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P2 - Antiinflamatórios não esteroidais

quarta-feira, 8 de maio de 2019 09:52

• MECANISMO DE AÇÃO: bloqueio competitivo com o ácido araquidônico


na ligação com a COX-1 e a COX-2, logo não há produção de tromboxanos
(agregadores de plaquetas) nem de prostaglandinas

• EFEITO ANALGÉSICO: porque há inibição de prostaglandinas, sem elas


não há abertura dos canais de sódio dos nociceptores, logo não há
sensibilização

EFEITO ANTIPIRÉTICO: reduz febre, porque sem COX-2 não há produção de


prostaglandinas e sem a PGE2 não há redução da frequência de disparo de
PA dos neurônios sensíveis à calor do hipotálamo

EFEITO ANTIINFLAMATÓRIO: porque com a inibição das COX não há


produção de prostaglandinas, logo não há vasodilatação nem aumento da
permeabilidade vascular

-> os antiinflamatórios não esteroidais não têm efeito sobre a migração


celular, pois inibem apenas a COX-1 e a COX-2, não tendo nenhum efeito
sobre neutrófilos, adesinas e macrófagos (responsáveis pela migração
celular)

DROGAS
• Aspirina: ou ácido acetilsalicílico (AAS), proibido na veterinária
• Carprofeno: analgesia pós operatória
• Deracoxib: seletivo para COX-2
• Dipirona: melhor analgésico e antipirético do que antiinflamatório
• Fenilbutazona: muito usado para equinos
• Cetoprofeno: bom antiinflamatório, bom antipirético e bom analgésico
• Paracetamol: proibido na veterinária, altamente hepatotóxico porque se complexa com a glutationa no fígado, inviabilizando -a, a glutationa é
finita

EFEITOS COLATERAIS - ULCERAÇÃO GÁSTRICA

• Porque as células enterocromafins (mastócitos modificados) liberam histamina para se ligar aos receptores de proteína G estimulatório
(PGs) de histamina (H2) nas células parietais do estômago. Uma vez ligada, a histamina à estes receptores, é produzido adenilato ciclase,
que converte ATP em AMPc que estimula a bomba de potássio (K+) e hidrogênio (H+). Então entra potássio na célula e sai íon hidrogênio,
o íon hidrogênio na luz do intestino será componente do ácido gástrico (HCl). Logo, a histamina estimula a produção do ácido gástrico

• Para controlar a acidez gástrica, há o caminho inibitório, que é feito pelas prostaglandinas, especificamente a PGE2 que estimula a
produção de muco para proteger a parede gástrica do ácido gástrico e também inibe a bomba de potássio e hidrogênio via proteína G
inibitória (PGi), logo diminui a produção de ácido gástrico. Portanto, as prostaglandinas são protetores gástricos.

• Com o uso de antiinflamatórios não esteroidais há a inibição das COX e consequentemente das prostaglandinas responsáveis pela
produção de muco e pela redução da acidez estomacal, o que causa ulceração e acidez estomacal.

QUE MEDICAMENTOS UTILIZAR PARA EVITAR A ULCERAÇÃO POR ANTIINFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAIS?

• Antagonistas histamínicos (H2) como a Ranitidina. Antagonizando a histamina não há estímulo para a produção de ácido gástrico
• Bloqueadores de bomba de hidrogênio (H+) como o Omeprazol, pois sem o hidrogênio não há produção de ácido gástrico pelas células
parietais
• Agonista de prostaglandinas como o misoprostol (Citotec), vai "ajudar" as prostaglandinas à produzirem muco e inibirem a bomba de
hidrogênio
• Seletivos para COX-2 como o Mavacoxibe

EFEITOS COLATERAIS - BLOQUEIO DA AGREGAÇÃO PLAQUETÁRIA


• Com a inibição da COX-1 por AI não esteroidais, não há a formação de tromboxanos, que estimulam a agregação plaquetária, por isso a

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• Com a inibição da COX-1 por AI não esteroidais, não há a formação de tromboxanos, que estimulam a agregação plaquetária, por isso a
aspirina (AAS) é usada como anticoagulante
• A aspirina deacetila a COX-1 irreversivelmente nas plaquetas porque as plaquetas são anucleadas, logo são incapazes de sintetizar mais
COX-1
• Células nucleadas também têm COX-1 bloqueadas irreversivelmente mas elas são capazes de gerar novas COX-1

EFEITOS COLATERAIS - INIBIÇÃO DA FUNÇÃO RENAL MEDIADA POR PROSTAGLANDINAS


• A PGE2 é responsável pela vasodilatação renal, com a inibição da COX-2 não há formação de PGE2, logo há vasoconstrição nos vasos do
rim e consequentemente insuficiência renal

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