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A partir desta definição assume-se que o maestro tem que ensinar ao menino a observar o mundo
que o rodeia, enriquecendo o conhecimento senso percentual, desenvolvendo sua memória, e
conseguindo o domínio de suas formas lógicas. Também desenvolver a imaginação incitando a
criar, a tentar novos caminhos ou vias ante determinadas situações. Por último, há que ensinar a
pensar, a se perguntar, a pesquisar por diferentes vias (o texto, materiais de consulta, meios
audiovisuais etc), a não se dar por satisfeito com uma explicação reprodutiva ou uma simples
descrição.
A actividade que o aluno realiza é resultado da comunicação com o grupo e o maestro, na que
foi planificada e concebida. Por outra parte, enquanto não se consiga centrar ao grupo na tarefa a
partir da tomada de consciência e elaboração cognitiva dos processos afectivos que interferem
em sua realização, o grupo permanecerá estático; não avançará e a aprendizagem não se
conseguirá com a qualidade exigida; ou será meramente reprodutivo.
Sempre que esteja bem concebido, este processo contribuirá todas as possibilidades para
contribuir à formação de sentimentos, qualidades e valores e à aquisição de normas de
comportamento, aspectos essenciais às que devem contribuir o desenvolvimento do processo
ensino-aprendizagem e no qual os meios de ensino jogam papel de vital importância. Não se
concebe na classe contemporânea a transmissão de conhecimentos por parte do maestro sem a
utilização de um ou vários meios de ensino em sua classe.
M. A. Danilov e M.N: Skatkin, 1985. pp.15, propõem, “A didática deve resolver a complejísima
questão a respeito das condições e regularidades do trânsito dos alunos da experiência vital e do
sentido comum, a um nível de experiência e pensamento que se corresponda com os
conhecimentos científicos que recebem, ou seja, o pensamento teórico”.
O ensino não pode deixar de apoiar no sentido comum dos educandos; é evidente a necessidade
de uma mudança substancial no processo de ensino que se desenvolve na actualidade, mudança
que deve favorecer o desenvolvimento e a formação dos alunos, para que sejam capazes de
enfrentar as exigências e tarefas que a sociedade lhes propõe.
Lenin resume a importância dos meios de ensino quando afirma: “De a percepção viva ao
pensamento abstrato e deste à prática, tal é caminho dialéctico do conhecimento da verdade, do
conhecimento da realidade objetiva” Lenin, V. I; 1976, pp. 165.
Existe uma valoração muito apropriada para definir os meios de ensino em seu sentido mais
amplo, em seu sentido filosófico, que no-la oferece o Doutor em Ciências Filosóficas García
Galló, G. J: 1983 pp. 8. quando propõe: “Os meios de ensino são médios de ensinar a pensar, um
bom método pedagógico, um modo acertado de expor idéias e argumentá-las, um diálogo do
maestro com o coletivo da sala de aula, no que se trocam razoadas opiniões; o desenvolvimento
gradual e por passos de uma classe.”
O papel da actividade prática no processo do conhecimento pode ser explicado também à luz das
teorias Pavlovianas, segundo K. Tomaschevski quando assinala:
Este procedimento proposto por Vigotsky, supõe um amplo processo no indivíduo, que o leva a
inter-relacionar as coisas que se lhe explicam com as experiências prévias, ricas e numerosas,
que ele possui e que em ocasiões o levam a formular significados e a dar connotaciones
diferentes aos que se pretendiam pelo emissor.
Na aprendizagem humana, a maior interrelação com o mundo exterior está dada através do órgão
visual, isto é do mecanismo senso - perceptual da vista. Por isso o emprego dos meios de ensino
e em especial dos meios visuais facilita o ótimo aproveitamento dos mecanismos sensoriais.
Como se sabe os meios de ensino contribuem a fazer mais duradouros os conhecimentos
aprendidos, aumentam a motivação pelo ensino e pela matéria designadamente, muito necessário
nos estudantes com necessidades educativas especiais, especialmente os que apresentam
transtornos na conduta aos quais vai dirigido este trabalho.
Os meios de ensino criam interesses pelo conhecimento desde o momento em que se mostram
aplicações das leis e funções estudadas na classe à vida social e científica e sua influência para o
indivíduo. Pelo que afirmamos que os meios contribuem à segurança individual do aluno, a
reafirmación pessoal na capacidade de aprender e a criação de incentivos que ativem a
aprendizagem; por outra parte, permitem ao estudante sentir-se partícipe ativo do processo
docente e do trabalho científico, com o qual se consegue uma maior participação.
Em educação, o uso dos Meios de Ensino desde o ponto de vista psicológico viu-se muito
influenciado nas últimas décadas pelas experiências e concepções teóricas elaboradas por P. E.
Galperin e N. F. Talizina que enriqueceram o modelo histórico-cultural de L. Vigotsky, citado
por Cubero html.2002 pp. 1 onde se propõe:
Primeira etapa (Motivação): Estabelece-se a necessidade de uma motivação. Toda ação deve ter
um motivo e no processo docente educativo devemos começar por criar uma motivação.
Importante é não se confundir, e ter presente que a motivação, através e pelo médio, deve ser
dirigido para o conteúdo e não para a forma.
Segunda etapa (Orientação): O professor explica o que devem fazer os estudantes, quando se
oferecem as orientações das ações a executar. Por uma parte o professor se vale dos meios que
lhe permitem ilustrar sua exposição e assim lhe facilitar a tarefa de informar. O estudante realiza
ações de visualização e de audição aumentando seus canais de percepção; com o uso dos meios
pode-se-lhe oferecer uma informação mais completa e efetiva.
Terceira etapa (Entendimento): O estudante deve manipular ou atuar sobre o médio. Se na etapa
anterior as ações eram de percepção visual ou auditiva, nesta etapa produz-se a necessidade de
atuar. Esta atuação do estudante sobre o médio pode ser correspondido com uma manipulação de
reconhecimento. Neste caso, o estudante reconhece no médio novas qualidades do objeto de
estudo ao manipulá-lo e trabalhar com ele.
Quarta etapa (Controle): O estudante expressa-se mediante diferentes formas, oral ou prática,
fundamentalmente e utiliza o médio como controle da ação como uma subida que de forma
dinâmica permite ativar todas as ações possíveis no estudante.
O professor deve estar preparado para percorrer estas etapas não como degraus senão como um
processo que mediante o auxílio dos meios de ensino provoca uma maior interação entre ele e o
estudante.
Ter presente estas etapas de assimilação do conhecimento é importante porque permite-nos levar
o médio de ensino a um plano didático, possibilitando assim uma maior apropriação dos
conteúdos por parte dos alunos.
“Meios de ensino denomina-se a todos os meios materiais precisados pelo maestro ou o aluno
para uma estruturação e condução efetiva e racional do processo de instrução e educação a todos
os níveis, em todas as esferas de nosso sistema educacional e para todas as matérias para
satisfazer as exigências do plano de ensino. Citado por Galkan D.: 1973, pp. 420.
Os meios de ensino permitem elevar a efectividade do sistema escolar, garantindo uma docência
a mais qualidade, um maior número de promovidos e com maiores resultados, ademais permite
racionalizar os esforços do professor e estudantes, fornecendo um melhor aproveitamento da
força trabalhista.
Rossi e Biddle (1970) definem ao médio de ensino como: “Qualquer dispositivo ou equipe que
se utiliza para transmitir informação entre as pessoas” citados por Gerlarch e Ely, 1979, pp. 18.
Vicente González Castro define os meios como: “São o canal através do qual se transmitem as
mensagens docentes, são o sustento material no contexto da classe” 1986. pp. 85.
Nesta mesma linha Edling e Paulson, consideram como médios: “As vias gráficas, fotográficas,
eletrônicas ou mecânicas para capturar, processar e reconstruir informação visual ou verbal”
1985. pp. 251. No Dicionário de Educação, definem-se os meios como: “Recursos e outros
materiais que apresentam um corpo completo de informação e que são autônomos mais que
suplementares no processo de ensino-aprendizagem” 1973. pp. 307.
Em livro de Pedagogia “” coletivo de autores cubanos propõe: “Os meios são parte componente
essencial do processo de aquisição dos conhecimentos, habilidades e convicções dos quais não
podemos prescindir” 1984. pp.268. No IV Seminário Nacional para Dirigentes, Metodólogos e
Inspetores de Educação, 1980, pp. 16, precisa-se: “Os meios de ensino são diferentes imagens e
representações de objetos e fenômenos, que se confecionam especialmente para a docência,
também objetos naturais e industriais, tanto em sua forma normal como preparada que contêm
informação e se utilizam como fonte do conhecimento”.
“Todos os componentes do processo docente - educativo que atuam como suporte material dos
métodos (instructivos ou educativos) com o propósito de conseguir os objetivos propostos”.
1986, pp. 48.
Consideramos o expresso por Vicente González Castro como a definição mais completa já que
os meios de ensino permitem criar as condições materiais favoráveis para cumprir com as
exigências científicas do mundo contemporâneo durante o processo docente-educativo. Permitem
fazer mais objetivos os conteúdos da cada matéria de estudo e, por tanto, conseguir maior
eficiência no processo de assimilação do conhecimento pelos alunos criando as condições para o
desenvolvimento de capacidades, hábitos, habilidades e a formação de convicções, possibilitam
um maior aproveitamento de nossos órgãos sensoriais; criam-se as condições para uma maior
permanência na memória dos conhecimentos adquiridos; pode ser transmitido quantidade de
informação em menos tempo; motivam a aprendizagem e ativam as funções intelectuais para a
aquisição do conhecimento; facilitam que o aluno seja agente de seu próprio conhecimento, isto
é, contribuem a fixar os conhecimentos adquiridos.
Esta definição é o suficientemente ampla para resumir nela todos os recursos que servem ao
processo docente-educativo, não somente, os meios visuais ou sonoros senão os próprios objetos
reais, os livros de texto, os laboratórios escoar e todos aqueles recursos materiais que servem de
sustento ao trabalho do maestro. Quando nos referimos a objetivos traçados estamos falando de
todo tipo de objetivos sejam estes generais ou específicos, estejam destinados à formação de um
conceito, de uma habilidade, de uma capacidade, de um hábito ou de uma convicção moral,
ideológica, política ou cientista pelo que se considera que os meios de ensino constituem um
sistema de recursos materiais, que se empregam no processo de ensino- aprendizagem como
fontes de aquisição de conhecimentos para o desenvolvimento de hábitos e habilidades, de
acordo com os objetivos propostos.
Com esta afirmação quer ser indicado que em todo processo de ensino - aprendizagem
inevitavelmente os meios se configuram como um dos elementos indispensáveis. É inadmissível,
que um docente desenvolva sua docência empregando exclusivamente a palavra oral e seus
gestos. Inclusive nas classes que pudéssemos considerar como mais tradicionais, a ardósia e os
livros são parte integrante e necessária.
? Os meios são parte integrante dos processos comunicativos que se dão no ensino. Não só
os meios facilitam e apresentam as mensagens informativas que devem receber os alunos, senão
que condicionam e modulan as transações comunicativas entre professor e alunos e entre estes.
Por outra parte, a unidade dos meios determina-se porque formam um conjunto caraterizando
por uma função comum: Contribuir ao ensino e a educação dos alunos. São produzidos e
integrados mediante as necessidades gerais, as tarefas do ensino e a educação, o conteúdo e a
metodologia do ensino formam um sistema relativamente autônomo no médio social pedagógico.
Sobre a base desta análise poderíamos dizer que o sistema de meios de ensino é: artificial,
inorgânico, aberto e dinâmico.
De forma tradicional atribuía-se-lhes aos Meios de Ensino como auxiliares para o trabalho do
maestro em uma época em que se carecia da concepção sistémica e cientista que temos hoje
sobre o processo docente educativo.
Chamar os meios como “auxiliares” não seria acertado já que estes são componentes de um
processo sistémico do que não podem ser separado. Muitos opõem-se a essa concepção
integradora dos meios de ensino e pensam que os estão sobrestimando. Alegam que sem meios,
inclusive, podem ser desenvolvido as classes. Os que assim pensam têm uma concepção muito
estreita e limitada dos meios de ensino.
Pode ser assegurado que os meios não são “condimentos do ensino” Castro, V. G.: 1986, pp.
46, senão uma parte componente essencial do processo de aquisição de conhecimentos, hábitos,
habilidades e convicções dos quais não pode ser prescindido.
Por tanto, podemos afirmar que sem componentes materiais e objetivos o processo de ensino
seria falso, carecendo desse relacionamento direto com a realidade concreta que atua como base
e início da percepção sensorial que dá origem ao processo do conhecimento.
Vicente González Castro em sua obra Teoria e Prática dos Meios de Ensino pp. 76 propõe:
“Classificar é, basicamente, organizar, agrupar; mas não de uma maneira anárquica se não a
partir de certas regularidades que se observam”
Nesta mesma obra recolhe o critério de diferentes autores sobre classificação de meios de
ensino, os quais se expõem a seguir:
Wilbur Schramn, 1980. pp. 15, agrupa-os em etapas geracionais, segundo foram aparecendo no
contexto docente. Classificando-os como:
Segundo Lothar Klingberg, 1968, pp. 10, agrupam-se em cinco famílias atendendo a critérios
didáticos, elas são:
? Objetos Originais.
? Símbolos.
? Médios cibernéticos de ensino.
Víctor Fleming, 1979. pp17, oferece uma classificação dos meios baseada na teoria do
conhecimento organizando-os em duas grandes categorias:
? Os meios simbólicos: dados por representações no plano abstrato e cujos símbolos são
convencionais, determinados pela vida social (linguagem escrita, falado)
Por outra parte, Cubero, J.: em seu artigo “A Seleção e Planejamento dos Meios de Ensino”.
1985. pp.28, classifica-os por seu grau de objetividade sobre uma base netamente psicológica,
indo do mais concreto ao mais abstrato.
? Médios de Ensino que complementam o livro de texto em todo seu conjunto ou em alguns
de seus elementos.
Castro, V. G.: 1986. pp. 79 agrupa-os em cinco grupos atendendo a suas funções didáticas:
? Médios de treinamento.
A pesar de seu presumible caducidade "os critérios para a análise e avaliação dos meios de
ensino" MINED, 1976, pp. 20, conservam a nosso julgamento um apreciable valor relativo ao
problema que nos ocupa. A proposta consiste em estabelecer um sistema de habilidades e
operações, gerais e específicas para a cada contido o que permite estabelecer o modelo de a
atividade cognoscitiva de o aluno em correspondência com o pensamento empírico e o
teórico.
Para isto se propõe proceder de duas maneiras. Uma é a formação do conceito mediante a
generalização de caraterísticas essenciais. A outra é a saturação de o conceito com exemplos
concretos. Isto permite dar um critério evaluativo do uso dos meios de ensino. No primeiro caso
os meios são a base da formação do conceito: ao aluno se lhe brindarão os exemplos
suficientes que permitam formar o conceito. Em o segundo caso os meios usam-se para
enriquecer o conceito: deve haver a quantidade suficiente de exemplos que permitam a
formação de habilidades para a classificação dos conceitos formados.
Para incidir sobre o nível teórico de pensamento requer-se , segundo o referido documento, de
modelos experimentais, aparelhos que permitam conhecer a estrutura interna, filme com
processos, aplicações práticas, etc., que conduzam a generalizações próprias da reconstrução
teórica de o objeto baixo estudo.
Em resumo, as propostas que se fazem neste documento são de muito interesse para a avaliação
do uso de os meios de ensino já que contemplam as interioridades do processo de
aprendizagem. Se retomamos o proposto sobre o valor determinante do método implícito e
explícito em o emprego do médio aos efeitos de sua avaliação, resulta que a proposta de 1976
se corresponde com a prioridade de os processos de indução e dedução na atividade de o
estudante com o médio, determina sua seleção e constitui o efeito essencial de seu emprego.
Isto estabelece um nexo entre o uso de o médio com intenções de estimular os processos de
pensamento e a classificação que tem em conta as vias lógicas de obtenção do conhecimento.
Dadas as posições consideradas nas fontes analisadas, aprecia-se que há duas maneiras de
apresentar o problema de a avaliação do uso dos meios de ensino. Por uma parte, a que
prioriza a atividade interna do sujeito, cuja defesa mais coerente se aprecia no documento do
MINED, e por outra a que se limita em o fundamental a os fatores e condicionantes externos
do processo de aprendizagem, presente ao resto de as fontes analisadas.
Em Cuba, aos efeitos da avaliação de os meios de ensino, dispomos desde 1982 de uma
norma que tenta abranger todas as facetas do problema da construção, emprego e avaliação dos
meios de ensino.
Os índices sobre os que opera a norma são: cientista - pedagógico, de fiabilidade, tecnológico,
ergonómico, estético, de segurança, etc. Como é natural, se faz explícito que os primeiros são
determinantes e dentro destes se contemplam as epígrafes seguintes:
Este é um aspeto essencial já que quando se critica que um médio se usa com uma função
informativa, isto leva consigo um baixo nível de assimilação. Estes dois fatores estão, por
tanto, estreitamente relacionados. Para isto é essencial ter em conta os avanços da pedagogia que
referimos em o primeiro aspeto.
? Influência educativa.
Aqui estão presentes os elementos educativos da atividade do estudante com o médio, o grau em
que sua atuação necessária leva a desenvolver aspetos motivacionales, afetivos, volitivos, de sua
personalidade, que desenvolvem sua aptidão geral social, docente e pessoal, suas habilidades
e hábitos. Por isso é correto considerar este nível de influência na avaliação do médio.
Esta deve ser a primeira condição, sua correspondência com os objetivos e o método,
particularmente se se tem em conta as dificuldades que apresentam muitas definições ao não
inter-relacionar as categorias da didática. Este caso é trivial já que não fazem sentido os meios
sem relacionamento com o conteúdo porque eles são os mediadores entre a realidade (refletida
nos conteúdos) e a estrutura cognitiva desejada nos estudantes.
Não só deve haver correspondência com a idade, senão também com o nível de
desenvolvimento volitivo, intelectual, motivacional, cultural e as diferenças individuais dos
alunos.
Este critério evaluativo pode, por si mesmo, ser contradictorio com os anteriores. Conquanto
todo médio, como substituto preelaborado de o objeto de aprendizagem, traz consigo uma
síntese de informação, de elementos de atuação e desenvolvimento, não deve absolutizarse uma
intenção predominante de economia de tempo, já que não seria possível produzir momentos,
ações e processos essenciais da aprendizagem, do desenvolvimento do pensamento e de
qualidades importantes da personalidade do educando. De maneira que não pode haver só uma
intenção em reduzir o tempo e que isto, de por si, seja trascendente para a avaliação dos meios;
o essencial deve ser a formação em os termos que definimos neste trabalho.
? Acessibilidade.
Sobre o que constitui nosso campo de ação apreciamos duas tendências; uma que se dirige no
fundamental a aspetos externos e a declarar a dificuldade do ato de avaliar um fenômeno
tão complexo e, outra, que se dirige mais aos processos internos, aos processos de pensamento, à
elaboração de conceitos, julgamentos, raciocínios, a a indução e a dedução, a a análise, a
síntese, etc. As considerações críticas anteriores, conduzem a a necessidade de sintetizar uma
proposta de critérios de avaliação do uso de os meios de ensino que satisfaça os requisitos
anteriormente analisados e que a sua vez se adecue às condições dos estudantes e sirvam de
veículo eficaz para conseguir com sucesso o processo de ensino aprendizagem em nossos centros
docentes.
BIBLIOGRAFIA
2. Danilov. A. “Didática da escola média”. Editorial Povo e Educação. Havana. 1985. pp.15.
Estratégias de ensino
Neste item será apresentado uma taxinomia que norteou os estudos para analisar os
software
propostos, STI, SETMUS e SETA, quanto as estratégias de ensino envolvidas em suas
construções e
desenvolvimento ou até em formas de serem adotadas em ambientes tradicionais de ensino,
como em
sistema de turma de alunos. O grupo adotou a compilação realizada por Bercht em [BER 97] a
qual se
encontra resumida no tópico a seguir.
Sob o prisma da arquitetura de um sistema Tutor tradicional tem-se que o módulo de Ensino ou
Estratégias de Ensino constituem as funções políticas de um sistema tutorial, pois dependendo da
ordem
e da maneira nos quais os tópicos de conteúdo são tratados e expostos, pode-se produzir
experiências
diferentes de aprendizado. Por exemplo: em sistemas tutoriais essencialmente condutores do
ensino, às
vezes é mais efetivo deixar o aluno procurar uma solução por um tempo, do que sempre
interrompê-lo.
Por outro lado, deixar seguidamente o aluno completamente sozinho em suas descobertas, poderá
desorientá-lo. As estratégias de ensino são implementadas como planos de como se deve
processar as
formas do ensino e da aprendizagem do aluno
aluno. Dependendo do método de ensino que é adotado, tem-se maior ou menor esforço na
seleção e
seqüenciamento do conteúdo (currículo) ou na instrução. Por exemplo, em métodos de ensino do
tipo
"conferência", expositiva, que é pouco dinâmica, tanto o currículo como a instrução
propriamente dita,
podem ser desenvolvidas e preparadas com antecedência. Já quando se usam técnicas do tipo
diálogo
socrático, muito dinâmicas, exige-se muito do currículo, devido a seguidas alterações oriundas
das
mudanças do tema e da interação.
Um STI pode se utilizar de diferentes técnicas instrucionais ou de ensino, porém deve exibir
sempre no
mínimo três características [HAL 88]:
virador de páginas". Elas podem e devem ser usadas em situações específicas e dentro de
qualquer
uma das estratégias que serão colocadas a seguir.
O modelo de ensino socrático é motivado, melhor, conduzido pelo tutor, a partir de um tópico no
qual
o aluno demonstre já possuir algum conhecimento. Assim, o tutor aprofunda um conteúdo do
domínio
que o aluno tenha citado ou que o aluno constatadamente já domine, durante uma interação.
Entretanto,
os primeiros tutores apresentavam limitações que se tentava dirimir ou amenizar acrescentando
regras
associadas a condições, especialmente em resolução de conflitos (quando muitas ações são
associadas
a uma condição). Outra maneira é apoiar o ensino socrático de uma hierarquia de dificuldades
crescente, pré-estabelecida como descrito em [VIC90]. Neste método, o tutor ensina o aluno
através
de uma abordagem de exposição indireta, que consiste em oferecer ao aluno, uma sucesssão de
questões que visam formular princípios gerais baseados em casos particulares para ele poder
analisar
hipóteses, descobrir contradições e finalmente fazer inferências corretas.
Outra forma de um ITS implementar diálogos é através de uma maneira híbrida, que alia o
diálogo e o
estilo de ensino baseado em casos (ver item 3.3.3): modelo de diálogo de questionamento. Este
modelo de ensino, conforme Lung-Hsiang Wong [WON96], força o aluno a articular a teoria que
é
crítica para o entendimento em profundidade do domínio e foi implementado gerando o Inquiry
Teaching Planner por Lung-Hsiang et al. [WON96]. Este modelo foi proposto por Collins et al.
[COL82] e em [COL89]. Collins e Stevens propuseram uma formalização para o estilo de ensino
de
questionamento. Esta teoria foi desenvolvida indutivamente pela observação da ação didática
realizada
pelos tutores humanos. Afirma Wong, citando pesquisas de Collins e Stevens, que os professores
possuem diferentes sub-objetivos simultâneamente, onde cada sub-objetivo está associado com
um
conjunto de estratégias para selecionar casos, fazer perguntas e comentários. Na consecução
destes
sub-objetivos, cada professor, mantem uma agenda que o permite disponibilzar os diversos
objetivos
eficientemente. Dado um conjunto de objetivos de ensino, eles selecionam casos que otimizam a
habilidade do estudante a atingir os objetivos. Então, os professores questionam os estudantes
sobre os
casos e sobre as regras que os relacionam. As respostas revelam o que o aluno sabe ou não sabe,
as
quais modificarão o modelo do estudante. Quando as concepções errôneas do aluno são
identificadas
inequívocamente, novos sub-objetivos são criados para corrigir os erros. Se as questões
revelarem
múltiplos erros, então será criada uma nova agenda que ordenará os sub-objetivos.
Conforme Wong [WON96], citando os trabalhos de Collins e Stevens, são citados 59 estratégias
para
disponibilizar diálogos de questionamento. Estas regras de produção (pares de condição-ação)
são
divididas em 4 categorias:
Esta classificação pretende ser uma forma de separar as regras de produção referentes ao
conteúdo do domínio, para a condução de um diálogo do tipo questionamento. Exemplo pode ser
visto na condução
de uma sessão do PADI-2, um ITS baseado em TAP, desenvolvido por Wong et al. [WON96].
As formas mais simples desta estratégia de ensino tem sido bastante utilizadas pelos ITS.
Exemplos
famosos são citados por Burton em [BRT88], como o WEST e o WUSOR e que estão descritos
resumidamente no capítulo 5. Outro exemplo são os tutores orientados por modelos ("model-
tracing
tutors") que utilizam a resolução de problemas orientada [AND95]. Exemplo destes é um sistema
destinado ao auxílio de ensino de LISP. Nele, os alunos novatos que durante a construção de um
texto
em Lisp, estão colocando um símbolo no texto, estão sendo observados pelo tutor. Nesta ação, o
tutor
está atento e imediatamente retorna um "feedback" negativo se o símbolo estiver incorreto. Se o
estudante não obtém sucesso na segunda tentativa, o tutor o auxíla através de uma dica. Se a dica
não
é suficiente para o aluno resolver o problema, então o tutor mostra o quê deverá ser feito.
Por definição, resolução orientada de problemas não inclue discussões de princípios básicos ou
de
conceitos das tarefas do domínio. Mas, estas discussões temáticas são válidas e são realizadas
pelo
tutores humanos, que interrompem a execução das soluções do aluno para apresentar e discutir
pontos
importantes do domínio em estudo [VAN96]1.
esta fase nem sempre acontece. Os alunos continuam se exercitando em tarefas que usam
os conhecimentos adquiridos, até que o processo se torne quase automático.
Este modelo é baseado na crença que a maior tarefa da ação educacional é ensinar ambos, o
conhecimento (conceitos e procedimentos) sobre e com o domínio e a forma de acessar o
conhecimento [SCH91]. Normalmente é adotado para apoiar o ensino em domínios de
conhecimento
vasto, como História, Biologia, previsão de tempo, ou em área de conhecimento amplo,
complexo,
dinâmico, como Filosofia, Psicologia, Medicina, Direito, .... Nestes tipos de domínios, o uso de
regras
para representar o conhecimento é problemático, devido a enorme quantidade de regras
necessárias
para descrever toda a área. Neste caso, uma alternativa é representar o domínio através de
casos-exemplos que incorporam, explícita ou implicitamente, as fórmulas e os princípios
relevantes.
mais próximo (análogo) para aplicar sua solução no novo caso. Exemplo desta estratégia é o
projeto do
Tutor for Weather Forecasting, desenvolvido para a Weather Training Division da Força Aérea
Americana, sediada em Rantoul [SCH91], Estados Unidos.
Outro exemplo que faz uso desta estratégia é CAMELOT. Camelot (Collaborative and
Multimedia
Environment for Learners on Teams) projetado por Takashi Fuji et al. [FUJ96], é um sistema que
utiliza duas estratégias para apoiar suas técnicas de ensino: CBR e colaboração. O ensino
colaborativo no
caso do Camelot usa a técnica de grupo Nominal para auxiliar na resolução de problemas de
grupos
idealizada por H.J.Brightman. O processo de interação possui cinco etapas baseadas nesta
técnica
onde os membros do grupo tentam obter uma melhor solução possível através de consenso.
Nestes modelos estão todos os STI que desenvolvem suas técnicas instrucionais em ambientes de
A modelagem e simulação podem ser usados em uma grande variedade de contextos no processo
ensino-aprendizagem. Segundo Renato Sabbatini em [SAB84], já nos idos de 1984, para todos os
níveis, mas especialmente para estudantes de menor idade, é comum o professor colocar
programas prontos
de simulação estática ou dinâmica (levando em conta o fator tempo) de modelos relativos a
fenômenos
de interesse (por exemplo, em Física, Biologia, ...). O aluno deve experimentar com o modelo, de
modo
a adquirir mais conhecimentos sobre o fenômeno em si. Neste caso, o nível de conhecimento
prévio do
aluno, a complexidade do modelo e os recursos de simulação determinam a melhor adequação da
atividade ao currículo específico. A modelagem que consiste em levar o aluno a construir total
ou
parcialmente o modelo subjacente, pode ser combinada com a simulação, apresentando um valor
didático muito poderoso.
Este ambiente se destina a testes das hipóteses em relação a novas arquiteturas, envolvendo
mutli-agentes e com alternativas de estatégias de ensino adequadas a alunos-personagens.
Os softwares estudados foram os SETMUS, STI e SETA. SETMUS e STI não são tutores
inteligentes, enquandrando-se nos sistemas de ensino e exercício e prática tradicionais, do tipo
CAI-
Computer Aided Instruction. SETA, por outro lado é um sistema especialista aplicado à
integração de
conteúdos da área de saúde, na prescrição de fármacos para pacientes com distúrbios de
comportamento, não se constituindo, apesar de usar técnicas de Inteligência Artificial, em um
Tutor.
STI - Sistema de Treinamento de Intervalos (Prof. Eloy Fernando Fritsch)
Uma das aplicações do STI é servir como um sistema com exercícios para quem está
estudando teoria musical, mais especificamente, harmonia musical.
Podemos citar como algumas características principais: o aluno constrói seu conhecimento
sobre a teoria musical, através do som. Esse conhecimento é construído sem supervisão; o aluno
verifica suas dificuldades e pode exercitar quantas vezes desejar.
SETMUS - Sistema Especialista para Teoria MUSical (Prof. Eloy Fernando Fritsch)
Sendo assim, o SETA, não se enquadra na taxionomia proposta e utilizada neste trabalho
de análise de software educacional.
Porém, partindo do pressuposto que o SETA seja utilizado como uma ferramenta
educacional, algumas observações podem serem feitas:
o aluno que utilizar pode familiarizar-se mais rapidamente com os termos técnicos
pertinentes a área;
o aluno pode analisar os resultados e as justificativas do laudo (resultado do SETA), bem
como, fazer exercícios simulados que o auxiliem na compreensão da correlação dos
dados, analisando com mais cautela o grande número de diferentes "perfis
farmacológicos, efeitos colaterais, doses, etc, além das características e condições
específicas de cada paciente".
Material Didático
O material didático pode ser definido como instrumento e produto pedagógico utilizado
em sala de aula, especificamente como material instrucional que se elabora com
finalidade didática.
Publicidade
Os professores têm hoje, à sua disposição, uma infinidade de materiais didáticos filiados
a abordagens diferentes em um contínuo que insere, em um extremo, a abordagem
estrutural e, em outro, a comunicativa, o que indica que dois conceitos de língua
disputam a preferência dos professores – língua como um conjunto de estruturas e língua
como comunicação.
Uma pequena biblioteca em classe também é importante para que os alunos possam
sempre pesquisar e se informar sobre determinado conteúdo ou tema que tenha
despertado interesse.