Em que pese a indiscutível sabe jurídico do magistrado do
Meritíssimo Juiz a quo, impõe-se a reforma respeitável sentença proferida contra o apelante, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas.
I - DOS FATOS
Josué foi denunciado pelo Ministério Publico pelo crime do
artigo 121 § 2º inciso I cumulado com artigo 39 do Código Penal.
Conforme a denúncia apresentada Josué na data de 20 de
março de 2019, com a presença de mais dois elementos que foram citados nos autos, cometeram o crime de Homicídio Qualificado por motivo torpe. Foi constado nos autos através dos depoimentos de testemunhas que o acusado não participou do crime e o que o verdadeiro criminoso seria a pessoa de Antônio, em que pese é amigo da vitima e possui as mesmas características físicas.
Assim Josué foi condenado à uma pena de 12 (doze) anos
de reclusão, em regime fechado, já que tratando-se como crime hediondo.
II - DO DIREITO
A decisão dos jurados ao condenar JOSUÉ pela pratica
dos delitos na denuncia não prospera, vez que é manifestamente contraria as provas nos autos conforme será demonstrado.
Como demonstrado no decorrer do processo judicial, o
apelante não foi considerado pelas testemunhas como o autor do crime mencionado, foi declarado culpado por apresentar as mesas condições fisicamente com o verdadeiro suspeito. Deste modo como mostra o Código de Processo Penal em seu artigo 593 inciso III línea “d” a decisão tomada pelo magistrado foi totalmente ao contrario das provas apresentadas no decorrer do processo, no quais foram mostradas que o apelante não o autor do crime cometido.
Obstante Josué foi condenado a uma pena de 12 anos de
reclusão em regime fechado, pois autoria do crime foi imposta a ele. No entanto a sumula vinculante 26 do Supremo Tribunal Federal informa que para efeito de progressão de regime no cumprimento da pena por crime hediondo ou equiparado o juízo da execução deverá observar a inconstitucionalidade dos artigos 1º e 2º da Lei nº 8.072/90 sem prejuízo de avaliar o condenado preenche ou não os requisitos objetivos e subjetivos do benefício, podendo determinar, para fim, de modo fundamentado a realização de exame criminológico. Assim é inconstitucional Josué tenha a pena em reclusão em regime integralmente fechado, passando a ser apenas em regime fechado, no qual futuramente possa ser condecorado com progressão de regime.
Assim sendo, a decisão dos jurados foi equivocada ao ter
condenado Josué por um crime de Homicídio Qualificado, conforme apresenta o artigo 593 inciso III alínea “d” e deve ser, portanto, submetida a novo julgamento, de acordo com artigo 593 § do mesmo dispositivo legal.
III – DOS PEDIDOS.
Diante do exposto, requer-se seja conhecido e provido o
presente recurso, afim de que a respeitável sentença proferida pelo Tribunal do Juris seja submetida a nova apreciação, conforme o artigo 593, inciso III § 3 alínea D do código de processo penal. Caso não seja esse o entendimento de Vossa Excelência, para o reconhecimento da nulidade da decisão contraria nas provas dos autos, e consequentemente um novo julgamento, que seja reconhecida a inconstitucionalidade da decisão que decretou o regime integralmente fechado modificando o cumprimento de pena para mais branda na qual se trata do regime inicialmente fechado.
Da não violação ao princípio constitucional da presunção de inocência (art. 5º, LVII, CF/88) em face da execução provisória da pena após condenação em segunda instância