, e esse hormônio terá a função de estimular a diferenciação do precursor de
osteoblasto para osteoblasto maduro, para fazer a deposição da matriz mineral óssea.
➔ “Por que precisa dos 2 (osteoblastos e osteoclastos)??” O osso, mesmo num indivíduo
normal, não é um material totalmente sólido, possui espaços aéreos entre as trabéculas
ósseas, que fornece elasticidade e resistência a tensão, então quando se tem uma
tensão exercida pelo material ósseo, ele não quebra com facilidade, porque essa pressão
se distende sob toda essa região que está, inclusive, vazia, e isso diminui a intensidade
dessa intensidade em uma única área.
Os osteoblastos vão depositando e se não tiver “alguém” que tire os
excessos/fazendo as aparas, esse osso não terá essa configuração de espaço vazio que é
necessário, e quem vai fazer isso é o Osteoclasto. Então por isso que
as duas células precisam trabalhar em conjunto.
Pergunta: “Mas não está sendo usado um estrógeno exógeno?” A função do estrógeno
exógeno é desligar o eixo para que não tenha produção do estrógeno endógeno, perifericamente
ele não tem ação nenhuma.
Pergunta: “Ingestão de Cálcio interfere na osteoporose?” Não são todos os indivíduos que
quando alcançam 45/50/60 anos que terão que tomar cálcio (TOMEM MUITO CUIDADO
COM ISSO!!!). Se a pessoa tem uma deficiência de cálcio, ela usará a suplementação adequada
para restabelecer os níveis de cálcio dela, mas isso não é uma regra geral. Muitas pessoas toma
Cálcio indevidamente e ela hipercalcemia será prejudicial, porque esse começa a se depositar
em locais que não são para se depositar.
Nem todas as pessoas que possuem osteoporose necessitarão tomar cálcio, o médico
necessita avaliar, porque chega um grau de osteoporose que a matriz protéica (colágeno e
elastina- dão sustentação, funcionam como um arcabouço) não existe mais, então vai tomar
suplementação de cálcio porém nada adiantará, primeiro precisa fazer um tratamento para repor
a matriz para depois ir “enchendo de concreto” que será a matriz mineral. Os medicamentos
chamados de Artrolive e Condrolivre, são glicosaminas e condroitinas, ou seja, esses 2
compostos são glicosaminoglicanos que são compostos de matriz extracelular, que farão esse
“arcabouço” e depois que o indivíduo repuser essa “fundação” que fará a suplementação de
cálcio, para fazer o mineral.
Diferente do Cálcio temos a Vitamina D. Já está comprovado que a Vitamina D não
tem função apenas sob Cálcio, ela tem capacidade de regular o estado de glicemia,
imunidade… Ela ajuda na absorção intestinal e também na diminuição da eliminação renal do
cálcio, porém tem esses outros papéis também em outros sintomas, principalmente no sistema
imunológico. Então é importante medir os níveis de vitamina D plasmático anualmente porque
ela regula uma série de coisas, até mesmo a resistência periférica a insulina.
Existem nos osteoblastos uma enzima chamada pirofosfatase alcalina (PTEN), ela vai
permitir que os osteoblastos degradem o mineral ósseo, que é o pirofosfato de cálcio (hidrolisa
ele liberando cálcio e fosfato que serão lançados no sangue). Essa enzima é um dos principais
alvos no tratamento da osteoporose, pois ao inibi-la, mantém por mais tempo a matriz
íntegra.
➔ 2 estratégias anti-osteoporóticas:
- Diminuir a atividade osteoclástica (principal);
- Aumentar a atividade osteoblástica.
★ Bifosfonatos
Existe uma família de moléculas chamadas de bifosfonatos que têm essa características
e são anlálogas do pirofosfato, elas inibem por competição a atividade da PTEN óssea.
Com isso, diminuem a degradação da matriz mineral. Os bifosfonatos são o tratamento
de primeira escolha, pois atuam diretamente sobre a enzima que “come” o osso. São
moléculas com tempos de meia vida bem grandes, tanto que o alendronato de sódio, que é o de
menor tempo de meia vida, tem o tempo de meia vida de 7 dias. Alguns, como o ácido
zoledrônico, o paciente pode tomar um a cada 6 meses, pois ele é uma forma de depósito de
liberação prolongada. Isso tem dois problemas:
1. Farmacocinética muito complicada (não em relação a via de administração, ela é feita
por via oral): A pirofosfatase não existe só no osso, podem fazer o processo de
calcificação em qualquer lugar do nosso corpo que tenha essa enzima. Em função disso,
deve-se ter muita cautela e orientar o paciente TODAS AS VEZES que tem que ser
tomado em jejum (só pode ingerir qualquer tipo de alimento, NO MÍNIMO, 45
minutos depois), pois o mínimo de cálcio que tiver na alimentação ele gruda e vai
embora, não vai ser absorvido. Durante esse momento não se recomenda que a
pessoa fique sentada ou deitada, tem que ficar em movimento para ajudar no
processo de circulação e acelerar o processo de absorsção do bifosfonato.
2. Como demora muito tempo para a pessoa precisar tomar novamente, ao mesmo
tempo que facilita, a pessoa que não tiver uma memória muito boa e/ou não estiver em
um estado completamente normal pode esquecer de tomar.
Em função das cautelas ditas acima, precisamos ter outras alternativas. “Que
alternativas são essas?”:
- Moduladores seletivos do receptor de estrógeno: Deles o mais utilizado para o
tratamento da osteoporose é o raloxifeno (tamoxifeno tem alto risco de câncer no
endométrio). O raloxifeno tem uma atividade antagonística do estrógeno na mama e no
osso tem uma atividade de agonista ósseo. “Por que é um agonista ósseo?” Ele inibe a
atividade osteoclástica, inibindo ela acaba predominando a forma de deposição,
mantém a matriz óssea inalterada - diminui a degradação dela.
- Calcitriol: A vitamina D ativa é a D3, essa forma não precisa nem se expor ao sol
(se o indivíduo não puder se expor ao sol, usa-se a calcitran D3 e não a D2, ou addera
d3).
- Citocinas: Possuem papel na ativação dos osteoclastos. Isso acontece pois eles são
macrófagos e respondem aos mesmos sinais deles (ex: fator estimulador de colônias
de granulócitos e macrófagos - M-CSF). São macrófagos ósseos que têm como função
de reabsorver a matriz mineral.
Resumindo: Podemos tanto desligar o que “come” o osso (inibir o osteoclasto), como
podemos ligar aquele que deposita mais ainda (ativar os osteoblastos). Pode ter uma situação
onde se consiga fazer as duas coisas ao mesmo tempo. São ações independentes/separadas, mas
que se complementam.
Observação aleatória que não sabia onde colocar, então deixei aqui: tem o OPG
recombinante.
➔ Calcitonina: É um hormônio
tireoidiano, que pode ser dado de uma
forma recombinante da mesma forma:
só em casos em que a pessoa tenha deficiência na produção de calcitonina. Diminui a
eliminação renal e a reabsorção óssea, por isso provoca o aumento da matriz
mineral, mas NÃO estimula diretamente o osteoblasto, ela inibe a reabsorção, então
também inibe os osteoclastos.
Vitamina D
OBS.: Produzimos Vit. D a partir de colesterol, é
um hormônio esteroide.
Obesidade
Obs.: Apenas duas famílias de fármacos foram aprovadas para o tratamento, além das cirurgias.
Obs.2: Obesidade mórbida: Peso muito acima do normal.
Resumo da história sobre obesidade contada pelo prof.: Muitas vezes o organismo não sinaliza
ou não teve sinalização necessária ainda para interpretar que há uma oferta de comida maior
do que antigamente, onde as pessoas tinham que ir atrás do alimento (como pesca e caça p. ex.)
e isso demandava energia, então por mais que comessem muito, gastavam muita energia e com
isso, o nosso metabolismo foi se adaptando para não perder tanta energia, então as enzimas
trabalham com muito mais facilidade sintetizando/armazenando do que “quebrando”... Tem
gente que come e não engorda, tem metabolismo acelerado = metabolismo que já se adaptou a
essa oferta de comida que nós temos hoje… Com a evolução, o corpo humano vai se adaptar a
essa grande oferta de alimento.
● Riscos de entrar em um
quadro de obesidade:
➔ Principal: Em relação ao
sistema cardiovascular
porque o obeso exige
um débito cardíaco
muito maior e isso
acaba fazendo com que
essa demanda
aumentada possa fazer
com que o coração
sucumba, entre em um
processo de falência;
➔ Causa insuficiência cardíaca, causando cardio, reno e hepato esplenomegalia
(aumento dos órgãos) porque precisa de um trabalho muito maior pra esses órgãos;
➔ Aumenta o risco de derrame por causa da deposição das placas de ateromas;
➔ Danos as juntas por causa do peso em si, muitas vezes a pessoa tem problema
ortopédico, dor nas pernas, nos pés;
➔ Formação de varizes: dificuldade do sangue subir (contra a gravidade);
➔ Esteatose hepática não alcoólica ou doença hepática não alcoólica: o grau de síntese
de gordura está tão grande no fígado que não dá tempo dessa gordura ir pro sangue pra
ser transportada pros adipócitos, se depositam no fígado mesmo (fígado gorduroso ou
esteatótico).
★ A gordura é uma inflamação. A pessoa obesa é uma pessoa inflamada e por isso que
tem tanta doença relacionada. A gordura é um sensibilizador muito eficiente da resposta
inflamatória, o que pode levar a fibrose hepática que pode causar cirrose e perda do
fígado; hipertensão arterial; osteoartrites; dislipidemias; resistências periféricas à
insulina (sintoma: barriga inchada/ abdômen dilatado); asmas e outros problemas
respiratórios (o mínimo de esforço que a pessoa faz já se cansa pq o coração não dá
conta de irrigar o tecido todo).
O adipócito tem a função
de produzir muitas
substâncias a partir da
gordura armazenada ou
então a gordura pode
sinalizar a produção das
substâncias.
➔ Angiotensinogênio
e fator tecidual: podem
estar relacionados com
eventos trombóticos, pq a
angiotensina-2 é um fator vasoconstritor muito importante e o fator tecidual estimula a
agregação plaquetária.
★ Causas da Obesidade
● Genéticas, genes mutantes da leptina, por exemplo, ou a pessoa não produz a
leptina, então ela não tem saciedade, ou então ela tem resistência a leptina, tem
muitos genes – o SOCS3, o PTP1B que estão envolvidos com a sinalização do
receptor de leptina, que estão inclusive com alvos farmacológicos possíveis em
análise pra tratamento de obesidade porque a pessoa se torna resistente a leptina,
como se fosse a insulina se tem o receptor mas ele não funciona corretamente
● O FTO, geralmente são animais de pesquisa, modelos de pesquisa que tem
geralmente 3kgs a mais que os indivíduos normais, isso naturalmente, então se
o individuo normal ganha 1kg , o individuo FTO ganha 3kgs e isso no final das
contas impacta bastante na obesidade.
● Dieta alimentar
● Sedentarismo, é recomendado fazer exercício físico
● Idade, o avanço da idade já é o evento que diminui a velocidade do nosso
metabolismo
● Gênero, o homem e a mulher eles tem diferentes depósitos(locais) de gordura
● Gravidez (gestação)
● Metabolismo, de uma forma geral
● Alterações hormonais
● Medicações, muitos fármacos tem como efeito colateral o aumento do peso
corporal, principalmente os inibidores seletivos da recaptação de serotonina,
eles aumentam muito o peso corporal, os antipsicóticos atípicos
● Problemas ortopédicos e outras limitações físicas, a pessoa não pode fazer
exercício físico
● Cigarro, o tabaco porque ele aumenta a resposta antiinflamatória então piora a
situação do paciente.
● Fatores familiares, culturais e sociais, culturas de comer massas em fim de
semana
Tem muitos. Hoje em dia, inclusive a gente costuma falar que o mal de Alzheimer
é um tipo de diabete do tipo 3. Porque tem tanto hipoglicemiante que está sendo
usado no tratamento do Alzheimer que eles estão sendo encarados como diabetes
tipo 3.
Mas, o que nós temos? Nós temos um caso que geralmente acontece muito cedo.
Porque é uma doença autoimune que destrói as células Beta pancreáticas, então a
pessoa não fabrica insulina. Por isso que na incidência de acordo com a idade você
vê que ela surge muito antes. Tem até um resuminho aqui no slide. Na infância ou na
puberdade você já tem os sintomas da diabetes, que é o Diabetes insulino
dependente (Diabetes tipo1 ). Por que ele tem esse nome? Porque a pessoa irá ser
tratada com insulina. Ela não fabrica insulina. Se ela não fabrica insulina, você tem
que dar insulina para ela. E o diabetes tipo 2, que geralmente surge mais tarde,
porque depende de uma dieta errada, de uma resistência periférica à insulina, existem
até medicamentos que podem causar essa condição. Então geralmente ela surge
mais tarde, em uma idade mais adulta. Que é o diabete tipo 2 ou insulino
Independente. Por que insulino Independente? Porque ele vai ser tratado com
hipoglicemiante. Ele não precisará usar insulina no início. Isso é importante também.
Tem um gráfico que mostra que com o passar do tempo da doença, com o avançar
da doença, a pessoa irá precisar tomar insulina sim, Porque ela vai esgotando a célula
beta dela. Principalmente a pessoa que não faz dieta e que não controla a glicemia.
A glicose fica sempre alta. Muito acima do normal e isso acaba esgotando a célula
beta na produção de insulina e ela acaba morrendo também. Então o diabetes tipo 2
ele pode tratar com hipoglicemiante para o resto da vida ou dependendo se a pessoa
tiver uma dieta desregrada, Não fizer o tratamento correto, não tomar o medicamento
(Isso acontece demais). Acontece o agravamento e a célula beta morre, e com isso o
paciente vai precisar associar o hipoglicemiante com a insulina. Porque nesse caso o
hipoglicemiante sozinho não daria conta do recado. E aí aumenta o risco, porque se
ele não fazia o controle adequado; quando junta muitas famílias de medicamentos,
de fármacos há um maior risco de desenvolver hipoglicemia.
Existe também o Diabetes Insipidus que não tem nada a ver com glicose. Ele é
uma deficiência do hormônio antidiurético e o Diabetes gestacional que acontece
geralmente porque a gestante precisa aumentar sua produção hepática de glicose
para fornecer glicose para o feto e o grande problema é que esse aumento de glicose
pode se juntar com a produção hepática, e ocorre o aumento da alimentação. É
aquela história que os antigos falam, “a gestante tem que comer por dois.” Porém isso
não é verdade. A pessoa tem que comer o que ela gasta, claro que tem muita gestante
que faz exercício físico, que anda, que trabalha; como tem aquelas gestantes que
ficam em casa, que são do lar. Essa gestante que é do lar não precisa ingerir a mesma
quantidade de caloria de uma gestante que trabalha fora, que faz exercício físico. Não
é a mesma coisa, não é a mesma necessidade. Porque aí você pode começar a fazer
o que? A pessoa come demais e ainda produz no fígado! Isso é normal,a presença
da gestação já faz um aumento da glicogênese,
então você acaba juntando,a glicose da gliconeogênese com a glicose da alimentação
e isso pode gerar um fenômeno de diabetes gestacional. Que pode se encerrar com
o nascimento do bebê ou pode permanecer. E existe um
estado que é reconhecido hoje como Pré diabético. Ou estado de intolerância à
glicose. Nesse caso a gente usa o exame da Hemoglobina glicada principalmente.
Assim como o teste de tolerância oral à glicose, que é o Ttog, para você identificar
que a pessoa está começando a desenvolver o diabetes. Além de outros como o
Homa-IR, exame que mede o índice de resistência à insulina, pela biodisponibilidade
da glicose. E com isso é diagnosticado o estado de intolerância à glicose. Nesse
momento você pode reverter. Mudando a alimentação, fazendo exercício físico, pode
até em alguns casos usar metformina que é para fazer uma diminuição da glicemia.
E isso consegue reverter muito bem. Principalmente exercício físico e dieta.
Nós usamos muito esse receptor/canal de potássio sensível a ATP como alvo
farmacológico.
Quando entramos no estado de intolerância à glicose, o que vai acontecer é que teremos uma
capacidade menor de liberar insulina do que um indivíduo normal.
➢ Idade é um fator que diminui a insulina.
↪ Idosos precisam comer menos e mais cedo (ingestão de comida leve, principalmente da
tarde para a noite).
↪ Em indivíduos com intolerância fica mais grave, mesmo que não seja tão idoso, ele
começa a ter uma certa resistência à insulina. Caso não tenha uma modificação
dietética, começar a fazer exercício físico, ele adquire diabete tipo 2. →Inicialmente
ele consegue secretar insulina, então ele vai ser tratado com hiperglicemiante. A
metformina é o medicamento de primeira escolha para diabete tipo 2, ela vai forçar
uma utilização da glicose por via anaeróbia, não mexendo muito com produção de
glicose hepática (ela consegue até diminuir um pouco a produção mais o principal é
utilização anaeróbia da glicose).
➢ Depois de 15 anos do diagnóstico, onde não produz mais nenhuma insulina, será
preciso receber insulina.
Obs: Não podemos associar qualquer família com insulina porque podemos ter facilmente
uma hipoglicemia induzida e iatrogenicamente com o medicamento. Risco de induzir
hipoglicemia iatrogênica (?) aumenta muito, é preciso analisar exatamente o que a pessoa pode
ou não associar com o tratamento de insulina.
Comentário: Demais Telles, o álcool prejudica muito porque ele prejudica o fígado. E o álcool
na verdade ele fornece muito NADH (o metabolismo do álcool fornece muito NADH) e esse
NADH impede muito o metabolismo de glicose. Então é bem prejudicial, pois esse NADH é
usado para fazer impulsionamento da síntese de ácido graxo, então aumenta muita a gordura
e aumenta a resistência periférica à insulina.
➢ Tipos de insulina:
✓ Insulina ultra rápida (Quadro B) - São aquelas feitas apenas com a sequência de
aminoácido normais, recombinantes, só o aminoácido e pouquíssima adição de zinco.
Porque a sequência da insulina apresenta muitas cisteínas e elas têm uma afinidade
enorme por zinco então quando se adiciona muito zinco, ele vai ligar na cisteína e
cristaliza a insulina. - Quanto mais cristalizada estiver, mais tempo demora para
liberar insulina para ter sua absorção e
ação. Mais zinco, maior tempo de duração
da insulina.
⇨ NPH: Tem um pouco mais de zinco. Apresenta um pico de concentração menor que
a regular que é menor que a ultra rápida. Dura mais tempo, tanto que o indivíduo
usa NPH ao deitar e ela mantém ao longo da noite a insulinemia (?) daquele indivíduo
normal.
■ Comparação dessas 3:
➔ Quando se usa a ultra rápida, precisamos de manhã junto com a ultra rápida usar
NPH. Porque a ultra rápida dá um pico muito rápido e o tempo de ação é muito curto
então só vai realmente servir para detoxificar aquela glicose que o indivíduo ingeriu no
desjejum, almoço e jantar. Não vai manter muito tempo a insulinemia precisando ser
associada, no desjejum associa a ultra rápida com NPH. No almoço e jantar é só a ultra
rápida e ao deitar 22h usa a NPH porque ela mantem a noite toda.
➔ Se for usado a regular com NPH (mais comum) não se tem necessidade de usar
junto o NPH de manhã. Porque como tem o tempo de ação maior ela consegue manter
um tempo maior de equilíbrio da insulina plasmática.
Quando se faz uso de glicosímetro antes das refeições e estiver normal não será necessário
nem tomar a insulina ultra rápida, ficando só com a lenta ou ultra lenta. Isso é uma vantagem
de manter o tratamento correto porque com menos insulinas acaba diminuindo o gasto, a
necessidade de se furar toda hora (embora tenha métodos mais caros como a caneta de insulina,
insulina intranasal..) e diminui o risco de hipoglicemia que é muito comum em pessoas que
usam muita insulina (tratamentos intensivos).
- Se a pessoa tomar insulina sem medir ou não tem fitas, tem o perigo de comer menos
glicose do que precisava para aquele nível de insulina e desenvolver a hipoglicemia.
Esse painel C é o mais estável, a pessoa injeta sua insulina lenta ou ultra lenta as 22h ela
mantém 24h a insulinemia do paciente controlada e se tiver com a glicemia muito elevada
se usa doses da ultra rápida. Se tem uma seringa que injeta a quantidade que precisa. Ex: Se
a glicemia ta a 140, se usa duas unidades, se for 150 aí já são 4 unidades..
Comentário: Então Bia, a maioria dos médicos apostas em casos que vale mais apena fazer
um tratamento mais rígido com insulinas agora/agudamente porque aí protege o indivíduo a
longo prazo. Mas se a pessoa não tiver um tratamento correto, uma manutenção da glicemia
e apresentar muita queda de glicose a hipoglicemia não é legal, porque dá náusea, vômito..
Não se esqueça que o nosso córtex cerebral só usa glicose, o cérebro só consegue usar os
corpos cetônicos aproximadamente 40 dias de jejum, que é quando a concentração de corpos
cetônicos alcança o nível suficiente para atravessar a barreira hematoencefálica. Sem glicose,
células começam a morrer, hemácia, anemia, então é perigoso. Se a pessoa não se adaptar
ela faz o tratamento padrão ( pode ficar com a glicose subindo ou descendo geralmente). O
cuidado do paciente faz toda a diferença no diabete!!!!
➢ Pramlintide
- Usada de forma associada.
- É um análogo da amilina um pouco mais
estável.
- É um peptídeo, não tem como ser dada por
via oral. Apenas por via subcutânea.
- Efeitos adversos: Náuseas e êmese.
- Mecanismo de ação da pramlintide:
Tempo de esvaziamento gástrico é o tempo
q a comida sai do estômago e vai para o
intestino onde é absorvida).
Então se eu diminuo (observe as barras vermelhas)
o tempo de esvaziamento gástrico aumenta, ou seja,
esvazio o estômago mais lentamente e se a glicose é absorvida no intestino, chega menos pro
intestino absorver eu gero menos hiperglicemia. Se eu absorvo menos quantidade eu não gero
pico pq?! - Se eu retardo o esvaziamento gástrico, eu libero lentamente a glicose ela não dá
pico porque vai chegar no intestino e ser absorvida e se distribuir. Se não dá pico, não causa
alterações na insulina.
O que acontece diminui muito a liberação de glucagon e isso é ótimo porque como
você não tem liberação de glucagon diminui a gliconeogênese, diminui a produção de
glicose hepática e melhora bem o quadro do paciente.
Bárbara 23:00-40:00
Serve para os dois tipos de diabetes, normaliza a curva de glicemia perfeitamente tanto na
diabetes tipo 1 como na tipo 2.
Nível de glucagon na curva azul diminui, isso é bom porque diminui a produção hepática da
Comentário: Tipo 1 costuma ser mais magro porque como ele não produz insulina nem
periférica nem pancreática.
Efeitos adversos geralmente dos antidiabéticos
● Substâncias que diminuem a secreção porque são eliminadas por secreção tubular ativa
renal ou substâncias que também usam essa via de eliminação diminuem a excreção
delas e aumenta o efeito hipoglicemiante;
● Metabolizadas pela CYP 450 no fígado, outras substâncias que agem por competição
ou que diminuam a expressão dessas enzimas aumentam a concentração de
sulfoniluréias e aumenta a chance de hipoglicemia.
Por isso que o tratamento de primeira escolha é a metformina(biguanida ) porque não possui
tanto efeito adverso assim principalmente porque ela não é biotransformada, é eliminada de
forma inalterada pelo rim e não é secreção tubular ativa e filtração glomerular , risco de causar
essas interações é muito menor.
Resposta da pergunta de qual a diferença entre diabetes tipo 1 e 2: Diabetes tipo 1 a
pessoa possui uma doença autoimune ele não produz insulina, ela é tratada com
insulina pois não produz mas ele responde a insulina. Diabetes tipo 2 por dieta,
medicamento ou outros fatores ela não responde à insulina nos músculos, no fígado e
no adipócito principalmente, indivíduo tem insulina mas não tem ação correta, é
preciso usar substâncias que melhorem a ação da insulina.
Glinidas
Nateglinida e Repaglinida- tempo de duração muito curto, regulador pós prandial (pós
refeição)são usadas como emergência, ela não mantém a glicemia, é usada associada com
biguanida ou glitazona para melhor controle.
● Metabolizadas pela CIP3A4 tem risco de interações medicamentosas.
● Menor risco de hipoglicemia que as sulfoniluréias, ambas ligam no mesmo lugar mas o
tempo de meia vida é menor por isso o menor risco de causar hipoglicemia, não são
indicados como tratamento.
Tanto as glinidas como as sulfonilureias são CONTRAINDICADOS na associação com a
insulina então nos casos muito avançados em que você precisa usar insulina associada esses
medicamentos são contraindicados pelo alto risco de hipoglicemia
Na imagem mostra um sítio interno pro atp e dois externo um pras glinidas e outro pras
sulfoniluréias
Biguanidas
Metformina (fenformina não é mais usada pois é muito hepatotóxica ).
Metformina diminui a gliconeogênese.
Principal função é utilização e captação da glicose, pois quando nós respiramos com pouca
glicose produzimos 36 ATPs, quando a gente fermenta a gente produz com cada glicose 2
ATPs, então para termos uma produção normal temos que usar muito mais glicose, o princípio
da metformina é que ela faz com que as células usam glicose de forma anaeróbica com isso vc
precisa captar mais glicose do plasma e diminui a glicose do indivíduo.
Pode ser usada sozinha, tratamento de primeira escolha principalmente na diabetes tipo 2 ou
pode ser associada, pode ser associada com a insulina porque ela acelera o metabolismo de
glicose então ela consome mais glicose.
Eliminação
É eliminada inalterada, só tem que ter cuidado se o paciente tiver algum problema renal pois
ele é eliminado por via de filtração glomerular ela pode ficar mais acumulada e como não é
metabolizada pode causar hipoglicemia.
Efeitos adversos
Pode causar diarreia porque ela produz muito ácido lático que causa irritação na mucosa.
Contra indicados
● Nefropatas porque sua via de filtração é glomerular;
● Pacientes que tiveram infarto porque têm menor débito cardíaco, vão eliminar menos;
● Infecção que vai diminuir a filtração glomerular;
● Cetoacidose porque o medicamento já causa acidose.
Medicamento de escolha para pré diabetes e também nas síndromes de sístole como o ovário
policístico porque ele diminui a quantidade de glicose pós-prandial e o ovário sem muita
glicose cresce menos diminui muito a incidência de crescimento de policístos.
TIAZOLIDINADIONAS OU GLITAZONAS
As TZDs, que vão ser sensibilizadores clássicos de insulina, são substâncias que trabalham
na forma genética regulando a expressão de genes em resposta à insulina. Essas
moléculas têm tanto representante eliminado pela via fecal, como a pioglitazona e pela urina
como a rosiglitazona, isso é interessante principalmente em pacientes com problema renal,
pode-se usar a pioglitazona. Ela costuma trazer alguma hepatotoxicidade, então tem que ter
monitorização das enzimas hepáticas, principalmente as transaminases para ver se não tem
nenhuma lesão muito grave. Costuma aumentar o peso corporal porque são
sensibilizadores da insulina, então na presença dela a insulina tem efeito maior,
principalmente no tecido adiposo, aumentando a produção de triglicerídeos. Podem causar
osteopenia e fraqueza óssea por uma ação genética também.
A rosiglitazona tem maior incidência de causar infarto, então cardiopatas não são
recomendáveis para utilizá-la. Pode causar também algum grau de anemia pela questão da
ação gênica dela sobre receptor PPAR. Além disso, ela pode trazer uma ineficácia dos
contraceptivos orais, podem neutralizar a ação dos contraceptivos, então são contra
indicados para mulheres que fazem contracepção hormonal, podendo causar gravidez. E o
ovário policístico mais indicado é a metformina.
O receptor PPAR, é um fator de transcrição que vai comandar a expressão de genes e uma
dessas família é o gene da resposta a insulina, então os clássicos sensibilizador a insulina
são os TZDs ou chamados de glitazonas, ela vai aumentar diretamente a resposta gênica a
insulina.
Os inibidores de glicosidase e amilase também são usados de forma associada. Acarbose
que inibe tanto a amilase como a glicosidase. Amilase enzima que quebra o amido e a
glicosidase quebra os oligossacarídeos na glicose ou na frutose que serão absorvidos, com
função de diminuir o pico de glicose, diminuindo a absorção de glicose não deixa fazer pico.
Fermentação: flatulência, cólicas.
Acarbose gera muito mais hipoglicemia do que a voglibose e miglicol, porque a acarbose
inibe as duas enzimas, então ela deixa praticamente nada para ser absorvido. Só usadas
em associação.
As incretinas são produzidas no intestino, com a glicose ainda no intestino(não foi
absorvida), com isso os enterócitos liberam as incretinas para irem na célula beta estimular
a produção de insulina.
As victimas(desculpa, não entendi o que professor disse - 45:02) que são sitagliptina,
vildagliptina que vão inibir a enzima DPP(dipeptidil peptidase) que degradam a incretinas,
elas aumentam o tempo de meia vida das incretinas no nosso organismo. E com a mesma
ação das incretinas temos o liraglutida, exenatida que vão mimetizar as incretinas, então
elas vão ser agonista do receptor das incretinas vão aumentar o AMPc, fazendo a mesma
ação da incretinas.