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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Nome
Joaquina Rui Ricardo - 708211037

Curso: Geografia
Disciplina: Praticas Pedagógicas
Ano de Frequência: 1º Ano
Docente: João Rui

Quelimane, Novembro de 2021


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 Capa 0.5
 Índice 0.5
Aspectos  Introdução 0.5
Estrutura
organizacionais  Discussão 0.5
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
 Contextualização
(Indicação clara do 1.0
problema)
 Descrição dos
Introdução 1.0
objectivos
 Metodologia
adequada ao 2.0
objecto do trabalho
 Articulação e
domínio do
discurso
académico
2.0
Conteúdo (expressão escrita
cuidada,
coerência / coesão
Análise e textual)
discussão  Revisão
bibliográfica
nacional e
2.
internacionais
relevantes na área
de estudo
 Exploração dos
2.0
dados
 Contributos
Conclusão 2.0
teóricos práticos
 Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos
Formatação paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre
linhas
Normas APA 6ª  Rigor e coerência
Referências edição em das
4.0
Bibliográficas citações e citações/referência
bibliografia s bibliográficas
Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor

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Índice
1.0.Introdução....................................................................................................................5

1.0.1.Objectivos:................................................................................................................5

1.0.2.Metodologia..............................................................................................................5

1.0.3.Estrutura do trabalho................................................................................................5

1.1.Desenvolvimento.........................................................................................................6

1.2.Conceito de práticas pedagógicas................................................................................6

1.3.Importância das práticas pedagógicas.........................................................................6

2.0.Áreas das Práticas Pedagógicas...................................................................................8

2.1.Relação da educação falando de 1983, com a introdução do SNE.............................9

3.0.Conclusão..................................................................................................................11

Referências bibliográficas...............................................................................................12
1.0.Introdução
O presente trabalho da cadeira de práticas pedagógicas I, tem como o tema, Importância
das práticas pedagógicas. Prática pedagógica é diretamente pensada como uma
ferramenta essencial na construção do ensino-aprendizagem, em virtude de um
mecanismo estimulador e facilitador para compreensão das temáticas em que se visa
construir a aprendizagem. Na universidade é uma tarefa complexa por atingir grandes
perspectivas, consequentemente há uma necessidade de compreender a definição do
conceito da prática pedagógica como algo concreto sobre as indagações: o que é, para
que serve e como oferecer, isso remete a conceituações de várias funcionalidades
pertencentes nas problemáticas no âmbito educacional superior.

1.0.1.Objectivos:
Geral

 Conhecer a importância das práticas pedagógicas I.

Específicos

 Conceituar as práticas pedagógicas;


 Identificar as áreas das práticas pedagógicas;
 Descrever a relação da educação falando de 1983, com a introdução da SNE.

1.0.2.Metodologia
Para a elaboração do trabalho usou-se a metodologia de pesquisa bibliográfica, que é
um apontamento geral sobre os principais trabalhos já realizados, revestidos de
importância por serem capazes de fornecer dados actuais e relevantes relacionados com
o tema”. Portanto, este método consistiu na escolha selectiva dos autores que abordam o
tema em estudo.

1.0.3.Estrutura do trabalho
O trabalho está estruturado em introdução, objectivos, metodologia, desenvolvimento,
conclusão e referências bibliográficas.

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1.1.Desenvolvimento

1.2.Conceito de práticas pedagógicas


Dias, (2010), diz que as Praticas Pedagógicas, são actividades curriculares, articuladoras
da teoria e pratica que garantem o contacto experimental com situações
psicopedagógicas a concretas e que contribuem para preparar de forma o gradual o
estudante para a vida profissional. Visam integrar progressivamente o estudo em
contexto real de ensino e aprendizagem de certa disciplina.

Práticas Pedagógicas é um conjunto de instrumentos de orientação pedagógica, que é


usado pelos professores durante a sua formação como um guião real e prático, trazendo
para o professor capacidades, competências e habilidades que poderão garantir qualidade
no processo de ensino e aprendizagem. Haidt & Regina (2006).

A Prática Pedagógica é definida como a componente real da supervisão pedagógica em


que decorre o ensino acompanhado com vista a elevar o grau da qualidade da
aprendizagem do aluno.

1.3.Importância das práticas pedagógicas


As práticas pedagógicas são aquelas práticas que se organizam para concretizar
determinadas expectativas educacionais. São práticas carregadas de intencionalidade e
isso ocorre porque o próprio sentido de práxis configura-se através do estabelecimento
de uma intencionalidade, que dirige e dá sentido à ação, solicitando uma intervenção
planejada e científica sobre o objeto, com vistas à transformação da realidade social.
(Franco, 2015).

As práticas pedagógicas passam a serem visualizadas como um fator importante para o


processo de formação de futuros/futuras professores/professoras, sendo assim, elas
passaram a ser determinada pelo CNE, que em sua resolução n° 1 de 18 de fevereiro de
2002 no Artigo 12°, é determinado que:

 A prática, na matriz curricular, não poderá ficar reduzida a um espaço isolado,


que a restrinja ao estágio, desarticulado do restante do curso;
 A prática deverá estar presente desde o início do curso e permear toda a
formação do professor;

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 No interior das áreas ou das disciplinas que constituírem os componentes
curriculares de formação, e não apenas nas disciplinas pedagógicas, todas terão a
sua dimensão prática. (Brasil, Resolução 1, 2002, art. 12)

Fávero e colaboradores (2013) visualizam as práticas pedagógicas como o cenário que


podem proporcionar para os/as discentes exercerem os saberes necessários da prática
profissional, pois, essas práticas pedagógicas proporcionam “ao mesmo tempo o lugar
da aprendizagem e o espaço para a construção do pensamento prático do professor”.
(2013, p.284) Sendo assim, as práticas pedagógicas aparecem na literatura com diversas
definições, a definição que mais se adequou a essa pesquisa foi a interpretada pelo
projeto político pedagógico do curso de Licenciatura em Ciências Naturais, em que é as
práticas pedagógicas são definidas como momento em que é proporcionado aos/às
estudantes exercerem o papel profissional, seja essa atuação dentro da universidade ou
da escola, por meio de qualquer disciplina ofertada ou até mesmo pelos projetos de
extensão.

Nesse sentido, as disciplinas e os projetos de extensão que possibilitam práticas


pedagógicas proporcionam espaço e tempo para refletir, vivenciar e co-elaborar práticas
pedagógicas, esse é um dos processos que proporcionam aos/às discentes
desenvolvimentos enquanto profissionais reflexivos/reflexivas.

Acredita-se que refletir sobre a prática pedagógica influencia na construção do papel


profissional, alguns autores/as argumentam que “a perspectiva do professor reflexivo
torna o/a professor/professora como um ser que pensa, questiona, processa informações,
constrói significados, toma decisões, gera conhecimentos em seu cotidiano, afinal, não é
a experiência por si mesma que é formadora, mas a reflexão sobre ela, construído por
meio de suas experiências de vida. (Slongo; 2010).

Isso se confirma, quando afirmam que “quem forma se forma e re-forma ao formar, e
quem é formado forma-se e forma ao ser formado” (Freire, 2015).

Para Freire (2015), diz que a educação ocorre em duplo sentido, e nessa perspectiva,
ocorre o desenvolvimento do “ser professor” através das reflexões do dia-a-dia, quando
o/a docente passa a tomar consciência da sua própria prática, para que assim, ocorra as
contínuas reconstruções.

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Alarcão (1996) afirma que “a reflexão baseia-se na vontade, no pensamento, na atitude
de questionamento e curiosidade”. Essa curiosidade abordada por esse autor, pode ser
definida pelas palavras de Paulo Freire, quando ele afirma que “não haveria criatividade
sem a curiosidade que nos move e que nos põe pacientemente impacientes diante do
mundo que não fizemos, acrescentando a ele algo que fazemos” (Freire, 2015).

A partir do momento em que o/a docente procura por meio da sua prática as suas
reflexões, ele irá permanecer em constante processo de formação. Por fim, não basta
somente procurar meios, técnicas e conteúdo para se tornar um/uma
professor/professora reflexivo/reflexiva. Existem relações múltiplas e complexas dentro
da instituição universitária, do contexto escolar, e ainda em relação à estrutura do ser
(subjetividade/experiências em um nível social) que podem contribuir para a construção
do/da professor/professora reflexivo/reflexiva, que reflete em suas práticas pedagógicas.
(Freire, 2015).

As práticas pedagógicas são elementos  fundamentais para a efetividade dos processos


de ensino-aprendizagem, especialmente sob um prisma de inclusão, personalização e
modernização na educação. (Freire, 2015).

As práticas pedagógicas são instrumentos que podem ajudar as escolas a concretizarem


seus objetivos de aprendizagem. Por exemplo, por meio delas, é possível  manter
alunos nativos digitais engajados com a escola ou para estabelecer uma dinâmica de sala
de aula mais participativa e inclusiva. Portanto, sua importância é vital para que alunos,
escolas e professores atinjam seus objetivos. Naturalmente, para isso, é fundamental que
as práticas sejam intencionais e planejadas previamente, criando um alinhamento claro
entre intenções e resultados. Haidt & Regina, (2006).

2.0.Áreas das Práticas Pedagógicas


As áreas das práticas pedagógicas são: biologia, sociologia e a psicologia. O processo
pedagógico e o trabalho didático devem basear-se nos estudos realizados pelas ciências
do comportamento, aplicando na prática as contribuições da Biologia, da Sociologia e,
principalmente, da Psicologia. Haidt & Regina, (2006).

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A educação, em geral, e o ensino, em particular, devem respeitar as diferenças
individuais e os estágios do desenvolvimento infantil, em seus aspectos físico,
cognitivo, afetivo e social. Haidt & Regina, (2006).

2.1.Relação da educação falando de 1983, com a introdução do SNE


A conquista da independência moçambicana, em 1975, fez com que a educação
passasse a integrar as prioridades do país, entendendo-a como “um direito humano e um
instrumento primordial para a manutenção do bem-estar, da unidade nacional e para o
desenvolvimento económico, social e político através da formação de cidadãos”
(Macamo, 2015).

Em 1983, com a introdução da SNE foram definidas as bases e diretivas do sistema


educativo, revisadas em 1992, incorporando as mudanças adotadas com a nova
Constituição da República, assinada no acordo de paz em 1992 (Selimane, 2012) e
acrescentando na educação aspectos relevantes para a ampliação e alcance do ensino,
como, por exemplo, a perspectiva da multiculturalidade presente no ensino e de uma
ligação estreita entre escola e comunidade, com valorização e desenvolvimento das
línguas nacionais e a oferta de um ensino que garanta a igualdade de oportunidades aos
cidadãos (Mugime & Leite, 2015).

O Sistema Nacioanl de Educação foi introduzido em 1983 através da lei 4/83, de 23 de


Março e revista pela lei 6/92, de 6 de Maio. A criação deste instrumento regulador das
actividades e acções do Ministério de tutela vincula a ideia de uma melhor articulação
das actividades educativas nas instituições escolares moçambicanas. Golias, (1999).

Desde a sua implementação até aos nossos dias, o ensino geral moçambicano foi-se
caracterizando por situações, por vezes positivas, por vezes, menos claras e até confusas
quanto às estratégias curriculares e de ensino adequadas para a sociedade moçambicana.
Golias, (1999).

O compromisso com a educação e a importância da escola na dimensão da vida da


criança, considerada como o lugar da infância e de promoção de seu desenvolvimento
(Governo de Moçambique, 1992; 2006; 2013), tem legitimado práticas que visem a
ampliação e continuidade do ensino enquanto um processo que garante à sociedade

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estratégias de transformação e mudança para o crescimento econômico, político e
sociocultural das comunidades. Golias, (1999).

De acordo com a Política Nacional de Educação do país, o ensino primário é prioritário,


correspondendo à educação de base, como instituído pela Constituição da República de
Moçambique, e sob responsabilidade do Governo. Algumas parcerias têm sido feitas,
como no caso da UNICEF, no intuito de ampliar o alcance a mais moçambicanos, com
o objetivo de “formar um cidadão capaz de se integrar na vida e aplicar os
conhecimentos adquiridos em benefício próprio e da sua comunidade” (INDE, 2003).

Como estratégia global, o governo moçambicano adotou, em 1995, a Política Nacional


de Educação, definiu a educação básica (crianças a partir de 6 anos) e a alfabetização e
educação de adultos como prioridades e expandiu o número de escolas (a maioria havia
sido devastada durante o período da guerra civil).

Ao longo dos anos, algumas reformas vêm sendo feitas no intuito de melhoria do
ensino, como a última ocorrida em 2006-2010; porém, ainda hoje há grande percentual
de crianças que não terminam o ensino básico, além do número alto de abandono dentro
da educação básica (Macamo, 2015).

Segundo a UNICEF  (2014), apesar de a construção de escolas ter aumentado nos


últimos anos, quase metade das escolas existentes em Moçambique ainda se encontram
em condições precárias, com pouca ou nenhuma infraestrutura. O número de
professores ainda permanece muito baixo, com uma média nacional de 63 alunos a cada
professor em sala, o que acaba por ocasionar um baixo aproveitamento durante o
período das aulas pelas crianças.

Autores moçambicanos, como Castiano et al. (2005), sugerem que as escolas e as


organizações de ensino devem passar pela “africanização” ou modernização da
educação, entendendo que as escolas são capazes de transformar as culturas e saberes
locais em conhecimento. É preciso ouvir as crianças, professores, pais e pessoas
envolvidas nas comunidades, resgatando não só a memória, mas integrando as crianças
nos processos de educação e ensino aos quais pertencem.

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3.0.Conclusão
Após ter feito trabalho destacou-se que a formação profissional do professor é composta
de disciplinas coordenadas e ligadas entre si, sendo que os objetivos e conteúdos
articulam-se por teoria-metodológicas de cada curso. A formação do professor possui
duas dimensões: a formação teórico-científica e a formação técnico-prática. A formação
teórico-científica inclui a formação acadêmica específica nas disciplinas em que o
professor vai se especializar, e a formação pedagógica envolve as disciplinas Geografia,
História da Educação, dentre outras relacionadas à educação no contexto histórico. A
formação técnico-prática prepara o profissional através das disciplinas: Didática,
Pesquisa Educacional, Psicologia da Educação e outras relacionadas à prática escolar.
Essa formação não exige técnicas e regras, mas implicam os aspectos teóricos, que ao
mesmo tempo em que fornecem à teoria os problemas e desafios da prática.

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Referências bibliográficas
Alarcão, I. (1996). Ser professor reflexivo. Formação reflexiva de professores:
Estratégias de supervisão, Porto: Porto Editora,

Dias, Hildizina Norberto, et al. (2010). Manual de Práticas Pedagógicas. 2ª Edição,


Maputo, Editor Educar,

Freire, P. (2015). Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. Rio


De Janeiro: Paz e Terra.

Golias, Manuel, (1999). Educação Básica: Temáticas e conceitos, Maputo.

Haidt, Regina Célia C, (2006). Curso de Didática Geral. 8ª Edição, ática, São Paulo,

Macamo, E. M. (2015). Insucesso escolar em Moçambique. Estudo de caso na Escola


Secundária Graça Machel. Dissertação de mestrado em
Administração e Gestão Educacional, Departamento de Educação e
Ensino a Distância, Universidade Aberta, Lisboa, Portugal.

Piletti, Claudino. (1987). Didática geral. 8. ed. São Paulo, Ática, Governo de
Moçambique. (1992). Lei do Sistema Nacional de Educação n.º 6/1992. Acedido em
18 de dezembro, 2014.

Slongo, I. I. P; Delizoicov, N.C.; Rosset, J. M. (2010). A formação de professores


Enunciada pela pesquisa na área de educação em ciências. Alexandria
Revista de Educação em Ciências e Tecnologia, n. 3, p. 97-121,

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