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Marcella Hani - TXXI

Cardiologia – OBS: Na dúvida considerar TV => pois aplicar medicação de TSV em


paciente com TV , por exemplo verapamil pode levar ao obito.

Taquicardia ventricular - Localização do foco da taquicardia :


o TVS padrão BDR: foco no ventriculo E ;
- Taquicardia ventricular é definida como FC>100 em um ritmo o TVS padrão BDE: foco no ventriculo D ou septo interventricular.
taquicárdico originário do ventrículo – o foco pode ser o próprio
miocárdio ventricular ou o sistema His-Purkinje. - Mecanismo eletrofisiológico: Através de um circuito de reentrada
- Importância: alto potencial de degeneração para FV -fibrilação que se desenvolve no miocárdio ventricular, por dois mecanismos:
ventricular= morte súbita, e TVSP com PCR. a) condução lenta de miocárdio isquêmico ou doente
- Mecanismo: pode ser a reentrada (responsável pela maioria dos b) dispersão ou heterogeneidade dos periodos refratarios
casos) ou hiperautomatismo, incluindo a “atividade deflagrada”, no qual
um foco ectópico ventricular transmite o impulso miócito a miócito. - Etiologia:
- ECG: QRS- alargado e de morfologia aberrante. o Pós infarto: é a mais comum,
o Fase aguda do infarto, primeiras 48 horas
TV MONOMÓRFICA SUSTENTADA (TVMS) o Cardiomiopatia dilatas e hipertróficas e valvulopatias
- TVMS- FC >100bpm, monomórfica pois tem uma forma, foco o Ramo a ramo: padrao BRE tipico
ventricular, sustentado ( duração > 30s, causa ‘’instabilidade’’). o Displasia arritmogenica de VD - padrao BRE tipico, eixo desviado
para a direita.
o Intoxicação por cocaína: propriiedade bloqueadora dos canais de
sódioe de potássio, aumentando o intervalo QT.
o Idiopática ou benigna- adultos jovens, representada por duas
síndromes:

- Trato de Saída do VD: foco de “atividade deflagrada” por pós-


potenciais tardios (cálcio-dependente) localizado na região septal do
trato de saída do VD. A morfologia do QRS durante a taquicardia tem o
padrão BRE-símile e um eixo desviado para direita.

- Taquicardia Ventricular Fascicular: foco localizado na região


COMO DIFERENCIAR UMA TVSP X TVMS COM ínfero-apical do ventrículo esquerdo. Manifesta-se como episódios
ABERRÂNCIA esporádicos e sintomáticos de TVMS, com padrão BRDsímile e eixo
desviado para esquerda.
- Se eu ver um QRS alargado e aberrante devo analisar o critério.
- Clinica: TVMS 170 bpm geralmente se manifestam com
“instabilidade hemodinâmica devido a relação do aumento da FC com
função ventricular e coronariana.
- - Sintomas: síncope, pré-síncope, hipotensão sintomática, angina de
peito ou dispneia por congestão pulmonar.

- Tto:
TV: AGUDO
- TV sem padrão de BRD nem BRE – complexos monofásicos a) instável: Cardioversão Elétrica Sincronizada, 100 J + antiarrítmico
positivos (ou negativos) de V1 a V6. - prevenção de recidivas.
- TV com padrão BRD – a presença de complexos monofásicos ou b) estável- antiarrítmico - Se acaso primeiras 48 h pós IAM
bifásicos em V1 ou R < S em V6.
- TV com padrão BRE – onda R > 40ms ou rS > 70ms ou incisura na
porção descendente da onda S de V1.
-Se acaso intoxicação por cocaína
TVS com aberrância: típica de bloqueio de ramo, não há dissociação
AV ( não há onda P sinusal dissociado de QRS).
- TSV com BRD – rsR’ em V1 e Rs (R > s) em V6.
- TSV com BRE – rS em V1, sem incisura e medida do início da r ao
nadir da S < 70ms.
- Se acaso TV idiopática benigna-
iniciar amiodarona para reverter
TVMS – BRD e TVMS – BRE TSV – BRD e TSV –
inicialmente- confirmar o DX e depois
BRE iniciar o tto indicado.

CRÔNICO
a) Cardiodesfibrilador implantável: implantado percutâneo no VD,
reconhece um ritmo chocável FV TV e aplica um choque automático.
Indicação: TVMS em cardiopatia estrutural, COM instabilidade, FE
<40%.

b) Antiarritmico- amiodarona ou solatol;


Indicação: TVMS em cardiopatia estrutural, COM instabilidade, FE
<40%.
Indicação: TVMS em cardiopatia estrutural, SEM instabilidade, FE
<40%.

c) Ablação por radiofrequência


Indicação: TVMS ramo a ramo e idiopática benigna.
Marcella Hani - TXXI

TV POLIMÓRFICA SUSTENTADA (TVPS) o Medicamento pode inibir os canais de potássio, aumentando o


intervalo QT: antiarrítmicos grupo IA ( quinidina e procainamida) e III
- TVPS- taquicardia FC > 100bpm, QRS com várias formas = (solatol, ibutilida), tricíclicos, cocaína, haloperidol, etc...
polimórfica, sustentado ( duração > 30s, causa ‘’instabilidade’’). o Distúrbios hidroeletrolíticos
o Bradiarritmias malignas.

- DX:
o Morfologia típica: ondas T modificadas amplas largas negativas e
bifásicas.
o Cálculo de QTc
Medir o 1º intervalo QT , considere como parâmetro 1 quadrarinho =
0,04s; 11 quadrarinhos = 0,44s e 12 quadradinhos = 0,48s.
1- QT corrigido QTc = QT/ RR
2- QT corrigido > 0,45s = TVP torsades de pointes.
3- Anamnese: pessoas jovens, analisar histórico de uso de
TV POLIMÓRFICA COM INTERVALO QT NORMAL medicamentos que causam QT longo, historia familiar + e presença de
surdez.
- ECG em ritmo sinusal não apresenta intervalo QT longo.
- TTO:
o Instabilidade => Desfibrilação Elétrica (dessincronizada),
começando com 200 J + sulfato de magnésio, mesmo na ausência de
hipomagnesemia, dose de 2 g IV, em 2min. Repetir a dose após 15min

- TTO auxiliar:
o se FC < 80 bpm => marca-passo provisório transvenoso,
- Etiologia: isquemia miocárdica aguda grave; ou a forma familiar mantendo-se uma frequência em torno de 90 bpm
que é a TVP catecolainérgica, relação com exercício físico e estresse o reposição de potássio, mesmo nos normocalêmicos,
emocional, em indivíduos sem cardiopatia estrutural. o administração de antiarrítmicos do grupo IB (lidocaína ou
- Mecanismo: reentrada no miocárdio ventricular isquêmico.
fenitoína), pelo seu efeito redutor do intervalo QT
- Importância: degeneração para FV.
o suspensão da droga culpada é medida fundamental.
- TTO:
o Se síndrome do QT longo congênita=> uso de betabloqueadores,
a) Se causa isquêmica => desfibrilação elétrica não sincronizada
200J + prevenção de recidivas com amiodarona, coronariografia para se refratário => cirurgia de simpatectomia cervical esquerda e/ou a
investigação de causa de base e revascularização coronariana. colocação de um marca-passo definitivo DDDR.
o Se história prévia de síncope ou PCR revertida=>
cardiodesfibrilador implantável.

TAQUICARDIA VENTRICULAR BIDIRECIONAL

b) Se causa TVP familiar => cardiodesfibrilador implantável.

TV POLIMÓRFICA COM INTERVALO QT LONGO


(TORSADES DES POINTES)

- Patognomônica de intoxicação digitálica, mais comum em


pacientes hipocalemico. RARO.
- TTO: suspensão do digital, reposição de potássio e administração
de antiarrítmicos do grupo IB.
- Mecanismo: o intervalo QT mede o período refratário dos
ventrículos , ou seja se tem aumento do QT quer dizer que os
ventrículos estarão despolarizados por mais tempo, para tanto os canais
de potássio responsáveis pela Repolarização estarão inibidos, ou então
os canais de sódio e cálcio responsáveis pela DESpolarização estarão
abertos por mais tempo.
- Etiologia: Pode ser de dois tipos- podem aumentar o QT =>
a) Síndrome congênita: existem sete subtipos, sendo os três primeiros
os mais importantes e conhecidos.
- tipo 1: defeito genético no canal de potássio lento (IKs) que pode ou
não se associar à surdez congênita (neste caso, sendo denominada
“síndrome de Jervell-Lange- -Nielsen”, de herança autossômica
dominante).
- tipo 2: defeito no canal de potássio rápido (IKr);
- tipo 3: defeito na inativação do canal de sódio TAQUICARDIA VENTRICULAR NÃO SUSTENTADA
b) Síndrome adquirida: (TVNS)
Marcella Hani - TXXI

o Sintomática: pela dissociação atrioventricular=> a terapia visa


- Taquicardia FC > 100bpm, ventricular, do tipo mono ou estimular o nódulo sinusal com atropina 0,5-1 mg IV.
polimórfica, tendo pelo menos 3 complexos ventriculares seguidos,
porém NÃO sustentado ( duração < 30s, e NÃO causa
‘’instabilidade’’).

- Etiologia:
a) TVNS sem cardiopatia estrutural – idiopática: TVNS no ECG-
Holter, porém sem história de cardiopatia => conduta é investigar
doença cardíaca estrutural, com ecocardiograma e testes para doença
isquêmica do miocárdio.
o Investigação for negativa=> nada mais deve ser feito
o Arritmia sintomática=> indica-se betabloqueador. Nos casos
refratários, pode-se recorrer a outro antiarrítmico (ex.: amiodarona) ou à
terapia ablativa,
b) TVNS com cardiopatia estrutural: indica marcador de risco
para morte súbita, que tende a aparecer em pacientes com cardiopatia
estrutural ( coronariopatias, cardiopatias dilatadas ou hipertróficas,
valvulopatias). É um orientador de condutas.
o Indicação de cardiodesfibrilador implantável => pós IAM com FE
<30%, ou FE<35 e sintomas de ICardíaca.

BIGEMINISMO E TRIGEMINISMO

- Bigeminismo Ventricular: presença de uma extrassístole


ventricular (ESV) a cada batimento sinusal.
- Trigeminismo Ventricular : presença de uma extrassístole
ventricular (ESV) a cada dois batimentos sinusais.

RITMO IDIOVENTRICULAR ACELERADO ( RIVA)

- Etiologia:
o Fase aguda do IAM
o Pode ser espontâneo
o Pode ser induzido pela reperfusão miocárdica por trombolíticos
(uma arritmia clássica de reperfusão).

- Mecanismo: hiperautomatismo (isquemia-dependente) das fibras


de Purkinje. Se a frequência automática de disparos destas fibras superar
a frequência sinusal, o ECG mostrará a arritmia.

- TTO:
o Assintomática => necessita de tratamento algum.

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