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metodologia e Prática
2ª Ediçào
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"O !>l'I hu,11 ,1110 e~ c.ip,11. de! n1url ;Jr o mundo pcl riJ ml'lhor, ,e po<i~ívr ·I, 0 c.fo
rn ucfor ,1 !,i mesmo p,1r,1 melhor, ,e necessário." '
·······... . .. ... .,, .. ....... ,,,, ,, , , .. ..... ..,, .. , ... ..... .. .. .,, , .................. ............. ,, ..................................... ...... ... .... .....
, , , , ···· ·· .. ....... •· ..... .
O su jeito , porém , para concretizar seus objet ivos, precis.a planejar, proj etar.
enfim , pensar, para que por meio d f - ·
• _ · _ e suas unçoes intelect ivas, possa tornar
aplas
• _ suas construçoes _ , ao satisfazer suas nec ess,·d.a d es, tanto para a sobrev1
•-
ven cIa como para a vi da .
Afin al, se considerarmos que O pensar e· an terior
·
ao fazer, como o homen,
consegue
. perceber e
. compreende d
r o mun o em que vive · e, ao mesmo t empo ,
satisfazer as suas d rversas necessidades em raza- 0 d e sua re 1açao
- com e1e?
uma causa que ex.plique essencialmente a existência do homcr-- ~3 ' .::a__.SJ ··J~·
deve ser algo simplesmente acidenta l ou superficial pois o sen!'r' 2.,,:.:- 3 ' _- - -
tade e a inteligência são realidades profund as que ca racteri za m e s2' "" ... - ·.:.~ _-
como uma criatura pecu liar, especial.
Pensar em Terap ia Ocupaciona l é, antes de tudo, defin ir nos.s.a "· s..L ~Cf , _...
mem , o que representa uma tare fa que exige co nhecimento j.a q 0 -c J ...., -:-.:
d() r:t;I LJd() dr: IJrrJ;J LIVílr.liJ r.hiHriiJdíJ 'lí:r;,p 1; 1 OOJf idr.Í()ll:J I,
1
. O único rJ1ofi / ,ÍUrtíl l Cil,fm ; dr: trat,11 w rri a í.iplíc,wjJ(J da ;,tivkfo,k tr:rFJ ptiu
t,ca é o ter;:ipeut;:i ocupa,,1un,1I, VÍ',lrJ qu,: fHJ':,1 ií r,1J11hr:d rnr:nt() r.ífmtíf1rn par;i
?Jná li.,e da íltivkJad!. : h urnü 11;J ,
/~ íntervenção da Ter;ipía ücurm, ÍfJr,al , umu!í t.ua lrwmtr:, 1rnplír)l ;i utíliza
çao ob rí gatóría cfo urrw ;:i tívíd;.:Hfo qw! nlJ<J 'JÓ rr;prr;·,r!ntr~0 <fr,c,HAJ do 5uíeít<J,
ma s também a retJ líu .1 çãu dr! uma ídr:íá, por rrH:Í() rJ;, ,_c1nhr:c:i<fa t.rfade u::ra
r,euta versus ativídad(: vr::r5ub r,lí1:nll:.
Entretanto, esse· pro(us.c.,u tc:!r;J r,{)utirn '; r: voltJJ p~ra ,J tramfo mvK,f o do
sujeito, rnedíante a claboréJç~:ío co nu?itual d<! ',1J ;:,i-; relaçõ0., com o m~ndo e
consigo . O sujeíto p<:!rcebe a existéncía da int,:ncicmalid~de r:rn todos os s,Jus
movimentos, sejam mentai:: e/ou motoro.'.l, co rno rw,u lt.acJo da relaçao entre a
vontad e e a liberd ad e d~ ser e faz er,
É a partír daquilo que é vivido que se possibílita Q co nhecí mC?nto, a condi -
ção de co ncretude dr1 existência humana .
Na Terapia Ocupacional, a subjetividade dos conflitos ou de disfun ções
internalizados é expressa de modo gradatívo, nr.1 medída em que o sujeíto
conc retiza e externaliza a sua intenção por meío do fazer.
Sendo a vida peculiar a cada sujeito, é de sua inteira responsabilidade en-
contrar em si próprio o sentido que pretende dar á vída . É o sujeito quem jul -
ga e quem estabelece seus valores, Pod e-se observar, assim, que o sujeito tem
uma tendência natural para bu sca r concretizar suas ideia s co mo manifestação
de sua rea lidade.
Somente a partir dessa cond uta, o sujeito pa ssa a tomar consciéncia daqu i-
lo que pensa de si e daquílo qu e consegue construir, co nfigurando sua própria
crítica de ser.
Chamone (1990)7 amplia o objeto de estudo da Terapia Ocupaci onal quan-
do analisa a transformação da condição do homem em atividade para a do
sujeito conscientemente ativo, mediante a riquíssi ma faculdad e de pensar, um
movimento anterior a sentir, agir ou falar.
O uso da atividade representa parte de uma composição triádica , na qual
existe um movimento gestáltico entre terapeuta versus paci ente versus ativi -
dade. Essa é a única condição que possibilita qu e uma atividade seja conside-
rada terapêutica, em um processo ou relação terapêutico-ocupacional .
Ativid ade é vida (como dizíam alguns acadêmicos entusiastas!), é projeção
de todo um pensa r envolvido pela liberdade, intencionalidade e vontade de
ser. Apenas dessa maneira a relação triádica poderá projetar a transformação
de co nteú dos internos em material externo .
Entendemos que ser terapeuta ocupacional é saber lidar com todas as
ro ssi bilidad es e diversi dades da expressão humana associadas ao seu pro-
cedimento, a análise de atividades . Isso não só envolve os materiais e as
rr ....
Tera piJ O curx icion,tl Mc loclo l1-;i•,1,1 ,~ 1J, ,í I ir ,1
6 , .. ' .. , ' ..... . . ' .. ' ' . ' . .... ' ' ', ...... ' ... '''.' ... ' , ' ' ' ' ' ' ' ' . ' ' ' ' ' ' ' .. '•
Não f)Od emos edu ca r r c,::;oa·) rnr: r1wl1 r1°r1t 1: ,j,p -r ,11--,, ,
f)ara adqu irirem índ c pend i:ncía, a n;j rJ ',(•r d1r •r:1<1r1:ir,,Jr1 1 ·,•1 ,,
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Tabela 1.1 Relações conceituais de atividades
• ...,. - • .. ... ,,. ..,.f ~ ' . . "5' - • ~y..:":' ,A
b
1 1
TerJpicl Ocup,1cionc1I 1"!:.l.~~~~-I~~'.ª. ~-_~ .·~_L_
i~'.-'..... ... ' .... ...
10 . ·· ··· ... ... . . . . .. ' . ... ' .... ' .. . ' ' .
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Torna -se necessário reun ir esses elementos por meio da tríade terapêutica
ocupacional , além de ser um procedimento inerente ao terapeuta ocupacio-
nal. Este é o ún ico profissional capaz e habil itado , de fato e de direito , para
real izar a anál ise de atividades. Na prática , o terapeuta ocupacional é quern
deve prescrever ou ind icar a atividade, possibilitando a construção de urn
conhecimento singular : ser-no-mundo . .
, funcionali-
1 Portanto , a cada encontro a pessoa é reavaliada quanto a sua . ,,
. • 0 pac1ona , 1
' 1
dade ocupacional , por meio do " mecanismo de cura da Terapia cu .
- . • . . . d De maneira
na relaçao dinam1ca terapeuta versus paciente versus at1v1da e.
didática , esse procedimento avaliativo acompanha a segu inte 0rd em : _ de
- . • · t nalizaçao
• Ordenaçao (ou seleção) : representa para o su1eIto a 1n er cio-
• t'co
1 ocupa
um conceito abstrato , do pensar. Para o processo terapeu
nal , representa a seleção da atividade/material/objeto . •ei-
. orno o suJ
• Configuração (ou preparação) : diz respeito à maneira c de
. as etapas
to aborda o objeto selecionado . Engloba a metodologia , . .éo
. - paciente,
real 1zaçao , o comportamento na relação terapeuta versus
início da fase do fazer.
Ira.
Coisas que G ost aríarno s de Saber Sob re o M ito da " A t ividad e Humana" .... 11
,, ... ··· ·· ········ ········' .... .... , .. .. ... . ····················· ....... ··············· ······· ········ ······ ..... ··········· ···· ·· ··•····
'
······ ···••'
faz algo inútil ". Segundo Francisco (1988) , 17 é possível entender que
sujeito O
judeus contemporâneos de C . 1 .
dria no Egito tinha ri s o, es tal>elcc1dos pri11cip;1lrnc11lc cm Al cxc1 n•
' ' m uma grnn de semelhanr ·1 - .•
vamos mesmos princíp ' "' co m os cssôn1 0s, e pro lessc:1
ias, entrega ndo se 3 q ~t' i .J
filósofo judeu platô · d . - · ' t r, ica e e toua s as vir tu des. Ffl on,
. rnco e Alexa ndria, fo i o prin _. I" .
tas considerando -os b leira que ,~ lou dos lcrnpeu-
, mem ro s de uma seita ju dc1 ·
outros mestres da Igreja Cat ,
E ·éb'
ica . us · 10 , ao Jerôn imo e
.
s·· .
1
Fossem J·udeus ou . t- o i~a pensavam qu e os terapeulé.1s erc1m cris tãos .
cn s aos, é evid ente . d .
eles formavam tra ço d .- · qu e, 0 mesmo modo que os essêrn os,
O
, e uniao entre O Judalsmo e o Cristia nismo.
Seculos passaram e na atu alid d
dos e estabelecidos na ,ten . e a e, no~mas e reg.ulamen los foram elabora-
t t ,, E tativa de orga ni za r a prática daqueles que "cuidam/
ral ~m- . sose assunt_o apresenta múlt ipl as facetas, é complexo e mu itas vezes
po em 1co . . exerclc10 profissi on aI es tabe1ec1'd o e reconheci do do terapeuta
focupacional
. _
- formação ' fund amentaçao - teóri.co -prática, regulamentaçã o e
isca 1iz~çao ,- necessariamente passa pela égi de da lei . Sob essa lu z se e~con -
tram nao, so o terapeuta ocup aciona
· 1 como tambérn os dema is profissionais
~ /
Coisas qu e Gosta ríamos de Sabe r Sobre o Mito da "Atividade Hu mana" .... 15
··· · ····· · ········ · · ······· · ····· · · . . ...... ·· ·· ·· ..... ···· ·· ····· ..... . ···· · ·· · ·· ····· · ·•·· ·· ··· · ········· · ·
vontade e com liberdade" _& A partir dessa conduta ou relação , o sujeito passa
a adquirir consciênc ia na medida em que concretiza algo . O sujeito adquire
consciência daquilo que passa a conhecer, "a partir do que( ... ) pensa de si , e
a partir daí, como faz para constru ir um conceito ou concretizar sua expressão
frente a sua própria crítica e a de terceiros " .
Essa cond ição da Terapia Ocupacional que possibil ita ao sujeito relações de
construção de " objetos voltados à sensibilidade" representa um dos diversos
mecan ismos fac ilitadores da expressão e da reflexão . Ao facilitar a compreen -
são do problema que o sujeito tem diante de si, por meio do uso da atividade,
a Terap ia Ocupacional leva o sujeito a projetar-se, refletindo na concretização
desse pensar em um fazer, em uma ação, em vida .
Diante desse panorama cinético-ocupacional , busca -se possibilitar a ex-
pressão livre e criativa do sujeito . Facilita -se, a partir da tomada de consciên -
cia, a construção de uma nova real idade. O sujeito se identifica com o exterior,
refletido no seu conteúdo interno, ao perceber sua intenção, vontade e liber-
dade na transformação de si mesmo e do mundo onde vive, estabelecendo o
real sentido existente em sua vida .
Referências
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pol is: Sinodal; 1991 .
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6. Bastos, PM . Reflexões: uma viagem aos cam inhos da saúde mental. Rev Atuar Ter
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· ocupação modelo de. trata -
1O. Ferrari MAC. Modelo de ocupação humana : teoria , ·'
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12 . Soares LB . Terapia ocupacional : log1ca do capita 1
1991 .
. , . . d J ·ro · PazeTerra; 1977 .
13 . Vazquez AS . Filosofia da prax1s. Rio e anei ·
Terapi a
Ocupa cional
metodologia e Prática
2ª Edição
PJ r,1 inicia rmo s a co nstru çã o desse processo de aprend izagem será necessá -
rio seg ui rmos, passo a passo, a con strução de uma teoria que teve origem
no Brasil , mais precisa mente em Belo Horizonte. Essa teoria, conceituada ,
fundd mentada e qu e estabelece linguagem própria, fo i desenvolvida pelo
profcssor Ru i Chamone Jorge, mineiro , formado em Terap ia Ocupacional pela
rac ulda rl e de Ciência s Médicas de M inas Gera is da Un iversi dade Federal de
Mina.-, Gerais (U FMG), em 1969.
Com urna ca rreira voltada para os estudos e aprofundamentos na área,
Chamonc lançou seu primeiro livro em 1981 , Chance para uma Esquizofrêni-
CJ, da ndo marg em para outras publ ica ções qu e hoje norteiam esse trabalho .
r: m 1988 , fundou o Grupo de Estudos em Terap ia Ocupacional (GES .TO) , com
o obJ etivo de divulgar pesqu isas e publicar textos ligados à profissão . Ao fa le-
ce r, cm 1995, Ch amone deixou como legado a cont inuidade de seus estud os.
co n.,ol1dado s até aqui com a visão mais natural do sujei to e de sua evolução
no mu ndo por meio do fa ze r humano .
E. rri vI \ la de tud o iss o, é importante trazermos a defini çã o do professor
/J<Hd o conce ito pad rão para sal/d e mental. Chamone dedicou a essa área boa
partr' cJ c, '.> un vi da, embora seus es tudos es tivessem voltados à co mpreensão
cJo obir10 e j especdi ci c.J ade da Terapia Ocupa cio nal. Em es tudo escri to por clr
crn 1990, enco ntramos a seg uinte dei ini çã o:
M(·1odo ri r' p r0vr' 11 çc1 0 , t1 a tam C' 11l 0 , lll lcl e 1('a t-)il 1t,1( ,10 <7 t r 1
c1p1ox11na o éiJ uclc1d o1 rio r1 1u dado c:1 l1avc~ ri<' o, up.i~or', \' r,' 1
1
1, rn,;i t,vas . ._,a l,rntando qu e r-lC' nc1 0 pod e)''' co rn ri ,rc r1d ,1 k1
l' n1 'P < om1 cJ ~1,ir ,l ':. U)IS2l 5 q ue 11,1pliccJ rn ,1t<' ri ,il . f011.111 H·11t 1
18
Ter..::p c1 O cuo.wo ndi f" letodo log1,1 e Pral icc1
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dvdlf. _· ,
São express ivo s São express ivos
Busc.1111 ;i urn versa lid ade humana Buscam os apelos da universalidade humana
Há maior contato do artista com a obra O objetivo sa i da imediacic idade e é levado à cons c1ênc 1,1
como um conce ito para quem o fez
assim um recu rso terap êut ico idôneo e viável na sua utilização, com possibili-
da de de lei tura própria e eficaz .
Para ta nto , Chamone criou uma série de pressupostos que aco mpanh am e
enriquecem seu pensamento . Antes de tudo, buscou na Filosofia e na Sociolo-
gia o enten dimento do conceito de at ividade para o homem e para o mundo .
A segui r, enco ntramos todo esse trajeto e, posteriormente, o desmembram en-
to de ca da item refe rente à sua teoria.
rcg ic,t1 ou essas at1v1rl ad<:s 110 seu (j ráf,rn do McccJni smo
.
,J
u0
eura d a Terap, a
Ocupaci onal ou vet or D. refl etind o t1 co nsc iênci,1 de si rn es rno fal ar
A "e9 u1r (F 1gur(1 2. 1), procur.-Hnos cx pl iclH o qu e o aut or con sid erou como
w tor e O ciuc ele procuro u cquac1on c1 1 corno f0I rn c1 de c'sclarecim~nto sob rr
0 l\lh'C,HW,1110 ele Cw .:~ da forap1a Ocupacional , fazendo uma relação r. ntre 0
ri , o Hu, ,zontJI de Hab ilid ades (AB) e o eixo Verti ca l de Poss,bilidad<.'", (AC) ,
rt'sultando no vetor D, que representa a consciênci a de que algo exi stP - pora
.. _
sei. cn1 ,~o. tra tado
e D
J f-- - - - -- - _..,,
2 3 4 5 6
Ao ultrapa ssar os lim ites físicos das atividades concretas , o sujeito, por
pensa r e por ser dotado de consciência, é capaz de criar, para si e para o mun -
do, pela s vi as mentais. Dotado de consciênc ia, coloca -se, de maneira geral e
em particular, frente ao seu fazer, plasmado , materializado, em um contexto
comp lexo de objetos/produtos e ações/atitudes, para si e para contemplar-se
nessa rep resenta çã o de si mesmo .
Preci sa mente por ser dotado de consci ência , o sujeito estabelece, com o
mundo exterior, relações objetivas que o levam a transformar e modificá -lo .
Por con segu inte, o sujeito imprime a marca de sua personalidade nos objetos
concretos, reconhecendo -se pela capacidade reflexionante do espírito .
Nesse sentido, as atividades livres e criativas são profundamente racionais .
Apesar de direcionadas , antes, à sensibilidade, oferecem ao sujeito oportuni -
dad es para se integrar interior/exteriormente e expor à contemplaç ão a cons-
ciência que possui , pois o pensa mento precisa se confrontar concretamente
com a razã o e a verdade .
A especificidade da atividade criativa existe não só pela exis tência concreta
do obi elo, ma s ta mbém em razão de se dirig ir antes à sen sib ilidade do que ao
22
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"º 11or c<.,p ,II I0 t.'n lr nd cmO '> ,1c, rclc1 c; <1 C' ', InIIrna ,, 0 nti·c, .
, d '>C'íl'.il b,11
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, , 1 "' o\ obi clo '> co ncrr los reril 12 c1do s na SC?S'>dO l crc1 prt 1tica oc Uf')a( ,O nJ'
11 ,10 podc>m '> C'r rn tend 1cl o'.> co mo mero'; envelope,; Dr ilC0 I do com Chc1rn onr,
0 tr)•mo
· r.rwclore
· s1~11 1/icJ umo al1v1dad e d1ng1d c1 no
_ se nt ido de· rri cirn
, 1n11ac1.1
e )'>'.:>''ílrda
( . ' .
em su,1 total idade, pelo lerêlpeuto , ndo se ndo v,s t,1 co mr) ; Jfn,1
,c,ll za cao ou aç;JO 11t Iva do pac iente, mas apcnJ s como uma at ivi cl ,,cle C')n
c()· tu al, uma atual 1z acc:10 de imag ens do pen<;Jm e:,nto no mundo cJ ,1s co i·,;is
/\ ,11)orcJa9em terr1pcut 1co ocupac 1onêll . po r def1111ç,10. 1mp l1c,1 e obi iu-1
0
tic,o dr at 1v dadfls como cond1c;ao sine qua non pêl r,1 uma intervençc1o tr r,lPt'u
1
1·e,.1 C\í)r>c:1f.ca. que pode ser vista por meio el e dua s ve rlentec,
• Primeira qu Jndo o terapeuta ocupa cional d1agnost1 ca ,:i s c,1rcnci,1s cJr
qtJ r. padece seu clie nt e, 1nd 1ca materiais e o qu e Íc1ze r dele<:. E qua ndo
se p11vdeg 1a a fa la em detrimento da ocupa ção . O terapeuta 1ncl 1cr1 L1mr1
c1 t1v1cJacie. quan do a fala se vê cortada ou insufi ciente Nesse ca'>o. 0
cl1cn1 e C?xecuta o qu e lhe mandam fazer. Su a práti ca é uma c1 tucl çc1o
(acttng -m) . e o objeto concreto pla smado nessa qu alidad e de respostr1 ('
entend 1cio co mo um mero envelope, pois perman ece alheio ao conceito
de quem fez . Ass im, o objeto concreto e a at ividad e são meios, posto
qu e o objeto interno relaciona -se de modo subj etivo com o ex terno. po,s
a ideia do cliente vê-se pro ibida de ag ir como uma totalidade.
• Segunda : qu ando o terapeuta ocupacional e se u clie nte iden tificam
as carências existentes, juntos escolhem o material e o qu e fazer dele
Assi m, o cl iente rea liza a sua ideia, e o objeto plasmado se torna uma
atua lização do obJeto interno, posto que se relaciona com o primeiro
de modo objetivo . A ideia se vê autorizada e estimulada a mani festar -se
na sua total idade . Sendo a prática do cl iente uma açã o, a at ivi dade e o
ob1e to co ncreto são um fim em si mesmo .
'> UbJet1vc1 da represent açã o do objeto interno com o ex terno . em fun ção de '.ler
uma simples execu ção da ind icação do terapeuta . O co nce ito so se real 1Ztl ck
íato na correspondénc 1a obietiva do objeto interno com o ex tern o Ess-1 co:
rcspond encra. qu e cha mamo s de atual iz açã o (obieto mesmo da expt'ricn, ..i
~ a rea l,zaçao da 1de1a do paciente.
A', at1v1cJr:1 drs sa o propm tas técn icas elo terapeut a que pocll'rll ) L' 1 ,c•.il i
i a dd ·, rwlo pcJc Ic•11l0 co m l1bercJ acl e so bre materi ,1I <, pl iF,lico<. t·' lt"r t,iri1t·111•1'
/~lJcJJ1U() !":. IP cJ dCj t1 l r (, CUll',( l(' r)(i,l el e 'il , cio ll1lli1cl o (' d e '> l lrl 'i 1l'l,H,Ot''>
l)r,,,,,d Í() rr n.1. nz1 lc•r,.1111a Oc L1p ,1c 10 11.il o '> l tJ C'l !L) U ld obJL' lü'- l('l,l Li,Hl,Hk,,
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a rC'ri l1dc1d C'
h,,
Teori,:1 de Ru i Chamone 23
·· · ··· · ·· ·· ···· ···
Teoria
Em um dos últimos cadernos do GES .TO,8 algumas publ icações fazem refe-
rência à necessidade relevante e à importância cada vez ma ior da apl icação da
teoria do professor Ru i Chamone. Em uma atitude de comprom isso e serieda -
de em relação à obra desse autor, os atua is responsáveis pelo grupo expõem
dúvidas e confirmações acerca do assunto .
No texto Relato de uma Experiência - Pensando a Teoria Chamoneana ,
Carolina Couto da Mata (2007) 9 expõe de forma mu ito clara esse reconhe -
cimento quando busca dissecar a defin ição de Chamone acerca da Terap ia
Ocupacional.
O autor define a Terap ia Ocupacional como um modo psicoterapêut ico ,
uma abordagem crít ico-laborativa das relações humanas no mundo , na cul -
tura e na sociedade. Nessa abordagem estão envolvidos cinco elementos o
terapeuta , o paciente, os materiais, as ferramentas e os objetos concretos .
Com os materia is e as ferramentas , o sujeito-cl iente constró i objetos con -
cretos . Encontrar-se com os materiais é estar frente a frente com o mundo e
ser humanizado . Com o auxílio das ferramentas , busca -se dom inar melhor a
concretude bruta desse mundo a ser constru ído. Envolver-se nesse proc esso é
colocar-se diante de um espelho, onde encontra um outro eu , que me perm ite
sa ber de si e das suas relações .
O sujeito que se torna um cl iente pela perda da capac idade de lutar pelo
que acred ita busca outro sujeito, o terapeuta , para ajudá -lo . O terapeuta ,
então, lhe proporciona a oportun idade de resgatar a capac idade de lutar em
prol de si mesmo .9
Da Mata (2007) fundamenta a afirmação de Chamone, o qual concebe
"a ut ilização do processo natural do homem em obter conhec imento para
tratá -lo" 9 A autora afi rma qu e Chamone leg itima a Ep is temolog ia · e a Onto -
log ia.. para a compreensão do sujeito e de como o conhecemo s. Cha mo -
ne norteou todo o seu tra balho na concepção sis tema tiza da por Hegel ,· ..
·crw,tcrno ic)(j 1a - cl isci pli na filosó f1cil qu e estuda a co nstr uçã o do conh ec 1rno11to cienti fico
" On 1olog 1a -disciplina qu e se rderc à comp reen são da de fi11 1c;ào de homem
· ·Hcq,_,I 11 970 - 183 1) fil oso fo. principal expoente do 1dea l1 smo Jlern ão
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·--~-- --------
Teorid de Ru, Chamone 25
MaLeria is
.'..l.com pa nhan do a teori a cJe Chamone , o ma te rial es tá sempre pr esen te no
proce sso de t ransfo rmação do cl ient e, pois é a maté ria - prima para a constru-
ção do obJeto concreto . No material é plasmado e gravado o qu e o clien te
pe nsa de si mesmo .
Nes'.">a pe rspectiva, Vazquez (1 977) 3 traz com muita proemin ênc ia os as -
pectos da teo ria ma rxi sta , comungados pelo professor, quanto às concep çôe-;
de matér ia- pri ma . M arx propõe que o sujeito que transforma a mat ér ia-prima
bruta está . na verd ade, t ransformando o mundo . E que esse potenci al equa -
cionari a a socied ade de maneira ma is justa e com complexos processos de
trocas e ma is-valias ao material transformado e agora útil ao sujeito . É co m
muita propried ade que ele demonstra como os materiais influenciam em todo
aspect o hum ano modificando comportamentos e costumes .
Para Ostro w er (1984) , ' 2 o homem dotado de condições naturais experi -
menta e t radu z todo o seu potencial na transformação de materiai s bru tos
Na teo ria de Chamone , exi stem dois tipo s de materiais . Um é externo,
con creto , ru de, grosseiro ; o outro é denominado material interno , abstra to .
decorrente da capac idade de construir-se a si , ao mundo , e de expl ica r as
rel ações ent re ambos _
Os mate riais externos exercem importante papel na rela ção terap êutica
ocupac iona l quanto ao s se ntimentos que traduzem o material intern o, que
emerge tant o no clie nte quanto no te rapeuta . As significações que recebem
de um e de o utro são os m d d · • • . , .
e ia ores 1nic1a 1s da relação terapeut1ca
_Deixamos pa ra fala r so bre materiai s mais adiante quando abordarmos J
ana lt 5.e d e mate rial no deco rrer cJ es ta obra . ,
Ferramentas
Sab'::' sr: qu e a me lho r ferr am t> · , . ·J ,e
_ - n ta c.iu e se tem e o p rópri o corp o , o t1ma Pª '
rJrG d uz ,r ·, e e manter-se Sa b , a,s
, e -se l amb em qu e o h omem e o anim al co m 111
1
r;r ,r~d inf,.rn c,a df- rnc11o r cJ - ren1
, ., ' epend en cia e fr ag il1cJ ad e Enláo , antes d e se
/1 ,la, rumr1 UíTtc) Cí ldÇc1(J ::i lh ' I f ,-nen
,,
l c,, pu,us11rn \(·( e ornp ,
' d
~ ª nü co rpo e as sun s n eces s1clad es , as erra
e
r.., r rc.: en itl c.1 s co m o u n1 a cx tf~n sâ o p ara êlprimoramento
,1,r.:_ 1c1 l11 t:JÇuü d v mc><. mo
(y., '-'.1u do ', so tm- fc-rr - tu
d _ J cJ - dITiPn t d<, ta rnb é_. m se es tend em à Filosofia e aos cs
v, e ú l"',0n·1olv 1m(}n to ,--, d a f -
' un ça o d é.l a rte .
27
l)c a( o,ci o corn 1 1... ( IH' r (l CJiU ), o IHJ1 11 c' 1n '><' 1o rn ot J h o rn C'rn c· rn l un ç;w
de')<;(', 111·, l1t11nc,nl o'> , l,l / (' 11d o w C' pr ocltJ ll nd o <,(' ,1 ' " rnr:", fn<J O ~iulo r (j (' f1n('
Íl'ri.1in c nl t1 ( oinü lii1 1, 1 toI ... ,1 u l1 11m c. urnpl C'xo d<· <(J l'>.l', q 11<· o 1,,1b <1lh tJ do,
colc11,1 c' 11 !1 c ">I e ,3 111,1 tc'> 11c1 '-U hr c ,·, qu ,1 1ele c x0ru-! -i<·u 1r,1hcJ lh o .
11-,l·I 1c r ( 1983 ) c1 f Ir lll cl q ll í' ,1 íc.•r r J nw n ld u Ili 1zr1d,) , l'X ter,o r au or<J ,H11c,mo ,
pode '-1..'r t1oc.idJ po 1 ou 11 ª" mtJ1 s cf,cazcs, mas qu e, cm tocJ a sua (.',<l r: ns,j o,
tc, t' o , 1i;J('rll J pJr tir clc:1 nC'ccss1d acJ c do sujei to r refl ete c,e u prórrio ca ráter
DP~"C' modo e:, qu e o cJ rvão , e por extensão a ca neta, especia liza as ponl as
do ':> dedo-; 11a escr it.1. A fac a e o garfo es peciJ l1z am oc, dentes . A enxada alon·
g,:i ,1 ,, lava nca qu e é o braço . O sa pato es pecia liza a so la dos pés A ro upa
e119 ro sc:,a a pel e frág il e ca rente de pelos . A astronave concre1 1za ac:, asas da
imaginaçã o.
També m aqui o que se vê no mundo externo fo i conhecido, anteriormente,
no mundo interno . O homem não cr ia ferramenta s inúteis e diferentes de seu
co rpo , necessidades e fantas ias, po is estas são as med ida s do mundo .
A ferramenta externa é a imagem concreta daqu ilo que se percebe inter-
namen t e do corpo . O que está fora é igual ao que está dentro . É assim que 1
Chamone ( 1990) contribu i para o entend imento das ferram entas, relevante
tóp ico no processo de desenvolvimento do rac iocín io terapêut ico ocupacional
próp ri o, 1 ]
Pa ra Chamo ne (1988), essa relação dá início a uma séri e de sit uações per
tinentes e influentes durante toda a in stalação do processo . Em seu livro .
discorre c:,ob re a empatia do primei ro momento da en1rev1 sta pacien te versus
terapeu ta si gnificante para Jmbo s e tamb ém so bre a con form ação do settmg ,
abo rdando aspectos éticos, co mo seg urança int ern a e seg urcinça ex terna , re-
lacionados ao grau de confia nça es tabelec ido na relação .
Alén1 cJi sso , faz relatos pertinentes ao processo em si . pelo qua l pzi ssam o
cliente O tam bém O terap euta. qu and o des taca a angL1stia vivida no tr;,t,, 111 en-
. 1 ( 1 ' IJ ' li ,, 1/ l Ji
28 ('( tJ ' ·
1 '' .
r) (1() ) ', J )l' C. to 1c iC'Vc11ll C dd JhO IU d(JC ITI é sob re r0IJ çao de, ll'Jn f
rl
1,, li l r " , - ) C' r(!nc,a
t' u int, ,11,,1n ':> lcu' 11 c,c1 r suti 1111 ro II·c1n c 1c1 n esse pro ccc;so .
l ,,e ,
1-;-, lllll o ..,e E" ,l c nd c é10 process o l c rcJpêuti co ocupa
.
cion al rn sl'a l ·id
e O ljU ('
c 11.-11 11 0 11 c c. hc1m o u de lrí,1 d e : terc1 p euta versus paci ent e versus r1 l ,viu acJc:
0
p,o ll',')O r 1r,1z c'> tucl os 1mporl,rnt cs para d co mpree n sa o d esses aspec tos, C'x
Objeto Concreto
O obJ eto concreto constru ído a part ir dos materiais e co m a u tili zoçáo das
fe rrame ntas é compreendido como o problema a ser re solvido .
O substantivo obj e to vem da palavra latina objectum , us sul.J slcint,vo
masc u li no que no se ntido próprio significa ação d e pôr ad iél ntc ; no se nti ci o
fi gu rad o . trad u z-se por propor, expor; e no sent ido passivo signifi cc1 o ícrecer
se, ap rese ntar-se . E mai.s, o substantivo latino objectus é a tra d u çao
. d•1 p ' il ' w r,1
1
grega , prob lema , ou seja , aquilo qu e es tá co lo cado di ant e de (JLIC'f1l olh,i l
111 I
qu e opõ e obs tác ulo s. E o probl em a em vern<'l culo signifi ci: 11 0 qu r 110 " l'
., a, q ucs tao
rr,«:, - nao
- 'i O
j .
vid a, o obj· e to dP d1· sc u sscio
.
ern ql1dlqu cr / ll iil ll' c/ll
< (li
r:.onhc>cr rncn to 1
1 l( l
/,;,, lilr! riJILJ (,J •,o hrc cl 11npo rl ,l ri cia d a cl rtf' l' '> l lc) flm r , 10 ltilil <,O llrc ' d ( ' V( l ti l.,•
" ('
rp J (~ ú', o ll l (J ( (" , ch,,rn,im e/ (' ex pc' ri 0n c1êl J.1 co n ... tru \ ,) 0 do, Jlfll(hilt l'i 1,11,11~
rJrj prr;ct·'.'> CJ v1v1cJo p elo <,uI c·rl o
Ú1Í<•rr•nl( •1nr r1l c rJ )' ' 0 ' 1 h " " ' (l t' j )()I', (' ~('
'- ( , clllllll , ll <,, o om c rn pl,IIH'J,l, p (' f) '-; ,l (.. li'
r IJ l ,i f , , p Í l , _, n r, , . . , I 1> rod l 1
-'· '~ 1:JJ rrH ' nt u r o qu P POCTL'riamo .-., ch~1m.1r d(' 1d C'1cl , (' ',l L · c
I1
l 1n a l ',(: n ,1 0 r ( '\ t lt I l . r' xr< t 1 ( ,
· ' J <1<.. o e P l od o uni con ILmt o de icki,1<;, p 1c1no ,; , ·
r, hribil 1dad e.
L À
i
, , I )f 1j ( )f
... ... .. 29
fs•,e processo , tr anspo r trido í) ,Hil d c1ê nr: 1,1 , com 1J rn rr•-~ ti ll,1ti<J frr,,1!, rr•n
I ··:ic.Jo cm u m se tting tc> r a r {'u lr co , l o r d (' rl()rTlln d do p or ( l 1r) ri1ry( 1f • rjr , dw•t r;
,11- ,
rto
( O il CI
Fenan1entcJ e m ater ia l são utrli 1r1 dos na con stru çc.io rJ u ,Jrw•ro r':) nrr ,, 11)
ivlcd i,lnl J relaçã o terapeuta versus_cli e nte e também ,:i relaç,:1r; rJrJ ', IJJ(•i! r;
~-onsi go mes mo . Por mero do material , o sui ert. o '>I.:' en cont ra com 0 rn•Jr i< J'J
.Ll fl )c,, co ncretud e brut a a ser humani zada , qu e o ferece a ,:_, le d p0-;r,rbdrd ;-,<Jr.
de co nciliar, em um objeto concr eto , poten cia lid ;:i cJ cs e lrrn 1t1;s f:.. f1: rr arni--!r,t?.
rdlete a especialização do corpo humano , ern qu e o su1 e1to se subme tr• 2;-, 1,: 1-,
da nat urez a para melh?r dominá -la . Construir o obJ e to concr e to é co locar ',(·
d,ante de um espelho . E ver-se a si mesmo como o o u t ro e, n esse movrm <::n !rJ .
conh ecer-se e modificar- se . Colocar-se corno o outro para to rn ar- se, el e: f,:,;ro .
1
diferent e do que se é.
Considerações Finais
Nes1e ca p ít ulo foi dada a oportunidade de se entrar em contato com a teona
de Chamone para melhor compreender os conceito s nela envo lvido::; Foi 1m
portante e necessário fazer essa viagem pelos caminhos desse conhecim ento ,
um a vez que utilizamos muitos conceitos que fundam en tam a basE: da teoria ,
trajet ór ia de Rui Chamone .
Podemos, assim , fundamentar o desenvolvimen to da Teo ri a da Análise d e
At ividades definida como o raciocínio da Terapia Ocupa cional , especificar a
ativi dade co mo objeto da profissão , repassar conceito s d efi nid o res e escl a re -
cedores de sua utilização , como materiais e f erramen t as, b em como espec1f 1
car melho r e de maneira histórica o conceito de objeto co n creto
Re fcrências
Charnone RJ O obJeto e a es pecificidade da terap ia ocupa cional Belo Hori zonte
Gl::S .TO, 1990
2 Rrau H A arl e de Jgora , ago ra. São Paulo Perspec tiva ; 198 1
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'> Fi-,ch<:r [ A nece ss rdade da arte. Rro de Janeiro : Zahar; 198 3
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7
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,.,-i . :" 0 1: P RI . A rela çã.o terapeut a-paci en te - Notas introdut óri as Belo Honz on i c
G[::; TO : 988
9 \1 ,·1 .~ <f· --·- nr,eia
, t d • .a - Pen':.ó nd o a terapi a ocupacronal Ch arnonc a-
o r, um.:3 experr Pnc1
~'1 ~ d-ici•r:0:: rl e t,:.,r ap,a oc updc1on al Bel o Hori zont e· GESTO . 2004
Terapia
Ocupacional
me ·todologia e Prática
2ª Edição
················ ··•····· ········ ·•··· ········ · · · ··· ·• ... . . . ....... , ... •. •.... .... . ·· · ····· •· · · · · ............ . ... , . ... · ···· • •0, 0• • ·· "
Introdução
··· ··· ····· · ·· ··· ··· ···· · ···· ·· ····· ····· ······ · ······ ·· ······· · ······· ·· · ························ ·······
Pa ra melh
. or comp reensão d . . r ri
co mposiçã o de s esse procedimento é import ante co nllccc
uas partes co m 0 . - /J
vra e qua l a sua rei - entendimento do qu e vem a ser cada Pª
açao com o pro
A pr1lavra ana li sa r . . . . cesso terapeu tico ocupacional.
li sign if 1ca 1nves tig 0 b . , . . tua·
za rm os o termo an , . ar, servar com minuc1as . Ao conteX
,, d
ª ecompos,çao . _
de
ª ise, enco ntramo s, no d1c1onano
1 . . , _ . · ·ção:
a seguinte defini ·
a t - um todo em su , ./h C
na ureza , as fun ções " as partes constituintes para con hecer
0
características intrínseca. Aexam_e de cada parte de um todo nos leva às suas
s. at1v1dade t . ual1·
raz em seu boio, por sua vez, a q
-
A nálise de At ividades Como Comp,-eencler uma lncrr'vel Trama 33
· ··· ·· ·· · ··· · ······· · ······· · ·· ·· ······
dade ou o estado de ser ativo . Si gn ifica que ativo está relaci on ado a estar vivo ,
a ag ir ou ao modo de vida.
Prosseguindo em nosso rac iocín io, o ato aparece como resultado da qua-
lidade de ativo . Ato, no dicionário, é tudo aqu ilo que é feito ou que se está
fa zendo, ação . Logo, o ato está relacionado à atividade e, portanto à anál ise
de atividades.
Com essa defin ição, a anál ise de atividade fragmenta uma ação humana
para determ inar sua complexidade e utiliza materiais e ferramentas, aplicando
fins terapêuticos .
Sobre esse assunto, vale observar alguns autores:
O momento rna tivo é o d1nárn1co fr uto cfo co nJUnto d~.: ídeias ~ a in teração
cJ a análise, cJ a síntc,e: r~ cJo mr1pea rn ento, as'..ocíacJo a outro'> componente-<.> do
r, roces so cna t1vo hu mano
Como part e cJ a n.:Jturr.? za humana , o rac1ocín10 funC1ona como ''gatilho"
para desenvolver 1deia'.i rna1 s compl ex.as. É um elemento importante para o
ato de pensa r, poi s um compo rtamento 1nves tí gativo produz questões para
um detalhamento de resposta s. Assim , ao criar nova s e possíveis alternativas,
permitem-se soluçõe~ inovadoras, conceituando ~rnpre algo novo . r,lesse
co ntexto há possibilidade cJ e se esta r facilmente construindo sempre idei as
origina is em bu sca de soluções.
É interessante perceber qu e o processo de anál ise não acontece de modo
isolado, pois depende da intera ção com os outros componentes do processo
rnativo humano. Porém, mesmo desordenado, o processo criativo é dinám i-
co, fruto da compilação de ideias e da combinação desses t rés fa tores .
.----r; A síntese diz respeito a habil idade de conceber novas ideias resultantes de
um conjunto preexistente, estejam elas rel acionada s ou não. Para essa habili-
dade, onde o pensar é aberto e de dimensão ilimitada , trabalha-se com várias
soluções . Constata-se uma "espontaneidade" na apresentação de ideias e nos
relacionamentos entre ideias não observadas ou já descobertas .
A habilidade de sintetizar promove momentos de extrema imag inação . Fa -
cilita a manipulação de conceitos e ideias, modifica , adapta ou cria, a partir de
algo existente. Nesse aspecto , percebemos um constante interesse no aperfei -
çoamento de ideias e produtos.
- ,,.1 O mapeamento é o elemento-chave do processo do raciocín io. É a capaci-
dade de utiliza r aspectos específicos e comuns, abstrações e conceitos teóri-
cos, organizando-os em ideias concretas ou em um diagnóstico . Na prática,
trata -se da habilidade de transformar algo aparentemente abstrato , ou que
não apresenta áreas relacionadas , em algo real e prático .
O ra ciocínio é um processo dinámico, constantemente sujeito a renova -
ções que se ba sei am em novos fatos/p remissas, reveladas ao pensamento do
indivíduo .
O ato de ra ciocinar baseia -se nas inter-relações que ocorrem no cérebro, e o
exercício menta l produz a interação neuronal. Assim , há uma grande possibili -
dade de se ampliar a capacidade intelectiva ao se es timular o raciocínio . Tanto
a inteligência como a memória se fundamentam no céreb ro e, quanto mais se
relacionam , mais facilitam as resposta s dos indivíduos ao meio que os cerca .
Assim, Almeida (1996) 17 caracteriza o raciocínio pela aptidão do sujeito em:
• Id entifica r os elementos de um problema .
• Conceit uali za r ou co mpreend er a sua formula çã o.
• Conceber e avaliar as diferentes forma s alternatívas el aborada s para
rf::'so lvê-lo.
• f<r.: t1rar C()nc lusõrs lógicas da in forma ção forn eci da e processa da .
38 Tera p ia Oc upac ional - M etodol o?'ª. : . -~~ -t _i~-~ . . .
······ ............ .. . . . .... , . ... . ..... .
h
A,,-;írn , em relação à ferram en ta , a pren d emas que na Idade da Ped ra o
r;rr, r~m aperfeiçoava sua s mãos com a necessidade de especializá -la, e in-
F::r,t~ridr;, co mo () rim eiros exemp los , o machado de pedra , o arco e a flecha
dr- r,,:dr ;, . Conceitu a-< · . · ento do
· ..,e, assim , a ferram enta como um aperfeiçoan1
5
r,r;rr;c; , '.f: nd u r?í l<: a ma io r d e toda f C outros exemplo
s as erram entas . orno .
rJr- fr•rr,Jm r.• nt;,,, l r•mo• . lá . . ·nças, ca
' · ' · p is, cane ta, f)Jn cel, tesouras, m art elos, pi ar
flUrJr;•, r;u (Jdl, 1o· r: m . -"- . - de pen 5
, , · - uma ,m.-1 l1 sc c..J e a tivid ad es, uma boa m aneira 1,
,,1Aw: rJ.., fr,rr1,rner11 a·, (, f;11cr <JS ma rcações co m ca neta hidrográfica, a quaa
r-r,t wlA nlf; · r• I< r - f - de u(l'l
' , · J rin urriiJ C'írarnc nt a se nsível e in ad equada na m ao , is
r1 1,;r 1r.;1 p,:qu,,n,,, a·, in d1( ,Jroc., rn:Ji '.l a-i d d . ser o uso do laP
u cq ua as po enam
rn sem pre
1
( -
r J' ' rrJ r , , cJ<; <J11 rJ, , cr, r · p -
· ,i o rl ,mt o. para a análi se c..J esses fatores, deve
An,í lise de /\ l ividc1 dc s
39
Como Compreender uma Incrível _T'.ª.~ ª -
······· ····· , .
ser con siderados: tipo/co r, co nsistência, utilicJ acJ e, durabili da de, custo , setting/
inslitu içc'.lo , clientelJ , ind ica ção terapêutica, hab ilicJ acJ e e contraind icaçã o te-
rapêut iu1.
■ Análise aplicada : além do pocJer cJe observação do terapeuta ocupa -
cional, sej a no olh ar ou na escuta terapêut ica , é por meio do papel de
mediador da relação cl iente versus atividade que se aplica a gradua çã o,
ou seja , no momento da intervenção .
Na anál ise apl icada , pode-se conclu ir o curso da abordagem com o objeto
concreto ou produto, que traz plasmados os materiais (concretos e imate-
riais) , com o auxíl io das ferramentas , adequadamente anal isados para o obje-
tivo ao qual se pretende chegar.
Na anál ise apl icada , não é evidenc iado o belo ou a arte, mas o produto
que diz respeito a cada um em sua singularidade. Não cabem interpretações,
prejulgamentos ou críticas externas, mas urna atitude crít ico -laborativa de si
mesmo, na tentativa de evidenciar-se que algo existe, trazendo à consciência
de si mesmo !
Ma is uma vez , destacamos a importância da anál ise de atividades como
ferramenta sine qua non para o processo terapêutico ocupacional. De com -
pleto domín io pelo profissional de Terap ia Ocupacional , reconhecemos que
esse proced imento é o d ivisor de águas e o d iferenc iador das dema is profis-
sões (Figura 3 .2) .
Aval iação
Fatores Fatores
específ icos comuns
Objet ivos
Análise aplicada
...
Análise de atividades
i l
1 . •
v111ª .~ .
V ida D1ar1a 11
1
da l:
1,
, ...... . ··················· ········· ··· ·· ······· ········· ·· ···· ······ ······ ·· ··· ············ ··· ·· ········· ·· ········· ········· ··· ·· ······ ········ ·········· ·· ··· ··· ····
O
u da sua 1mportanc1a para o conhec · peito desse proced1·m
to , . imento do ter en-
ntudo, e um fato a necessidade do conhe . apeuta ocupacional
co cimento da t, . .
trâm ites que envolvem sua aplicação no t t ecn1ca e de todos
os . . ra amento e n
. ntes lesados e/ou l1m1tados em seus auto .d a recuperação de
e ,e
1 cu, ados
A importância do• tratamento por meio das AV D nao ·_
d
abilitação de movimentos ou da recuperaç- d - ecorre somente da
re . . ao e açoes d., .
(198 8) enfatiza que as restrições do cotidian 0 nao_ ianas. Francisco
1
• A • afetam as -
s mas sim a ex1stenc1a humana, essencialm t . açoes mecâni-
ca , en e a capacidad d .
i tornar seu banho, tocar o próprio corpo em t , . e e cu idar de
s, par es 1nt1mas d
as próprias roupas e assear-se em loca is do corp , , , po er escolher
o que so nos me
tirnos e podemos fazer. smos consen-
Maria Heloísa Mehry7 afirma que:
"]
1
desempenho ocupac iona l, motor, sensori al percepto .
. · cogn i-
1,'I
tivo, mental, emocional , comportamenta l, funciona l
, cu 1tu -
ral, social e eco nôm ico de pacientes.
bienta l.
1
L
.. .... .... ........ .. ... .. ~.~~ .~~.~:~~~~~. Sobre At,v,dades da Vida D,ána
,.... ····· ··· ··· ··· ·· · 219
········· · · · ·· ·· ········ · ·
•
Considera d
5eia na ade
° -
f
,
·
n os atores específicos a apl icação das AVD não tem barreiras;
de quaçao ou no treinamento, o uso da técnica independe do quadro
cornprom . ,
05 as etimento em si. Esempre relevante que as intervenções, em todos
Pectos do t t b. .
fun · . ra amento, sejam um comportamento-padrão com o Jet1vos
c1ona1s e d . - .
e inclusao social, o que é necessário a qualquer tratamento.
Ocu acional - Metodologia e Prática
222 Ter~~1-~ .. .... ~ ....... ........ .... . .. ... ... .... ..... ... ...... .......... .
·· ··· · ··· ······
... , .... .... .. ..... . · ·· ······ ·
eo,n.unícação d • .
tal para to o o processo terapeut1co , a comuni c - , .
darr,en , . _.. _ açao e essenc1a l-
Fun . portante pela sua proprra def1n1çao de fazer saber t ..
nte 1111 . _ . _ • , ran sm1t1r e pro-
n,e A comun1caçao define padroes de compreensão e expre - .
ar . ssao, errando
pag · d de trocas entre interlocutores e ouvintes .
ul11ª re e , . f , .
s antropolog1cos se re erem a comunicação como um at •
Estu do o inerente e
. ao homem desde os tempos mais remotos . Reconhecendo
exclu sivo . . _ . -se os as-
ciológ 1cos nas man1festaçoes da comunicação das diferent f
pectos so . . . , . es ormas
organ1·zacronars da soc iedade, . e_ ate mesmo . os aspectos afetivos , salient amos
que é por meio da comunrcaçao express iva que o sujeito se faz entender e
se conhecer, mostra suas nece~sidades e ex_pressa o seu pensamento . Assim ,
fazer-se entender e ser entendido d iz respeito ao processo de pertencimento
social .
Tanto os aspectos soc iológ icos como os afetivos devem ser considerados
de suma importância para o processo terapêutico, po is estão envolvidos no
levantamento dos fatores específicos ao se abordarem as áreas sensoriais .
Quanto aos aspectos levantados aqu i, o treinamento ou o estímulo das áreas
de AVD incluem os contatos visual , aud it ivo , sens itivo e gestual . A ausênc ia
ou a supressão de alguma dessas atuações deve ser considerada e trabalhada
para que os objetivos das AVO sejam alcançados .
Os critérios de importância estabelec idos pelo terapeuta quanto às inter-
venções devem estar de acordo com a aval iação real izada para a superação
de uma comun icação compromet ida ou para o treinamento de AVD . Antes 1!
de qualquer at ividade, terapeuta e cl iente devem superar a etapa de entend i- 1
1/
1 1
1
..
1
1
224 Te,-apia Ocupacional - Metodologia e Prática
l.'i .
i·J'
i! ' ··········· ·· ······ · ········ ········ ······ · ··· ······ ·· ··········· ······· · ·· ····························· ··········· ... ..
······
11
alternativas de linguagem, como dança, teatro, desenho , . .
1 i
, musica hi t ,
rias, entre outras . ' s o-
1
11 1
. . d . 1 ·1· - signos
1 comunicativos o paciente pe a ut11zaçao dos meios de co . _
: /, 1
. , . . _ municaçao
1
1 ,1
li Ass im, estara anal isando as cond 1çoes necessárias para O des
. . . empenho
·
ma is adequado de um meio de comun icação considerando se
' - as es-
pecificidades de seu cl iente, a fim de conduzi-lo a um programa de
adaptações ou treinamento .
Algumas adaptações podem ser feitas a partir do acompanhamen-
to de um fonoaud iólogo, por meio da adoção de vários equ ipamentos
como : aparelhos para surdez, telefones com teclado (teletipo - TTY),
sistemas com alerta tátil-visual , ampl ificadores, entre outros. Pa ra a
escrita e a leitura , podem-se fazer adaptações para a sustentação da
caneta e do papel, e para virar pág inas de livros . Nos casos de imobili-
'11
dades ma iores, podemos utilizar óculos prismáticos ou adaptações do
1
.·, método Bra ille para o relóg io. Hoje já temos à disposição moderna tec-
1
ti nolog ia, com equ ipamentos de entrada e sa ída (síntese de voz, Braille),
auxíl ios alternativos de acesso (ponteiras de cabeça , de luz), teclados
mod ificados ou alternativos, acionadores e até mesmo softwares espe-
ciais (p . ex., de reconhecimento de voz), que perm item às pessoas com
deficiência usar um computador.
■ Por último, mas não menos importante, estão as técn icas de Comunica-
ção Sistemática e Alternativa (CSA), também conhecidas como Tecno-
log ia Ass istiva . A Tecnolog ia Ass istiva , uma expressão nova, é util izada
. ·b para
para designar todo o arsenal de recursos e serviços que contri uem . .
proporcionar ou ampl iar habilidades funciona is de pessoas com defici-
ência e, consequentemente, promover independência e inclusão.
l, Higiene çãº
1 1 , conserva
Essa área de atuação concerne ao asseio pessoal , à limpeza e ª
1' da saúde por meio da depuração ou do ato de limpar-se. história
co sobre a da
Sobre esse assunto é interessante conhecermos um pou . acerca
. unosos
da arte da limpeza . · A Idade Média contém aspectos c
9 10
Uma Abordagem Sobre Atividades da Vid ., .
.... ... ... .. ........... .. ..... . .. ............... ..... ... . a Diana 225
.. ..
..
1
' '••·
Observação : todo o cu idado deve ser dispensado para órteses como óculos
e aparelhos aud itivos, quando houver.
Quanto ao ato de banhar-se, o trabalho do terapeuta deve segu ir as se-
gu intes etapas:
■ Cuidados na parte superior do corpo:
• Cabeça .
• Cabelos .
• Face.
• Axilas.
• Mãos.
• Braços.
• Tronco .
■ Cuidados na parte inferior do corpo:
• Virilha .
• Nádegas.
• Coxas .
• Pernas e pés.
,na-
entear-se,
As atividades de cuidado e higiene com o corpo, como? . quando o
0
qu iar-se, barbear-se, devem ser utilizadas como recurso terapeutic olviniento
desenv
terapeuta pretende ressaltar a importância do corpo para 0 e/hora nas
da autoestima, do autorreconhecimento e da autoimagem, eª; de n,anei-
relações intra - e interpessoal. Todo esse processo pode ser r~aliza rivacidade
1nd
ra lúdica ou contextualizado em um passeio, sempre garant º ªE~ casos de
e a proteção do cliente diante de circunstâncias constrangedoras . lho deve ser
· traba ·o
treinamento para os quadros de comprometimento grave, 0 olaboraǪ
solicitado ao cliente de maneira clara e concisa, buscando ª sua e
e a participação ativa em todo o processo .
... ..... ....... .... ~~~ - ~~-~:~~~~~- -~~-~:: -~ -~ividades daVicia Diária 227
....· • •' ······· ······ ···· ······· ·· · ·· ·· · · · · ····· ···· .. . . , ,
··· ·· ··· · ····· ·· ·
Vestuário
o vestuário, como tudo de referênc ia na vida, também tem sua história. A
vestimenta tem importância biológ ica e social, que inclu i desde a moda até a
função de proteger o corpo . Não se sabe ao certo quando o ser humano co-
meçou a usar roupas, mas algumas pesqu isas comprovam que a necessidade
de vestimentas se deu certamente para a proteção contra fatores ambienta is
e para a melhora da aparência.
A evolução do ato de vestir-se acompanhou as mudanças e as adequações
dos costumes, dos hábitos, das culturas, dos valores mora is e sociais.
Além de sua importância tanto biológ ica e social como cultural, o ato de
vestir-se reflete uma íntima relação entre a personal idade ind ividual e o meio
ambiente. Podemos até dizer que o vestuário é uma linguagem expressiva do
sujeito, que transm ite o seu estado de humor, de organ ização interna e até
mesmo suas man ifestações de protesto e revolta . Para algumas pessoas, o ato
de vestir-se é um exercício de criatividade, po is possibilita o uso da imag inação
e da orig inal idade na criação de um modelo ou na utilização de adornos, nas
combinações de cores e na escolha de acessórios .
No contexto das AVD, vestir-se faz parte de um processo íntimo e mu ito
próprio do ind ivíduo, seja na escolha da vestimenta, seja no modo de se vestir.
Para um sujeito se vestir será necessária uma sequência de atos que compre-
endem movimentos e habilidades específicos que correspondem ao seu desen-
volvimento neuropsicomotor. Tudo isso precisa ser considerado na elaboração
do programa do terapeuta ocupacional . Outro aspecto que merece conside-
ra - -
çao sao os afetos do sujeito, pois o vestuário pode ser considerado um fator
que garante proteção contra situações constrangedoras a qualquer cl iente.
Na intervenção terapêutica ocupacional , o treinamento pode estar associa-
do a Pro · · l ' d.
gramas conjugados com passeios, banhos de mangueira, Jogos u I-
cos em g • d · "T a
rupos, evitando-se assim constrang imentos como as or ens . ire
roupa I" "A . • 1"
· ' gora vista a roupa! ", "Quero ver voce trocando de roupa .
228 Terapia Ocupac ional - Metodologia e Prática
...... ··· ·· · .. . . . . . . ........ · · ····· · · ···· · .... . . . .... . ..... . ............ . ...... .. . ....... · ···· ····· .. .. . .
' ••·· · ·
1 !
1
Alimentação
1
- , . o reportar-se
Para abordar a interação entre o cliente e a alimentaçao, e preci s
l,
à importância e ao papel social do alimento na história humana . d õeS
. . . , · ois os Pª r
O alimento pode ser considerado uma categoria h1stonca , P passar
de educação e as modificações de hábitos e práticas alimentares c_om ~os não
"
d os tempos tem . " . · 1 os al1men
apresentado relação com a dinamIca socia ·
são somente objetos para preencher espaços . inclui
. 1 1· , . . ,
Af ina , a 1mentar-se e um ato nutricional, e comer e um a to social que
. NenhUf11
· t"noas
atitudes, costumes, protocolos, condutas, normas e circuns a ·
!f:
1 1
M obilídade çáº
a movimenta .. _
O termo mobilidade significa a capacidade de se mover ou ão de 011
locomoÇ , ,fll
dos corpos obedecendo as leis do movimento. O termo 550 a de L
de uma pe
gem francesa, atualmente corresponde ao transporte
lugar para outro . . endênciª
. . te a indeP érie
O comprometimento da locomoção afeta d1retamen -0 umª 5
. . . - , d encadeara , uW
nas Av D, pois as l1m1taçoes nessa area certamente es . peito aª
d d'fI
e erenças ou alterações na vida do indivíduo. No que diz res
Uma Abordagem Sob,-e Atividades da Vida Diária
······ ············ ·· ········· ······ ············ ········ ·· ·· ····· 231 1 1'
··· ····· ···· ··· ··· ··· ··· ··· ··· ·· ··· · · · ······ ··· ···
_/·'
232 Terapia Ocupacional - Metodologia e Prdt ica
· ·· · · · ······· · ·· ·········· ····· ····· · · ·· ········ ··· ········· ··············· ··· ··· ··· ·······
' ••·
■ Transferências :
• • ♦•
.... -·· .. . ' . . ..................... .. . ... ' . . .. . . . ' .. ... .
.. ........ .. . /
1''
1
') :-
. -as Arquitetônicas
sarrel1
Guerra Mund ial legou um mundo assolado pela destruição e pro-
Asegun da . . . .
ara um determ inado grupo populac1onal, principalmente 05 comba -
vocou P .f . . .d . O f .
udanças sign 1 1cat1vas em seu cot1 1ano. so nmento decorrente do
tentes, m . . A •
frentamento das barreiras arqu 1teton 1cas representou uma cruel realidade,
~:nto no que diz respe ito à saúd~ física e emocional , como aos aspectos so-
ciais, principalmente para os mutilados de guerra , no processo de reintegra - 1·
'
ção ao mero. f
1'
Na década de 1950, o d if ícil processo de reintegração de adultos reab ili- 1
1
1
tados no mercado de trabalho e na comun idade pode ser observado tanto 1
por profissiona is envolvidos no processo, bem como pelas famíl ias, devido às
barreiras arqu itetônicas nos espaços urbanos, como , por exemplo, o acesso a
edifícios, residências e meios de transporte, tanto colet ivos como particulares .
A partir dessa década , começou um processo de integração que durou prati -
camente 40 anos até a fase de inclusão social que vivemos hoje.
Em 1981 , cons iderado o ano internacional das pessoas deficientes, foram
promovidas campanhas mund iais que alertavam sobre as barreiras arquite-
tônicas que ainda exist iam nos centros urbanos e lutavam pela el iminação e
substitu ição de acessos à comun icação , com desenhos adaptáveis e acessíveis
à população deficiente .
O movimento de inclusão e acessib ilidade ganhou força e na década de
990
: , ma is fortalec ido político e soc ialmente, se consol ida na forma de po-
lrtrcas públ icas, com leis e estatutos que garantiam a cidadan ia do portador
de deficiências.
Nesse s t'Id . A • • •
/
234 Terapia O cupacional - Metodologia e Prática
····· · ··· · ······· ·· ······ · ··· · ·· · ·· · ·· · .. ... . .. . ... . .. . ..... . . . .. . · ···· · ··· .... ·· ····· ·· ·
lhas, abrir gavetas, acender e apagar a luz sao açoes cot, ,anas
usuais que deixamos de valorizá-las . es·
d. iamente os m
Podemos considerar que as pessoas desempenham ,ar adversos
mos tipos de atividades cotidianas . Porém, há momentos e lugaresara ações
. • ·· diferentes P
que exigem a utilização de instrumentos e d1spos1t,vos xernplo, o
de um su1eIto,
· · o que Imp
· 11ca
· - d t
a execuçao e are fas distintas. Por e .tu a-
/quer s1
. em qua
ato de abrir uma porta consiste no mesmo mecanismo ovirnentos
- · olvendo rn e
çao, mas os aspectos arquitetônicos podem variar, env f haduras, qu
. • . para ec
e forças diferentes, ou o uso de dispositivos eletronicos
dispensa o uso de chaves. . . u hábito 5
, . . . . o e modifico sas
Alem disso, a evolução tecnológica invadiu o cotidian rações. E5
. ·d pelas ge
e atitudes da sociedade em geral, que foram absorvi os
.... 235
1 1
1'
ológicas servem de alerta para os novos conteúdos d . , 1
• Fun · · . · f
_ cionahdade : nas atividades de trabalho , exrstem movrmentoS, un -
çoes necessárias e específicas ao mercado . O papel das AVP é codificar
esses movimentos, listá -los e promover, instalar ou recuperar essa fun -
cional idade:
1 1
• Manter-se em pé. 1
• Deamb 1 -
• u açao em diversas superfíc ies .
Postura sentada .
• Curvar-se .
236 Te,-apia Ocupacional - Metodologia e Prática
· ···· · · ······ ·· · ······· ······· ····· · ··... . ···· ··· ····················· ········ ·· ······ ··························
······ ·······
• Ajoelhar-se.
• Inclinar-se.
• Levantar peso e transportar objetos.
• Esticar-se.
• Tracionar e impulsionar.
• Manipular.
• Equ ilíbrio dinâmico e estático .
■ Adequações sociais: os papéis sociais deverão ser desenvolvidos no
decorrer da vida de qualquer pessoa . São efetivados com a educação
doméstica e perpassam para o meio social pelo desempenho de papéis,
mostrando-se adequado de acordo com cada ambiente ou grupo social.
Kielhofner (apud Ferrari) 11 · 14 desenvolve sua teoria da ocupação humana
afirmando que o sujeito deve atingir, no seu desenvolvimento, o papel
a ele destinado de um ser ocupacional. É, então, efetivo um papel ordi-
nário ao âmbito do trabalho, sendo visto como o papel do profissional
ou trabalhador:
• Hábitos e atitudes domésticos.
• Hábitos e atitudes do trabalho .
• Relacionamento interpessoal.
• Respeito profissional.
• Autonom ia e iniciativa ao trabalho .
■ Autocuidado: a relevância do autocu idado é, sem dúvida, importante
em qualquer situação, não sendo diferente e menos exigente no am-
biente de trabalho . A aparência c/ean , hoje requerida pelos empregado-
res, diz respeito até mesmo ao uso de barba e/ou bigode.
• Cu idado com a aparência.
• Hig iene pessoal.
• Limpeza de roupas.
• Adequação de vestimentas.
• Aparência clean .
• Cu idado com os cabelos . bili·
. 'bldade
11 de mo
■ Mobilidade: como especificado nas AVD, a 1mposs 1 _ mer·
0
dade interfere de modo decisivo na vida do sujeito. Em relaçao ª
cada, ela se torna fundamental.
• Autonom ia e independência de locomoção interna .
. . _ trabalho.
• Autonomia e independência de locomoçao para 0
Referências ·· •• '
,,,. ·· ···
L
Si§~ -
/
Capítulo 12
............. ........ .................. ............................. .... .. ............................. ..................... ······ ······• ........ ....... ... ... ..... ..•·
Introdução
······ ·· ·· ············· ·· ······· ··········· ························· ······· ··· ········· ·········· ·····
Neste capítulo apresentamos anál ises de materiais e ferramentas já previa-
mente estudados.
Escolhemos os materiais e as ferramentas ma is usados para a atuação em
Terapia Ocupacional , busca ndo fa cilitar a compreensão do raciocín io. Vale
ressaltar, entretanto, que essas análises fazem parte de um todo, de um racio-
cínio complexo chama do de análise de atividades (Figura 12 .1).
¼, I
Anãlise de material e ferramenta
r--
. Setting /
Indicação
institu ição Cli ente Habilidade Contra indicações Características
terapêutica
r--- ~
--
.~
Fig Ura , _
Cor e t ipo Consistência ~ ,abilidade 1 Custo J
2 1
Esquema de análise de material ou ferramenta
308 Te,-apia Ocupacional - Metodologia e Prática
·••· ·· ···· · · ....... . ... . · · · ··· ·············· ·· ························ ····· ········· ······ ··· ···· ·· ··· ·· ···· ··· ····· · ··· ·· · ·· ·· · .. .. ,
Análise de Materiais
· ·· ·· ··· ··· ·· ············· ····· ··· ···· · ··· ···· ············ ··· ····· ······ ···· · ········ ··· ·······
Características
• Utilidade: apresenta diversidade no âmbito das AVD, da al imentação e
no aspecto artesanal. Nas atividades criativas e de motivação, serve para
molduras, trabalhos de criatividade com crianças, colagem , pinturas e
para montagem de jogos.
■ Cor e tipo : cor da madeira ; os pal itos podem ser de dente, de picolé
ou de churrasco .
■ Consistência : duro e res istente.
■ Durabilidade: relativa . Para estoque tem durab ilidade boa , e para tra-
balhos real izados necessita de manutenção .
• Custo: ba ixo .
Observação : pal itos podem func ionar como ferramentas, de acordo com
sua função .
Massa de Modelar
• Setting ou instituição: não apresenta restrições .
situ ações
• Clientela : pode ser usada com crianças, jovens ou aduItos em
específicas .
. f muscular e
• Habilidades: coordenação motora grossa e fina , orça
criatividade.
. · menta 1,
• Indicação terapêutica : criatividade, áreas motora, cognitiva,
lazer ou lúdica .
• Contraindicação terapêutica : aparentemente não há .
od
Análises Prontas de Mate_.
e i1
a1s. , ,,e Fer·ramentas
,. .. . • . • .. .. • .. .. .. .. . .. .. . . . • .. . ..
.. .. .. .. .. . .. • .
. .. .
,
309
···········
• • • • •
... 1
· • •\
/ .. .
rísticas
e~e te
a . ·dade: massa
uul1 .
.
-
, .
a caracter1strcas
.
fabricada para fins lúd icos, apresent
_
• , ,. s para man1pulaçao com as maos na realiza çã o d f . .
roP 11ª . e ormas rnat1-
p pode ser usada mais de uma vez .
vas.
tipo: a massa de modelar do tipo cera possu i c .
cor e _ , ores vivas tem
• . oleosidade e nao mancha . E comercial izada em c . d '
baixa a1xas e 6 e 12
cores .
istência : ideal para modelar elementos com maior con • t ' .
, Cons s1s enc1a
suas características da massa de cera . '
por
, ourabilidade: a massa de cera não endurece, preservando assim as
suas características .
, custo: relativamente ba ixo .
Características
• Utilidade: modelagem, decoração de vasos, potes, quadros. Custom i-
zação . Usado para fazer bonequ inhos, ímãs de geladeira e vários tipos
de enfeites.
• Cor e tipo: encontra-se no mercado a massa pronta, branca, que quan-
do seca tende a ficar transparente. Já encontramos à venda a massa de
biscuit em cores variadas. A massa pode ser fabricada em domicílio ou
em consultórios, e ser tingida em segu ida; além disso, pode-se tingir ª
Peça depois de modelada . É uma massa do tipo massinha de modelar
que, depois de seca, endurece como porcelana . Por isso é chamada de
Porcelana fria.
1
Consi stência : macia maleável e modelável, e pode end urecer no
m ,
ornento da moldagem .
31 o Te,·apia Ocupacional - Metodologia e Prát ica
· . ... .... .. ..... ···· · ·········· ··· ····· · · · ··· ·· · ·· ·· · ····· · · ··················· · ·········· · ·············· ·· ······ ·· ··· · · · ··· ··· ········ ···· .... ,
■ Durabilidade: para que a massa não resseque, deve sempre ser conser-
vada , protegida em um saco plástico e armazenada dentro de um pote
de plástico, mesmo quando estiver sendo usada . A massa pode du rar
quatro meses se estiver bem acond icionada em um saco e dentro de um
pote de plástico . Ressecada , perde sua consistência e, após secar, perde
sua utilidade.
■ Custo : relativamente alto .
Massa Epóxi
■ Setting ou instituição: consultórios, institu ições asilares, CAPS, ofici-
nas terapêuticas e de produção .
■ Clientela : jovens e adultos.
■ Habilidades: coordenação de movimentos finos, fo rça muscula r ade-
quada, rap idez e habilidade para manuseio com a massa, destreza .
■ Indicação terapêutica : desenvolvimento de habilidades motoras ma is
finas, criatividade, trabalhos praxite rapêuticos, área motora, lazer, tra-
balhos artísticos, desenvolvimento de aspectos musculares e força .
■ Contraindicação terapêutica : não é ind icada para crianças com idade
igual ou inferior a 1O anos . Cl ientes sem habilidades para a sua manu-
fatura devido a características da massa ou pela preparação para uso.
Cl ientes com comprometimentos de coordenação, de força muscular
e ou com alerg ias .
Características
■ Utilidade: colagens, selagens e soldagens dos ma is variados tipos de
materia is, como porcelana , concreto, vidro, cerâm ica , ferro , aço, latão,
bronze, alumínio, pedras, bijuterias etc.
Pode também ser utilizada na co nstrução civil para , por exemplo, au -
xil iar na fixação de portas, cabos, canos ou fios. Também pode ser usada
para preencher cavidades, além de ser ideal para colagens de cantos ou
quinas quebradas de pias ou escadas .
Usada intensamente pelo setor de artesanato em função de suas ca -
racteríst icas ún icas de flexibilidade, plasticidade, moldabilidade e tempo
de cura ideal para trabalhos artesanais.
. . , . S s dois com -
■ Cor e tipo : apresenta cor acinzentada apos a mistura . eu ,
. \mente ate
ponentes devem ser misturados em partes iguais e manua ' de
171
que a cor do produto fique uniforme (cinza mais claro e se traços
massa branca) .
. d o111ponen-
T1po massa epóxi biocomponente : massa em que um os e . . e
- , 1711nera1s,
tes da formulaçao e uma resina epóxi carregada com cargas m
0 outro é um endurecedor do tipo poliamida, também carregado co
cargas minerais .
Análises Prnnlas de M
. .. . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . .. . . alena1s e Ferramentas
..... .. .... .. · .... ·· 311
··· · ·· · · · ·
Cola Branca
1
Setting ou instituição: sem restrições de uso.
1 Clientela: não apresenta restrições .
1 Indicação terapêutica: para cl ientes de todas as idades, excetuando-
se os que apresentem alerg ias.
■ Habilidades: motoras.
• Contraindicação terapêutica : não apresenta .
Características
• Utilidade: a cola branca fo i desenvolvida visando, principalmente, ao
seu uso pelos estudantes e pelas secretárias. Sua principal utilidade é
de fixação, ou seja , serve para colar papel , papel-cartão, papelão, car-
tolinas, envelopes, selos e materiais porosos. Também é utilizada nas
misturas de fabricação de massas do tipo biscuit e papel machê.
• Cor e tipo: branca . Évend ida em potes de 250ml até 1L.
• Consistência : líqu ida e pastosa .
• Durabilidade: o produto não é inflamável. Éisento de substâncias no-
civas à saúde e, portanto, é atóxico . Para sua boa preservação, o ideal é
que o produto seja estocado entre 18º e 30ºC. Desde que mantidas as
cond ições indicadas, o produto possu i val idade de dois anos a partir da
data de sua fabricação .
1
Cu st0 : relativamente ba ixo
Tintas de Tecido
1
Setf . , ·
. mg ou instituição: consultórios, escolas, oficinas pedagog icas, pro-
• fissional izantes e terapêuticas, institu ições asilares e carcerárias e CAPS.
Clientela : jovens, adultos e idosos.
312 Terapia Ocupacional - Metodologia e Prát ica
·· · · ·· ··· · · ···· ·· ·· . . . . .. . ···· ·· ·· · · ··· · · ··· · · · ··· · · ·· ···· · ···· ·· · ···· · ·· · ·· · · · ···· · ·· · ···· ·· · ·· ·· ·· ·· ········ · ··· · ···· · · · ······ ··· ····· ·· ·
Características
• Utilidade: tintas desenvolvidas para tecidos de fibras natura is de algo-
dão não devem ser utilizadas sobre tecidos sintéticos ou engomados.
Além de pintar e ting ir tecidos, também é usada para colorir, pintar
e ting ir massa caseira de biscuit; além disso, pode ser usada de modo
informal em telas.
• Cor e tipo: é comercial izada em 63 cores foscas, 6 fluorescentes, 8
metál icas e 12 de glitter.
• Consistência : são tintas desenvolvidas para tecidos de fibras naturais
de algodão, não devendo ser utilizadas sobre tecidos sintéticos ou en -
gomados; são líqu idas, flu idas, trabalhadas com água e resistentes a
lavagens.
• Durabilidade: material de consumo , sua durabilidade possu i val idade.
• Custo : alto.
Características
• Ufüidade: ideal para pinturas em tela . Não é tóxica, tem secagem rá -
pida e é solúvel em água . Quando diluída com água, pode ser utilizada
An,iliscs Pronla ', ele tv1 t ,
...... . ...... ........ .. . . ..... .... ................... '1.. r:-_ri .11 _, e f crr ,i rncn l,t, 313
Tinta Guache
• Setting ou instituição: escolas, creches, hospitais, consultórios cl í-
nicas, oficinas pedagóg icas, institu ições asilares e carcerárias , CA~S e,
brinquedotecas.
• Clientela : crianças, jovens, adultos e idosos.
1
Habilidades: área motora, criatividade, senso exploratório de materiais.
, Indicação terapêutica : exploração de espaço, limite, coordenação
motora , criatividade, senso de estética , materiais praxiterapêuticos, tra -
balho com sucatas, percepção visual das cores.
• Contraindicação terapêutica : não apresenta contra ind icações .
Características
• Utilidade: trabalhos artísticos e escolares. Não é tóxica ; é solúvel em
água ; pode ser apl icada em papel , papel-cartão, cartol ina , gesso, ma-
deira , cerâmica , isopor e cortiça .
• Cor e tipo: é co mercial izada em estojos que podem conter 6 fra scos
plásticos com 15ml em cores variadas, 12 fra scos plásticos com 15ml
em cores variada s, al ém de 13 cores foscas e 6 cores com glitter. Potes
de 250ml.
• Consistência : grossa, viscosa , solúvel e não resistente à água .
• Durabilidade: alta , para estoque, quando não submetida a temperatu -
ras elevadas, pois perderá sua consistência.
• Custo: ba ixo .
Tinta a Dedo
• Setting ou instituição: escolas, creches, consultórios, hospita is,
brinquedoteca .
• Clientela : crianças e adolescentes.
·i 314 Terapia Ocupacional - Metodologia e Prát ica
j • •••••. • ••••.• ·········· · ············ · ······· ·· ··· · ················ ·· ·· · · · · ·· ······ · ·· · · · ·· · · · · ·· · · · ······ · · · · ·· ···· · ·· · ·· ·· •· ·· ············
Características
■ Utilidade: é o primeiro contato das crianças com a tinta . Pode ser apli-
cada com o dedo, pincel ou esponja , sobre papel, papel -cartão, carto-
lina e em telas.
■ Cor e tipo : é comercial izada em um estojo com 6 fra scos plásticos com
30ml em cores variadas.
■ Consistência : líqu ida oleosa , solúvel em água .
■ Durabilidade: alta .
■ Custo: ba ixo.
Papéis
Falaremos agora sobre papéis; antes, porém , é necessário um breve esclare-
cimento. Os papéis são fabricados com polpa de fibras e água . Apresentam
em suas composições cargas minera is, de acordo com sua final idade. Deve-se
prestar atenção a duas características do papel : gramatura e espessura .
■ Gramatura : peso, em gramas, med ido por metro quadrado de uma
folha de papel. Por isso, quando se pesqu isa o preço de um papel , ou
dependendo do uso que lhe será dado, deve-se cons iderar sua grama-
tura , especificando-a em g/m 2 .
■ Espessura : distância med ida entre uma face e outra do papel. Mesmo
com gramaturas igua is, os papéis podem apresentar diferentes espes-
suras, assim como rigidez, compressibilidade, porosidade e absorvência.
Em A3 eA4 .
Características
• Utilidade: trabalhos de pintura com lápis de cor, lápis de cera e tintas.
Colagens, recortes. Trabalhos artesana is e cartazes informativos. Desti-
nado também para capas de cadernos, livros, revistas, pastas e fichas .
1
Cor e tipo: cores das cartol inas: azul, branca, bronze, caná rio, cinza,
rosa e verde. Para os outros tipos (carmo, duplex, cartão), cores variadas
com diferentes matizes.
• Tipo cartolina : cores ocres básicas e esmaecidas. Éindicado para tra -
balhos escolares.
• Tipo dup/ex : papel-cartão duplex (marrom) não revestido. Por ser
calandrado, possu i bom desempenho em impressões. Utiliza celulose
não branqueada na frente e no verso e, assim, tem forte apelo eco-
lógico . Ind icado para embalagens de produtos cosméticos, farma -
cêuticos, vestuários e calçados .
1
t~
316 Te,-apia Ocupacional - Metodologia e Prática
·· ······ ····· ····· ········· ··· ·········· ··· ·· ······ ··· ··· ··· ···· ·· ····· ···· ···· ··········· ··············· ···· ··· ·········· ········· ·········
• Tipo carmo : folha em cor e dupla face, prensada , com larga utilização
para produtos artesanais, fabrico de ca ixas, apl iques e cartões.
■ Consistência : maleável , com diferentes gramaturas; encontrados ainda
grossos e endurecidos.
• Durabilidade: material de consumo .
• Custo: ba ixo .
Fitas Adesivas
• Setting ou instituição: sem restrição para uso.
• Clientela : crianças acima de 5 anos de idade, jovens, adultos e idosos.
• Habilidades: coordenação motora fina e grossa , equ ilíbrio muscular,
força muscular, limites .
• Indicação terapêutica : desenvolvimento de áreas motoras. Apl icação
para a área cogn it iva , área profissional , apl icação em processos praxite-
rapêuticos, criatividade e escolaridade.
• Contraindicação terapêutica : não apresenta contra ind icações apa -
rentes .
Características
• Utilidade: fechamento de embalagens, mascaramentos, fixações, pro-
teção, emendas, trabalhos escolares . Bordas, orlas, molduras para limi-
tação em trabalhos artesana is.
• Cor e tipo: existe atualmente uma infinidade de fitas adesivas: para
fitas-crepes, cor amarelada ou branca ; durex transparente, amarelado
ou branco; dupla face, transparente ou branca ; durex coloridos em azul,
amarelo, branco, verde ou vermelho .
• Fita -crepe : cor amarelada ou branca . Apresenta variação de tama-
nho, em rolos de 18 a 50mm . Papel crepado saturado, coberto com
adesivo à base de solvente, borracha e resinas sintéticas. Utilizado
para reforços, fixação de cartazes .
• Fita -crepe colorida : perfeita para uso escolar, porque suas diferentes
cores ajudam a identificação e o rolo é pequeno, fác il de transportar
com o material escolar.
• Fita dupla face : transparente ou de cor branca . Papel strong , cober-
to com adesivo à base de solvente borracha e resinas sintéticas em
1
manuais, fixação de cartazes, entre outros . Cola dos dois lados, per-
mitindo a un ião de duas superfícies de maneira prática e eficaz .
, Tipo empacotamento : ~apel ~tr~n_ g, coberto com adesivo à base de
solvente, borracha e resinas sintet1cas em ambos os lados, com liner
de papel siliconizado tratado . Fechamento de caixas de papelão, em -
balagens em geral, empacotamentos, emendas.
, Fita durex: transparente, amarelada , branca , azul , amarela, verde ou
vermelha . Fechamento de ca ixas de papelão, embalagens em geral,
empacotamentos, emendas, multiuso para escritório, casa ou escola .
, Fita mágica : a fita mágica desaparece no papel quando apl icada, e só
tem vantagens: não aparece em fotocópias, permite que se escreva
sobre ela , não amarela nem mela com o tempo, desenrola suavemen -
te e é ideal para escritórios (algumas marcas).
Características
1
Utilidade: fo i desenvolvida para trabalhos escolares e artesanais. Ideal
para atividades de desenvolvimento artístico, possu i exclusivo bico apl i-
cador que facilita a pintura, podendo ser usada com esponja ou pincel
sobre papel , papel -cartão, cartol ina, vidros, madeira , para fazer cola -
gens, contornos e decoração . Não é tóxica .
1
Cor e tipo: é comercial izada em estojo com 4 un idades de 23g ou em
5t
e ojo com 6 un idades de 23g , em cores variadas.
318
Tera pia Ocupac ional - Metodol ogia e Prát ica
· · ··· ····· ·· ·· ···· · ····· ·· ······ ·············· ··· · · · .... ·· · ···· ··· · ····················· · ·· ··· · ······
Análise de Ferramentas
········ ······ ···· ·· ··· ·········· ···· ·········· ·· ····························· ·············· ···· ····· ····
Giz
• Setting ou instituição: institu ições para crianças em geral e adoles-
centes. Restrições para algumas institu ições .
• Clientela : crianças, adolescentes e adultos.
• Habilidades: bom desempenho de coordenação motora fina e força
muscular.
• Indicação terapêutica : coordenação motora fina e treino muscular,
quando superadas as etapas neuromotoras.
• Contraindicação terapêutica : ind ivíduos que apresentem força rnus-
etirnento
cu 1ar descompensada, falta de coordenação motora, compram
de quadros respiratórios, hiperton ia, hiperatividade e alerg ias .
Características
· - de assuntos,
Ut1'l 1'd a d e: no quadro de giz adequado para exposIçao
•
. d .
bnnca , . • Usado tarn -
eiras com publico ou grupos escrita espontanea .
, - , h pode ser
bem no chao de superfícies variadas, para jogos e desen os .
utilizado com água sobre o papel.
Análises Prontas de Materiais e Ferramentas 319
··· ·········· ······ ······ ··· ····· ····· ········· ···· ··· · · · · · · ·· · · · ··· · · · · ·· · · · ··· · · · · · · · ···· ·· · · ··
, . de Grafite
LaP15
• setting ou instituição: sem restrição para uso.
1
Clientela: crianças acima de 4 anos de idade, jovens, adultos e idosos.
1
Habilidade: coordenação dinâm ica geral, aqu isição de limites, escrita ,
treinos, lateral idade, criatividade.
1
Indicação: coordenação motora, força muscular compensada , compor-
tamento adequado, atenção desenvolvida e área de interesse, cogn ição .
1 contraindicação: crianças com menos de 4 anos de idade para as
duas ferramentas . lncoordenação motora acentuada , força muscular
descompensada, ba ixa autoestima , hiperatividade, cl iente em surto
psicótico, distúrbio de comportamento .
Características
• Utilidade: desenhos, moldes, escrita espontânea , cópia, contornos, de-
ca lques e anotações .
■ Cor e tipo: ap resenta uma infin idade de cores em seu corpo de madei-
ra, sendo o grafite a co r neutra . Hoje em dia, existe uma infinidade de
tipos de lápis, com especificidades adequadas para cada quadro.
• Lápis de madeira, duro e inflexível: podem ser 6B, 5B, 4B, 3B e 2B,
apresentam traço grosso, escuro e bem macio, além de serem ind i-
cados para desenhos artísticos, sombreados e esboços em geral. As
graduações H, 2H , 3H , 4H , 5H e 6H têm traço fino, claro e duro, e são
utilizadas para desenhos técn icos.
• Tipo grafite : o grafite é uma das formas de apresentação do elemen-
to químico carbono . Conhecida como grafite, a mina corresponde
à parte interna do lápis, e é composta por uma mistura de arg ila
tratada (semelhante à usada na fabricação de cerâm icas) com grafite
moído.
• Tipo sextavado : apresentam corpo em forma de hexágono, são ma is
grossos e curtos . Utilizados para incoordenação motora .
• Tipo Fix Zone®: possu i área exclusiva para segurar, que proporciona
ma is conforto e controle, garantindo assim um melhor desempenho
em sua utilização .
320 Terap ia Ocupacional - Metodologia e Prát ica
...... . ... ......... . ........... . ....... . ..... ' ...................... ' .... ' .... .... ...... . ' ... ~ .......................... ......... . .
······· ···· ······
Caneta Esferográfica
■ Setting ou instituição: sem restri<;ão para uso.
■ Clientela : crianças acima de 7 anos de idade, jovens, adultos e idosos.
■ Habilidade: concentração e atenção estab ilizadas, coordenação e força
muscular adequada , cogn itivo atuante.
■ Indicação: restrita para crianças acima de 7 anos de idade. Coorde-
nação manual e força muscular reçJularizada . Trabalhos específicos na
área de organ ização espacial (lateral idade) e de estímulo ao processo
de aprend izagem .
■ Contraindicação: crianças menores de 7 anos de idade, incoordena-
ção motora, força muscular descompensada, crianças portadoras de
espasmos musculares, hiperatividade, pacientes em surto psicótico, dis-
túrbio de comportamento .
Características
• Utilidade: sua apl icação é restrita para crianças em fase de desenvolvi-
mento motor. Desenho, escrita espontânea , cópia, decalque e contorno.
• Cores e tipos: atualmente existe urna infin idade de tipos diferentes, de
tamanhos, grossuras e espécies. Suas cores ma is comuns são azul, verme-
lha, preta e verde; em outra instância, cores variadas em tons e matizes.
• Consistência : dura, sem flexibil idade, assim como sua ponta , que apre-
senta uma esfera no bico projetado para a escrita . A dificuldade na escri-
ta consiste na postura ou no modo como se pega a caneta .
• Durabilidade: depende do usuário e do produto, embora seja conside-
rado material de consumo .
. d dendo da
• Custo : baixo, para as marcas mais populares; ou alto, epen
marca e do material.
Giz de Cera
• Setting ou instituição: sem restri<;ões para uso.
fl
Análises Prontas de Materiais e F
.. . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . erramentas 321
····· ••' · · ·· · ··•·· · ··· · · · ···· · · · ···· · ····· · ····· · · · •····•·
Características
• Utilidade: pinturas livres, em qualquer superfície, e sem detalhamentos,
com limites ma is abrangentes. Usado para várias técn icas. Por exemplo,
com fogo, para trabalhos de pintura de longa duração, para detalhes
sobre tinta guache, figura -fundo , sombreado com guache, raspagem
etc. É ideal para a pré-escola e para trabalhos escolares diversos. É ana-
tôm ico, atóxico, fabricado com ceras de alta qualidade. Proporciona
traço macio e cobertura de grandes áreas sem esforço. É ideal para de-
senhar, escrever e pintar sobre papel, cartol ina, papel-cartão e também
para trabalhos com acabamento artístico .
• Cores e tipo: tipo estaca , tijol inho, pequeno ou fino e curto .
• Giz de cera : é comercial izado em um estojo com 6 e 12 unidades de
cores variadas.
• Big giz de cera : é comercial izado em um estojo com 6 e 12 unidades
de cores variadas .
• Giz de cera curto : é comercial izado em um estojo com 15 un idades
de cores variadas .
• Consistência : consistência endurecida, embora maleável e flexível , por
conter cera na sua fabricação . O tipo fino é pouco consistente, o que o
torna quebrad iço .
• Durabilidade: alta . Apesar de, em alguns casos, a consistência torná -
los quebrad iços, isso não inval ida a sua utilidade.
• Custo: ba ixo.
Caneta Hidrográfica
• Setting ou instituição: sem restrição para uso.
1
Clientela : crianças acima de 8 anos de idade, jovens, adultos e idosos.
322 Terapia Ocupacional - Metodologia e Prática
········ ········ ·· · ·· ····································· ·· ·· ······················· ·· ·······
Características
• Utilidade: moldes, cópias, contornos, detalhamentos, acabamento
fino, decalques e, no espelho, para pequenos desenhos.
• Tipos e cores: finos, grandes e pequenos. Hoje em dia, com a tecnolo-
gia, há os ma is variados tipos:
• Hidrográfica Colour Grip: exclusivas esferas antidesl izantes, as quais
proporcionam ma ior conforto e firmeza . Perfil triangu lar que facilita
a pega .
• Hidrográficas regulares .
• Hidrográficas Lig Lig: exclusiva tampa que conecta uma hidrográfica a
outra . Estimula a criatividade e fac ilita a organ ização.
• Hidrográficas Jumbo : corpo com ma ior diâmetro que facilita a pega .
É ideal para a pré-escola . Ponta grossa que perm ite dois tipos de
traço.
• Hidrográfica bicolor: apresenta duas cores no mesmo produto. Éco-
mercial izada em estojos de 6, 12 ou 24 cores.
■ Consistência : corpo duro e inflexível; apresenta ponta de trabalho po-
rosa e macia, durável e com fixação adequada . A frag ·I·d
, 1 ade do material
consiste no uso inadequado da ponta macia.
.. t tinta possui
■ Durabilidade: ba ixa cond ição de durabilidade. Por con er '
, . .. . - sua ponta
caractenstIcas de volatil1dade e facilmente causa frustraçao .
. . 1 sem uso.
Lápis de Cor
• Setting ou instituição: sem restrições para uso. . d J·ovens
. os de ,da e,
• Clientela : sem restrições. Crianças com mais de 7 an
e adultos .
tf# ·~
Características
• Utilidade: todas as superfícies lisas, trabalhando com coordenação
dinâm ica das mãos. Desenho, cópia, decalque, contorno, pinturas, ad-
qu irir limites . É usado de modo ma is adequado após o uso do giz de
cera ; organ ização espacial e cores . Os tipos sextavados e curtos são 05
ma is ind icados em caso de dificuldades motoras.
■ Tipos e cores: finos , grossos, pequenos e grandes. Atualmente, com a
tecnolog ia desenvolvida , oferece uma infinidade de tipos e cores.
• Lápis de cor Colour Grip : exclusivas esferas antidesl izantes, as quais
proporcionam ma ior conforto e firmeza . Perfil triangular que facilita
a pega .
• Lápis de cor sextavado : formato sextavado que não rola na mesa .
• Lápis de cor triangular: formato triangular que facilita a pega .
• Lápis de cor jumbo : mina macia, ma is grossa e resistente. Diâmetro
ma ior, ideal para uso na pré-escola . 3/4 do comprimento normal,
o que facilita o uso . Formatos sextavado e triangular. Acabamento
decorado e envern izado .
• Lápis de cor bicolor: praticidade e total aproveitamento de cada cor.
• Lápis de cor aquarelável: com apl icação de água sobre a pintura . Co-
loridos, são comercial izados em ca ixas de 6, 12 , 36 e 48 cores .
• Consistência : dura e inflexível . Ponta quebrad iça . Por utilizarmos apon-
tadores para refazer a ponta , assume com o tempo outro tamanho,
mod ificando o trabalho do uso no processo de coordenação .
• Durabilidade: excelente aspecto de durabilidade quando bem usado e
de boa qual idade.
1
Custo: todos os tipos de preço .
Pincel
1
Setting ou instituição: sem restrições à ferramenta , usado de aco rd0
com O material adequado à institu ição .
'7
Características
• Utilidade: apl icação de tinta ou pintura . Em geral , são produzidas pela
fixação dos pelos ao cabo por uma cinta metál ica . Para superfícies lisas,
trabalhando com coordenação dinâm ica das mãos. Desenho, cópia,
decalque, contorno, pinturas, adqu irir limites . Apresenta, hoje em dia,
uma infin idade de tipos, com diversificação na sua utilização, para telas,
paredes, superfícies diversas .
• Tipos e cores: finos, grossos, pequenos, grandes. Atualmente, com a
tecnolog ia desenvolvida , temos uma infinidade de tipos e cores .
• Redondo : cerdas longas, arranjadas de modo compacto, retêm mais
t inta do que outros pincéis do mesmo tamanho, mas de formato
diferente . Muitos artistas o preferem para colorir grandes áreas. Para
trabalhos de coordenação não são ind icados:
- pincel redondo : cerda preta e cabo vermelho;
- para os pincéis, mesmo os redondos, o segredo está na composição
das cerdas;
- pincel redondo : cerda suína gris, cabo de madeira em cor natural;
- pincel redondo escolar: cerdas pretas e cabo vermelho.
• Chato : espalha melhor a tinta . Em virtude de sua constituição, apre-
senta -se melhor nas mãos dos clientes.
- pincel achatado: ideal para pintura em telas; ,
. ,. h so domes-
pinceis ac atados que variam do número 1 ao 30, para u
tico;
. . r natural;
pincel achatado : cerda suína gris cabo de madeira em co ,.
, · ceIs
. E es pIn
pincel achatado : cerdas brancas e cabo amarelo. ss
variam do número 1 ao 30, para uso doméstico. .
b ·h ern12ado.
roxm a: cerda su!na preta, cabo de madeira natural env
Análises Prontas de Malcna1s e FerrJmcntas 32 5
··· ·· ·· · ···· ·· ·· · · · ·· ·· ··· ··· · ·· · ··· · ··· · ··· · · ···· ·· ···· ········ ······ ·· ·· ····· ···· · · •· ·· · ·· ·• · ··· ·
····· , ,,
Tesoura
■ Setting ou instituição: é uma ferramenta que requer uma série de
cu idados nos settings e nas institu ições . Podem ser usadas livremen-
te em creches e escolas . Nos consultórios, são utilizadas sob cu idados;
em hospita is e em institu ições asilares, sob responsabilidade. Em insti-
tu ições carcerárias, mesmo as tesouras de pontas arredondadas devem
receber atenção especial.
■ Clientela: devido à variedade de tipos, as ind icações para cl ientela
variam de acordo com o tipo de ferramenta . A tesoura de corte, peque-
na e de pontas arredondada s costuma ser a melhor ind icação . Crianças,
jovens, adultos e idosos.
• Habilidade: coordenação motora fina e grossa apropriada , força mus-
cular equ ilibrada, área de interesse, atenção e concentração . Lazer,
autonom ia e independência.
• Indicação terapêutica : trabalhos de coordenação, aqu isição de força
muscular e equ ilíbrio, organ ização espacial , limite.
• Contraindicação: pacientes em surto psicótico, ag itação psicomotora ,
agressividade. População carcerária, em grupo, grupos de transtornos
menta is, sem a devida atenção terapêutica .
Características
• Utilidade: execução de cortes diversos, nas ma is variadas superfícies.
hr
326 Terapia Ocupacional - Metodologia e Prática
... ........ ··············· ···· ······ ····· ····· ······ ·· · ··· ····· ·· ··· · ···················· ············ ·· · ····· ······· ········· ·· ·· ····
l
Capítulo 13
Glossário
··································· ······················· ····· ·············· ··· ·············· ····· ··· ··· ·· ··································· ·· ··········· ·· ·•·········· ··· ··•···• · ···········
A
···· ····· ·· ······ ··················· ··· ···· ····· ········· ······ ······ ···· ···· ··· ··· ·· ····· ···· ·· ······· ··
Abordagem : ato de abordar; aproximação de uma pessoa pa ra dirigir-lhe a
palavra.
Acometer: arremeter; acometer com ímpeto.
Adaptação: ato de acomodação; ajuste; harmonia.
Afasia : alteração da linguagem por perda ou alteração mnemôn ica .
Afeto: qualidade e tônus emocional que acompanham uma ideia.
Agilidade: capacidade de reag ir de forma ráp ida e com destreza, atendendo
adequadamente às atribu ições tempora is.
Agitação : perda do controle, inqu ietação psicomotora .
Agnosia : perda total ou parcial da faculdade de reconhecer os estímulos
sensoriais.
Alteração : quadro comportamental sem confirmação orgân ica .
Alucinação: distorção da percepção sensorial; percepção de um objeto sem
que esteja presente.
Ambivalência : existência simultânea de tendências e posturas contrad itórias :
querer e não querer, simpatizar e antipatizar, rir e não rir.
Amnésia : perda total ou parcial da memória.
Análise: decomposição como um todo dos elementos constitutivos; exame,
investigação.
Análise de atividade: decomposição dos elementos da atividade que qua-
l1f1cam a ação .
B ····•• '
·· ······· · ···· ··· · ················ · ························· · ······· · ····· · ············· ·· ···· ····
Boderline : quadro de saúde mental limítrofe entre psicose e normalidade.
· rir
Bulimia : distúrbio psíquico que se expressa em desejo incontrolável de inge
• cados pelo A •
e
·· ········· ·· ···· ············· ·· ····· ··· ······················· ···· ····· ··········
Cefaleia : dor de cabeça .
. ., d agarnento
Cliente : 1nci1v1duo qu e se vale dos serviços de saúde em troca e P
pelos serviços prestados.
Glossário 329
.... ····· · ··· ······ ···· ········ ··· ········· ······· ···· ·· ····· ···· ···· · ···· · ··· · · ······· · · ············· ··· ··· •· ·· ··
D
·· ·········· ···· ···· · ····································································
Deficiência : insuficiência qual itativa ou quantitativa ; carência.
Deficiência mental : quadro psicopatológ ico com características de insufi-
ciência psicomotora e intelectiva no qual o ind ivíduo apresenta déficit percep-
tocognitivo e sensoriomotor.
Déficit: aqu ilo que falta , relativo a cond ições leves de deficiência mental e/ou
casos leves de dificuldade de aprend izagem; con siderar insuficiência motora,
sensorial e/ou perceptiva .
Delírio: perturbações das faculdades de ju ízo menta is relacionada s às altera-
ções intelectua is ou transtornos menta is.
Descoordenado: falta de coordenação, falta de sincron ia.
Desejo: vontade de real izar ou possu ir; querer; cobiça , desígn io, intenção,
pulsão; anseio, aspiração, apetite sexual; na área de saúde, refere-se ao inte-
resse do sujeito e às suas relações interpessoa is.
Desenvolvimento: crescimento, progresso, incremento.
Desvio : mudança de direção; alteração nos padrões norma is ou habitua is;
relativo a quadros de disfuncional idade.
Diagnóstico: identificação ou reconhecimento de uma doença ou sintoma .
Dificuldade: qual idade do que é difícil, relativo a todos os quadros ocupacio-
na is, motores, menta is, entre outros.
Dinâmica : movimento que estimula e faz com que algo aconteça ou evolua;
produção de trabalhos dirigidos em grupo ou ind ividualmente.
Disartria : dificuldade de articular as palavras e desempenhar as funções da
mandíbula .
Disártrico: ind ivíduo portador de disartria.
Discurso: exposição de ideias em linguagem verbal ou não verbal ; exposição
organ izada sobre um assunto.
Disfonia : ausência da fala aud ível ; rouqu idão.
Disfunção: alteração parcial ou total de uma função .
Disfuncional : qual idade de alteração de função de uma da área .
Dislalia : troca fonética , comum em crianças .
-o· sequea 1
L crd
··········· ······ ·· ··•··· ················· ·• ···· Glossi.Íno 331
···· ·· ··· ····· ··· •··· · · · ·•·· · ···
············· ·
···· ·····: . repetiçã o de palavras ou frases ouvidas.
fco 1 ª''ª·
. r ato de repetir. .
Ecolahza . . • . . . . , .
. eira 1nstanc1a do 1nconsc1ente, relativo a Psicanálise
o priíl1 .
Eg · brecido: relat ivo à perda de qualidades nos valores ou conteu' d d
Efl'lPº os as
tencial idades.
;~caminhament~: direcionamento. do p'.oced imento terapêutico; condu -
- ra a real izaçao de exames; real izar orientar.
çao pa
Enurese: falta de controle do esfíncter urinário, pode ser noturna ou diurna.
Epilepsia: patolog ia neurológ ica não contagiosa, man ifestada por crises psi-
comotoras com convulsões e perda dos sentidos.
Esfíncteres: controladores orgân icos da excreção de urina e fezes.
Espasmo: movimento involuntário e incontrolável da musculatura.
Espástico: aumento do tônus muscular ou hipertrofia da musculatura.
Esquema corporal : representação mental do corpo humano.
Estabilidade: qualidade do que é estável; equ ilíbrio, firmeza .
Estereotipia: reprodução de movimentos repetitivos no corpo fo ra de
contexto.
Estereótipo: ato de reproduzir estereotipia; generalização a partir de carac-
terísticas comuns.
Estrabismo: dificuldade visual decorrente da falta de simetria no posiciona-
mento das pupilas.
Estudo genético: pesqu isa das unidades biológ icas que contêm os modelos
hereditários para o desenvolvimento de um ser.
Etapa: fase, relativo ao desenvolvimento ou à anál ise de atividades.
Etilismo: vício em bebidas alcoólicas.
Etilista: termo que designa o usuá rio de bebidas alcoólicas.
Expressão corporal: capacidade de expressar-se corporalmente de acordo
com diferentes estados de ân imo (alegria, tristeza, cansaço etc.).
Externalização: ato de externar, exteriorizar; ato de botar para fora .
Extroversão: facilidade de manter contato ou adaptar-se com o exterior,
sejam pessoas ou mundo; qualidade do pé para fora do paralítico cerebral.
Extrovertido: qualidade de quem possu i facilidade para man ifestar-se em
relação a tudo .
F
············· ················ ·· ··· ·············· ·· ···· ····· ···· ······ ···· ······ ·· ·····
·····
Ferran, .• . .
. . enta . instrumento; qualquer instrumento rnado pelo homem que es-
Pec1aliza as - (
maos ou outras partes do corpo) ou mov1men os corporais.
· t ·
-
332 Terapia Ocupacional - Metodologia e Prática
··· ·• ·· · ·· · · · ········ ·· · ····· ·· ·········· · ··· · ··· · · ····· ·· · ····· ········ ····· ··· ·· · ············ · ················ ···· ···· ··· · ········ ... ,,
······
G
Genética : parte da biolog ia que estuda o fenômeno da hered itariedade e da
variação dos seres vivos.
Genético: que diz respeito a gênese; rel at ivo à origem dos seres.
H
Habilitar: tornar apto, autorizar; tornar-se eficiente e hábil.
Hábito: costume; ação repetida que leva à prática e ao conhecimento.
Herança : no âmbito da genética , tudo aqu i que está relacionado com a he-
red itariedade .
Herança genética : aqu ilo que é transm itido por meio de genes.
Hereditariedade: qual idade do que é hered itário; sucessão.
Hiperatividade: alteração da qual idade do comportamento caracterizado
por comprometimento acima do normal, relativo à área de atenção e/ou con -
centração e à ag itação motora .
Hipertonia: relacionado ao tônus muscular, com alteração acima do normal;
enrijecimento muscular.
Hipotonia : relacionado ao tônus muscular, com alteração aba ixo do normal;
flacidez.
Hipóxia : diminu ição da oxigenação no cérebro .
Humor: definido como o tônus afetivo ou o estado emocional em um deter-
minado momento.
I ·······
········· ··· ···· ·· ···· ········· ···· ······························· ············· ···· ··· ···· ····
ld : Segunda instância do inconsciente relativo à Psicanál ise. I
vt
Glosscíno 333
,.,,
,, . ·················· .. ......... , , , ... ·· · ·· · ··· ·•····· ······ · ·
L
Lateralidade: capacidade de estabelecer dom inância homolateral de mão,
olho e pé.
Limite: linha de demarcação, divisa ou fronteira , que não se devem ultrapas-
sar ou que se devem apropriar-se.
Limítrofe: quadro mental caracterizado por déficit de aprend izagem ; está
relacionado com a área de excepcional idade.
Logorreia : estado em que o sujeito fala de forma desconexa , contínua e
muito rápida .
Logorreica: qualidade da pessoa com logorreia.
M
········. ··········· ............... ... . ········· .... ······· ······· ··········· ·
Mania : transtorno mental caracterizado por intensa excitação psíqu ica ; ativi-
dade constante, euforia .
334 Terapia Ocupacional - Metodologia e Prática
···· · · •···· · ·· ····· · ··· · · · · ·· · ···· · ················· · ··· ·· ·· · ········ · ·· · ···················· · · · ····· · ··· ····· · ·· ·····•··· ·· · ·· ·········
N ······ ··••'
··· ··· ···· ················· ··· ········· ············· ····· ·· ·· ····· · ··· · ·· ·· ··· ··· ·· ···· ·
Necessidade: que é necessário, que não pode faltar; algo ind ispensável.
Nistagmo: movimentos involuntários do globo ocular.
o
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Ob' · . blerna; P
Jeto concreto: correspondente ao termo grego ob1ectus, pro . ão
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ematizaçao do suJe1to concretizada na atividade; resultado ª rn
... ..... ..... .. ... ... .. ' .... .... .. . . ' ...... . . ... G lo ssário 335
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Paciente : pessoa , numa cond ição pass iva , sob cu idados em saúde.
Paralisado cerebral : quadro de lesão cerebral , com comprometimento motor
e mental.
Paranoia : distúrbio psíqu ico caracterizado por ideias f ixas, geralmente de
persegu ição .
Pautas autistas : quadros comportamenta is caracterizados por compromet i-
mento relacional com o mundo real , isolados ou associados a outros quadros
patológ icos .
Pautas psicóticas : quadros caracterizados por d istúrb ios orgân icos ou emo-
ciona is, passíveis de gerar desorgan ização quanto à adequação social e à per-
sonal idade.
Pé equino: cond ição funcional do pé de atrofia do tendão calcâneo ; o ind iví-
duo se mantém nas pontas dos pés .
Pedagogia : estudo teórico e prático das questões relativas à educação .
P~rcepção : capacidade de organizar e compreender a interação de informa -
çoes sensoriais .
Potencial: relativo à potência ; termo usado para defin ir um quadro res idual
do cl iente atend ido .
Pr: preposto, relativo ao cl iente.
Preestabelecido: informações previamente estabelecidas.
Priming : método de apl icação relativo ao processo de memorização .
Primitivo: rud imentar, inicial , relativo ao quadro apresentado.
Prioridade: qual idade de ordem para uma co isa que é posta em primeiro
lugar.
Processo : segu imento; série de atividades sequenciais real izadas pelo cl iente
que servem de leitura na Terapia Ocupacional.
Prognóstico: parecer do profissional e previsão do tempo de tratamento;
que sugere acontecimentos futuros .
Propriocepção: percepção de si mesmo; con sciência trid imens ional de posi-
cionamento no tempo e no espaço .
Prótese: subst itu ição de um órgão ou parte dele por uma peça artif icial.
Protetizar: ato de apl icar terapeuticamente uma prótese num ind ivíduo .
Psicologia : ciência que estuda a vida mental, suas leis e relações, relativo a
comportamento e ação .
Psicomotor: área que se refere à integração entre os âmb itos emocional e
motor.
Psicomotricidade: estudo científ ico e uso de técn icas de intervenção nas
áreas emociona is e motoras .
Psicopedagogia : formação da ps iquê al iada à pedagog ia.
Psicótico : estado de transtorno mental relac ionado a quadro de estrutura
emocional e dificuldade de relação com o meio social.
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Raciocinar: fazer uso da razão a f im de t irar conclusões; chegar a conclusões
e/ou soluções .
Raciocínio lógico : ocupação do espírito ou da mente para chegar a conclu -
sões coerentes; pensamento reflexivo .
Reabilitar: tornar hábil; agir na recuperação de habilidades e capacidades .
Reconhecer: identificar (pessoas, objetos, lugares) como conhec ido anterior-
mente.
Regras : aquilo que rege, regula ou governa; que orienta a agir em deterrni-
nado caso .
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Resistência : diz-se da capacidade de tolerância ; atitude do cliente durante
processo terapêutico ou de transformação .
Ritmo : capacidade de perceber e reproduzir estruturas cadenciais simples e/
ou complexas .
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Usuário: quem faz uso de um sistema de prestação de serviços; quem usa ou
desfruta de algo habitualmente; quem faz uso de substâncias químicas .
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Verbalização : capacidade de compreender ordens e regras, e de expressar
oralmente pensamentos e sentimentos.
Vício : apego extremo e compulsivo a algo que prejud ica a vida social e/ou
profissional de uma pessoa .
Vontade: faculdade de livre escolha dos atos a serem praticados pelo ind ivíduo.
Voz de comando: ind icação de ordem ou orientação dada por meio da voz .