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A Negociação
A Negociação Criativa
Por sua vez, Guirado (2013), idealizador do Clube de Negociadores, acrescenta que
a negociação criativa pode contribuir em situações em que há risco de não haver o
estabelecimento de um acordo, devido a algum impasse no curso da negociação.
Ou ainda, quando é difícil definir as questões a serem negociadas, bem como as
possíveis opções de negociação.
Destaca, ainda, que para a prática da negociação criativa é imperativo que haja foco
nos interesses subjacentes à questão; que a busca de soluções seja independente
das posições adotadas pelas partes e que o negociador considere os interesses da
contraparte.
Negociação e CNV possuem uma grande harmonia, uma vez que CNV propõe uma
reformulação na maneira como cada um se expressa e ouve os demais. Por meio da
escuta ativa e profunda, o método favorece que as interações ocorram com mais
respeito, atenção e empatia, ao passo que respostas a estímulos comunicacionais
deixam de ser automáticas e repetitivas para serem mais conscientes e baseadas
em percepções do momento (ROSENBERG, 2006).
Negociação e CNV
A prática da CNV também pode ajudar a melhorar a fala, por melhor adequá-la ao
momento do interlocutor, já que, por ser empática, se fala com a consciência do
desafio que representa o escutar.
Por tudo isso, entende-se que a formação do negociador poderá se beneficiar com
o estudo e a prática da Comunicação Não Violenta.
Para reforçar essa discussão, destacamos que equacionar e encontrar soluções que
atendam aos objetivos de clientes, acionistas, órgãos reguladores, governos,
empregados, colaboradores, ou fornecedores, pode exigir negociações complexas
as quais em muitas ocasiões são aparentemente insolúveis, caso não sejam
abordadas com criatividade. Ao primar pela criatividade e pela boa comunicação,
criam-se condições mais favoráveis para a construção de acordos que melhor
contemplem as necessidades das partes, e, portanto, promova a maximização da
riqueza de ambos.
Salienta-se ainda, por oportuno, que a crescente escassez de recursos naturais pode
ensejar uma escala da emergência de conflitos, o que torna mais crucial o zelo pelo
aprimoramento na habilidade de condução de negociações criativas sustentadas
pela proficiência na capacidade dialogal; pois esta, como vimos, é competência
básica na formação dos negociadores que atuam no presente e atuarão no futuro
que está por vir.
Referências
THOMPSON, Leigh L. O Negociador. 3. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2009.
Fonte: https://clubedenegociadores.com/negociacao-e-cnv-uma-competencia-
basica-para-a-conducao-de-negociacoes-criativas/