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Questões da PA de Tocoginecologia 


1) 1G 0P 37 semanas, chega ao PS em estado de choque hipovolêmico, com quadro de coagulopatia e


ausência de BCF. Ao exame transvaginal, há discreto sangramento escuro. A hipótese clínica correta é:

(a) rotura de vasa prévia

(b) placenta prévia

(c) rotura uterina 

(d) descolamento prematuro de placenta

RESPOSTA (D)
CLASSE 3 – DPP GRAVE (CERCA DE 24% DOS CASOS)
CLASSIFICAM-SE COMO CLASSE 3  OS CASOS NOS QUAIS O SANGRAMENTO VAGINAL É
AUSENTE OU INTENSO,  O ÚTERO ENCONTRA-SE  MUITO CONTRAÍDO, A MÃE APRESENTA
CHOQUE CIRCULATÓRIO E O FETO EVOLUI PARA O ÓBITO.
OS NÍVEIS DE FIBRINOGÊNIO ESTÃO MUITO BAIXOS E A MÃE COSTUMA APRESENTAR
DIFICULDADE PARA COAGULAR O SANGUE.

2) Sobre placenta prévia podemos afirmar:

I- A cesárea é o procedimento de eleição para interrupção da gravidez

II- se a borda inferior da placenta estiver a mais de 2cm do colo (placenta baixa), pode ser permitido o
parto vaginal.

III- É obrigatória a localização placentária no exame do 1o trimestre (11 a 13 semanas) e, na suspeita de


placenta prévia, deve-se complementar o exame por via transvaginal.

IV-Em pacientes com cesárea anterior, a localização placentária na cicatriz, com áreas sonoluscentes, é
sugestiva de acretismo.

Estão corretas:

(a) I, II e IV

(b) I e III

(c) II e IV

(d) I, III e IV

RESPOSTA (D)
I-PRINCIPAIS INDICAÇÕES DE CESARIANA ABSOLUTA - PLACENTA PRÉVIA TOTAL E PARCIAL
II-PLACENTA PRÉVIA MARGINAL E PLACENTA BAIXA DISTANDO < 2 CM DO ORIFÍCIO INTERNO DO
COLO NÃO É OBRIGATÓRIO A CESARIANA
III-AVALIAÇÃO ANATÔMICA SUGERIDA PELA ISUOG (2013) NA ULTRASSONOGRAFIA DE 1º
TRIMESTRE (11 A 13 +6 SEMANAS) DA PLACENTA: TAMANHO E ESPESSURA
IV- ACRETISMO: A PLACENTA ACRETA OCORRE COMO CONSEQUÊNCIA DA AUSÊNCIA DA
DECÍDUA BASAL E DEFICIENTE FORMAÇÃO DA CAMADA DE NITABUCH (FIBRINÓIDE).
ESTE TIPO DE PLACENTA INCIDE EM TORNO DE 1 A 5% DAS MULHERES COM PLACENTA
PRÉVIA ; EM MULHERES COM PLACENTA PRÉVIA, O RISCO DE PLACENTA ACRETA É MUITO
INFLUENCIADO PELA OCORRÊNCIA DE CESÁREAS ANTERIORES.

3)Qual é, entre os parâmetros avaliados no perfil biofísico fetal (PBF), aquele que denota cronicidade da
insuficiência placentária?

(a) comprometimento do tono fetal e redução dos movimentos respiratórios fetais

(b) centralização fetal, caracterizada pela vasodilatação em territórios placentários

(c) desacelerações variáveis, do tipo umbilical, identificadas pela cardiotocografia.

(d) oligodramnia
RESPOSTA (D)
VARIÁVEIS QUE ANALISAM MARCADORES AGUDOS
SÃO AQUELAS VARIÁVEIS QUE AVALIAM O SISTEMA NERVOSO CENTRAL, IDENTIFICANDO
SOFRIMENTO AGUDO:
• ANÁLISE DA FCF PELA CARDIOTOCOGRAFIA
• MOVIMENTOS FETAIS
• MOVIMENTOS RESPIRATÓRIOS
• TÔNUS

VARIÁVEIS QUE ANALISAM MARCADORES CRÔNICOS:


REPRESENTADAS POR APENAS UM PARÂMETRO, AVALIAM SISTEMA RENAL DO FETO,
IDENTIFICANDO SOFRIMENTO CRÔNICO.
• AVALIAÇÃO DO LÍQUIDO AMNIÓTICO

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4) Considera-se parto pré-termo aquele ocorrido antes de 37 semanas completas (259 dias). É um
problema de saúde pública, por sua elevada incidência e por se constituir na maior causa de
morbiletalidade neonatal precoce e tardia. Sobre o parto pré-termo, pode-se afirmar.

I- O fator de risco mais importante de parto pré-termo é o encurtamento do colo uterino, avaliado por
ultrassonografia rotineira no 2º trimestre.

II- A vaginose bacteriana é um marcador importante para risco de parto pré-termo

III- a ultrassonografia transvaginal universal do colo uterino, por ocasião do exame morfológico, permite
identificar o risco de parto pré-termo, e, nos casos de encurtamento do colo, indicar o uso de progesterona
vaginal.

IV- a história prévia de parto pré-termino não é considerada relevante frente aos novos métodos de
predição

Está correto:

(a) II e IV

(b) I, II, III e IV

(c) II e III

(d) I, II e III

RESPOSTA (D)
I-UMA DAS PRINCIPAIS CAUSAS DO PARTO PREMATURO ESPONTÂNEO É O ENCURTAMENTO DO
COLO DO ÚTERO
II-VAGINOSE BACTERIANA. CONDIÇÃO CLÍNICA CARATERIZADA POR CORRIMENTO VAGINAL DE
ODOR FÉTIDO, PH VAGINAL > 4,5 E ALTERAÇÃO NA FLORA VAGINAL NORMAL LACTOBACILO-
DOMINANTE PARA OUTRA COM PREDOMÍNIO DE GARDNERELLA VAGINALIS, PREVOTELLA SP. E
ATOPOBIUM SP. A COLORAÇÃO DE GRAM NO ESFREGAÇO VAGINAL MOSTRA CÉLULAS
INDICADORAS. A VAGINOSE BACTERIANA ASSINTOMÁTICA (RASTREADA NO PRÉ-NATAL COM 16
SEMANAS) É CONSIDERADA CAUSA DE PARTO PRÉ-TERMO, ABORTAMENTO E INFECÇÃO
MATERNA.
III- ULTRASSONOGRAFIA (US) DO COLO DO ÚTERO. À MEDIDA QUE O PARTO SE APROXIMA, O
COLO ENCURTA-SE, AMOLECE, CENTRALIZA E DILATA-SE. A US TRANSVAGINAL É UM
MARCADOR MUITO ÚTIL DE PARTO PRÉ-TERMO EM DUAS CIRCUNSTÂNCIAS: GESTANTES
ASSINTOMÁTICAS E SINTOMÁTICAS COM AMEAÇA DE PARTO PRÉ-TERMO. EM GESTANTES
ASSINTOMÁTICAS, O COMPRIMENTO DO COLO < 20 MM ENTRE A 20 A E A 24 A SEMANA DEFINE
RISCO AUMENTADO PARA PARTO PRÉ-TERMO.
E ALÉM DISSO, A PREDIÇÃO DO PARTO PRÉ-TERMO POR MEIO DA ULTRASSONOGRAFIA
TRANSVAGINAL, UTILIZADA PARA A MENSURAÇÃO UNIVERSAL DO COLO UTERINO, POR
OCASIÃO DO EXAME MORFOLÓGICO DE 2º TRIMESTRE, E PARA A POSSÍVEL PREVENÇÃO COM A
PROGESTERONA VAGINAL.
IV- PARA A MÃE, O PARTO PRÉ-TERMO AUMENTA O RISCO DE NOVA INTERRUPÇÃO EM
GRAVIDEZ SUBSEQUENTE. O FATOR DE RISCO MAIS IMPORTANTE PARA O PRÉ-TERMO TARDIO É
A HISTÓRIA PREGRESSA DE PARTO PRÉ-TERMO.

5) Sobre a hemorragia pós-parto, podemos afirmar:



I- É a segunda causa de morte materna em todo o mundo, acontecendo em sua maioria nas primeiras 4h
após o parto.

II- Em até 50% dos casos é decorrente de atonia uterina.

III- O manejo ativo do segundamente mostrou-se ineficaz em prevenir as hemorragias precoces, não
estando rotineiramente indicado.

IV- A retenção placentária, uma causa importante de hemorragia pois parto, ocorre quando a duração do
segundamente excede 30 minutos.

Está correto:

(a) IV

(b) II e IV

(c) I, II e IV

(d) I e III


RESPOSTA (B)
I- A HEMORRAGIA PÓS-PARTO É A PRINCIPAL CAUSA DE MORTE MATERNA EM TODO O MUNDO,
SENDO ESTIMADAS 140 MIL MORTES MATERNAS EM 1 ANO, O QUE REPRESENTARIA UMA
MORTE A CADA 4 MIN, ACONTECENDO EM SUA MAIORIA NAS PRIMEIRAS 4 H APÓS O PARTO. É

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USUALMENTE DEFINIDA COMO A PERDA DE SANGUE SUPERIOR A 500 Mℓ APÓS O PARTO
VAGINAL OU MAIOR QUE 1.000 Mℓ APÓS O PARTO CESÁREO
II- A ATONIA UTERINA É A CAUSA MAIS COMUM DE HEMORRAGIA PÓS-PARTO. COMO A
HEMOSTASIA ASSOCIADA À SEPARAÇÃO DA PLACENTA DEPENDE DA CONTRAÇÃO MIOMETRIAL,
A ATONIA É TRATADA INICIALMENTE COM ESVAZIAMENTO DA BEXIGA, COMPRESSÃO BIMANUAL
DO ÚTERO, INFUSÃO DE OCITOCINA, METILERGONOVINA E MISOPROSTOL POR VIA RETAL.
III- A CONDUTA ATIVA NO SECUNDAMENTO ESTÁ ASSOCIADA A SIGNIFICATIVA REDUÇÃO DA
DURAÇÃO DO 3 PERÍODO E DE HEMORRAGIA NO PÓS-PARTO. O MANEJO ATIVO NO
SECUNDAMENTO É A MANEIRA EFETIVA DE PREVENIR A HEMORRAGIA PÓS-PARTO. ELA
COMBINA A ADMINISTRAÇÃO DE OCITOCINA (10 UI), POR VIA INTRAMUSCULAR (IM), APÓS O
NASCIMENTO DA CRIANÇA
IV- O CONHECIMENTO DA FISIOLOGIA DO SECUNDAMENTO POSSIBILITA CONSIDERAR A
PLACENTA RETIDA QUANDO O TERCEIRO PERÍODO NÃO SE COMPLETOU DECORRIDOS 30 MIN
DO PARTO FETAL, CAUSA DE HEMORRAGIA PÓS-PARTO.

6)Sobre o sofrimento fetal agudo, pode-se afirmar que:

I- os padrões cardiotocográficos que o exprimem s’ao taquicardia dias tipo II, soma de dias e bradicardia

II- A ausculta desarmada é obsoleta e deve ser sistematicamente substituída pela cardiotocografia

III- As causas do sofrimento fetal agudo são a insuficiência uteroplacentária aguda (hiperatividade uterina
ou hipotensão materna) e insuficiência fetoplacentária aguda (patologias do cordão)

IV- Caracterizado o sofrimento fetal agudo está sempre indicada em caráter de urgência operação
cesariana.

Estão corretas:

(a) I e II

(b) II e IV

(c) I e III

(d) Todas estão corretas

RESPOSTA (C)
I-CORRETA
II-INCORRETA
III-INSUFICIÊNCIA UTEROPLACENTÁRIA AGUDA
O FLUXO DE SANGUE MATERNO QUE CHEGA AOS ESPAÇOS INTERVILOSOS, PELOS VASOS
UTEROPLACENTÁRIOS, DEPENDE, FUNDAMENTALMENTE, DA RELAÇÃO ENTRE 2 FATORES:
• PRESSÃO ARTERIAL MÉDIA MATERNA: FORÇA QUE IMPULSIONA O SANGUE
• RESISTÊNCIA ENCONTRADA PELO SANGUE NOS VASOS UTEROPLACENTÁRIOS: ELEMENTO
INVERSAMENTE PROPORCIONAL AO CALIBRE DESSES VASOS, QUE, POR SUA VEZ, DEPENDE
DO TÔNUS VASOMOTOR INTRÍNSECO E DAS CONTRAÇÕES UTERINAS QUE COMPRIMEM,
EXTRINSECAMENTE, OS VASOS NUTRIDORES DA PLACENTA, QUANDO ATRAVESSAM O
MIOMÉTRIO, OU SEJA, DA PRESSÃO INTRAMIOMETRIAL.

INSUFICIÊNCIA FETOPLACENTÁRIA AGUDA


A CIRCULAÇÃO FETOPLACENTÁRIA É VEICULADA PELO CORDÃO UMBILICAL, OUTRO ELEMENTO
FUNDAMENTAL NA REALIZAÇÃO DAS TROCAS METABÓLICAS ENTRE A MÃE E O CONCEPTO.
ALÉM DO OLIGOIDRÂMNIO QUE ATUA NA AUSÊNCIA DE PATOLOGIA FUNICULAR, CERTOS
ASPECTOS PATOLÓGICOS DO CORDÃO REPRESENTADOS, PRINCIPALMENTE, POR CIRCULARES,
PROLAPSOS, PROCIDÊNCIAS E NÓS PREDISPÕEM OU MOTIVAM A COMPRESSÃO DOS VASOS
UMBILICAIS QUANDO DA CONTRAÇÃO UTERINA, O QUE CONSTITUI OBSTÁCULO AO TRÂNSITO
SANGUÍNEO FETOPLACENTÁRIO. ESTUDOS EXPERIMENTAIS MOSTRAM QUE A COMPRESSÃO
UMBILICAL, QUANDO TEM DURAÇÃO MAIOR QUE 30 S, REPERCUTE, PELA REPETIÇÃO,
DESFAVORAVELMENTE NA HOMEOSTASE FETAL.
IV-INCORRETA

7)Paciente no curso da 32a semana de gravidez apresentando metrossístoles frequentes, colo uterino em
apagamento, feto vivo. Qual a conduta?

(a) tocólise e corticoterapia

(b) ocitocina

(c) sulfato de magnésio

(d) corticoterapia


RESPOSTA (A)

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AS MEDIDAS PREVENTIVAS ADOTADAS PARA O ESTÁGIO III SÃO TOCÓLISE (NO INTUITO DE
EVITAR AS CONTRAÇÕES UTERINAS) E UTILIZAÇÃO DE CORTICÓIDE (PARA MATURAÇÃO DO
PULMÃO FETAL), ATÉ A 34º SEMANA. ENTRETANTO, PARA O INÍCIO DO TRATAMENTO PROPOSTO,
É NECESSÁRIO A IDENTIFICAÇÃO DO VERDADEIRO TRABALHO DE PARTO, QUE PODE SER FEITO
ATRAVÉS DO EXAME ESPECULAR, AVALIANDO A PRESENÇA OU AUSÊNCIA DA FIBRONECTINA,
OU AINDA ATRAVÉS DOS CRITÉRIOS CITADOS ABAIXO:
• CONTRAÇÕES UTERINAS REGULARES A CADA 5 MINUTOS;
• DILATAÇÃO CERVICAL DE PELO MENOS 1 CM;
• ESVAECIMENTO CERVICAL (ENCURTAMENTO DO COLO UTERINO) E/OU PROGRESSÃO DAS
ALTERAÇÕES CERVICAIS.

8)Quanto as gestações gemelares, com transfusão feto-fetal, é verdadeiro afirmar que:

(a) as alterações observadas ocorrem devido a presença de fistulas arteiro-arteriais superficiais


placentárias.

(b) ocorre shunt unidirecional em decorrência de anastomoses vilosas arteriovenosas profundas.

(c) o feto transfundido tem menor debito urinário do que o feto transfusor

(d) são mais comuns nas gestações dicoriónicas

RESPOSTA (B)
FISIOPATOLOGIA DA SÍNDROME DE TRANSFUSÃO GÊMELO-GEMELAR (STGG). QUANDO A
RESISTÊNCIA DE PERFUSÃO PLACENTÁRIA ALCANÇA CERTO LIMIAR, O SHUNT VASCULAR
PLACENTÁRIO TORNA-SE FUNCIONAL À MEDIDA QUE PASSA A CONSTITUIR VIA DE MENOR
RESISTÊNCIA PARA O FLUXO ARTERIAL DO GÊMEO DOADOR.

9)Tercigesta, secundípara, rh-negativo, ao realizar uma rotina laboratorial no 2o trimestre, apresenta teste
de Coombs indireto 1:32. Ao verificar exames anteriores, o medico identificou que eram 1:16 o resultado.
Assim, qual a conduta adequada?

(a) realizar ultrassonografia e Doppler da artéria cerebral fetal, com vistas a identificação de sinais de
anemia fetal

(b) repetir o teste de imediato, se confirmando o aumento de apenas uma diluição, não ha necessidade de
qualquer investigação adicional.

(c) proceder a amniocentese para espectrofotometria do liquido amniótico, assim confirmando a suspeita
de anemia fetal.

(d) proceder a cordocentese para avaliação do estado hematimétrico do feto, assim, confirmando a
suspeita de anemia fetal.

RESPOSTA (A)
CONSIDERA-SE O TÍTULO DO TESTE DE COOMBS ANORMAL QUANDO ASSOCIADO A RISCO
ELEVADO DE DETERMINAR HIDROPISIA FETAL. ESSE VALOR VARIA DE ACORDO COM A
EXPERIÊNCIA DA INSTITUIÇÃO, MAS EM GERAL SE SITUA ENTRE 1:16 E 1:32.
▶ULTRASSONOGRAFIA. TEM SIDO PROPOSTA UMA CLASSIFICAÇÃO BIOFÍSICA DO FETO NA
DHPN. SUA HIDROPISIA É SUBDIVIDIDA EM LEVE, GRAVE E TERMINAL (TABELA 31.2). A
CLASSIFICAÇÃO, ALÉM DE INDICAR O GRAU DE COMPROMETIMENTO FETAL, TERIA ALGUM
VALOR PROGNÓSTICO.
▶ DOPPLER. MÉTODO NÃO INVASIVO ATUALMENTE CONSAGRADO NA AVALIAÇÃO DO GRAU DE
ANEMIA FETAL. PARÂMETROS ULTRASSONOGRÁFICO OU CARDIOTOCOGRÁFICOS JAMAIS SE
CORRELACIONARAM ADEQUADAMENTE COM O PROGNÓSTICO FETAL. A HIDROPISIA FETAL
PODE SER DIAGNOSTICADA FACILMENTE PELA ULTRASSONOGRAFIA, MAS É SINAL TARDIO DE
ANEMIA, INDICATIVO DE NÍVEL DE HEMOGLOBINA DE MAIS DE 7 G/D ABAIXO DO VALOR MÉDIO
PARA A IDADE DA GRAVIDEZ.

10) Cite 5 fatores de risco maiores para crescimento intrauterino restrito.

1. IDADE MATERNA ACIMA DE 40 ANOS


2. BAIXO GANHO DE PESO MATERNO
3. HAS CRONICA
4. FUMO - MAIS DE 10 CIGARROS/DIA
5. COCAINA

11) Cite 5 formas clinicas de abortamento

1. AMEAÇA DE ABORTAMENTO
2. ABORTAMENTO COMPLETO

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3. ABORTAMENTO INCOMPLETO
4. ABORTAMENTO INFECTADO
5. ABORTAMENTO INEVITÁVEL

12) Defina abortamento habitual

2 OU MAIS PERDAS GESTACIONAIS

13) Cite 5 exames que devem fazer parte da propedêutica das pacientes abortadoras habitualmente

1. CARIÓTIPO DO CASAL
2. USA DO UTERO E OVARIO
3. DOSAGEM DE ANTICORPOS LUPO-ANTICOAGULANTE E ANTI-CARDIOLIPINA
4. TSH, ANTI-TPO, ANTI-TG
5. TESTOSTERONA LIVRE/TOTAL

14) Quais são os critérios tradicionalmente utilizados para o diagnóstico de pré-eclampsia?

1. PRESSÃO SANGUÍNEA SISTÓLICA ≥ 140 MMHG OU DIASTÓLICA ≥ 90 MMHG, EM DUAS


OCASIÕES ESPAÇADAS DE NO MÍNIMO 4 H, APÓS 20 SEMANAS DA GRAVIDEZ, EM MULHER
COM PRESSÃO ARTERIAL PRÉVIA NORMAL SISTÓLICA ≥ 160 MMHG OU DIASTÓLICA ≥ 110
MMHG, CONFIRMADA EM INTERVALO CURTO (MINUTOS) PARA INICIAR A TERAPIA ANTI-
HIPERTENSIVA IMEDIATA E
2. PROTEINÚRIA ≥ 300 MG/24 H RELAÇÃO PROTEÍNA/CREATININA ≥ 0,3 (AMBAS EM MG/Dℓ)
FITA = 1+ (UTILIZADA APENAS AUSENTES OS MÉTODOS QUANTITATIVOS)


NA AUSÊNCIA DE PROTEINÚRIA, QUALQUER UM DOS SEGUINTES:
3. TROMBOCITOPENIA - CONTAGEM DE PLAQUETAS < 100.000/MM 3
4. INSUFICIÊNCIA RENAL - CREATININA NO SORO > 1,1 MG/Dℓ OU A SUA DUPLICAÇÃO, NA
AUSÊNCIA DE OUTRAS DOENÇAS RENAIS
5. COMPROMETIMENTO DA FUNÇÃO HEPÁTICA - ELEVAÇÃO DAS TRANSAMINASES DE DUAS
VEZES A CONCENTRAÇÃO
6. EDEMA DE PULMÃO
7. SINTOMAS CEREBRAIS OU VISUAIS

15) Cite 5 criterios que caracterizam a pre-eclampsia grave

1. PRESSÃO SISTÓLICA (PS) ≥ 160 MMHG OU PRESSÃO DIASTÓLICA (PD) ≥ 110 MMHG, EM DUAS
OCASIÕES ESPAÇADAS DE NO MÍNIMO 4 H, COM A PACIENTE EM REPOUSO NO LEITO (A
MENOS TENHA SIDO INICIADO O ANTI-HIPERTENSIVO)

2. TROMBOCITOPENIA (CONTAGEM DE PLAQUETAS < 100.000/MM 3 )

3. COMPROMETIMENTO DA FUNÇÃO HEPÁTICA CARACTERIZADA POR AUMENTO ANORMAL


DAS ENZIMAS HEPÁTICAS (DUAS VEZES A CONCENTRAÇÃO NORMAL), DOR INTENSA NO
QUADRANTE SUPERIOR DIREITO OU NO EPIGÁSTRIO (NÃO RESPONSIVO À MEDICAÇÃO E/OU
NÃO EXPLICADA POR OUTROS DIAGNÓSTICOS)

4. INSUFICIÊNCIA RENAL PROGRESSIVA (CREATININA NO SORO > 1,1 MG/Dℓ OU A SUA


DUPLICAÇÃO, NA AUSÊNCIA DE OUTRAS DOENÇAS RENAIS)

5. EDEMA DE PULMÃO

6. SINTOMAS CEREBRAIS OU VISUAIS

16) Primigesta com 35 semanas, com importante aumento de peso (1kg/semana), edema de mãos, face e
MMII e PA 180X120mmHg, associada a cefaléia, escotomas e epigastralgia. Qual a associação de
fármacos considerada a mais adequada?

EXTRA: NA PRÉ-ECLÂMPSIA GRAVE ESTÃO PRESENTES VÁRIOS SINAIS DE ENVOLVIMENTO EM


OUTROS ÓRGÃOS, NOTADAMENTE, HEMÓLISE, ELEVAÇÃO DE ENZIMAS HEPÁTICAS, QUEDA DE
PLAQUETAS (SÍNDROME HELLP) ALÉM DE CEFALEIA, ESCOTOMAS E DOR EPIGÁSTRICA.

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17) Primigesta, 20 anos, 36 semanas, apresenta quadro de dor abdominal de forte intensidade e refere
parada de movimentação fetal. O exame clínico revela regular estado geral com fácies de dor e posição
antálgica, PA=90x30mmHg, pulso fino, FC 120BPM, mucosas descoradas ++++/4+, altura uterina=34cm,
útero hipertônico e ausência de atividade cardíaca fetal. Ao toque, colo com esvaecimento de 80%,
dilatado 6cm, bolsa íntegra e tensa.

Com esse quadro, qual a conduta imediata:

REPOSIÇÃO VOLÊMICA

• DOIS ACESSOS VENOSOS CALIBROSOS. EVITAR PUNÇÃO DE VASOS PROFUNDOS, PREFERIR


VASOS COMPRESSÍVEIS

• CAUTELA AO INSTALAR CATETER NASOGÁSTRICO

• HEMATÓCRITO (HEMOCONCENTRAÇÃO) A CADA 2 H

• RIGOROSA OBSERVAÇÃO DE ENFERMAGEM E REAVALIAÇÃO CLÍNICA CONSTANTE NA FASE DE


EXPANSÃO

• AVALIAR NECESSIDADE DE UTI (HEMATÓCRITO EM QUEDA E CHOQUE, GRAVIDADE DO


COMPROMETIMENTO CLÍNICO, INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA ETC.)
• NO DPP COM O FETO MORTO, INDICA-SE A INTERRUPÇÃO DA GRAVIDEZ PELA AMNIOTOMIA.

18) Paciente procura atendimento na maternidade com dor na FIE e apresentando dosagem de beta-HCG
de 5200 mlUI. O exame de ultrassonografia demonstrando útero vazio e massa anexial complexa medindo
6cm a esquerda.

Qual provável diagnostico?

GRAVIDEZ ECTÓPICA TUBARIA


Qual conduta deve ser tomada?

CIRURGIA LAPAROSCOPICA
Justifique essa conduta.

MASSA ANEXIAL DE GRANDES DIMENSÕES (6CM), HCG ACIMA DE 5000

19) Primigesta, 32 semanas, SEM a acompanhamento pre-natal, procura atendimento na emergencia


queixando-se de DORES em coloca ha mais ou menos 6 horas. Quando indagada sobre outros sintomas, a
paciente refere desconforto para urinar ha alguns dias e corrimento vaginal com odor forte ha algumas
semanas. Não sabe a data da DUM, mas ao exame clinico revela fundo-de-útero a meia-distancia entra a
cicatriz umbilical e o apêndice xifoide. O útero apresenta contrações ritmadas (3 em 10 minutos), de media
intensidade. O colo esta parcialmente apagado, permeável a uma polpa digital, nesse caso:

A) qual é o diagnostico provável

AMEAÇA DE PARTO PRE-TÉRMO


B) Justifique, em poucas palavras, esse diagnóstico.

ATIVIDADE UTERINA PRESENTE EM PACIENTE COM 32 SEMANAS.


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c) Aponte dois fatores de risco para o quadro em questão.

CORRIMENTO VAGINAL COM ODOR FORTE SUGERINDO VAGINOSE BACTERIANA/ DESCONFORTO


AO URINAR SUGERINDO INFECÇÃO URINARIA. VAGINOSE E INFEÇÃO URINARIA SÃO FATORES DE
RISCO PARA PARTO PRÉ-TERMO

20) Sobre o diabetes na gravidez, pode-se afirmar que:

I- O diabetes na gravidez pode ser pre-gestacional ou gestacional, aquele iniciado na gestação, sendo
nesse (gestacional) as maiores complicações são a macrossomia fetal e hipoglicemia neonatal.

II- Para o diagnostico são utilizados dois momentos, glicemia de jejum na 1a consulta pre-natal e teste oral
de tolerância a glicose de 75g (TOTG 75) entre 24 e 28 semanas.

III- O grande problema do diabetes pre-gestacional, tipo I e II, é a elevada incidência de malformações
ferias (cerca de 10%), sendo um dos objetivos principais do seu tratamento o rígido controle metabólico,
por meio da administração de insulina e acido folião no período periconcepcional, para evitar as
malformações.

RESPOSTA D TODAS CORRETAS

21) A foto sugere:

(a) hidátide de morgani

(b) degeneração polipoide

(c) aborto hidrópico

(d) mola hidatiforme completa

RESPOSTA (D)

22) Assinale a assertiva correta:

(a) caracteriza a macroscopia da mola completa a presenta de vesiculas abundantes e anexos fetais,
raramente cursando com neoplasia trofoblástico gestacional.

(b) a mola parcial é caracterizada à microscopia pela presença de velocidades corais gigantes quase sem
presença de tecido trofoblástico normal frequentemente evoluindo para neoplasia trofoblástico
gestacional

(c) a mola completa decorre de uma anomalia do ovo, em que o ovulo materno perde seu DNA, sendo
fertilizado por dois espermatozoides (dispermia) ou por apenas um espermatozoide que duplica seu
DNA (duplicação)

(d) é a tomografia computadorizado de pelve o recurso propedêutico mais importante no diagnostico de


mola hidatiforme, uma vez que se trata de método muito sensível e especifico.

RESPOSTA (C)

23) na analise da figura, referente a tratado cardiotocográfico durante o trabalho de parto, as setas,
indicam:

(a) desacelerações tardias relacionadas a asfixia fetal por insuficiência plantaria

(b) desacelerações precoces decorrentes de reflexo vagal por compreensão da cabeça fetal.

(c) resposta fisiológica a hiperventilação materna durante a contração uterina

(d) desaceleração variável por descompressão da veia umbilical durante a contração uterina

RESPOSTA (A)

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24) O exame mais fidedigno para diagnostico de placenta prévia é a ULTRASONOGRAFIA
TRANSVAGINAL.

25) São considerados exames de rotina pré-natal, exceto:

a) Hemograma completo

b) EAS, Cultura e antibiograma

c) Sorologia para sifilis, toxo, hepatite B e HIV.

d) Dosagem de estropeio e progesterona.

26)Sobre orientações às gestantes, estão corretas, exceto:

a) ácido fólico é universal

b) alcool e tabaco estão proibidos

c) suplementação de ferro é universal


d) grávidas sem anticorpo para toxoplasmose devem realizar medidas profiláticas para evitar a
contaminação.

27) Sobre as modificações no organismo da gestante, a PA aumenta no segundo trimestre,


geralmente.

28) O principal fator de risco envolvido no abcesso subaureolar crônico recidivaste e sua etiologia
são< respectivamente:

a) Tabagismo e germes anaeróbios

29) Mulher 18 anos apresenta amenorreia primária. No exame fisico, detectou-se vagina em
fundo cego e o exame monográfico não pode ser identificar a imagem uterina. São
procedimentos adequados:

a) videolaparoscopia e cariotipagem

30) Paciente 30 anos, apresentou febre e dor pélvica que se exacerbava com a movimentação e
atividade sexual. Foi tratada como DIP, portanto ela poderá desenvolver complicações tardias
como:

a) Recidivas e hipermenorragia

31) Diante de quais manifestações clinicas é possível estabelecer o diagnostico de SOP?

a) Oligoamenorreira, hiperandrogenismo e ovario policistico

32) Em paciente com suspeita clinica de DIP, a bacterioscopia corada pelo método gram, não
evidencia a presença de diplococos gram-negativos intracelulares. O agente etimológico
presuntivo é:

a) Chlamydia trachomatis

33)Sobre o eczema aureolar nas mamas, não podemos afirmar:



a)é de evolução rápida

34)O fator prognostico de pior evolução para o câncer de mama, dentro os abaixo, é:

a)Presença de linfonodos axilares comprometidos

35) Mulher 45 anos, vigida, com historia de histerectomia total abdominal indicada por
miomatose uterina, apresenta quadro de fogachos, insônia e dispareunia. A escolha mais
adequada para o caso é:

a) Prescrilção de estrogeno por via-transdermica

36) Na atualidade, a imunização contra HPV é para os vírus:

a) 11,16,18

37) Em casos de sangramentos na pós-menopausa, a freqüência em ordem crescente de


etiologias responsável por tais eventos é:

a) CA de endométrio, uso de estropeio e mioma submucoso.


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38) Cite 4 alterações clinicas comuns as mulheres no climatério:

RESPOSTA: Ocorrem devido a ↓ inibida e ↑ FSH.


-Irregularidade menstrual, fogachos, ressecamento de mucosas, perda óssea, queda
de cabelo, diminuição da libido.

39) Na abordagem sindrômica das doenças sexualmente transmissíveis, segundo o ministério da


saude, um grupo é formado pelas patologias que cursam com lesões ulcerativas:

RESPOSTA: SIFILIS, CANCRO MOLE, HERPES GENITAL, LINFOGRANULOMA VENEREO,


CONDILOMA ACUMINADO


40) ADENOCARCINOMA, BIOPSIA, RESSECÇÃO CIRURGICA E ACOMPANHAMENTO


41) LINFOGRANULOMA VENEREO OU DONOVANOSE, DOXICICLINA POR 3 SEMANAS,
CULTURA GRAM E PCR

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