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PROFESSOR ORIENTAVOR:
Zilah x。カゥ・セ@ de Almeida
エセ・@ em e、オセ。 ̄ッN@
qN|セ@ • セ|@ J /
R-i.o de j。ョ・ゥセッ@
Fundação Getúlio v。セァ@
iョセエゥオッ@ de eセエオ、ッ@ aカ。ョ、ッセ@ em e、オセ。 ̄ッ@
11
_ L_ _ _ _ __
SUMÃRIO
CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES 1
As exigências éticas atuais. A concepção de
uma ética do conhecimento científico.
Controvérsias sobre a doutrina kantiana. In
fluências recebidas por Kant: Racionalismo
e Pietismo. Os moralistas ゥョァャ・セウN@ A "de-
marche" kantiana no tratamento das questões
éticas "
111
CAPÍTULO 111 - A LEI MORAL 40
Crítica às generalizações psicológicas. A
objetividade ética. A determinação da カッセ@
tade pela representação da lei. A univer-
salidade da lei. A noção de ser racional
em geral. Crítica de Schopenhauer. A abri
gação moral. O carater formal da lei mo-
ral. A impossibilidade de um conhecimento
total dos nossos móbiles morais. O aprio-
r1smo em relação ã lei moral.
IV
-1
V
CAPÍTULO IX - AS ANTINOMIAS DA RAZÃO PURA . 129
Os conceitos cosmológicos. Sua dedução a
partir da tábua das categorias, As anti-
nomias matemáticas. As antinomias dinâmi
caso Os interesses prático e especulati-
vo das teses. O interesse especulativo
das antíteses.
VI
CAPÍTULO XI - A LIBERDADE SEGUNDO OS FUNDAMEN
TOS DA METAF1SICA DOS COSTUMES 145
A liberdade como um conceito セーッ、ゥエ」。ュ・ョ@
VII
entendimento. As leis priticas. A crItica
ao princípio da felicidade pessoal. Os
princípios empíricos. A faculdade superior
de desejar. Distinção entre princípios f0E..
mais e princípios materiais. O primado da
lei moral. O "factum rationis". O a1can-
ce da afirmação: "Tu deves, portanto, tu
podes". A lei moral é a lei da causalida-
de pela liberdade. Síntese da lei e da li
herdade possível mediante a noção de auto
nomia. A lei moral como "ratio cognoscen-
di" da liberdade. A liberdade como "ratio
essendi" da lei. O mundo supra-sensível 」セ@
mo o mundo do entendimento puro. Relação
da liberdade com o livre arbítrio e a ne-
cessidade. Crítica à .visa'oJ clássica de
Deus como legislador supremo.
CONCLUSÃO 213
BIBLIOGRAFIA 225
VIII
RESUMO
IX
que julgamos o sentido essencial da proposta ética de Kant.
Ele não pretendeu fundar uma nova moral, mas buscou, para
uma questão de fato (o fato moral), um fundamento, uma juセ@
tificação. Tal fundamento, Kant o encontrou na própria ra-
zão do homem. Esta é a inovação fundamental do kantismo,
no que diz respeito ã filosofia prática: a experiência mo-
ral é a experiência da autonomia da vontade. Moral é liber
dade.
x
Usamos, no texto e nas referências bibliográficas,
as seguintes abreviaturas:
D V Doctrine de la Vertu
o P Opus Postumum
XI
CONSIVERAÇUES PRELIMINARES
-
um aprofundamento que so nos será possível mediante a conti
nuação do estudo da doutrina Kantiana, à luz de outros auto
res e de outro enfoque metodológico.
"ao 。「セゥ@ um ャゥカセッ@ セッ「・@ o カ。ャッセL@ ョセッ@ セ・@ セ。「・@ セ・@ セ・。Z@ 1)
um エセ。、ッ@ de teologia ilッセゥkケI[@ 2) um エセ。、ッ@ de ーセゥ・ッャᆳ
gia セッ「・@ 。セ@ エ・ョ、↑ゥ。セ@ e ゥョエ・セ@ IR. B. p・セケI[@ 3) um
エセ。、ッ@ de セッ・ゥャァ。@ IBugle); 4) um エセ。、ッ@ de eeonomia ーセ@
lItiea ifセN@ p・セッオクI[@ 5) um エセ。、ッ@ de lõgiea ILalande); 6)
um エセ。、ッ@ de ュッセ。ャ@ is・ィャセI[@ 7) um エセ。、ッ@ de Vゥャッセ。@
ァ・セ。ャ@ IR. Polin) ou 8) um エセ。、ッ@ de Viセゥ・。@ ァ・セ。ャ@ ikbィャ・セIU@
Se alguns desses tipos de valor ações já possuem
uma delimitação precisa, tal não e o caso da etica, cujo
objeto e natureza não são ainda estabelecidos de forma segu
ra e definitiva. Atualmente, tematizam-se, nao apenas - as
questões de conceito, objeto e delimitação da etica, mas
ate mesmo de sua possibilidade. Nesta última hipótese, ins-
crever-se-ia, a nosso ver, a proposta de Jacques Monod, de
uma etica baseada no conhecimento científico, que represen-
taria uma proposta de supressão da valoração etica, uma
vez que o B、・カセ@ セ・B@ se prefiguraria objetivamente no domí
n10 do que e, podendo, como tal, ser explicado cientifica -
mente. Diz Monod: " ... uma etiea do eonheeimento, que eolo-
que o eonheeimento, em ー。セエゥ・オャL@ o da Vゥセッャァ。@ e da ーセ@
eologia em ーセゥュ・ッ@ plano,e ・セエ。ュョ@ ュ。ゥセ@ eapaz que
アオ。ャ・セ@ ッオエセ。@ de Vッセュオャ。L@ não セ@ um ァセ。ョ、・@ セゥエ・ュ。@ etieo
セッ「・@ o qual 。セ@ セッ・ゥ、。@ ーッセ。ュ@ Vオョ、。セL@ ーッセ@ exemplo, um
セゥエ・ュ。@ polltieo, ュ。セ@ tambem eapaz de Vッセュオャ。@ uma ュッセ。ャ@
ー・セッ。ャL@ in6initamente ュ。ゥセ@ viável, que aquela que ainda
ョッセ@ e ーセッエ。BVN@ Ora, parece haver um certo acordo, entre
os que tratam da questão axiológica, de que as ações pura -
mente instintivas, ou guiadas exclusivamente pelas tendin -
cias subjetivas, sóse tornam realmente eticas, na medida
em que se ordenam segundo um conjunto de normas derivadas
de alguma instância superior. No caso de ser esta instância
o próprio conhecimento científico do homem, a questao das
normas do agir humano deixaria de pertencer ao campo da
valoração etica, para 1nscrever-se no campo da validação
epistemológica.
I
I1 7
,
I
f
I Nessa linha de investigação, alguns defendem a
tese de que e possível justificar cientificamente os jui-
I
I
zos morais, mediante a utilização da lógica e dos conheci
não se pode,
7
mentos científicos • A questão, contudo, não e simples, e
pois, dar uma resposta simples. Uma etica que
empregasse os conhecimentos científicos do homem e da SOC1e
dade, nem por 1SS0, .
teria garantido o seu estatuto de C1en- -
cia, haja visto todo o questionamento epistemológico de
. .- . 8
que sao alvo, hOJe, as C1enC1as humanas.
I
1
í
a i n f 1 u ê n c i a d e c i s i va das i d é i as d e Ro u s s e a u:
Kant, eulL-to.6O e. áv-tdo de. e-têne-ta.; eoloea.va. ne.la. a honlLa. do
d-t z
" Eu e.1La.,
I
1
home.m, e. de..6plLe.za.va a. ple.be. -tgnolLa.nte.. Rou.6.6e.a.u eha.mou- me.
ã olLde.m: En.6-tnou-me. a. ne.gl-tge.ne-ta.1L uma. va.nta.ge.m va. e. a. eo-
II loea.1L na. bonda.de. mOILa.1 a. ve.lLdade.-tILa. d-tgn-tda.de. do home.m.
! RoU.6.6e.a.u 60-t, de. a.lguma. 601Lma., o Ne.wton da. olLde.m mOILa.I;
I de..6eoblL-tu, no e.le.me.nto mOlLal, o que. 6a.z a. un-tda.de. da. na.tu-
I ILe.Za. humana; da me..6ma. 601Lma. que. Ne.wton e.neontlLou o plL-tne[-
II p-to que. un-t6-tea. e.ntlLe. .6-t toda..6 a..6 le.-t.6 da na.tulLe.za 6[.6-tea.
Além d-t.6.6o te.ve. a. -tdé-ta. de. que. a..6 vonta.de..6 pode.m e. de.ve.m
j a.g-t1L uma..6 .6oblLe. a..6 outlLa..6, que. 0.6 home.n.6 de.ve.m tlLa.ba.lha.1L
i pa.lLa .6ua. e.duea.ção mútua. A v-tlLtude., de..6de. e.ntão, não e.
I
J
mU.6 eoloeada. na. pe.1L6e.-tção -tnd-tv-tdua.l, ma..6 na..6 jU.6ta..6 1Le.1a.
çoe..6 e.ntlLe. 0.6 home.n.6,,16. Kant situou, aqui, os pontos ーイセ@
cipais da influência que recebeu de Rousseau. Vivamente im
I
II pressionado com a Profissão de Fé do Vigário Saboiano, 。、セ@
ta a doutrina do sentimento moral. Mas foi por pouco tempo.
Ao refletir sobre os problemas da especulação e da práti -
II ca, segundo as inspiraçoes rousseaunianas e empiristas, le
vadas ao extremo por Hume, era inevitável, como observa
!j BrunschtJicg, que ".6e. lLe.ve.Ia..6.6e. a. -tnee.lLte.za., a. -tn.6ta.b-tUda-
I de. da. doutlL-tna. .6 e.nt-tme.nta.l"l 7 • Rousseau colocava-se, "na.
olLde.m da. v-tda., -t1L1Le.dutZve.1 ã olLde.m ea.IL.te..6-ta.na. da. -tnte.le.e -
tua.l-tda.de.,,18. Hume, se reabilitava o instinto, não o fazia
11
I
i
nifestando a tendência cr!tica do seu pensamento, opos- se
às 、・ュッョウエイ。セ@ 40gmáticas da escola wolffiana: ã sua
pretensão racionalista de um saber inteiramente independen
I
,J ciência,
te da"experiência, contrapoe a concepção de que, sem
experiência, nao há conhecimento. A busca do fundamento da
como da moral, deve partir dos fatos, ainda
a
que
i
r,
I
j
1
tais fatos tériham de ser esclarecidos ã luz da razao.
pois, a partir do fato da ciência. do fato moral
' .. que
i
Kant empreende a sua obra cr!tica.
J
f
No que diz respeito ã questao moral, ele parte
J
!
dos julgamentos morais que os homens emitem n. vida comum,
para buscar, a seguir, os seus princ!pios. Esclarece, con-
I
j エオ、ッセ@ que nao se trata, aí, dum fato empírico, mas do fato
I
,セ@ único da razão. Não é como os homens agem moralmente, mas
!
I
1
como julgam moralmente. Esses julgamentos morais repousam
em noçoes a priori, que Kant pôde deduzir dos elementos es
senciais da ordem prática. Nessa busca de fundamentação da
1
J
,
j
I
13
" E.6 t e..6 ne..6 u.tt a do.6, d.i z B o utn o ux, .6 ã.o mui t o 9 na -
ve..6 pana a mona.t, ponque. a.6 noçõe..6 mona-l.6 Qomun.6 pane.Qe.m
ne.que.ne.n pne.Qi.6ame.nte. e..6te..6 obje.to.6 .6upna-.6e.n.6Ive.i.6, Qujo
Qonhe.ume.nto no.6 é. ne.QU.6 ado; admitindo-.6 e. Ve.u.6 > a .tibe.nda-
de. e. a imonta-fidade., dã-.6e. Qonta da obnigaçã.oJda .6ançao mo
na.t, do aQondo da vintude. e. da óe..tiQidade.. Ma.6 .6e. e..6te..6 ob
je.tO.6 .6ã.o inQogno.6Qlve.i.6, o óundame.nto da mona.t ョセッ@ pode. -
nia .6e.n .6e.nã.o o .6e.ntime.nto, e. nã.o um Qonhe.Qime.nto, e. a mo-
na.t .6enia, ・ョエセッL@ e.6.6e.nQia.tmente. mI.6tiQa e.m .6e.u ーョゥqャセッ@
+ ,,24
1
e. .6ua uon-1..e. . oイ。セ@ sab emos o quanto Kant reJe1tava
.. o
misticismo e a iluminação, que não cessou de denunciar nos
. . -.
son h os do V1S10nar10 S c h we d en b org 25 . Por outro I
ado,·a1nda
segundo o resultado da Crítica da Razão Pura, não se pode-
r1a fundar a moral na natureza, porque esta só poderia le-
var a uma moral do êxito, da felicidade pessoal, da utili-
dade, não do dever e da obrigação que supõe um agente li -
vre.
rativo.
IJ
I REFERENCIAS BIBLIOGRÃFICAS E NOTAS
I de las.
4 - Ib i d. p. 11.
10 - Ibid, p. 18.
13 - Ib i d, p. 12.
J.
17 - Brunsc h w1Cg. op. cito p. 167.
18 - Ibid. p. 167.
19 - Ib i d. p. 168.
20 - Ibid. p. 168.
21 - Ibid. p. 169.
23 - Cf. Ibid. p. 4.
27 - Ib i d. p. 293.
--..,
20
CAPTTULO I
t a d e f os s e a f e 1 i c i da de, o in s ti n.t o, p o r s i
No entanto, em nosso mundo, não tempos, para ag1r, apenas
s õ, b as t a r i a .
I
í
instintos, mas também a razão, razão prática em sentido ァセ@
ral, cuja verdadeira destinação não e, pois, a felicidade, f
mas a moralidade.
I
I
セ@
25
.- 13 _
Segundo Alqu1e, este naturalismo hipotetico
utilizado na argumentação de Kant, torna este texto da
FMC obscuro, uma vez que não sabemos se há de fato uma
natureza, uma finalidade. No entanto, como observa Delbos,
"e..6ta c.onc.e.pção te.R.e.oR..õg,i,c.a 60,i, u.ma da..6' c.onv,i,c.çõe..6 ma.-i..6
l.ntima.6 e. ma.-i..6 c.On..6tante..6 de. Kant; .6e., .6e.gu.ndo a ClÚtic.a ,
e.R..a não NV・セカ@ ー。セ@ 」Nッョィ・セ@ a ョ。エオNセ・コ@ (a 6,i,na.e-<-dade. não
VゥァオNセ。@ ・Nョエセ@ a..6 」N。エ・ァッセLゥV@ do e.nte.n d-<-me.nto; e..6 .lã. .e-<-gada. ao
u..6 o p オNセ。ュ・ャQエ@ セ・N@ 9 u.R. a do セ@ da.6 ,i, dê.,i, a..6 da セ。@ z ao, ou., c.om o Kant
o ・NVエ。「r」セ ̄@ mai.6 エ。セ、・NL@ 、・N」ッセ@ de. u.ma 6ac.u.R.dade. ーセᆳ
ーセ。L@ Lゥョエ・Nセュ、M\ ̄。@ ・Nョエセ@ o e.nte.nd-<-me.nto エ・NセLゥ」ッ@ e. a セ。コッ@
ーセ ̄NエLゥ」。@ a 6ac.u.R.dade. de. ェオNrァ。セIL@ não e. ュ・NョッセL@ c.omo e..6qu.e.ma
,i,de.aR.., ,i,nd-<-.6pe.n.6ã.ve.R. ã セ。コ ̄ッ@ ー。セ@ .6e. セ・NーVョエ。@ a ョ。Nエオセ・ᆳ
za e.m .6u.a ュ。NMゥッセ@ u.n,i,dade. p0.6.61ve.R.; e., .6ob e..6te. a..6pe.c.to, e.x-
c.R.. u.,i, to da .6 u.p 0.6 ,i, ç ã o do 9 mãti c. a .6 o b セ・N@ a..6 c. o,i,.6 a.6 q u. e. a c. o n エセ。@
、Lゥセ@ am " • 14
I
t
i
t
II
f
i
f
1
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS E NOTAS
6 - Ibid. p. 21.
7 - FM C , op. c i t. p. 9 O •
fr
11 - Ib i d. p. 2 62 . セ@
1
t
12 - FMC p. 92. Segundo Kant, desde que a razao se ocupe de -
nossas necessidades, as multiplica e as agrava.
disso, quanto mais cultivada, menos pode encontrar
Além
no
I
que se 」ィセュ。@ as alegrias da vida, o verdadeiro conten- t
tamento. Cf. Delbos, op. cit. p. 261.
II t
I
!
t
t
y
!
i
i
,
1
!
29 1
I
il , CAPÍTULO 11
t
セ@ 1
1 r
o VEVER INCONVICIONAVO I
I
t
I
I
!
A análise do conceito de boa vontade nos conduz
diretamente ao conceito de dever. Com efeito, urna vez que
Gョ。セ@ ョッセ。@ ・ッョ、ゥセL@ toda vontade não é boa ョ・セ。ゥᆳ
mente, nem セ・ュ@ di6ieuldade, o eoneeito de boa vontade não
セ@ e ーセ・エ。 ̄N@ a uma 。ョ ̄Nャゥセ@ e exata, セ@ enão セ@ e eonduzido a um
ッオエセ@ eoneeito, que engloba,eom a boa vontade, ッセ@ ッ「セエ ̄N・@
ャッセ@ ou 。セ@ ャゥュエ。・セ@ que ・セエ@ ・ョッエセ。@ - ・セエ@ novo ・ッョセ@ \
to セ・ ̄N@ o de 、・カセZj@ A boa vontade i a que age por dever. I
O dever implica a submissão à lei moral, que i própria de
toda boa vontade, mesmo de urna vontade santa, mas nao
reduz a urna tal submissão, porque, em se tratando
-
do de-
se I!
!
ver humano, nao traduz, simplesmente, a presença da
mas o choque entre a boa vontade e as tendincias. Gセ@
lei,
eon-
I
eeito de 、・カセ@ é ja, em セゥ@ ュ・セッL@ o eoneeito dum ・ッョセエ。@
gimento do ャゥカセ・@ 。セ「zエゥッ@ pela lei!,2 De fato, os seres
racionais-finitos, corno os homens, em que a razão coexis-
!!
te com a sensibilidade, não exercendo sobre esta urna 1n- ,
fluincia imediata, tim de empreender urna dura luta para I•
que sua vontade se torne urna boa vontade.
mais urna vez, marcada a presença da separação
Vemos
que,
aqu1,
em
Il
Kant, i radical, entre a razão e a sensibilidade; corno es
ta se reduz ao amor de si, ao egoísmo, i inimiga da カゥイエセ@
de; para ser virtuoso, o homem deve sair vitorioso de sua
luta contra a sensibilidade. Baセ@ エ・ョ、↑Nゥ。セ@ da. ョ。エオセ・コ@
・セゥ。ュL@ ーッセエ。ョL@ no ・ッセ。 ̄@ do homem, ッ「セエ ̄N・オャ@ ao eum-
ーセゥュ・ョエッ@ do 、・カセ@ e, também, Vッセ。@ ッーセエ。@ (em ー。セエ・L@ ーセ@
、・セッ。IL@ que o homem deve セ・@ ェオャァ。セ@ eapaz de ・ッュ「。エセ@ e
カ・ョセ@ pela セ。コ ̄ッL@ não セッュ・ョエ@ no VオエセッL@ ュ。セ@ também, no
ゥョセエ。・@ ュ・セッ@ em que ー・ョセ。@ ョ・ャ。セ[@ em ッオエセ@ エ・セュッL@ o ho
mem deve セ・@ ェオャァ。セ@ eapaz de ーッ、・セ@ o que a lei lhe ッセ、・ョ。L@
ineondieionalmente, eomo o que deve V。コ・セZLS@ Kant chama co
ragem Hセッイエゥオ、ョO。@ Vッセ。@ e a 、・ゥセ ̄ッ@ セ・Vャエゥ、。@ de ッーセ@
uma セ・ゥエ↑Nョ。@ a um 。、カ・セ ̄Nゥッ@ ーッ、・セL@ ュ。セ@ ョェオセエッ[LT@ゥ
30
I
!
I
gria de viver, pela rude austeridade que parece impor ao
cumprimento do dever, este rigorismo não deixou de provo -
car vivas repugnancias. o carater, a educação, o pais de f
!
origem, ate mesmo a idade do filósofo, foram responsabili-
zados.
tiana
12
13
No entanto, são muitos os estudiosos da obra Kan
,que discordam desta interpretação, considerando que
I
o rigor decorre'do próprio objetivo da análise teórica que
Kant realiza, que ê distinguir o dever da inclinação que
lhe e conforme. o problema que ele se propõe ê o de esta- I
f
belecer o fundamento moral. Poderia a moral ser fundada I
sobre as inclinações ou, mais precisamente, sobre a idéia
que representa o maior contentamento possível de todas as
inclinações, sobre a ideia da felicidade?
sistentemente uma tal possibilidade.
Kant rejeita 1n
A moral e uma
-
.-
C1en-
I
cia pura, uma Metafísica dos Costumes e,
de proceder, num mínimo que seja, segundo
como tal, nao po-
determinações I
sensíveis. Kant combate a concepção de Wolff que admitia
uma harmonia direta entre a faculdade inferior e a faculda
iI
セ@
,
I
Ir
t
I
33
t
I
vam ou nao da boa vontade.
!
As noções precedentes podem ser resumidas
três proposições em que Kant precisa o conceito de dever:
nas
l
na primeira proposição, afirma que, para possuir
moral, a ação deve se realizar por dever. Na segunda ーイセ@
valor
I
!
"uma ação c.umpJz.ida pOJz. deveJz. :tiJz.a .6eu va.toJz.,
posição, que I
não do a.tvo a .6eJz. a.tc.ançado poJz. e.ta, ma.6 da máxima que
a de:teJz.mina; não depende, pOJz.:tan:to, da Jz.ea.tidade do ッ「ェセ@
I
:to da ação, ma.6 .6omen:te do pJz.inc.Zpio do queJz.eJz., .6egundo t
!
o qua.t a ação e pJz.oduzida,.6em .tevaJz. em c.on.6ideJz.ação ne-
nhum do.6 obje:to.6 da 6ac.u.tdade de 、・NVェ。jコBャセ@ Com efeito,
a ação cumprida por dever não pode ser caracterizada por
I
seus objetos, uma vez que a realidade destes atesta ape-
nas uma conformidade exterior ao dever.
to, é preciso que a vontade seja determinada por
Como, no entan-
alguma
II
[
í
」ッセウ。L@ resta-lhe, como princípio determinante, a forma I
do querer em geral, uma vez que todo princípio material
II
lhe foi tirado. o valor moral não resulta dos fins e mo
íí
I
biles da vontade, mas do princípio segundo o qual ela se
determina que,
-
sendo interior aos objetos de nossas セョM II
clinações, e independente deles. A vontade está coloca
da entre seu princípio a pJz.ioJz.i e seus mõbiles a pO.6 :te-
Jz.ioJz.i. O princípio a priori é formal porque e uma regra,
- -
cuja universalidade deriva da pura forma da razao; os
biles a posteriori são materiais, porque são fornecidos
ュセ@
I
pelos objetos ou pela matéria da faculdade de desejar.
-
A ter c ei,ra proposiçao, em que Kant o
I
ーイ・」セウ。@
ャッセN@
pei:to e o que 」Nィ。ュセzッL@
Ele 。ーョ・セ@
。YPセL@
ョ・セ@
en:timen:to de va-
pei:tado de na- I!
:to, ュ。セ@ c.omo ョ・セ@ pei:tável de d'-<..ne-<..':t,,23
o. i
Este é, segundo Delbos,
te novo, na evolução do pensamento kantiano
o aspecto verdadeiramen
a ideia de
It
f
(
!!
--1
37
iI
I
I
I
ainda excluída, porque todos os conceitos práticos esta -
.
r1am re l '
aC10na d os a o b Jetos
. d e nosso sent1mento.
. 24 I
o sentimento de respeito, associado ã noção de
dever, ao mesmo tempo que o define, anuncia algumas de suas
mais importantes características - o dever, se não contem
nada de agradável, tambem não indica coação; determina a
vontade, mediante uma lei que encontra, por si mesma, aces
so ã vontade e que desperta sempre o respeito, ainda que
nem sempre produza a obediência. O respeito não pode, de
fato, impedir que as inclinações se voltem contra a lei,
mas produz um sentimento de desprezo de si que acompanha
a violação da lei. Não existe, diz Kant,"homem t.ão depJz.a-
vado que não セョエN。L@ em セ@ ュ・セッL@ enquant.o カセッャ。@ a ャ・セL@
uma jコN・セエ↑ョ」。@ e um セ・ョエNュッ@ de 、・セーjコNッ@ poJz. セ@ PJz.õ-
ーjコNセッL@ o que o conduz a exeJz.ceJz. um 。オエNッM」ョセjコァュ・、RU@
refセエnᅦャas@ BIBLIOGRÃFTCAS
3. Ibid, p. 50.
4. Ibid, p. 50.
8. Ibid, p. 95.
9. Ibid, p. 97.
22. Cf. FMC, op. cito p. 102, De1bos, op. cito p. 275.
!
A LEI MORAL
I
It
'Ja o resultado de uma espécie de generalização de certos
caracteres."2 O que preten d e, '
com 1SS0, -
nao -
e, ,
propr1amente,
I
impor ao homem uma tarefa sobre-humana, mas mostrar que o
principio moral não deve resultar da observação da ョ。エオイセ@
za humana, que, como tal, só poderá fornecer determina-
I
1
I
apesar da preocupação dos filósofos empiristas com a アオ・セ@
- fundam a moral sobre os princi-
tão moral, mesmo eles nao
pios empiristas.
II
セ@
I !
Esta concepçao de Kant foi objeto de muitas críticas. Se-
gundo Schopenhauer,"Kant óaz da Jtazão pUJta uma coi.6a que
.6ub.6i.6te pOJt .6i, uma hipó.6ta.6e; ei.6 aZ como é conduzido a
nataJt de .6eJte.6 Jtacionai.6 em geJtat. Ma.6 ninguém pode,!egiti
mamente, concebeJt um gêneJto, que .6Ó conhecemo.6 mediante uma
unica e.6pécie, pOJtque não .6e pode tJtan.6poJttaJt ao geneJto o
que é tiJtado de.6.6a unica e.6pécie ... Só conhecemo.6 a Jtazao
no homem; óataJt do .6eJt Jtacionat óOJta do homem é como óataJt
de .6 eJte.6 pen.6ante.6 óOJta do.6 cOJtpO.6 ':4 Torna-se, pois, neces
sário contrapor a este tipo de crítica, o verdadeiro obje-
tivo de Kant, que e liberar o princípio moral de todo ele-
mento empírico. Para fundar a moral, não se deve partir
da consideração da natureza humana. É certo que, para ser
aplicada aos homens, a moral requer um certo conhecimento
da natureza humana. Mas aqui, ainda, "tJta-
observa Delbos,
ta-.6e de não inveJtteJt a oJtdem JtegutaJt da..ó 'demaJtche.6' do
e.6pZJtito; tJtata-.6e de compJteendeJt que, ante.6 de .6eJt 。ーエゥ」セ@
da, a mOJtat deve .6eJt óundada, e que a.6 deteJtminaçõe.6 ーNVゥ」セ@
tógica.6, que manióe.6tam .6ua apticação pO.6.6Zvet in concJteto,
não podeJtiam e.6tabeteceJt o .6eu オョ、。ュ・エッセU@ Embora seja
na consciência popular que Kant descobre o fato moral como
fato de razão, embora aceite os julgamentos da moral popu-
lar, quer revelar seu fundamento - pretende fundá-los na
razao pura, porque a moralidade consiste em se イ・ーセ@
i
I
43
I
t
,
I
f
\
!
I
44
-
gamente a noçao de lei natural. Assim, quando se diz que,
se todo mundo mentisse, as promessas se destruiriam por si
mesmas, Ja que seria contraditório que alguem acreditasse
nelas, nao podendo, p01S, a mentira ter o valor de uma lei
da natureza, tal exemplo e tomado ao mundo empírico, e o
efeito auto-destruidor que se espera da -.
maX1ma de uma von-
tade mentirosa e concebido por analogia ao que ocorre na
natureza sensível. Assim, as categorias do entendimento
guardam, com relação ao mundo inteligível, seu valor lógi-
co, uma vez que o aspecto formal de conformidade ã lei do
entendimento, por parte dos seres sensíveis, -
e aplicado
tambem ã razão legisladora,e a seu objeto próprio, que e a
vontade dos seres racionais.
47
1 - FM C . op. c i t. p. 10 1, 102.
3 - Ibid. p. 253.
5 - Ibid. p. 250.
8 - Ibid. p. 280.
9 - FM. C. p. 112.
CAPITULO IV
OS IMPERATIVOS HIPOTtTICOS E
O IMPERATIVO CATEGüRICO
i
!f
50
IIILtt'ICA
• •JlÇAO IETWo VARGAS
51
II
I
I
Ií
ョ・セゥ、。@ ーィ ̄エゥセ。@ da ação, セッュ@ ュセッ@ 、セ@ セィァ。@ ã Vセヲゥᆳ I
、。セL@ é 。セィエゥqッN@ Não セ@ ッ、セL@ー セゥューヲョエ・L@ 。ーィ・セョᆳ ,セ@
i
tã-fo セッュ@ ゥョ、セー・ ̄カヲ@ ã heafização de um 6im ゥョセ・ィエッL@ I
que Vッセ・@
de セuーoィL@
セゥューヲ・ョエ@ ーッセzカ・ヲL@
Qom Qehteza e a phiohi, em エッ、セ@
ュ。セ@ de um 6im アオセ@
ッセ@ ィッュ・ョセL@
セ・@
ーッセ@
po-
II
que 6az pahte da ・セョゥ。@ humana.»7 A habilidade na esco
lha dos me10S que nos conduzem ã felicidade recebe o nome
de prudência,
f a zer
セッョエィ。Lアオゥ@
c o n ver g i r
entendida como a
to dos o s
sagacidade do indivíduo em
f i n sem ·s eu p r o v e i to.
diz Afquié, a mOhaf do ゥョエ・ィセL@ 。セ@
" Ka nt h e e n
ュoィ。ゥセ@
II
。ョエゥァセL@ paha 。セ@ アオ。ゥセ@ a vihtude eha o meio de 。ヲセョィ@ a
I
!
V・ヲゥセ、。N@ Somente, セ・ァオョ、ッ@ Kant, é ーィ・セゥッ@ セッューィ・ョ、@
I
que ・セエ@ ゥュー・ィ。エカッセL@ ainda que セ・ェ。ュ@ 。セ・ィエゥッL@ セ。ッL@ I
de 6ato, muito ュ。ゥセ@ ゥョセ・ィエッ@ que ッセ@ ーィ・セ、ョエNᄏ@
8
Com I
efeito, embora todos os homens busquem a
há nenhuma regra segura para alcançá-la,
perativos tecnicos, a ciência proporciona,
felicidade,
enquanto, nos ゥセ@
com segurança,
-
nao
I !
os meios de alcançar os fins propostos. Alem disso, con-
quanto seja universal o desejo de felicidade, -
nao há um
\
acordo entre os homens sobre o que seja esta felicidade,
i
as idéias que os diferentes homens fazem dela são extrema t
mente variadas e contraditórias. "O conceito de felicida- I
de e, pois, um c0nceito indeterminado e, apesar de todos
os homens a desejarem, ninguém pode dizer,
cisos e unívocos, o que verdadeiramente deseja
em termos pre-
e quer. ."
!I
Kant aponta, como razão duma tal diversidade, o fato de
que os elementos que fazem parte do conceito de felicida-
de tenham de ser derivados da experiência. A felicidade,
\I
diz ele, ê um ideal da imaginação, não da razão. Para de-
terminar, com precisão, o princípio segundo o qual se che t
garia ã felicidade, seria necessária a onisciência, pois, i
!
quando se tenta precisar este ou aquele bem como o bem エセ@ i
t
tal, seja a riqueza, a saúde ou a sabedoria, logo se con-
I
cluirá que, ao lado de algum bem-estar, muitos males po-
. 9
dem adv1r. Daí se segue que os imperativos de prudência
não podem ordenar, isto ê, representar as ações, de uma
t
forma objetiva,como praticamente necessárias; que ê ーイ・」セ@ I
I
i;
!
r
52
,
f
I
54
-.
tet1cas. 17
t
No caso do imperativo da prudência, a relação en-
i
!
tre me10S e fins permanece também puramente analítica, a1n
da que, neste caso, seja impossível à razão determinar, de
forma absoluta, o fim (já nos referimos às incoerências e
I
f
55
emp1r1CO t
em que se possa ter absoluta certeza de que
f
resulta da !
オョセカ。ヲ@
。ーセョL@
 ̄セ@
ー。セ@
、セカ。@
ッーセ。@ a
ッセ、ョ@
ー。セ@
I
セ。MエN@
" 1,33
Na Crítica da Razão Pratica, Kant atribui - !
a
ideia de lei universal da natureza um papel
típico ou analógico, ligado ã faculdade de julgar pura ーイセ@
simplesmente
I !
com os outros,
amplos ou imperfeitos.
em deveres estritos ou perfeitos e
O dever imperfeito compreende
deveres
ape-
I
nas a obrigação moral; são os deveres que têm, por objeto,
a f e I セ」@ " . d a d e d o outro e o aper f ・セッ。ュョエ@ " d
e ウセ@ ' ーイッセN@ - . 34
Ii
Estes deveres são chamados deveres de virtude. Seu 」オューイセᆳ
i
mento e o merito tmeritucl'); a transgressão desses deveres
i
nao e ainda o demerito ("demeriturf/) mas simplesmente a au- I
sência de valor moral. A força da resolução, no merito,
chama-se, propriamente, apenas カセイエオ、・@
. ( "カセイエオウ@ . li) ; a fraque-
za, no demérito, nao e ainda um vício ("vitiunI'.), mas ausen-
」セ。@ de virtude, falta de força moral ("defectus morales").35
O dever perfeito compreende, ao mesmo tempo, um dever jオイセ@
. ...
dico e um dever moral; são os deveres de direito que tem,
por objeto, o respeito pela pessoa humana, tanto em -
nos
mesmos como nos outros. Ha deveres perfeitos exteriores e
deveres perfeitos interiores. Estes últimos enunciam a
obrigação de não atentar contra a perfeição de nossa natu-
reza física ou moral.
Os fins -
propostos, corno efeitos da açao (fins
materiais), são, na totalidade, apenas relativos, p01S o
que lhes da o seu valor é apenas a sua relação com a natu
reza particular da faculdade de desejar do sujeito, nao-
podendo, por isso, constituir a base de princípios オョゥカ・セ@
sais. Tais fins são, pois, a base de imperativos hipoté-
ticos, que ordenam ações não morais. Para o imperativo
categórico, ha necessidade de um fim em si, único, cUJO
valor é absoluto, e que, por outro lado, não podemos dei-
xar de nos propor. "Ona., po.ó.óo, e.m ve.nda.de., d'<'z Ka.nt, .óe.n
セッョNエ。ァG\、@ pon outno a. a.çoe..ó que. .óão d.<.n.<.g'<'da..ó, e.nqua.n-
to me..<.o.ó, pa.na. um 6.<.m, ma..ó na.o po.ó.óo ja.ma..<..ó .óe.n セッョNエ。ᆳ
g'<'do pon outno a. po.ó.óu.<.n um 6.<.m; .óÓ e.u de.te.nho o pode.n de.
me. pnopon 。Nセァオュ@ セッN\。@ セッュ@ 6.<.m. Ma..ó .óe., 。Nセ↑ュ@ d'<'.ó.óo, .óou
obniga.do a. me. pnopon セッュ@ 6.<.m 。Nセァオュ@ セッN\。@ セッューョ・N、ゥ。@
REFERcNCIAS BIBLIOGRÃFICAS
E NOTAS
2. Ibid, p. 123.
7. Ibid, p. 127.
16 . FMC, o p. c i t. p. 13 °.
17. Cf. A1quie, op. cito p. 41.
74
34. - fins
Na Doutrina da Virtude, Kant diz que estes sao
e, ao mesmo tempo, deveres. refine fim como "um
ッ「ェセエ@ do ャゥカセ@ 。セ「zエゥッL@ euja セーョエ。 ̄ッ@ 、セᆳ
エセュゥョ。@ o ャゥカセ@ 。セ「zエゥッ@ a uma açao ーセャ。@ qual セ@
エセ@ ッ「ェセエ@ é ーセッ、オコゥBN@ D. v. p. 55. Mais adiante-
"Não セ@ エセ。@ 、セ@ 6in.6 アオセ@ O ィッュセ@ NVセ@ ーセッL@ NVセᆳ
guindo a.6 エセョ、・ゥ。NV@ セョNVzカゥ@ 、セ@ .6ua ョ。エオセコL@
ma.6 、セ@ o b j セエc「@ do li カセ@ 。セ「zエゥッL@ .6 オ「ュゥNVセ@ 0.6 a.6
.6ua.6 ャセゥNVL@ do.6 qua..i..6 .6e 、セカ@ V。コセ@ um 6im".Ibid,
p. 55, 56. BeNVエセ@ 6in.6 .6ão - minha ーセゥ。@ peft..-
6eição セ@ a 6elieidade do ッオエセN@ Não NVセ@ ーッ、セL@ coセ@
tinua Kant, ゥョカセエ・ヲN@ a ft..elação de.6te.6 teft..mo.6 e
6azeft.. da 6elieidade pe.6.6oal, duma paft..tc, f..igada
ã ーセV・ゥ ̄ッ@ do ッオエセL@ de outft..a paft..te, 6..in.6 que
NVセゥ。ュ@ em セゥ@ ュ・セッNV@ 、・カセ@ paft..a a me.6ma ーセNVッ。@
A Vセャゥ」、。@ ーセNVッ。ャL@ com セVゥエッL@ eum VゥューセッM
75
59 • AL QUI É, o p. c i t ., p. 6 1, 6 2
CAPÍTULO V
"0 home.m não pode. .6 e.Jz. um a-€.vo 6ina-€. da c.Jz.iaç.ão .6 e.nao e.n-
quanto .6e.Jz. mOJz.al.,,2 Não e, pois, pela faculdade de co
nhecer, pois só o fato de ser conhecido, se nao - houvesse
um alvo final, não ーッ、・セゥ。@ conferir ao mundo nenhum valor;
"não e: tambe:m pOJz. Jz.e.laç.ão ao .6e.ntime.nto d.e. pJz.aze.Jz. ou da
.6oma do.6 pJz.aze.Jz.e..6 que. pode.mo.6 .6UpoJz. um alvo 6inal da c.Jz.ia
ç.ao c.omo d a d o " ... 3 "0 h ome.m, 」Nッョセオ。@ +' Kant, d e.ve. .6e.Jz.
pJz.e..6.6UpO.6to c.omo alvo 6inal da c.Jz.iaç.ão paJz.a que. pO.6.6a ha-
ve.Jz. um 6undame.nto Jz.ac.ional, jU.6ti6ic.ando a haJz.monia ョ・N」セ@
.6ãJz.ia da natuJz.e.za c.om .6ua 6e.lic.idade., quando e..6ta haJz.mo-
ョセ。@ e: c.on.6ide.Jz.ada um todo ab.601uto .6e.gundo 0.6
do.6 6in.6.,,4 O valor que so o homem pode se dar e que con-
siste em seus atos, em sua conduta e nos principios ウ・ァオセ@
do os quais ele age, não como membro da natureza, mas na
liberdade de sua faculdade de desejar, quer dizer, uma boa
vontade, que e
"que. dã ã .6ua e.xi.6tê.nc.ia um valoJz. ab.6o-€.u-
o
to e. pOJz. Jz.e.laç.ão ao qua-€. a e.xi.6tê.nc.ia do mundo pode. te.Jz. um
alvo 6inal,,,5 este valor e o que reside no homem como
ser moral. セ@ considerando o homem desta forma, esclarece
Kant, que temos uma razao, ou, ao menos, a condição prin-
cipal, para considerar o mrindo como um todo ligado segun-
do os ヲセョウ@
. e como um ウセエ・ュ。@
. de causas f 'セョ。ウN@ . 6 A ordem
dos fins e equivalente ã ordem das inteligências puras,
autodeterminadas. Hã, pois, uma unidade teleológica de
sujeitos independentes, de livres personalidades, que se
submetem apenas ã lei de sua própria vontade. Esta união
teleologica de sujeitos livres e o que constitui o イ・セョッ@
セ・。ッ@
o - d 0.6 NV・セ@ セ。」oャQNV@
" ・ョエセ@ NVセ@
, ,,18 Aparece, aqu1,
a idéia de uma reciprocidade ou de uma igualdade essen-
ciais, consideradas como constitutivas da ordem que deve
reinar entre os seres racionais. Nessa relação dos seres
racionais entre S1, a vontade de cada um deve sempre ser
considerada como legisladora. "A cada セ。コッ@ セ・エ。」ゥッャQ@
uma da.6 'mâxima.6 da vOl1tade, cOl1cebida como エ・ァゥNV。、ッセ@ uni
カ・セNV。ヲL@ a cada uma da.6 ッオエセ。NV@ vontade.6 e me.6mo a cada uma
da.6 110.6.6a.6 açoe.6, e i.6to, l1ao ーッセ@ アオ。ャ・セ@ ッオエセ@ motivo
ーセ¬エゥ」ッ@ ou アオ。ャ・セ@ vantagem Vオエセ。L@ ma.6 em カゥセエオ、・@ da
ゥ、セ。@ da dig nidade do .6 V1. セ。」ゥッ@ nal que .6 Õ obedece ã tei
que ete ーセゥッ@ in.6titui."l9 É graças a essa idéia que
se torna possível conceber, fora do reino da natureza, um
reino de vontades autonomas, como resultado do que, no ho
mem, é superior ã natureza - sua vontade legisladora. tッセ@
glosa - a
idéia leibniziana da cidade de Deus,
...
POSS1-
20
vel pela graça.
REFERENCIAS B1BLIQGRÃFICAS
3. Ibid, p. 251.
4. Ibid, p. 251.
5. Ibid, 251.
8. F.M.C., p. 163.
11. Cf. FMC. op. cit., p. 158; Cf. De1bos, op. cit.,
.
p. 306, 307.
15 . Ibid, P . 35.
16. Ib id, p. 20 .
CAPTIl'LC \'1
tivos -
sao, 。アオセL@ simplesmente ィゥーッエセ」ウN@ Como tais セュー@
rac10na1s.
. .
Os empíricos reduzem-se ao pr1nc1p10 da
• 4'.
busca
da felicidade. Fundam-se sobre o sentimento, físico ou mo
ral; Os princípios rationaissao fundados sobre o conce1
to イ。」ゥッョセャ@ da ー・イヲゥセッL@ entendido como efeito possível
da Bçao, ou como urna ー・イヲゥセッ@ existindo por S1 (a vonta-
de de Deus), considerada corno causa determinante da nossa
5
vontad"e.
REFERENCIAS BIBLIOGRÃFICAS
L F. M. C. op. c i t . , P . 168.
7• D,v ., o p. c i t, p. 5 7 •
CAPTTULO VII
-
Apesar disso, pode-se dizer que e , precisamente,
a inspiração racionalista que marca o pensamento Kantiano.
A Crítica da Razão Pura, corno afirma Delbos, chegou ao es-
tabelecimento de um novo racionalismo, cuja novidade con -
siste, não numa redução do papel da razão, mas numa outra
3
concepção desse papel. Se, por um lado, Kant mostrou que
todo uso da razão, com vistas ao conhecimento, é limitado
empiricamente, por outro lado, mostrou que todo o poder,da
90
co ,,31
, e- que se podera
- resolver o problema da justa relaçao
-
•
t
97
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
2 - Cf. De 1 e u z e. op. c i t. p. 7.
4 - Ibid. p.160.
5 - Ibid. p. 162.
6 - Ibid. p. 162.
16 - Ibid. p. 28.
17 - Ib i d. p. 21•
98
18 - Ibid. p. 21 e 22.
19 - Ibid. p. 22.
2O - Ib i d. p. 29 •
24 - Ib i d. p. 227.
25 - Ibid. p. 226.
27 - Ibid. p. 227.
31 - Ibid. p. 165.
99
CAPTTULO VIII
105 I
25
ca do lado do condicionado. No primeiro caso, buscam- se
os princípios, no segundo, as consequências. Na ordem do
ser, a razão pura não exige a totalização da série do lado
do condicionado. Podemos nos representar uma série de efei
tos, continuando-se indefinidamente. Tal exigência é feita,
contudo, do lado das condições. "E ne..6.6e. .6e.n:ti..do que. a Jr.a-
zão e.xige. um .6uje.ito ab.601uto, uma eau.6a ab.601uta e. um 6un
dame.nto ab.6 oluto dM eoi.6 M. PJr.oeUfl..amo.6, poi.6, um ab.6 olu -
to, ma.6 não um ab.601uto qualque.Jr.. O que. bU.6eamo.6 é o ab.6o-
luto e.m fl..e.lacão ao que. no.6 é dado, e. o que. no.6 e. dado .6ao
- ,,27
nO.6.6M fl..e.pfl..e..6e.ntacoe..6. O sujeito absoluto em relação a
nossas representações é o eu como substância; a causa 。「ウセ@
luta, em relaçãti Nセ@ nossas representações é a totalidade
dos membros da 'série dos fenômenos ou o ュオョ、ッセ@ como coisa
em si; finalmente, é em função de nossas representações
que chamamos Deus o fundamento único de todas as existên
cias.
28
sオイァ・ュセ@ assim, em nossoespfrito, as idéias do ・オセ@
do mundo e de Deus. "Há, diz Kant, uma hafl..monia e. unidade.
e.ntfl..e. a.6 idéiM tfl..an.6ee.nde.ntai.6; pOfl.. me.io de.la.6, a fl..azão
fl..e.duz todo.6 0.6 .6e.u.6 eonhe.eime.nto.6 a um .6i.6te.ma. Ele.vaJr.- .6e.
do eonhe.eime.nto de. .6i me..6mo (da alma) ao eonhe.eime.nto do
mundo, e., pOfl.. me.io de..6te., ao do .6e.Jr. .6upJr.e.mo, é uma mafl..cha
tão natufl..al que. paJr.e.ce. análoga ao pfl..oee.dime.nto lógico da
fl..a zao que. va:t da.6 p Jr.e.mi.6.6 a.6 ã. co n clu.6 ão " • 29
Essas três idéias, a alma, o mundo e Deus, -
nao
nos proporcionam nenhum conhecimento propriamente dito,
mas, como vimos, hã, nelas, além do interesse teórico, uma
vez que, para um condicionado dado, é preciso que também'
seja dada a integralidade absoluta do lado das condições,
também, e principalmente, um interesse prático: Bー・Nmッョ。セ@
dade., caU.6alidade. livJr.e., 6inalidade., tai.6 .6ão 0.6 Mpe.ctO.6
.606 0.6 quai.6 a idéia p.6ieolõgica, a.idéia eO.6mológiea e. a
idéia te.olõgZea· fl..elacionam-.6e. diJr.e.tame.nte. ao .6i.6te.ma da
vida mOfl..al". 30
Rã três tipos de racioc{nios dialéticos da razão
. セN@
pura: o raC10C1n10 ..
de pr1me1ra c 1 asse, a que Kan t da'" o no-
106
REFERENCIAS BIBLI0GRÃFICAS
3 - Ib ido p. 253.
4 - Ib id. p . 256.
6 - Ibid. p. 166.
7 - CRP. o p. c i t. p. 26O.
8 - Ibid. p. 260.
9 - Ibid. p. 329.
10 - Ibid. p. 270.
11 - Ibid. p. 270.
13 - CRP. p. 262.
14 - Ibid. p. 262.
15 - Ibid. p. 263.
16 - Ibid. p. 263.
17 - Ib i d. p. 266.
108
18 - Ib i d. p. 2 7 O •
21 - Ibid. p. 271.
22 - Ibid. p. 273.
23 - Ib i d. p. 273.
25 - Ibid. p. 274.
32 - Ib i d. p. 278.
33 - Ib i d. p. 278.
34 - Ibid. p. 278.
35 - Delbos, p. 170.
109
CAPTTULO IX
......, . . 1 12
duma exper1enC1a poss1vel em sua 1ntegra11dade abso uta.
A idéia cosmológica representa, em verdade, a idéia de um
todo absoluto, no que ultrapassa todos os limites duma ex-
periência possível. O incondicionado pode ser concebido,
112
"ou be.m Jte..6idindo na. .6é.Jt-i.e. inte.iJta., cujO.6 me.mbJto.6 .6a.o, .6e.m
e.xce.çio, condiciona.do.6, e. cujo conjunto é., a.b.6oluta.me.nte. ,
incondiciona.do, e., e.ntão, a. Jte.gJte..6.6ão é dita. in6inita.; ou
be.m, o incondic.-i.ona.do a.b.6oluto nio é .6e.não uma. pa.Jtte. da.
.6é.Jt-i.e., a. qua.l 0.6 outJtO.6 me.mbJto.6 .6ão .6uboJtdina.do.6, ma..6 que.
na.o e., e.la. pJtópJÚa., .6ubmi.6.6 a. a. ne.nhuma. condiçio". 13 No
primeiro caso, a regressão não é jamais acabada, e e, se -
gundo Kant, apenas virtualmente que se pode chamar infini-
ta. No segundo caso, a série comporta um primeiro termo,
que se ch ama "o come.ço do mundo, e.m Jte.la.ção a.o te.mpo; o
limite. do mundo, e.m Jte.la.ção a.o e..6pa.ço; o .6imple..6, e.m Jte.la.-
ça.o a..6 pa.Jtte..6 dum todo ne..6te..6 limite..6; a. e..6ponta.ne.ida.de. 。Nセ@
.6oluta. (a. libe.Jtda.de.), e.m Jte.la.ção ã.6 ca.u.6a..6; a. ne.ce..6.6ida.de.
na.tuJta.l a.b.6oluta., e.m Jte.la.ção ã e.xi.6tênc.-i.a. da..6 coi.6 a..6 mutá.
ve.i.6 " • 14
A raiz das antinomias está justamente numa des -
proporção entre as exigências da razão e os limites do
entendimento. A razão exige o absoluto, o incondicionado;
o entendimento não pode ultrapassar o condicionado. Nos
. セN@
raC10C1n10S so b re o mun d
o," ョッセ@ <
jエ・NーVョセ。ュッ@ como um co -
4-
.
Comp arando os prlnClplOS
セN@
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
2 - Ibid. p. 328.
3 - Ibid. p. 329.
4 - Ibid. p. 330.
5 - Ibid. p. 330.
6 - Ibid. p. 330.
9 - Ib i d. p. 332.
10 - Ibid. p. 332.
11 - Ib i d. p. 333.
13 - Ibid. p. 333.
14 - Ibid. p. 333.
23 - Ibid. p. 369.
24 - Ibid. p. 372.
25 - Ibid. p. 382.
119
CAPITULO X
II
I
Ir
í
I 121
II nado,
razao busca a unidade
a
que
I
r
I
í
I 1
a idéia de
çao total dos
liberdade é exigida pela busca de urna explica -
acontecimentos deste mundo; mas por outro la
if
I do, a atribuição da liberdade ã causalidade prImeIra pare- f!
セ@
f
ce arruinar esta mesma explicação: este e o problema cosmo
セ@
I
J
realidade
ma, incondicionada.
do mundo, a razão exige uma condição, em SI mes-
! !
!
1
que se constitua, igualmente, de liberdade e necessidade.
1 Esta dupla exigência na constituição da realidade, já ha -
1
via sido afirmada pelo racionalismo metaffsico, embora de
I
1
forma não crftica,
eJtam 」Nッョ・ゥセjャ@
uma vez que
ッ「ェ・セゥカ。、jNャ@ J.lem 」Njエzセゥ。L@
/tlibeJtdade e nec.eJ.lJ.lidade
J.lob a nOJtma de
I
I
セjエ。オュGL@
um 」Nッョィ・ゥュセL@
J.labeJt 」Nッョュゥセ。・ャエ@
e c.uja Jtelação eJta ・jNャセ。「」ゥ、@
n0Jta de J.leuJ.l UJ.lOJ.l, オョゥ」N。ュ・セ@
'in-abJ.l
J.legundo o gJtau do
ウオ「ュ・エゥセッ@
I
セ@
II
8 Os fenômenos, a um enca -
. segundo leis naturais,
deamento necessarIo, - eram considera
dos
.
COIsas em
.
SI, e nao, como na perspectiva crftica, Slm-
pIes representaçoes. Confundindo ser real e fenômeno, nao
havia corno conciliar liberdade e necessidade. Neste ponto,
o que Kant deve resolver é a questão seguinte: a liberdade
e somente possível ou pode estar de acordo com a unlversa-
lirlade da lei natural da causalidade. /tA ・ク。セゥ、 ̄ッ@ do pJtin-
c.Zpio, que queJt que セッ、jNャ@ OJ.l 。」Nッョセ・ゥュjャ@ do mundo J.lenJ.lZ
vel 」Nッョjャセオ。ュ@ um ・ョ」N。、ュセッ@ univeJtJ.lal, J.legundo leiJ.l ne-
c.eJ.lJ.lã.JtiaJ.l da ョ。セオjエ・コL@ noi jã ョゥjエュ・セ@ ・jNャセ。「」ゥ、ッL@ c.o-
mo um pJtinc.Zpio da aョ。ャzセゥ」N@ tjエ。ョNャ」QR、・セL@ e não J.lOfiJt12.
nenhuma exc.eção. A アオ・jNャセ ̄ッ@ i, ーッjエセ。ョL@ Vッュ・ョセ@ セ。「・jエ@ J.le,
122
!
f
ape.-6 aJt deó te. p JÚ n cZ p.-i.. o, num (!_ n!?-.-i..to J â de tvunúw do, .6 e. 9 UYl do
a natuJteza, a l.-i..be.Jtdade. pode. エ。ュ「セ@ -6e. e.nconthaJt, ou -6 e.
e.la ョセッ@ セ@ comple.tame.nte. e.xclu.-i..da pOJt e..6ta Jte.gJta .-i..nv.-i..oli -
ve.l".9 f, assim, um contra-senso atribuir aos ヲ・ョセュッウ@ I
urna realidade
tudo
absoluta, pois não pode haver absoluto
é relativo ao poder humano de intuir e conhecer. "Se.
onde
I
0.6 6e.nôme.no-6 6o-6-6e.m co.-i..-6a!.:J e.m .6.-i.., não have.Jt.-i..a como !.:JalvaJt
a l.-i..be.Jtdade.. A natuJte.za -6Vt.-i..a, e.ntão, a cau!.:Ja comple.ta e. I
em -ó.-i.. -6 u 6.-i..c.-i..e. nte. de. cada ac onte. c.-i..me.nto, e. a co nd.-t ção
cada um e.-6:tah.-i..a .6e.mpJte. cont.-i..da, un.-i..c.ame.nte. na LVセjエNMゥ・@
de.
do!.:J I
6e.nôrl1e.no.6, que. .6ão, :tanto quantoõe.u.ó e_6e..-i..:to!.:J, ,1iZ..Ce,ó.óaJt.-i..(l-
I
e.m !.:J.-i.. me.!.:Jmo, 6e.nôme.no. Se., poJttanto, o que deve !.:Je.Jt con.6.-i..-
deJtado como 6e.nôme.no, no mundo !.:Je.n!.:JZvel, tem エ。ュ「セL@ em
.ó.-i.. me!.:Jmo, um pode.Jt, que. não セ@ obje.to de. .-i..ntu.-i..ção !.:Jen.ólve.l, f
ma.ó pe.lo qual, e.n:tJte.tanto, pode. !.:Je.Jt uma cau!.:Ja de 6enômeno!.:J, I
pode.-!.:Je., então, con!.:J.-i..deJtaJt a cau!.:Jal.-i..dade. de!.:Jte !.:JeJt, !.:Job
do.-i..!.:J ponto!.:J de v.-i..lta: como .-i..nte.l.-i..glve.l quanto セ@ !.:Jua ação,
ou como a cau!.:Jal.-i..dade de. uma co.-i..!.:Ja e.m !.:J.-i.., e como !.:Jen!.:JZvel,
I
quanto aO-6 e6e..-i..to!.:J de.!.:Jta ação, ou como cau!.:Jal.-i..dade dum 6e.-
.. , 1
nome.no no mundo ANZj・ョセカャB@ Podemos ter, portanto, um
conceito empírico e um conceito intelectual da causalidade
num mesmo efeito. A contradição é, aqui, eliminada, urna
vez que estes fenômenos, BjQセo@ !.:Jendo co.-i..-6a!.:J e.m !.:J.-i.., deve.m
te.Jt, pOJt 6undamento, um obje.to tJtan.óce.nde.ntal, que. O.ó de. -
- ,,12
te.Jtm.-i..ne. como !.:J.-i..mple.!.:J Jte.pJte.!.:Je.J1taçoe.!.:J; dessa forma, "nada
.-i..mpede. de. atJt.-i..bu.-i..Jt a e..óte. objeto tJtan.óce.ndental, alim da
-
nao
pJtopJt.-i..edade que te.m de. no!.:J apaJte. c_eJt , uma cau.óal.-i..dade.
I
1
123
f
i
não fie.l1omên..i.c.a, a..i.nda que. -!le.u e.fie.·Í-to .60 .6e. e.ncontJte. 110
fie. 11 -ome.11 o ,,13
•
f
セ@
i dé i a.
f
t
A solução da terceira antinomia, mediante a dis- t
tinção entre COIsas em SI e fenômenos, e a possibilidade ,
de pensar uma relação de causalidade entre eles, a despei-
r
to da heterogeneidade
tra que
rias.
da condição e do
liberdade e necessidade natural não são contraditá
No entanto, não se pode, daí,
condicionado, mos
It !
de seja real. "EntfIe. ・NLAセ。Mᅮ@ dua-6 a n'<"/UYi açõe.-6 , r/á toda a (1.[-6- i
tanc.<..a que. .óe.paJta a ーッウセゥ「N\エGB、。・@ .t6g.<..ca de. um conce..<..to da
t
p06J.J,.(.'b'{J'dd
,.(.z.,.(. a e. ne.az.{Jd e. -6e.u o b'je.:to.
,,20 A ausenCIa -. de contra- !
dição lógica permite pensar a
conhecer um objeto que lhe
liberdade, mas
corresponda, porque este
não permite
teria
I
de ser dado numa intuição. No entanto, a possibilidade ló-
gica do conceito de liberdade era precisamente o que se
colocava em 、セカゥ。@ pela terceira antinomia. liA con:thad.<..ção
que. pane.c.<..a e.x.<..-6:t.<..Jt e.n:tne. O me.can.<..-6mo da natune.za e. a li -
be.Jtdade. mO-6:tJtou--6e., :to dav.<..a , uma con:tnad.<..çãc apahe.n:te.. Po-
de.--6e., com e. 6e..<..:t o , a:tJt'<"bu.<..n l'<"be.ndade. e. na:tuJte.za ao mC-ómo
J.Je.n, con-6idenado -6ob nelaçõeJ.J d'<"ne.nen:teJ.J. A-6-6.<..m, 6.<..ca Jte. -
-6olv'<"do um con6l.<..:to que ameaçava a nazao em J.Jua pn6pJt'<"a ・セ@
J.Jência e a lançava num ab.<..J.Jmo de ce:t.<..c.<..J.Jmo; .<..mpoJt:tava con-
J.J'<"deJtaJt que a Jtazão, em J.Jua ex.<..gênc.<..a do .<..nconá.<..c.<..onado
VlaO e na c onJ.J :tJtan g'<" da, p ana é, a:tiJ.J 6az eJt -6 ua n e ce-6 J.J idade, a
penJ.JaJt o '<"mpen-6âvel e conceben o .<..nconcebZvel; .óâbia pJte -
cauçao que. noJ.J pJte-6enva do delZJtio paJta noJ.J peJtmi:tin pen-
J.J aJt" . 2 1
I
c1ui r ,
Não temos, pOIS como VImos, o direito de
da p os s i b i 1 i da deI Óg i c a deu m c on c e i t o
con
ã p os si b i 1 i - II
dade real de seu objeto. Ao nível da Dialética, a possibi-
lidade real ou transcendental da liberdade não é provada
uma vez que
pensãvel que
seu conceito permanece duvidoso.
um objeto corresponda a uma tal idéia,
Se não e
a
1m -
rea-
I
lidade desse objeto permanece, contudo, do ponto de vista
I
セ@
t
I
127
-
ÇOe..6 na.tuJz.M.6, quando o de.ve.Jz. .6e. aplica no ca.6 o; ma.6 e..6.ta.6
condiçõe..6 na.tuJz.ai.6 não dize.m Jz.e..6pe.i.to ã de..te.Jz.minação da
pJz.ôpJz.ia von.tade., ma.6 .6ome.n.te. a .6e.u e.6e.i.to ou .6ua 」ッョN・アャlセ@
c.{. a n o 6e. n â me. no. Po Jz. mai.6 n u. me. Jz. O.ó a.6 que. .6 e. j a m a.6 Jz. a z o e..6 n a
.tuJz.ai.6 que. me. le.vem a queJz.e.Jz., pOJz. mai.6 nume.Jz.O.6o.6 que. .óejam
0.6 môbile..6 .6e.n.6Iuei.6, não podem pJz.oduziJz. o deveJz., ma.6 .60 -
me.n.te. o que.Jz.e.Jz., que. e..6Já longe. de .6e.Jz. nece..6.óâJz.io, .óendo
-
.6e.mpJz.e. condicionado, e.VJquan.to que. o deve.Jz. que. a Jz.azao pJz.o-
clama, impõe., ao con.tJz.aJz.io, uma me.dida e. um 6im e. me..6mo
uma de.6e..6a e. uma au.toJz.idade.".25 Kant estabelece uma distin
çao entre cariter inteligível セ@ caráter empírico/análoga ã
que mostra que, mesmo no caso da adoção de ュ。クセウL@
- . ウオァ・イセ@
.
das pela sensibilidade, intervém uma regra da razão. Diz
e1e: "Que.Jz. .6e.ja um obje..to da .6imple..6 .6e.n.6ibilidade. (o ag Jz.E:
dáve.l) ou um obje.to da Jz.azão pUJz.a (o be.m) , a Jz.azão nao - ce.-
de. ab.ó olu.tame.n.te. aC' p/'Ú11 clpio que é dado empinicamen.te. e.
não .6 egue. ab.ó olu.tame.n.te. a onde.m da.ó coi.ó a.6 tai.6 como .6 e.
apJz.e..6e.n.tam no ne.nôme.no, ma.ó .6e naz a .ói me..6ma, com uma pe.!!;
6e.i.ta e..ópontane.idade., uma onde.m pJz.ôpJz.ia, .óe.gundo a.ó ;. déia.6
a.ó q uai.6 vai adap.taJz. a.6 condiçõe..ó e.mpIJz.ica.6 e. con 60Jz.me. a.6
quai.ó con.óide.Jz.a me..ómo como ne.ce..ó.6 âJz.ia.6 açõe..ó que., ・Nョエjコ。セ@
.to, não aconte.ce.Jz.iam e., .talve.z, não acon.te.ce.Jz.ão, .óupondo ,
I
1
I 129
!
t
f
I
i
)
130
f
!
t
I
4' •
te do ponto de vista teórico: o carater empIrIco passa a
ser, nao a expressa0 das leis naturais, mas o esquema sen-
sível do carater inteligível. Segundo Boutroux, partindo
duma necessidade e duma liberdade absolutas, Kant conclui
por um dualismo radical, dividindo o homem em dois. p・イァオセ@
nao ,6e cel1.6una ュ・ョッセ@ o autoTL pon i,6to, não devido セ@ セャl。@
maldade natunal, não devido セ@ cincunhtancia,6 que in6lui-
nam ,6obne ele, e nem me,6mo devido セ@ ,6ua conduta pa,6,6ada,
ponque ,6e ,6upoe que セ・@ pode deixan totalmente de lado o
que 60i ・セエ。@ conduta e olhan a ィセョゥ・@ tnan,6coh!Lida da,6 rcn-
diçõe,6 como nao acontecida, e e,6ta açao - cemo totalmente in
condicionada pen nelaçã.o ao c,6tado antefLion, 」セュッ@ セ・@ o au-
ton começa,6,6C c.b.6elut:J.!ilente com ela uma セ↑tlゥN」@ de u'i1:,eqliêl!..
cia,6 . -
JLazao em q ti. e
,6e olha ・セエ。@ como uma cau,6a que tenia podido e devido de-
tenminan de outno modo a conduta do homem, independem ente
de エッ、。セ@ a,6 」ッョ、ゥ・セ@ ・ューzョゥ」。セ@ セエ。「・ャ」ゥ、LVN@ E nac ,6e en
cana a 」。オセャゥ、・@ da nazao como uma ・LVーセ」ゥ@ de 」ッョオAlセL@
ュ。セ@ como completa em ,6i me,6ma, ainda me,6mo que Oh ュセ「ゥャ・@
NV・ョセzカゥ@ não lhe éO,6,6em de todo V。カッョセ・ゥL@ ma,6 totalmen-
te 」ッョエセゥ[@ a ação セ@ atnibuZda ao 」。ョセエ・Al@ inteligZvel
do auton: セ@ inteinamente 」オャーセカ・@ no in.6tante em que mente;
- e com-
Com efeito,"a realidade da liberdade nao
preendida, nem sequer demonstrada pelas considerações da
Dialética; tudo o que se estabeleceu é que a liberdade e
possível no sentido de não 」ッョエイ。、ゥセ・ュ@ ウセL@ nem com o
mecanismo da ョ。エオイ・コセ@ Passar da possibilidade lógica a
possibilidade real seria um salto ilegítimo, " um a vez que
não ーッ、・ュセ@ ・ッョ「セ@ em ァ・セ。ャ@ a ーッセゥ「ャ、。・@ de nenhum
ーセゥョ・zッ@ セ・。ャ@ e de nenhuma ・。オセャゥ、@ ーッセ@ セゥューャ・@ eoneei
エッセ@ a ーセゥッN@ A ャゥ「・セ、。@ é エセ。、L@ aqui, 。ー・ョセ@ eomo
uma idéia エセ。ョ・、ャL@ pela qual a セ。コッ@ pode ・ッュ。セ@
pelo ineondieionado a セ←ゥ・@ 、。セ@ ・ッョ、ゥセ@ no 6enômeno, o
que a 6az ・ュ「。セM@ numa antinomia eom 。セ@ ーセゥ。@ ャ・ゥセ@
ーセ・ゥエ。@ ao オセッ@ ・ューzセゥッ@ do entendimento. oセ。L@ que ・セエ。@
antinomia セ・ーッオ@ セッ「・@ uma セゥューャ・@ 。ーセ↑ョ・ゥL@ e que a na-
エオセ・コ。@ não ・ッョエセ。、ゥァ@ a ・。オセャゥ、@ pela ャゥ「・セ、。@ ・セ。@ a
uniea ・ッゥセ。@ que ーッ、z。ュセ@ ーセッカ。@ e ・セ。@ também a uniea que
. ,,31, .,
ョッセ@ セューッエ。カN@ . Isso porque, se a liberdade e ーッウセカ・ャ@
do ponto de vista lógico, torna-se legítima a tarefa de
lhe buscar um fundamento objetivo,
ante uma reflexão sobre a possibilidade dum objeto metafí-
o que Kant realiza medi
I
ウセ」ッ@ e moral. Certamente, como observa Rousset, não pode- !
!
ria tratar-se no criticismo, de admitir o seu conhecimento;
I
!
134
I
-
I
,
.,.. ...
aliás, nao e mesmo necessario, aquL, saber se devemos for- I
II
mar uma idéia deste objeto ou pensar subjetivamente a sua
existincia; basta examinar o que poderia ser, a fim de de-
finir seu Bウエ。オGセ@
. I
e saber, assim, o que se coloca em アオ・セ@
I!
tao e de que lado convem procurá-lo, quer seja para o ne- I
1
"
gar ou para o a f 1rmar •.. ,,3B
I
セ@
da razao pura
46 セ@
セ@ ーセ。エ」ッL@
-. diz kセョエL@ tudo o アオセ@
-e ーoィセ@
-r II
vel pela Nゥ「・セ、。LTW@ャ A liberdade nesse sentido, e "a
i
Gゥューオャィ・セ@
vontade, que pode
ィ・ョャカゥセL@
ィ・セ@
ーッセ@
、・エセュゥョ。L@
」ッョセ・ア。↑ゥL@
independentemente
ーッセ@ mõbileh セ・ーA@
dah
I I
I I
Ir cos, e, por conseqUência, são necessárias a todo res-
I J
;
peito ll •
52
Este texto, como observa Carnois,
laJtmente ゥョエ・jセ。L@
"ê. paJtt.i.c.u-
na medida em que Jtevela que ê. a lセ@
I !I
!
beJtdade, que, ョ・セエ@ 」N。セッL@ セ・@ Jtealiza a セゥ@ ュ・セ。L@ ーjエ・セ」Nᆳ I
セ・ョ、ッ@
vendo um 6im, que ê. セ・オ@
dado que セ・@ deve 、ゥセエョァオjL@
pJtõpJtio 6im. m。セL@
a ・セ@
ーjエ・」Nゥセ。ュョL@
nlvel, libeJtda-
Ij
de pJtátic.a e libeJtdade mOJtal, ・セエ£@ em diJteito de a6iJtmaJt II
I
I
!
I
f
138
so
a I
é possível e mesmo necessária "num mundo inteligZvel, quelt
dizelt, num mundo molta.l, em eujo eoneeito 6a.zemo.6 a.b.6tlta.ção
de todo.6 0.6 ob.6tãeulo.6 OpO.6tO.6 ã molta.lida.de (a..6 inelina.-
I iセ@
f
çõe.6 l ,,59 Mas, este ".6i.6tema. de molta.lida.de não é .6 enão
i
uma. idéia., euja. Itea.liza.ção ltepou.6a. Fd「セ・@ a. eondição de que I
i
ea.da. um 6a.ça. o que deve, quelt dizelt, que toda..6 a..6 a.çõe.6 ,i
do.6 .6 elte.6 lta.eiona.i.6 a.eonteça.m eomo .6 e .6a.Z.6.6 em de uma. vonta.-
de .6upltema. que a.blta.ngi.6.6e em .6i ou .6ob .6i toda..6 a..6 vonta.-
de.6 ー。Nャエゥ・オiZVイセᅮ@ "A idéia. de uma. ta.l inteligêneia., em
que a. vonta.de, a. ma.i.6 pelt6eita. molta.lmente, goza.ltia. da. hobe
Ita.na. 6elieida.de no mundo, enqua.nto e.6ta. 6elieida.de ehtã em
e.6tltita. Itela.ção eom a. molta.lida.de (quelt dizelt eom o que tOIt
na. digno de .6elt 6elizl, e.6ta. idéia., dit Ka.nt, a. eha.mo o
6-1
idea.l do .6obelta.no bem". - A conexao entre moralidade e fe
. - f
I
licidade é irrealizável no mundo sensível; e preC1SO, p01S, ;
!
admitir um outro mundo. que nio o dos fenômenos, quer dizer, i
o mundo inteligível; e este mundo inteligível, nio podendo i
I
ser dado aqui embaixo, é representado como um mundo futuro
para ョセウL@ conseqUência de nossa conduta no mundo atual. f
"Veuh e uma. vida. 6utulta. .6ão, poltta.nto, h egundo Oh plt,[neZ- I
P,[Oh da. Ita.zão pulta., dUa.h hUpohiçõeh inhepa.ltãveih da. ッ「ャエL{ァセ@ J
i
I
139
62
ç.5.0, que e4ta me4ma セ。コッ@ n04 セューッ・@
• - II
o mundo inteligí-
vel -
e, antes de tudo, a concepçao de uma vida, セ@
compensan-
do, graças a mediação de um sábio criador, a impotência da
moralidade a criar a felicidade de que ela i digna. "Sem
um Veu4 e 4em um mundo atualmente invi4Zvel ー。セ@ nÓ4, ma4
que ・Tーセ。ュPL@ a4 ュ。ァョzVゥセT@ ideia4 da ュッセ。ャゥ、・@ podem
T・セ@ bem objet04 de a44entimento e de 。、ュゥセ ̄ッL@ ma4 não mó
bile4 de intenção e de ・クセオ ̄ッL@ ーッセアオ・@ não ーセ・ョィュ@ todo
o 6im que ョ。エオセャュ・@e 。エセゥ「オz、ッ@ a ーセゥッL@ ーセ・ゥT。ュョエ@
ーッセ@ e4ta me4ma セ。コ ̄ッL@ a todo T・セ@ セ。ゥッョャ@ e que e ョ・セT。@ -
セゥッBNVS@ Kant chega a afirmar que as leis morais não pode-
イセ。ュ@ ser mandamentos, se não unissem a ーセゥッL@ as suas
prescrições, o soberano bem como conseqUência necessária,
e se, por consequinte, não trouxessem promessas e amea-
64
ças"
II
,
I
t
,セ@
r
141
REFERtNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
3 - Ibid. p. 216.
11 - Ibid. p. 397.
12 - Ib i d. p. 397.
13 - Ibid. p. 397.
14 - Ibid. p. 398.
15 - Ibid. p. 398.
16 - Ca rn oi s, op. ci t. p. 31.
18 - Ibid. p. 402.
2O - C a rn o i s, op. c i t. p. 42.
21 - Ibid. p. 41 e 42.
24 - CRP, op. c i t. p. 4 O2 •
25 - Ibid. p. 402.
28 - Ibid. p. 403.
34 - Ibid. p. 405.
39 - CRP, p. 360.
40 - Ibid. p. 395.
41 - Ib i d. p. 395.
42 - Ibid. p. 541.
44 - Ib i d. p. 191.
45 - CRP, p. 538.
47 - Ibid. p. 540.
48 - C f. Ib i d. p. 5 41 .
49 - Ibid. p. 542.
5O - Ib i d. p. 540.
51 - Ib i d. p. 541.
52 - Ibid. p. 544.
56 - Ibid. p. 542.
59 - Ib i d. p. 545.
60 - Ibid. p. 546.
61 - Ibid. p. 546.
62 - Ib i d. p. 546.
63 - Ibid. p. 547.
64 - Ibid. p. 547.
66 - CRP, p. 551.
68 - Ibid. p. 551.
.,r
145
CAPTTULO XI
l-:
troduziria na ordem moral? Vejamos a opinião de Delbos a セ@
esse respeito:" A vontade i, ・セョ」ャ。ュエL@ a V。」オャ、セ@ fI:
de de aglJr.. pOJr.. Jr..egJr..M ou ュ ̄Nクャ。セ[@ então, me.6mo que Jr..eceba
r
セ・オ@ ュ「ャ・セ@ dM lncllnaç.õe.6, nã.o セ・@ セオ「ュ・エL@ de セオ。@ paJr.. - f
te, a uma ln6luência ・セエjイNャ。ュョ@ deteJr..mlnante, uma vez t
que ・セNV@ ュ「ャ・セ@ セ@ valem, paJr..a ela, quando セ ̄ッ@ 。、ュャエッセ@ I
f
em セオ。@ Jr..egJr..a de aç.ão. Em outJr..M palavJr..M, toda Jr..egJr..a com -
pJr..eende um elemento Jr..acional, iJr..Jr..edutZvel, pOJr.. ゥセッ@ ュ・セッL@
。ッセ@ ュ「ャ・セ@ 、。ッセL@ e セ・@ pode セオエ・vャN。jイL@ ョ・NVセ@ セ・ョエャ、ッL@ que
a llbeJr..dade ・クャセエL@ paJr..a o homem, 、・セ@ que ele セ・@ Jr..epJr..e
セ・ョエ@ uma Jr..egJr..a de conduta, qualqueJr.. que .6eja ... "6 A
razão prática poderia, pois, atuar de duas maneiras distin
tas: colocando em regras ou em fórmulas móbiles fornecidos
pela sensibilidade, ou propondo, ela mesma, a lei que de -
termina a máxima da vontade. Esta lei é a lei moral, inde-
pendente de toda matéria empírica, e absolutamente in condi
cionada. A vontade que obedece ã lei moral é livre por ex-
- .
celenC1a. 7
uma vez que, para seu propósito, que e prático, basta admi
tir a liberdade sob a forma de uma ide ia que os seres raci
onais têm como fundamento de suas 。・ウセR@ Assim, a lei da
liberdade obriga a todo ser セオ・@ não pode agir senão sob a
ide ia de liberdade, e isto, quer este ser seja livre ou
I
149
I
hao. Do ponto de vista prático, a idéia de liberdade, como
!
!
J
espontaneidade da razao, é suficiente; para afirmar que um I
1
r
i|ー。セ@ que um セ@ ・セL@que -e, ao ュ・セッ@ tempo, セ・ョiカ@ e セ。」ゥッᆳ
ョ。セ@ アオ・ゥセ。@ セᅰ@ o que a セ。コ ̄ッ@ ーセ・」カL@ e ーセ・」ゥッL@ セ・ュ@ duvi
da, que a セ。コ ̄ッ@ tenha a ョ。」オセ、・@ de セィ・@ ゥョセー。@ um セ・ョエゥ@
IIIUOJECA
NIMÇAO 8EiOLlO Vセ@ /"'0"
151
o homem fosse
Assim,
considerado,
o que pareC1a contraditório, ou seja, que
ao mesmo tempo, como ser livre I
e determinado, encontra, mediante a concepção do mundo 1n- tt
I
f
f
152
Pela 」ッョウセ・。@
.- . que tem de pertencer ao mundo
inteligivel, o homem se atribui uma vontade capaz de ーイッ、セ@
zir açoes, cuja causalidade reside apenas em ウセ@ mesmo, co-
. .,..
do mundo inteligível, do
mo ser racional, e nos ーイセョ」ッウ@
- 22
de que pertence apenas a lei moral.
II
ideia da razão, pode ser pensada, mas não conhecida ela
esta alem das condições a pfLiofLi do espaço e tempo, corno
セ@
I
I
154
I
I
tambem,
Kant
nao é
parte do
análogo
fato da
aO da Crítica da Razão Pura, em
cIencIa, como fato real, para se ele
que
I
i•
var as suas condições. No domínio prático, o imperativo
. ... . r
categórico não é afirmado como real, desde o InICIO, mas f
apenas como possível.
afirmação hipotetica,
Daí, quando Kant se eleva,
à condição de sua possibilidade, tal
de sua
I
f
condição é também apenas possível. Ainda mais - Kant afir
-e i
ma que a liberdade é possível, mas não esclarece como !セ@
possível. "A fLa z ao,
e.g undo e..t e., u.t:tfLapa.ó.ó afL.-la todo.ó O.ó
.ó
I
na a vontade como causa eficiente. Compreender isso resul-
ta impossível e este é todo o limite da razao. Também a
idéia de um mundo inteligível permanece sempre uma idéia
a respeito da qual se pode ter uma crença racional, mas nao
um conhecimento,
6fLonte..-lfLa de..óte. mundo".25
pois, todo o saber, diz Kant, "tefLm.-lna na
I
セ@
セ@
I
r
r
I
t
t
I
I
I·
155 t
f
I REFERENCIAS BIBLI0GRÃFICAS
2 - Ibi d. p. 179.
8 - Ib i d. p. 181.
9 - Ibid. p. 182.
10 - Ibid. P • 183.
,
12 - Cf. FHC, op. cito p • 183 •
17 - Ib i d. p. 187.
156 I
18 -
19 -
Ibid. p. 187, nota de De1bos.
Ib i d • p. 2 OO •
I
21 - i セ@
i
I
22 - Cf. Ibid. p. 201, nota de De1bos. tセ@
f
23 - A1quie, op. cito p. 79 e 80.
Ir
セ@
24 - FM C, op. c i t. p. 2 02 • I·
t
!.
25 - Ib i d. p. 208. I
!
t
I
f
;
!
セ@
セ@
iI
I
,
I
!
i
I
J
Ii
!
!
f
f
QUセ@
CAPÍTULO XII
incondicionado
da I !
セ@
I
I
i
159
I,
minado. Por outro lado, a liberdade e a セ。エゥッ@ ・セョ、ゥ@ da
lei motal, porque, se não houvesse a liberdade, a lei mo-
ral não existiria absolutamente em nós. IO Voltaremos a es- f
te ponto mais adiante.
"Esta pressuposição
do I
I
não deve ser, entretanto, confundida com uma simples acei-
tação, sem provas, da existência do 'dever." t o que afirma
Delbos, que considera uma tal pressuposição justificada,
no pensamento kantiano, por dois tipos de considerações:
"a ーセゥュ・。@ e: que, eomo ele dizia, na gセ。ョ、ャ・ァオL@ toda
eoilJa da
、・ゥセ。@
tailJ eomo lJã.o N、・エセュゥョ。ャj@
ーセッ・、@
ョ。エオセ・コ@
da セ。コ ̄ッ[@
age lJegundo leilJ,e que toda lei カ・セ、。ᆳ
a lJegunda, e: que alJ leilJ エ・£セゥ。ャjL@
pela cセQNエゥ・。L@ nao podem ャj・セ@
!
aplieadalJ, lJenã.o ーッセ@ abulJo, ao アセ・@ não e dado numa intui-
çã.o, ao que lJá pode ャj・セ@ ーセッ、オコゥ@ ーッセ@ uma vontade. LeilJ
ーセ ̄エゥ・。ャj@ hã.o, ーセゥュ・ッL@ leilJ, num lJentido オョゥカ・セャj。@ e セ。ᆳ
eional da ー。ャカセL@ leilJ , em.euja 6alta, lJá ィ。カ・セゥ@ ャオァ。セ@
ー。セ@ o aealJo, アオ・セ@ 、ゥコ・セL@ ー。セ@ o 。セ「ゥエ ̄ッ[@ e elalJ lJã.o,
em lJeguida, ーセ ̄Nエゥ・。VL@ no lJentido de que lJe セ・ャ。ゥッョュ@ 、ゥセ・@
tamente ã vontade eomo tal, アオ・セ@ ã 6aeuldade de
。ァセ@
" lJegun d o ーセョ・oャjN@ ' -r. " 12 .
Vejamos
、ゥコ・セL@
.
em que cons1ste esse
I{
i
!
}
I
162l セ@
I
エ・セュゥョ。@
o ーッ、・セ@ 6Zhieo セ・ェ。@
hua ・。セャゥ、NBu@
セオVゥ・ョエ@
Il
-
nao
o I
ultrapassa os limites, atributdos pela Crítica, ao conheci
mento dos fenômenos, uma vez que o emprego deste conceito,
que se encontra a priori no entendimento, não visa a conhe
cer objetos, mas a determinar a causalidade da razão em
relação aos objetos em geral: a razão pura sõ o emprega pa
ra um fim prático. Na ausência da intuição, que é a única
condição possível de aplicação das categorias do entendi -
mento ao conhecimento dos objetos, como ocorre com os "nou
me.noll", não pode haver conhecimento, mas, nem por isso, a
sua aplicação perde em realidade objetiva, com a condição
o
de que não se busque um fim teórico, mas pratico.
dimento ウオエ・セ。@ com os objetos uma relação cognitiva, li-
enten-
I
mitada ao âmbito da experiência.
t
f
!
i
!
168
-e !
intermédio de um sentimento de prazer que tais objetos de-
Se por
!
(
t
terminam a vontade, não há como distingui-los. "Não e.xi.6te. I\
poi.6, 6aeuldade. NVオー・セゥッ@ de. 、・NVェ。セL@ não .6e. é 、・Nエセュゥョ。ᆳ
da ime.diatame.nte. pe.la セ。コ ̄ッLNV@ não .6e. e.xelui toda in6luên-
[,
eia 。ョエ・Nセゥッ@
de. uma le.i ーセ ̄エゥ・。L@
do .6e.ntime.nto de. ーセ。コ・N@
a セ。コ ̄ッ@ 、・Nエセュゥョ。@
ou de. 、ッセN@
a vontade. ime.diata-
lr No ea.6O
I
me.nte., e. é .6Ó ne..6.6a me.dida que. é uma セ。コ ̄ッ@ ーオセ。@ ーセ ̄エゥ・。N@
Aqui e..6tã o 6undame.nto do Vッセュ。ャゥN@
uma le.i .6e. セ・Nエゥ。@
Vッセュ。@ de. uma ャ・NァゥV。セ ̄ッ@
toda ュ。エ←セゥL@
オョゥカ・NセV。ャ@
セ・NVエ。@
kantiano, poi.6 .6e. de.
ape.na.6
A.6 le.i.6 ーセ ̄エゥ・。NV@
a .6imple..6
.6ão
I I
!
le.i.6 ーオセ。ュ・Nョエ@ Vッセュ。ゥN@ e. a vontade. eapaz de. NV・セ@ 、・Nエセュゥョ。@ II
da ーッセ@ e.la.6 é uma vontade. ーオセ。L@ totalme.nte. inde.pe.nde.nte.
da le.i ョ。エオセャ@
diz Kant, .6e. ehama ャゥ「・Nセ、。L@
do.6 6e.nome.no.6. oセ。L@ uma tal inde.pe.ndêneia,
no .6e.ntido mai.6 セゥァッNVL@ I
アオ・Nセ@ 、ゥコ・NセL@ no .6e.ntido エセ。ョNV・、ャBSR@ Vontade livre
é, pois, vontade pura, capaz de se determinar pela sim-
ples forma legislativa da máxima. Neste caso, a vontade
não é livre quando é indeterminada, mas quando encontra
uma determinação independente da matéria da lei. Assim, a
liberdade implica uma especie de causalidade, que não é a I
causalidade da lei natural, mas a causalidade inteligivel.
A liberdade aparece, aqui, como a conformidade da vontade I
セ@
a lei prática incondicionada.
c.umpJtida. .6egundo e..6ta. le..i". "Basta saber que a lei ordena .••
Não se trata, aqui, de urna realidade a conhecer, mas de uma
realidade a produzir".35 O fato invocado não e, pOl.S, em v
I
,
I
1
I 172
1
I . - ,,38
I
I
。Vセョュッ_@ Ora, a lei se impõe a todo ser racional como
uma exigência indiscutível e ê preciso bem admitir que se
I ma,
gunta Carnois,
para deduzir, do dever, a liberdade. No entanto, per -
"a pahhage.m da a6-i.nmação de. um de.ve.n a
pode.n ê, ne.alme.nte., le.gZt-i.ma e. -i.neonte.htãve.l? O 'pontanto'
um
íl
!
I I
i
! l
,I,
セ@
------------,
I 174 I
j
I
セ@
i
セ。@ ゥョ、・エセュ。@ e ーセッ「ャ・ュ ̄エゥ。@ ... , ュ。セL@ mehmo セ・ャ。エゥカュョ@
,!
I
J
J ィ・セエッゥ。ュョBNTX@
te セ@ lei de hua 」。セャゥ、・L@
- No entanto,
、・エセュゥョ。ィ@
não há, aqui,
e eoneebidah ah-
ainda conheci
I
t
I mento perfeito:
mas a consciência de si,
110 naetum セ。エゥッョィB@
e a realidade que ele define
não e uma intuição,
-
nao
f
J
e senão uma existência indeterminável, segundo os princi-
I
pios transcendentais da ciência; nos faz, portanto, conhe-
cer a liberdade em sua realidade e seu conteúdo, em sua es
sência e com todas as suas propriedades, mas não em sua exis
- .
tenc1a ••
obJet1vamente • QTセ@
determ1nada: EU nao
- eon h eço O Ob jeto
. t
ao qual ê: 。エセゥ「オz、@ uma tal eauhalidade" .SC! Falta, portan- J
セ@
!
to, a determinação objetiva da existência da liberdade. E
preciso poder demonstrar que a presença da lei na consciên
t
セ@
i
4 40 ・セーャヲエゥッ@ de um homem ゥョ「・セ。エッL@ uma tal ョ・」セゥ、。@ nao
1
セ@
í セ・@ ゥューッセ。N@ s・ァオセ。ュョエL@ no ーセッ「ャ・ュ。@ da ャゥ「・セ、。L@ o inte
i
i セ・@ da セ。コ ̄ッ@ セ・@ ・ョ」ッエセ。@ plenamente engajado, ーッセアオ・@ セ・@
I エセ。@ aI da セオ。@ ーセ[ゥ。@ ・クゥセエョ」。ᄏNUj@
I
I Que a razão pura seja pratica, ou seja, que ela
II dê ao homem uma lei universal, que é a lei moral e, p01S,
um fato inegavel. O princípio da moralidade é reconhecido
pela razão como uma lei de todos os seres racionais, en-
! quanto sao dotados de uma vontade geral (poder de determi-
nar a causalidade por me10 de regras), por 」ッョウ・アu↑ゥ。Lセ@
quanto são capazes de ag1r conforme princípios a ーセゥッN@
I
.'
que セッュ@
60nte nazão, c.omo lhe セ・ョ、ッ@
ャゥカョ・セL@
ッーセエ。N@ iセエッ@ セゥァョV」N。@
na medida, e na únic.a medida, em que セッM
dizen
!
1
• - II
. 54 - de liberdade, que se ・セ@
II
ュッセ@ ュッョ。Nサセ@ Esta e a concepçao
contra nos Fundamentos e predomina na Analítica da Crítica
da Razão Prática. "A autonomia da vontade pninc.Zpio e o
セ@
únic.o de エッ、。セ@ 。セ@ ャ・ゥセ@ ュッョ。ゥセ@ e 、ッセ@ que lhe セ ̄ッ@
」NッョVュ・セ[@ ao c.ontnã.nio, a hetenonomia da livne ・セ」Nッャィ。L@ f
não 。ー・ョセ@
é ッーセエ。@
" 55
não é a 「。セ・@ de nenhuma obnigação, ュ。セL@
ao pninc.Zpio da obnigação e ã monalidade da vonta
。ョエ・セL@
!
d e. A autonomia da vontade - - da liberdade,_
e a exaltaçao
t
e faz com que Kant se refira ã heteronomia da livre esco
lha, corno a dependência em face da lei natural, de algum ゥセ@
pulso ou tendência. Neste caso, não se pode falar em lei,
I
I
mas apenas em preceitos de urna obediência racional a urna
lei patológica. Daí resultam regras práticas, cuja neces-
sidade ê sempre condicionada (se queres isto, fazes 。アオゥャセL@ J
girando todas em torno do princípio da felicidade pessoal.
r
179
-
mo tempo que a lei monal, e um 6ato, ョセッL@ hem 、セカゥ。L@ um
6ato empZnico, mah uma nealidade colocada a pnioni pela na
zao, um 6ato da ョ。コセッ@ puna. Mah, do ponto de vihta te;ni-
co, a anãlihe dehcobne que a noção de libendade contêm um
elemento que a lei monal ョセッ@ contêm, a haben, a idêia de
caUha. Ona, uma cauha hupna-henhZvel ê, do ponto de vihta
te;nico, uma puna idêia, cuja objetividade ê ゥョ、・ュッィエセᆳ
velo No que concenne ã hua nealidade objetiva, a libenda- r
64
de ョセッ@ pode hen henao um pOhtulado". - A experiência das !,
ações seria incapaz de demonstrar, por si só, a realidade !
da liberdade, se não houvesse leis praticas a pnioni da Ií
razão, que ordenariam estas ações. A este título, a liber
I
dade deve ser classificada entre as coisas de fato (res
facti) e não entre os objetos de fe. Isso não quer dizer,
absolutamente,que a experiência possa provar
da liberdade. o
a
-
que compreendemos, na experiência, nao
realidade
-
e !
a própria liberdade, mas ações reais que manifestam esta
liberdade. Neste sentido, a liberdade não é "um 6ato da
expeniê.ncia, mah um 6ato na expeniê.ncia". Situada "6ona do
mundo", age, entretanto, "hobne O mundo", produzindo
efeitos sensíveis. II
- pode ser
A liberdade,
de conhecimento teórico;
como Ja vimos, nao
também, não é objeto de um senti-
objeto
I
I
I
r
I
1í 180
1
'í
ri
Il Consideremos, agora, a questao da イ・ャ。セッ@ da li-
I realça,
nomia,
particularmente,
ou seja,
o conceito de liberdade como auto
como idêntica ã lei moral. Levando esta
!
I
!
i ゥ、・ョエヲ」。セッ@ ate às últimas conseqUências, seria preciso I \
I
I f 181
1
1
j enquanto sua existência pode ser determinada no tempo, e,
I
セ@
por conseqUência,
po passado, que,
submisso as condições necessarias do tem
por isso, não estão mais em poder do su-
j j
jeito, quando deve agir" .67 "A escolha moral e uma escolha
I
sanções, os julgamentos morais? A falta moral gera o sen-
timento de culpa e o remorso, exatamente na medida em que
não se situa no passado, mas diz respeito ao sujeito inte-
ligível, -
cujo limite não e o limite do tempo, mas apenas o !
limite da própria vontade.
tam no tempo, mas a sua causalidade é intemporal.
Os efeitos da ação se manifes-
"O .6uje.:i:
I
to, diz Ka»t, te.m セッᄏNVゥ↑。@ de. .6i me..6mo セッュ@ de. um NV・セ@ 1
e.m .6i, que. »ao e. .6ubmi.6.6o ã.6 セッᄏ、ゥ・NV@ do te.mpo, e. .6e. olha l
a .6i me..6mo, セッュ@ pode.»do NV・セ@ 、・Nエセュゥョ。ッ@ ーッセ@ le.i.6 de. .6ua 1
f
ーセゥ。@ セ。コ ̄ッBN@ g9 Aqui se coloca, de forma ma1S premente, I
o problema da conciliação entre a liberdade e a necessida-
de natural.
mome.»to e. e.m セ・Nャ。 ̄ッ@
"Como.6 e. pode. セィ。ュ@ ャゥカセ・N@ um home.m, »0 me..6mo
ã me..6ma ação, »a qual e .6ubmi.6.6o a
I
t
!
uma ᄏ・NセVゥ、。@ ᄏ。エオセャ@ i»e.vitáve.l?"W Este e um ponto que !
envolve a questao, já comentada, do duplo caráter, sensí-
f
vel e inteligível. Só o caráter inteligível, por ser 1n-
temporal, pode justificar os julgamentos de imputabilidade. J
"Há casos, em que homens, mesmo com uma educação que a ou-
tros tenha sido proveitosa, mostrem, entretanto, desde a
I
infância, uma maldade tão precoce, e fazem progressos tao
contínuos nessa maldade, quando chegam ã meia idade, que
se os toma por perversos de nascença, e, no que concerne a
sua maneira de pensar,
.
por totalmente 1ncorr1g1ve1s, e,
. セ@ . to
davia, se os julga pelo que fazem e pelo que não fazem,
lhes censura seus crimes, como faltas, bem mais, eles pro-
se
,
!
prios consideram estas censuras totalmente fundadas, exa- l
tamente como se, a despeito da natureza desesperada do ca-
rãter que se lhes atribui, permanecessem tão
quanto qualquer outro homem,,)f É evidente que um tal jul-
gamento só se justifica, se supusermos que toda livre esco
responsáveis
I
• !
I
72
lidade livre (Wi 11 e) - • Um ser mau por natureza nao pode-
ria ser responsabilizado por seus atos, nem merecer ーオョセM
Mas, no ーイセュ・ッ@
entre o determinis
e a li
caso, o eu
I
I
It
noumenal parece se confundir com uma vontade racional que f
!
se opoe ao eu sensível,
caso, o eu noumenal e o sujeito de uma escolha intemporal,
dominado pelas paixões. No outro
I
versando sobre tudo o que somos, no plano dos fenômenos.
No primeiro caso, so nossos atos morais podem ser ditos li
vres, uma vez que todos os outros, todos os atos imorais,
sao atos ー。ウセッョN@
. . No segundo caso, tudo o que fazemos
pode ser dito livre, uma vez que a seqUência dos aconteci-
セ@
mentos de nossa vida traduz e exprime uma escolha fundamen
tal .. LWSセ@
uma causalidade livre.
Toda 'ação feita com intenção tem,
Dessa forma,
por fundamento,
nao apenas as boas
I
- r
ações, mas também as más ações, se fundamentariam no cara-
iI
ter inteligível.
-
A questao e , agora, saber como Kant pode dizer, f
t
ao mesmo tempo, que a liberdade é própria de uma -
razao,
que e a autora da lei moral, e que é também própria de um
ser que pode se opor a esta mesma lei.
I
f
[
I
I 183
I
セ@
:I
Nesta perspectiva, a causalidade da razão parece um
particular da causalidade da coisa em si. A escolha a fa
-
caso
II
vor da lei moral depende exclusivamente de nos, o que セュM
lidade da -
razao, a causalidade moral, jamais absorveria セ@
I (ou セ。コ ̄ッ@
dade de escolher a
ーセ ̄エゥ」。I@
favor ou contra a
-
e.,
lei. "Toda vontade.
I ー。セ@ 、・Nゥク。セ@
se torna o instrumento da sensibilidade.
ャオァ。セ@ ã. ィ・Nエセッョュゥ。BWX@ ){Neste caso,
Com esta
a
inter-
-
razao
I efeito,
nlo,
dada ã limitação da razão especulativa em seu domí
fica garantida a autonomia da razão prática. A açao
moral torna-se possível pela limitação do nosso 」ッョィ・ゥュセ@
to. "Se no.ó no.ó.óe po.ó.ólvel pILovalL a exi.ótência de Veu.ó, a
1 maiolL paILte de no.ó.óa.ó açõe.ó connOlLme.ó ã lei .óeILiam ーilッ、オコセ@
J da.ó pelo temoIL, alguma.ó .óomente pela e.ópeILança e nenhuma
_ 81
pOIL deveIL, e o valoIL mOILal da.ó açõe.ó nao exi.ótiILia mai.ó".
I
,
Em Kant,
nomia.
nao pode haver moralidade senão a partir da auto-
E, na estrita ótica da autonomia da vontade,
nece inexplicável, conceitualmente, que o homem se revolte
ー・イュセ@
menos,
inteligível que o homem e legislador;
portanto, no tempo,
é no plano dos fenô-
que o homem vivencia a ・クーイゥ↑セ@
I
cia moral. É nesse sentido que a liberdade e, ao mesmo r
I misso,
cessariamente,
ou subordinado ã lei,
obedecê-la.
é reconhecê-la, mas nao,
Quer seja boa ou ma, -
-
a vontade
ne-
,I
セ@
f
humana é ".6e.mplte." submissa ã lei moral. Aquele que comete
urna falta não deixa, absolutamente, por isso, de ser legis f
i
lador: "lte.c.onhe.c.e. a autoltidade. da le.i, me..6mo a violando" セlゥ@ f
ro poder de escolha,
A liberdade corno autonomia e a
que acabamos de analisar,
liberdade corno
tem
ーセ@
alguma
I
!
i
c01.sa em comum - -
sao ambas noumenas, e, por 1.SS0, intempo- f
!
ra1.s. No entanto, ao nível dos postulados da razão práti- i
•
ca, aparece urna nova concepção de liberdade,
priamente intemporal,
tante do tempo.
mas militante,
Esta noção de liberdade,
não mais pro-
realizável a cada ins
corno postulado,
II
!
é urna idéia ético-religiosa, um princípio de ação, compor-
I
tando a idéia dum progresso moral, cujo termo é o acordo
I
da moralidade perfeita e da felicidade perfeita, o que cons
t
titui a idéia do soberamo bem. -
A respeito desta concepçao r
í
de liberdade, retornaremos mais adiante, quando analisar f
!
mos, em conjunto, os postulados da razão prática. t
I
I
f
I
I
187
REFERtNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
7 - Ibid. p. 10.
9 - CRPr, p. 2.
10 - Ibid. p. 2, nota.
I
188
27 - CRPr, p. 19.
28 - lbid. p. 20.
36 - Ibid. p. 92.
189
43 - Ibid. p. 534.
44 - Ibid. p. 534.
45 - Ibid. p. 534.
48 - Ibid. p. 112.
5O - CRP r, o p. . c i t. p. 4 9 .
52 - CRPr, p. 169.
56 - Ibid. p. 42.
57 - Ibid. p. 43.
59 - Ibid. p. 351.
60 - CRPr, p. 100.
65 - Ibid. p. 350.
66 - CRPr, p. 101.
68 - Aquie, p. '.
70 - Ibid. p. 102.
71 - Ibid. p. 106.
I 1
i
14 73 - A1quiê, op. cito p. 98.
1
i
74 - Ibid. p. 102.
j
75 - Cf. Ibid. p. 102.
i 1
,
í
,
1
セ@ 76 - Cf. Ibid. p. 104 e 105.
!
77 - Ibid. p. 106.
J
I
78 - Carnois, op. cito p. 118.
f
I
79 - De1bos, op. cito p. 370.
1
i
Il
t 80 - A1quiê, op. cito p. 107.
!
i
セ@
I 81 - CRPr, p. 157.
I
82 - Cf. Ibid. p. 30.
I 1i o SOBERANO
CAPTTULO XIII
BEM E OS POSTULAVOS
I
i
セ@
J - pura
Kant refere-se a uma dialética da razao
I
i, ーイセ@
f
」NッセL@ o inc.oncüuonado. Alé.m 、ゥセッL@ セ・ァオョ、ッ@ a 6ilM06-i..a c.u
t-i..c.a, um objeto -i..nc.oncüc.-i..onadó não pode セ・jエ@ c.onc.eb-i..do 。「セッ@ [
lutamente em セMゥNL@ セ・ュ@ Jtelação ao c.ond-<-uonado, do qual e o
f
I
I
i dê.-i.. a jエ・ーセ@
6undamento".1 o condicionado pritico é a felicidade, "c.uja
.,,2 _
e nta o ob j eto ・セ@ セ@ en c.-i.. al de n ッセ@ セ@ M -i..n c.l-i..na ・セ@
_ _.
I
r
-r (
セ・ョカL@ que e, para nos, um fim relativo necessar10.
t
Assim, enquanto na Crítica da Razão Pura, Kant admitia que
t
a indeterminação estava do lado do incondicionado, agora,
na Crítica da Razão Prática, o condicionado é que é inde -
terminado, ele só se determina em função do incondicionado
da razão p:cática, "ao qual 6oJtnec.e um teJtmo MゥNョ、セー・¬カャ@
I
. - , , 3 Ha,
d e aplic.açao. - aqui, o dualismo das inclinaçoes - natu-
rais e da vontade, para o qual "deve haveJt algum pJÚnúp-i..o
I
.
f
,f
193
po " • 12
Nessa medida, um tal objeto, proposto como fim
I
I
dua.6 Jc.azõe..6: pJzi.me-i..Jc.o, pOJc.que .6e uma le-i.. mOJc.al de.ve. de.teJc.- I
.
m-<.naJc. . . a..6 açoe.6
a pJc.-<.ou - . " 13 tal condiçao
a c..umpJc.-<.Jc.,
ri jamais satisfeita quando o que se busca e o prazer. Com
-- nao se- l
f f
efeito, só mediante a experiência, podemos avaliar se uma
t
determinada açao foi fonte de prazer; alem disso, só a
I!
experiência pode indicar a natureza e a intensidade desse
prazer. Uma segunda razão reside no fato de que não se
pode universalizar essa busca do prazer sem incorrer em I セ@
contradição. Com efeito, ".6e todo.6 0.6 homen':6 tê.m pOJc. Jc.e-
gJc.a ún-i..c..a bu..óc..aJc. O pJc.azeJc., ele.6 .6e. aboJc.Jc.e.c..eJc.ão, -i..ne.v-i..tavel
, f
i
セ@
I
1 um iセ・オャッ@ セッ「・@ uma セオー・ViN@ Uma ーセッ ̄@ 、・セ@ ァ↑ョセ@
I セッ@ não pode セ・@ 、・ュッョセエ。L@ uma vez que o ーセッ・、ュョエ@
!
f que ela exige ᄋ←ーセ・ゥ。ュョエ@ aquele mediante o qual ーセッ、オᆳ
!j
I
コセュッL@ ーセュ・ッL@
os postulados da razão especulativa parecem conter um ele-
o eoneeito de uma tal Vゥァオセ。BNQY@ Assim,
I
f mento prático, na medida em que orientam a produção de um I
Ii objeto. No entanto, a possibilidade do objeto assim produ-
zido é garantido também teoricamente = por isso, a - I
r
!
açao
I de o realizar permanece subordinada a regras teóricas, e
t
[
I
I
prático que aparece, no uso que fazem dele os matemáticos,
deve-se ao fato de que se pode empregar o procedimento que
ele pres creve· ·para ·chegar ao 'conhecimento do objeto. Mas,
neste caso, 。セ・ャᄋ ̄ッ@
imediata, porque permanece fundada sobre uma lei do próprio
objeto, não sobre a ação do sujeito. A ação do sujeito não
do objeto i ação do sujeito não e
I
r
é prática, no sentido próprio (Kantiano) da palavra,
medida em que obedece, implícita ou explicitamente,
na
a !(
princípios puramente teóricos: não tem em si ュ・セ。@ seu
ーイセゥッ@ principio. O objeto da açao postulada teoricamente
é reconhecido, antes da ação, e com inteira certeza, como
pos s i ve I.
セ ̄ッ@
seja, nenhuma extensão do conhecimento por relação aoS ob-
jetos supra-sensíveis, representa, entretanto, "uma exten-
da セ。コ ̄ッ@ エ・セゥ」。@ e do conhecimento セ・ャ。カッ@ ao セオー。ᆳ
I
セ@
ーセョ」zゥッ@
que há. エ。ゥセ@
no uso prático, Bゥュ。ョ・エセ@
ッ「ェ・エセBN@
da ーッセゥ「ャ、。・@
25 As ideias da razão pura tornam-se,
e
de
」ッョセエオゥカmL@
セ・。ャゥコ ̄ッ@ do objeto ョ・」セᆳ
ーッセアオ・@ セ ̄ッ@ ッセ@ I
セ・ュ@
セ£Nッ@
ゥセエッL@
da セ。コ ̄ッ@
elM セ ̄Nッ@
ーオセ。@
ーセョ」ャゥッ@
ーセ£Nエゥ」。@ ro
エセ。ョ」・、@
セッ「・。ョ@ bem), enquanto que,
e セゥューャ・ョM
I
t
i
t
i
I
II 198
I
1
te セ・ァオNエ。、ッ@ da セ。コッ@ ・セー」オNエ。ゥカBRV@ Com efeito, "todo
オセッ@ da セ。コ ̄ッL@ セ・Nエ。ゥカュョ@ a um objeto, exige ッセ@ concei -
エッセ@ ーオセッ@ do entendimento (M 」。エ・ァッセmIL@ セ・ュ@ ッセ@ quai.6 ョセ@
nhum objeto pode セ・@ conhecido. t。ゥセ@ 」ッョ・ゥエセ@ podem NV・セ@
。ーu」、ッセ@ ao MO エ・セ」ッ@ da セ。コ ̄NッL@ アオ・セ@ 、ゥコ・セL@ a um conhe-
cimento エ・セ」ッL@ unicamente no 」。セッ@ em que uma intuição
(que é NV・ューセ@ NV・ョセiカエj@ é tomada ーッセ@ 「。セ・L@ e, ーッセエ。ョL@
セゥューNエ・ョL@ ー。セ@ セ・ーョエ。L@ ーッセ@ ・NエセL@ um objeto da
O" 27
・クーセョ」。@
, - , o#'
ーッセカ・@ .
No caso das idéias -
da razao, embora falte a in -
tuição, há necessidade das categorias para conhecer, não o
,.
objeto destas idéias, Bュ。セ@ unicamente ー。セ@ セ。「・@ セ・@ tem
objeto em ァ・セ。NエBRX@ O uso das categorias é, aqui, possfvel,
sem que haja necessidade de qualquer intuição, Bーッセアオ・@
,
Assim, conquanto fundada sobre uma necessidade f
da razão, a afirmação do soberano bem não é, por isso, me- !
nos objetivamente válida, pois a necessidade, que lhe con- I
fere este valor objetivo, repousa sobre a lei prática. Po-
de-se perguntar, agora, de que tipo de necessidade se tra- I
ta? É evidente que é uma necessidade, antes de tudo,moral:
"ê. mOJtalme.n:te. ne.c.e..6.6ã.Jvi..o admitiJt a
.
.<..mOJt :t a-t...<..
O' d a de. e. a O:b e.Jt d a d e..
-Ul..
・NクゥVZエセョ」。@
" 32 Has e- ,tambem,uma
- .
neceSSI.da-
de. Ve.U.6, a I
i;
I
201
-
s1m, por conservar em estreita cone xao o carater subjetivo t
e o fundamento racional do postulado. Este é uma verdade
garantida pela lei prática, mas e uma verdade que não
dada ao homem por um saber, e cuja afirmação é, para ele,
e- II
uma necessidade ou um direito, ou uma fé, termos que mar - f
cam a necessidade do ato pelo qual se funda um objeto r
39 . - セ@
o soberano bem. A af1rmaçao contida no postulado, ーイ・」ゥウセ@
mente porque deriva de uma necessidade da razão, tendo um
f,
interesse imediato para a moralidade, só se impõe ao sujei
to sob a influência de sua boa intenção, podendo revestir
uma forma pessoal. No entanto, a mane1ra de se representar
as condições da possibilidade do soberano bem depende da
i
lei por uma relação que exclui toda opção de nossa parte. !
Mas, mesmo aqui, ".6e. .6e. pe.n.6a. que. a. .impo:tê:nc..ia. a. c.ompJte.e.n-
f
de.Jt de. ou:tJta. 6oJtma., que. pe.la. e.x.i.6:tênc..ia. de. Ve.U.6, O a.c.oJtdo [
da. v.iJt:tude. e. da. 6e.l.ic..ida.de., é, no 6undo, uma. .impo:tê:nc..ia. da. セ@
I
f
t
no.6.6a. Jta.za.o, não uma. pJtova. a.b.6olu:ta. de. .impo.6.6.ib.il.ida.de.,que.,
I
a.lém d.i.6.6o, no.6.6a. Jta.zão pode. c.onc.e.be.Jt, .6e.na.o de.:te.Jtm.ina.Jt
f
uma. ha.Jtmon.ia. da. na.:tuJte.za. e. da. moJta.l..tda.de., .6e. pJtoduz.indo e.m f
v.iJt:tude. da..6 le..i.6 do un.ive.M o, é pe.Jtm.i:t.ido a.6.iJtma.Jt que. o I
a..6.6e.n:t.ime.n:to a. uma. oJtde.m de. a.6.iJtma.çõe..6 que. Jte.ve.Jt:te. e.m be.ne. !I
í
6Zc..io da. Jta.zão pJtá:t.ic.a. a..6 l..tm.i:ta.çõe..6 da. Jta.zão :te.õJt.ic.a., :te.m
a.lguma. c.o.i.6a. de. uma. pJte.6e.Jtê:nc..ia. e. de. uma. e..6c.olha. ... 40 !
[
Dos postulados da razão prática, Kant aborda, es I
I,
pecificamente, a imortalidade da alma e a existência de I
Deus. Quanto ao terceiro postulado, nem sempre é abordado I
sob o mesmo nome: ora, é o mundo inteligível ou o reino de
Deus, ora,é o soberano bem a realizar por nós, ora, é a I
liberdade.
j
iI
1
202
I
1
1
203
ser racional, que faz parte do mundo, mas nao e seu autor, -
dependendo, pois, das leis deste mundo. Se nao se encon -
tra, nem na moralidade, nem na natureza, o princípio da
conexão necessária da virtude e da felicidade, e se, no
entanto, uma tal conexão e necessária, e preciso que se
postule a existência de "uma ・。オセM a ョ。セオ・コL@ de セッ、。@
、ゥセョ。@ dela, e ーッセオゥョ、@ pninelpio 、・セ。@ eonexão, quen
dizen, uma hanmonia ・ク。セ@ da óelieidade e da monalidade". セ@
Esta causa suprema deve conter o princípio do acordo da ョセ@
tureza, não só com uma lei da vontade dos seres racionais,
mas também com sua intenção moral, ou seja, com a イ・ーウセ@
tação desta lei, enquanto tais seres fazem dela o princí -
pio determinante de sua vontade. Por 1SS0, uma tal causa
deve ser, necessariamente, inteligente. Como a realização
do soberano bem é, ao mesmo tempo, um direito e uma neces-
sidade, "ê ュッョ。ャ・セ@ ョ・セ ̄ゥッ@ 。、ュゥセョ@ a ・クゥセ↑ョ。@ de
v・オセBN@ Trata-se, aqui, de uma necessidade subjetiva e nao
objetiva, quer dizer que não e, ela pr6pria um dever: "não
pode セ・ョ@ um deven 。、ュゥセョ@ a ・クゥセ↑ョ。@ de alguma ・ッゥセ。BNTU@
E da alçada da razão teórica admitir a existência desta
inteligência suprema; no entanto, a razão teórica chega,
aqui, apenas a uma hipótese; ao contrário, do ponto de
vista duma necessidade da razão prática, e uma crença. A
crença na existência de Deus justifica a esperança de aI
cançarmos a felicidade, desde que nos tenhamos tornado 、ゥセ@
4'
Nesse ponto, Kant se crê fiel ao verdadeiro ・ウーセ@
I
J
207
REFERtNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
2 - Ibid. p. 379.
3 - Ibid. p. 379.
4 - Ibid. p. 380.
7 - Ibid. p. 125.
9 - Ibid. p. 329.
10 - Ibid. p. 329.
IX - Ibid. p. 330.
13 - Ibid. p. 330.
14 - Ibid. p. 330.
16 - Ibid. p. 128.
17 - Ibid. p. 131.
210
19 - Ibid. p. 212.
20 - CRPr, p. 132.
21 - Ibid. p. 148.
24 - Ibid. p. 144.
25 - Ibid. p. 145.
26 - Ibid. p. 145.
28 - Ibid. p. 146.
29 - Ibid. p. 146.
30 - Ibid. p. 152.
31 - Ibid. p. 152.
32 - Ibid. p. 135.
35 - CRPr, p. 154.
36 - Ibid. p. 154.
211
38 - Ibid. p. 156.
42 - Ibid. p. 133.
43 - CRPr, p. 134.
44 - Ibid. p. 134.
45 - Ibid. p. 135.
46 - Ibid. p. 137.
47 - Ibid. p. 138.
48 - Ibid. p. 138.
49 - Ibid. p. 139.
53 - Ibid. p. 138.
I
I
54 - CRP.
I1
í
f
f
r
II
f
l
I
I
;
212
56 - CRP, p. 556.
CONCLUSÃO
I
psicológica. Proclamou a "c.ltZ:tic.a" como a única via possí -
vel para fundar uma moral absoluta.
,
I
que não se trata de um fim "a セ・。ャlコBLュウ@ de um fim "a
セ・ーョエ。BN@ Não é algo que se queira alcançar ou conquis-
f
I
216
I
217
,I
218
セ@ - encontra
assim que as dificuldades que a razao
na ordem エ・セイゥ」。L@ e que a levam a riconhecer os ーイセゥッウ@ li
mites, na medida em que denunciam o carater ゥャオウセイッ@ da me-
tafísica tradicional, contribuem para legitimar a busca dos
fundamentos da moral no plano da autonomia da vontade.
I
219
1
I
220
I
r
t
I
221
セ@ -
certo que, hoje, nao e ma1S possível preservar
o conceito duma liberdade considerada, metafisicamente, co-
mo um B。「セッャオュN@ A questão da liberdade não é uma questao
que possa ser examinada isoladamente, na medida em que en -
volve o problema da relação entre o indivíduo e a ウッ」ゥ・、。セ@
I
I
I
222
セefrᅧncias@
I - C R P. op. cito p. 5.
I
223
RÉS UME
j
224
I
225
BIBLIOGRAFIA
De1euze, GILLES -
et ia I nt. ,
-------· l・エセ@ セオ@ ia ュッセ。ゥ・@ セ・ゥァッョL@
NVオセ@ ャG←、オセ。エゥッョL@
- - - - - - - · Ré6lexion.6 Trad. comment et
notes par Phi1omenko, Paris, J. Vrin, 1966.
I
228
pセッェ・エ@ ー・セエオャL@
------- . de paix Trad. par J. Gibe
lin, Paris, J. Vrin, 1975.
Pg. 24, l5a. linha, "não pode ser" ... ; 24a. linha, leia-
se "alcançaria" ... 32a. linha, leia-se "não visa se
nao a demonstrar" ...
Pg. 216, 23a. 1 i nha, leia-se "O reino dos fins •.. "
r
カセ@
I y|Nッャ\ZGQLセエB@
I I ... L'l19.
Rio de Janeiro, i t:> o c\ow
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