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EXMO. SR. DR.

JUIZ DE DIREITO DA VARA ÚNICA DA COMARCA


DE MAR DE ESPANHA – MG.

Ação de anulação de contrato de compra e venda


Proc. nº. 5000777-66.2019.8.13.0398
Autor: EDER JUNIOR FERREIRA MEDEIROS
Réu: MARCO ANDRÉ VIZEU DO CARMO

MARCO ANDRÉ VIZEU DO CARMO, casado, vendedor, inscrito no CPF


sob o nº 769.950.977-34, e-mail marcovizeu@hotmail.com, residente e domiciliado na
Rua Dr. Antônio Carlos, nº 517, apto 103, Centro, Três Rios – RJ, CEP 25804-080, por
meio de sua advogada, infra-assinada, vem à presença de Vossa Excelência, no prazo
legal, e com os inclusos documentos, apresentar sua

CONTESTAÇÃO

Em face da Ação de Anulação de Contrato de Compra e Venda movida por EDER JUNIOR
FERREIRA MEDEIROS, dizendo e requerendo o que segue.

I – BREVE SÍNTESE DA PETIÇÃO INICIAL

O Autor ingressou com a presente ação anulatória de compra e venda alegando


que no dia 27.12.18, seu irmão, o Sr. Edney Ferreira Medeiros vendeu um imóvel
localizado na Rua Perciliana Toledo Guerra, nº 171, bairro Monte Verde, Senador Cortes
– MG, CEP 36.650-000 para o Sr. Marco André Vizeu do Carmo.

E afirmou que a venda não poderia ter acontecido, visto que o contrato firmado
em 27.12.18 foi assinado por sua genitora, que não possuía poderes para firmar tal ato.

Disse ainda, que outorgou poderes para a sua genitora através de procuração
firmada no dia 26.06.12 apenas com o fim específico de assinar a escritura definitiva de
compra e venda do imóvel sito à Avenida de Sousa Rabelo, s/nº, Senador Cortes – MG e
que por este motivo houve equívoco na transação realizada com o Réu e por isso requer
a anulação do negócio jurídico.

II – DAS QUESTÕES PRELIMINARES

A) DA PERDA DO INTERESSE DE AGIR

Exa., o Autor ingressou com a presente ação buscando anular o contrato de compra
e venda firmado pelo requerente através de sua genitora através de procuração e o Réu.

Ocorre Exa., que após ingressar com a ação, o Autor reconheceu a legitimidade do
contrato e ele próprio assinou a Escritura Pública de Compra e Venda, no dia 01 de
março de 2021 (Escritura em anexo).

Uma vez que assinou a escritura, reconheceu a legitimidade do contrato de compra


e venda, perdendo assim o interesse de agir na presente ação.

Portanto, diante da ausência de plausibilidade das alegações autorais, ainda que


ultrapassada a preliminar suscitada, não há outro caminho a não ser a improcedência
dos pedidos formulados na petição inicial.

III – DA VERDADE DOS FATOS

Exa., o Réu comprou do Autor o imóvel localizado na Rua Perciliana Toledo


Guerra, nº 171, bairro Monte Verde, Senador Cortes – MG, CEP 36.650-000.

O contrato de compra e venda foi devidamente assinado no dia 27.12.18, ocasião


em que devido a indisponibilidade do Autor no dia, a Sra. Cirene Ferreira Medeiros
através de procuração o representou.

É importante informar que o Réu pagou pelo imóvel, no ato da assinatura do


contrato o valor de R$ 120.000,00 (cento e vinte mil reais) em espécie.

Exa., o Réu se viu muito surpreso ao receber a intimação do referido processo,


uma vez que o Autor claramente agiu de má-fé ao tentar anular o contrato de compra e
venda.

Tanto agiu de má-fé, que no dia 01 de março de 2021, o próprio Autor assinou a
Escritura Pública de Compra e Venda (em anexo), o que comprova que reconhece a
legitimidade do contrato de compra e venda.

Se o próprio Autor assinou a escritura, reconhecendo a venda do imóvel, não há


que se falar em nulidade do contrato de compra e venda, pois posteriormente foi feita
a Escritura Pública de Compra e Venda, que comprova a legítima venda do imóvel.
Exa., outro fato é que o Autor e seus representantes sequer compareceram a
audiência de conciliação no dia 24.08.2021 e também não justificaram a ausência, pois
sabiam que o Autor havia perdido o interesse de agir após assinar a Escritura de Compra
e Venda.

Desta forma, diante das informações suscitadas, não resta outro caminho do que
a improcedência dos pedidos formulados na inicial.

IV – DOS REQUERIMENTOS

Pelo exposto, requer-se o acolhimento da preliminar suscitada pelo Réu, com a


consequente extinção do processo. Caso V. Exa. assim não entenda, requer a
improcedência dos pedidos com a condenação da parte Autora ao pagamento da
sucumbência.

Protesta o Réu por todas as provas em direito admitidas, em especial o


depoimento pessoal da Parte Autora.

Por fim, requer que todas as intimações e/ou notificações sejam feitas em nome
da advogada MAREN TAKENAWA VIZEU DO CARMO, OAB/RJ 176.099, sob pena de
nulidade dos atos processuais.

Nesses termos,
Pede deferimento.

Mar de Espanha, 08 de setembro de 2021.

MAREN TAKENAWA VIZEU DO CARMO


OAB/RJ 176.099

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