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PCM

Planejamento e Controle da
Manutenção

Prof. Alberto Silva 2021


PCM

A Estrutura

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Uma ferramenta fundamental para o PCM que vai auxiliar você no
planejamento, na execução e até no controle da manutenção são as
Ordens de Serviço. E o objetivo desta parte é, como fazer todo o fluxo
das ordens de serviço, tornar esse fluxo eficiente e tirar o melhor
proveito dessas ferramentas.

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Para isso, vamos analisar os tópicos apresentados a seguir.

1. Identificação da demanda de manutenção;


2. Solicitação de Serviço;
3. Ordens de Serviço.

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Com essas etapas, será possível montar, manter e controlar o setor de
manutenção, e essas serão as principais ferramentas que o PCM vai utilizar ao
transformar seu planejamento em algo tangível e executável, ou seja, essa é a
forma de transformar o planejamento em operação.

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1. IDENTIFICAÇÃO DA DEMANDA DE MANUTENÇÃO

As demandas de manutenção, ou seja, as necessidades de manutenção


podem ser identificadas como: previsíveis e imprevisíveis.
As demandas previsíveis são aquelas que ocorrem frequentemente e de
forma padronizada, assim é possível saber com antecedência que esse tipo de
manutenção deverá ser executado. Por exemplo: as manutenções preventivas
e preditivas, as inspeções e as lubrificações.
As demandas imprevisíveis são aquelas que ocorrem aleatoriamente,
como as corretivas (emergencial ou programada).

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As necessidades de manutenção podem ser identificadas pela própria área de
manutenção ou pela operação. Sendo a identificação das demandas total
responsabilidade do setor de manutenção, pois é o PCM que deve elaborar
os planos, já que detém as informações técnicas para definir o que deve e o
que não deve entrar no plano de manutenção. Contudo, a operação também
pode auxiliar na identificação das manutenções previsíveis. Já as necessidades
das manutenções imprevisíveis são geralmente identificadas pela operação,
pois ao ocorrer uma falha ou ao começar a dar indícios de um problema, o
operador acaba sendo o primeiro a perceber e identificar o problema,
informando o setor de manutenção.

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Os passos para identificação da demanda de manutenção
1) identificação do problema;
2) identificação da possível causa do problema;
3) identificação dos efeitos que o problema está causando;
4) identificação do nível de prioridade;
5) identificação do tipo de manutenção que será necessário.

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Identificação do problema: tem por objetivo deixar claro qual foi o problema
identificado para facilitar a compreensão do que deve ser feito. Por exemplo:
queda de disjuntor, superaquecimento de motor, rolamento trancado etc. Em
alguns casos, pode ser feita uma padronização dos termos utilizados, por
exemplo: quebra, parada, ruído, aquecimento, vibração, desligando, não
funciona etc. Para cada máquina, ou até componente, elabora-se uma lista
predefinida com os tipos de defeitos, assim, ao relatar uma falha, usa-se o
termo específico.

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Identificação da possível causa do problema: tem por objetivo deixar claro a
possível causa do problema já relatado, de forma a haver um primeiro registro
das causas das falhas. Nesse ponto, é preciso ter cuidado, pois uma pista (uma
suspeita de causa) falsa é pior do que nenhuma pista, ou seja, uma pista falsa
pode afastar você do caminho certo. Isso é importante para salientarmos que
a causa do problema deve ser bem especificada caso haja fundamento
para isso. Por exemplo: “um motor elétrico parou de funcionar, e o motivo foi
causado queda de energia elétrica. Assim, a manutenção sabe que ao
reestabelecer a energia, o motor voltará a funcionar. Mas se a causa fosse “a
queima da bobina”, a equipe de manutenção entenderia que é necessário
retirar o motor, levá-lo para a oficina, estudar as causas dos problemas etc.

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Identificação dos efeitos que o problema está causando: tem por objetivo
deixar claro como certo problema está afetando a operação, ou risco de
acidentes aos trabalhadores. Isso vai dar ao PCM uma noção da gravidade do
problema. Por exemplo: “um motor parou e está causando perdas de
produção em outras máquinas, pois não há fluidez no processo produtivo”.
Neste caso, sabe-se que a cada segundo sem ação o prejuízo é enorme, pois
além de não produzir, ainda está ocasionando perdas. Mas se o exemplo for:
“um motor parou, mas a máquina não precisa ser usada, pois há uma
máquina reserva”. Nesse caso, o PCM entende que não há grandes perdas, e
assim pode planejar com mais qualidade e eficiência o que deve ser feito
nessa situação.

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Identificação do nível de prioridade: tem por objetivo dar ao colaborador que
detectou a necessidade de manutenção a chance de dizer o nível de prioridade,
ou seja, o quanto a resolução do problema deve ser importante também para o
PCM, assim como é para ele. Uma boa forma de fazer isso é novamente
padronizar as nomenclaturas. Por exemplo: (a) Nível Baixo, quando não houver
perdas imediatas, nem em curto prazo; (b) Nível Médio, quando não houver
perdas ou poucas perdas imediatas, e perdas em curtíssimo prazo; (c) Nível
Crítico, quando houver perdas imediatas e que continuam em curto prazo; (d)
Nível Atenção, quando houver riscos iminentes aos colaboradores; e (e) Nível
Alerta, quando houver risco com os colaboradores. Assim, ao destacar que o
problema da parada do motor é crítico e de alerta, o PCM saberá que está
causando perdas para a empresa e risco aos colaboradores, com isso, a ação de
manutenção deve ser o mais breve possível.

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Identificação do tipo de manutenção que será necessário: tem por objetivo
deixar claro qual é o tipo de manutenção necessário para o caso em questão,
por exemplo: “será necessária uma rota de lubrificação para o motor”; “será
necessária uma manutenção corretiva para o conserto do motor”, e assim por
diante.
Dessa forma, uma necessidade de manutenção será feita de forma adequada
quando o problema foi descrito com todos esses pormenores. E isso faz toda a
diferença no momento do planejamento da manutenção. Exemplos de boas
identificações de demandas de manutenção.

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Exemplo 1: o motor RL-X23-MT0003 está apresentando forte ruído devido ao
desalinhamento da base do motor. Esse problema não está afetando a
produção, porém apresenta grande desconforto para a audição do
colaborador, e se não for consertado pode vir a causar danos no motor. Nível
Médio e Atenção. Necessita de uma corretiva.
Exemplo 2: o rolamento BM-1579-AS-ROL10 precisa ser lubrificado a cada 10
semanas devido ao desgaste natural, conforme indicado pelo fabricante. A
falta de lubrificação pode levar à quebra do rolamento, parando a produção
da máquina. Nível Médio. Necessita de uma preventiva e rota de lubrificação.

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Exemplo 3: o disjuntor QC07-BR2-DJ.F-2 está apresentando superaquecimento
por causa não identificada, e se vier a desarmar pode parar todas as máquinas
do setor de fundição. Nível médio. Necessita de uma preditiva para descobrir
as causas.
Exemplo 4: A lâmina AAV-12VC-X27.2 quebrou devido a mau uso e parou a
produção. Nível Crítico. Necessita de uma corretiva emergencial.
Uma vez que o problema for identificado corretamente, deverá ser
transformado em uma Solicitação de Serviço.

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A SOLICITAÇÃO DE SERVIÇO

A Solicitação de Serviço (SS) é um pedido de execução das atividades de


manutenção. Como um pedido, o status deve ser de análise, ou seja, se a SS
será aceita ou não após uma avaliação. Nesse caso, a análise da solicitação é o
próprio planejamento do PCM. A SS é um documento oficial da empresa e
pode ser feito de forma física (papel, fichas, etiquetas) ou de forma digital
(planilhas, programas, aplicativos), porém, independentemente da forma, o
essencial é que tudo seja catalogado e armazenado.

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Quem faz a solicitação de serviço?
PCM;
Técnicos de Manutenção;
Operação;
Gestores.
Após identificar as demandas de manutenção e definir quem serão os
responsáveis por solicitar serviços de manutenção, vamos ver o que deve
conter numa solicitação de serviço.

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Nome do colaborador: para identificar quem fez a solicitação. Isso é importante
para o PCM procurar esse colaborador a fim de planejar a execução do serviço, e
da mesma forma ocorre para o técnico executar o serviço. Além disso, o
colaborador que faz a SS se torna o responsável por acompanhar, cobrar e ajudar
a solucionar o problema, e ainda é o colaborador que dará o aval final com
relação à execução do serviço, se foi satisfatória ou não.
Função/Cargo: principalmente para saber em qual dos 4 grupos o colaborador
está inserido.
Setor: para deixar claro onde encontrar o colaborador. Esse campo é importante
para empresas grandes com milhares de colaboradores. Podendo não ser só a
definição de setor, mas ir até área, subárea, linha, e até mesmo a nível de
máquina.
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Turno/período: para que seja possível identificar em qual turno está havendo
ou houve o problema, e em qual turno encontrar o solicitante.
Data da SS: para ficar registrado quando foi feito a solicitação, e a partir dessa
data começar a contagem de quanto tempo foi necessário até a resolução do
problema.
Número da SS: toda SS deve ser identificada com um número único e
intransferível, de forma que com aquele número a SS seja facilmente rastreada
e identificada. É o CPF da SS, identificação que a torna única.
Identificação da demanda: a descrição do problema encontrado da forma
como foi explicada anteriormente.

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Modelo básico de uma SS

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Essas são as informações básicas, porém alguns locais ainda preferem que a ficha
ou tabela seja assinada.
Após preenchida a SS, uma via deve ficar com o solicitante (e seu setor), para que
ele possa fazer a gestão de suas solicitações, e outra via da SS deve ser
encaminhada ao PCM (setor de manutenção), de forma que o PCM possa
planejar o serviço e fazer a gestão de todas as SS enviadas. Essas vias podem ser
físicas ou digitais ou até mesmo as duas formas. E devem ser devidamente
registradas e armazenadas. Note que as SS são documentos oficiais internos da
empresa e servem como prova documental.
Perceba que na tabela acima, o solicitante pede uma corretiva emergencial. O
que ocorre na prática é que a manutenção deve ser imediata, não dando tempo
hábil para que seja aberta uma SS, enviada ao PCM, planejada e etc. Assim, é
adotada a prática de solicitação de manutenção emergencial.
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Solicitação de manutenção emergencial
Essa solicitação é normalmente feita de forma rápida e eficiente, ou seja, é um
pedido ou chamado (via rádio, internet, pessoalmente, alarme sonoro, alarme
luminoso, ligação etc.) para que seja acionada a manutenção o mais rápido
possível, de modo que a equipe de manutenção também possa agir o mais
rápido possível. Contudo, isso não exclui a necessidade da documentação
escrita (física ou digital). Por isso, uma ficha é feita exclusivamente para
chamadas emergenciais, e alguns pontos devem ser adicionados à ficha.

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1. Ocorreu parada de maquinário (de produção)?
2. Se sim, de qual horário até qual horário?
3. Quando (horário) foi acionada a manutenção?
4. Em que momento (horário) a equipe de manutenção chegou para resolver o
problema?
5. O problema foi resolvido? Não, Sim, Parcialmente?
6. Quando (horário) a equipe de manutenção liberou novamente a máquina para uso?
7. Descrição da atividade da manutenção (preenchimento técnico).

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Ordem de serviço
As Solicitações de Serviço dão origem às Ordens de Serviço (OS). Como o
próprio nome já indica, a Ordem de Serviço é a autorização para que o serviço
solicitado seja realmente executado. Nesse ponto, entende-se que o PCM já
avaliou todas as circunstâncias do planejamento, segundo o tipo de
manutenção que foi solicitado, e que após a avaliação, o PCM teve como
conclusão de que o serviço deve ser executado.

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As informações que devem conter numa OS
 Nome do colaborador solicitante;
 Função/Cargo;
 Setor;
 Data da SS;
 Número da SS;
 Número da OS;
 Data planejada para a execução da OS;
 Nome do(s) técnico(s) responsável(is) pela execução;

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 Identificação da demanda;
 Descrição do que deve ser executado;
 Descrição do que foi executado;
 Data da conclusão da atividade;
 Registro da parada de produção, se houve, e por quanto tempo;
 Abertura de SS subsequente;
 Materiais usados.

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Após a OS finalizada, a SS e a OS devem ser dadas como concluídas. Assim, a
operação deve sinalizar com um OK na SS, e o PCM também deve sinalizar
com um OK na OS. O preenchimento detalhado e exato da OS é o principal
feedback do PCM.

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