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PROFISSIONAL EM
COZINHA JAPONESA
Prof.ª Drª Chef Michele Uemura
Qualificação profissional
Michele Uemura
Contatos:
Michele leiko Uemura
13 991592141
coord.gastro@unisantos.br
Instagram micheleikouemura
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COZINHA JAPONESA
Trata-se de uma cozinha milenar com foco nos sabores frescos, tem o
costume de servirem o que está disponível durante aquele período do ano. Utilizam
técnicas para realçar ao máximo o sabor natural dos alimentos demonstrando um
grande respeito há tudo aquilo que a natureza oferece. O cuidado com a cocção é
um fator determinante, pois entre o cru e o cozido existe uma linha muito tênue.
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A pasta de missô, ou pasta de soja fermentada é usada para caldos e sopas,
trata-se de uma pasta resultante da fermentação dos grãos da soja com outros
diversos ingredientes, acrescida de farinha de trigo, farinha de arroz ou cevada.
A variedade de massas no Japão é consideravelmente grande, podendo ser
produzidas a partir da farinha de trigo, de arroz glutinoso ou de uma espécie de
feijão verde. Apresentam vários tamanhos, espessuras e usos, sendo as mais
comuns as massas de udon, usadas para pratos cozidos e sopas; e as massas de
soba, tradicionalmente cozidas e servidas em um caldo ou fritas e servidas com uma
guarnição (H. F. ULLMANN, 2007).
A alga nori desempenha um papel essencial na cozinha japonesa, pois é
muito usada nos pratos frios, mas, além disso, é um acompanhamento indispensável
para ensopados, natural ou tostada diretamente no fogo.
A semente de gergelim, assim como a alga nori, pode ser usada tanto na
cozinha quente como na fria. É um dos principais temperos de molhos e caldos
japoneses, sendo tostada para acentuar o sabor. É encontrada na versão branca e
preta, que apresentam sabores distintos, mas usos parecidos.
O molho de soja é essencial para a cozinha japonesa, sendo o sal de
basicamente todos os preparos, além de trazer cor e aroma aos pratos. É produzido
a partir da fermentação de grãos de soja com grãos tostados.
O tofu é basicamente um “queijo” de soja, no qual o líquido proveniente do
grão da soja hidratado e processado é coagulado com um ácido, basicamente
utilizando-se do mesmo processo de fabricação do queijo. É encontrado em duas
versões, uma mais fresca e úmida e outra mais seca e sólida, ambas são fontes de
proteína e tem usos diversos, sendo acompanhamento para ensopados e até
mesmo fritos (H. F. ULLMANN, 2007).
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No quadro 1 podemos observar uma lista com os ingredientes mais comuns
no Japão .
Grãos Arroz, cevada, milho e trigo
Ingredientes secos adicionais Ágar-ágar (algas vermelhas
desidratadas), amidos (araruta, milho,
batata), panko (farinha de rosca)
Ingredientes básicos Arroz, frutos do mar/produtos derivados
de frutos do mar, soja e trigo
Perfil geral de sabor Caldo de peixe (dashi), gengibre,
gergelim, missô, molho de soja (shoyu),
vinagre de arroz (yonezu), vinho de arroz
(mirin), saquê, wasabi
Condimentos e líquidos de cocção Missô, molho de feijão apimentado
(toban Jiang), molho de soja — de claro
a escuro (shoyu), molho teriyaki, óleo de
gergelim, picles de gengibre (wari),
ponzu, tsukemono (picles de vegetais),
vinagre de arroz (yonezu), vinho de arroz
(mirin) e saquê, wasabi
Temperos Açúcar, alho, flocos de bonito
(katsuobushi), gengibre, molho inglês,
mostarda, picles de ameixas verdes,
pimenta vermelha desidratada
(akatogarashi), pimenta-do-reino, sansho
(semelhante a pimenta-do-reino moída),
sementes de gergelim, shichimi
togarashi (“sete especiarias em pó” —
pimenta desidratada, pimenta sansho,
sementes de papoula, sementes de
cânhamo, sementes de gergelim, casca
de laranja desidratada e nori), shisô
(perilla) — variedades verdes e
vermelhas
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Frutas, raízes e outros vegetais Abacaxis, Abóbora (Kabocha), ameixas
frescos, desidratados e em conserva verdes (ume) — valorizadas para
cozinhar e não comer cruas, aspargos,
bardana (gobo), batatas, batatas-doces/
inhames, berinjela (nasu), brotos de
bambu, brotos de feijão, caquis (kaki),
cebolas — bulbo branco, cebolinhas
verdes, cenouras, cogumelos — enoki,
shitake, matsutake, nameko, shimeji,
kikurage, couve chinesa (hakusai),
cucurbitáceas (kanpyo), daikon, ervilha-
torta, frutas cítricas (yuzu), maçãs,
mamão, mangas, maracujá, melões,
nabos — grandes (kabura), pepinos
japoneses (kyuri), peras (nashi),
pimentões, raízes de lótus, taro, uvas,
vegetais montanheses (sansai) —
vegetais verdes primaveris, incluindo
samambaias e centela moída, mizuna
mitsuba (três folhas), brotos de
samambaia, folhas de crisântemo
(shungiku), folhas de pimenteira
(kinome)
Proteínas Boi, javali, feijão-azuqui, frango, pato,
faisão, frutos e sementes secos
(castanhas, ginkgo, gergelim), fu
(bolinhos de glúten), peixes e frutos do
mar (mexilhões, caranguejo, enguia,
linguado, baiacu, bonito, cavala, polvo,
ostras, pargo-vermelho, ovas de peixe,
salmão, sardinhas, ouriços-do-mar,
camarão, truta, atum) olhete, porco, soja
Fonte: Adaptado de Instituto Americano de Culinária (2011).
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O Japão possui diversos métodos e técnicas para a cocção de alimentos que
utilizam diferentes tipos de calor e utensílios. Entre eles, podemos citar o chawan
mushi, que é basicamente uma omelete cozido no vapor, nele se misturam todos os
ingredientes com um creme de ovos em uma tigela de cerâmica e a tigela é
colocada para cozinhar no vapor.
No horokuyaki, os ingredientes são preparados em um horoku, que é uma
tigela de cerâmica. É usada uma camada de sal pré-aquecida, sobre a qual o
alimento é depositado, após isso se tampa o horoku e o alimento é cozido no vapor
que se forma (INSTITUTO AMERICANO DE CULINÁRIA, 2011).
O mushi é um método de cocção que utiliza o vapor como fonte de calor, os
ingredientes são previamente temperados com sal e então colocados para cozer no
vapor, geralmente se mergulha os alimentos em um molho para comer.
O mushiyaki é um método de cocção em que o alimento é colocado sobre
uma panela com tampa, então o alimento cozinha no vapor da sua própria água,
sem adição de líquidos a panela.
O nimono é o método de cocção do sukiyaki, que consiste em ferver os
alimentos em líquidos, geralmente dashi ou outros caldos temperados. Essa
categoria muda de nome dependendo do líquido utilizado para a cocção dos
alimentos, assim como os alimentos cozidos no líquido (INSTITUTO AMERICANO
DE CULINÁRIA, 2011).
O shioyaki é um método geralmente usado para pescados, no qual o peixe é
salgado por, pelo menos, 30 minutos antes e depois colocado para grelhar em uma
salamandra. O que determina o ponto é a coloração da pele.
O sukiyaki é um método de grelhar o alimento em um disco de arado, ou
panela de ferro grossa, podendo ser somente grelhado ou adicionado de caldo
durante o cozimento, quando o preparo passa a se tornar um tipo de nimono.
O tempurá é um método de fritar os alimentos, envolvendo-os em uma massa
líquida e leve à base de farinha de trigo, água gelada e ovos. Geralmente, o tempurá
é feito com camarão, peixes ou vegetais. Os ingredientes a serem fritos devem ser
passados nessa massa líquida e fritos em óleo abundante. Deve-se servir
imediatamente, para que a fritura não perca a crocância.
O teriyaki consiste em grelhar o alimento sobre uma salamandra, utilizando de
uma marinada de shoyu e mirin, o que traz sabor doce e delicado para o alimento.
Após grelhado sobre a salamandra, pode-se adicionar o restante da marinada sobre
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o alimento, para conferir brilho e mais sabor. A redução da marinada também pode
ser usada como molho para passar os alimentos (INSTITUTO AMERICANO DE
CULINÁRIA, 2011).
A culinária japonesa sofreu diversas influências, entre elas, o destaque são as
culinárias da china e do novo mundo, o que fez a culinária japonesa adquirir um
requinte ímpar. Baseada na naturalidade dos alimentos, a culinária japonesa preza
pelo sabor orgânico e o mínimo uso de técnicas para a cocção “Entende-se que o
alimento deve falar por si mesmo. Não deve ser escondido sob molhos fortes e
sabores dominantes” (INSTITUTO AMERICANO DE CULINÁRIA, 2011, p. 96).
O Japão pode ser dividido em sete regiões, e em cada uma delas existem
pratos e preparos especiais. Todos dependem da sazonalidade e possuem
apresentações quase artísticas, realizadas com muita atenção e cuidado Todas as
regiões têm ingredientes em comum, mas com preparos e resultados diferenciados.
A mesa japonesa é uma extensão da crença de que a contenção, a pureza, a
modéstia, a harmonia e o equilíbrio deveriam ditar não apenas o modo de vida das
pessoas, mas também a maneira de cozinhar e apreciar a comida. Esta é preparada
com o máximo de cuidado, desde a delicadeza para lidar com os frutos do mar até o
ritual para cozinhar e servir o arroz perfeito (PHAM, 2011, p. 10).
Os pratos e os preparos são bem divididos, existem técnicas que utilizam
tanto calor seco como calor úmido. As sopas, consideradas entradas, são feitas
quase sempre com base de dashi e da alga kombu com água quente, mas nunca
fervente, para preservar os nutrientes, o sabor e o aroma do caldo. Existem sopas
nas quais se acrescenta missô, cogumelos desidratados e até mesmo o shoyu.
Outras entradas muito comuns são as gyozas, que são tipos de dumplings
fritos em uma chapa; e o edamame, que é a vagem verde da soja cozida no vapor e
servida com sal. 6 Japão quente
O Japão possui uma grande variedade de massas, feitas com diversos
ingredientes base, portanto existem muitos usos para cada uma. Os mais comuns
são o soba, o udon e o somen, “o grosso udon, de cor creme, é feito de trigo (...) o
macarrão fino de trigo-sarraceno é marrom-acinzentado (...) Somen é um macarrão
fino de trigo...” (INSTITUTO AMERICANO DE CULINÁRIA, 2011 p. 98), geralmente
servidos em sopas ou fritos, servidos com um molho à parte. São servidos quentes
com peixe e vegetais — variando de acordo com a região e a estação do ano —,
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tempurás, tofu frito e/ou carne. Podem ser servidos frios no verão em regiões que
tem temperaturas mais elevadas.
A soja é uma das bases da alimentação do Japão, está em preparos como o
tofu, o shoyu e o missô. O missô está presente em diversos preparos quentes, como
sopas, molhos e marinadas, “está disponível em três variedades básicas: mame
missô (soja), kome missô (soja e arroz) e mugi missô (soja e cevada). ” (INSTITUTO
AMERICANO DE CULINÁRIA, 2011, p. 98).
As algas fazem parte da alimentação dos japoneses, sendo encontradas in
natura ou desidratadas, são fontes de minerais e vitaminas e usadas como
guarnição para sopas, saladas e pratos de macarrão. As algas constituem rica fonte
de minerais e vitaminas. As mais usadas na culinária japonesa, entre as numerosas
variedades, são nori, kombu (kelp) e wakame. Enquanto alguns tipos de alga são
encontrados no oceano, a nori é cultivada em enseadas abrigadas ao longo da costa
(INSTITUTO AMERICANO DE CULINÁRIA, 2011, p. 98).
O Japão, por ter uma costa incrivelmente grande, baseia a sua alimentação
nos peixes e frutos do mar, além de vegetais e grãos. Os alimentos provenientes do
mar são encontrados extremamente frescos ou desidratados e fazem parte de
diferentes momentos no menu japonês, desde um complemento para uma salada
até com a estrela principal em um sashimi ou sushi.
Muito usados em pratos quentes, fazem parte de ensopados, sopas e
diversos outros preparos, sempre com o cuidado em não se perder o ponto e não
deixar que o sabor dos acompanhamentos se sobressaia.
Muitos peixes são grelhados e cozidos sobre uma superfície com bastante
calor, alguns servem para serem fritos (tempurá) e outros são usados para trazer
sabor aos caldos.
Além dos peixes, o Japão é um importante produtor de kobe beef, proveniente
de uma raça de boi que dispõe de carne mais macia. Além de ser muito valorizada,
essa é saborosíssima e rica em gordura entremeada entre as suas fibras. A carne é
tão macia e saborosa que pode ser consumida crua, como um sashimi.
Além da carne de boi, o Japão também consome carne de frango, pato e
porco. Todas as carnes possuem inúmeros preparos, são utilizadas para fazer
embutidos, hamburgueres, teriyakis e yakitoris.
O porco tem um preparo emblemático, o tonkatsu em que “As costeletas de
porco envolvidas em farinha de rosca são fritas por imersão, cortadas em pedaços
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pequenos e servidas com um molho especial e repolho cru em tirinhas” (INSTITUTO
AMERICANO DE CULINÁRIA, 2011, p. 99).
A refeição para o japonês é um momento muito importante, é quase um ritual.
A refeição básica é composta por preparos simples, mas pode ser modificada em
ocasiões especiais.
Todos os elementos devem ser equilibrados, nenhum deve sobrepor o sabor
do outro. Juntos, o arroz, os vegetais in natura e em conservas, as sopas e a
proteína constituem uma refeição, de forma oposta ao modo ocidental de servir os
comensais, todos os elementos são servidos juntos e cada um come o que lhe
convém, sempre mantendo o equilíbrio. Geralmente, utiliza-se do ohashi para levar
os alimentos a boca.
Quase não se utiliza colher, visto que faz parte da etiqueta japonesa que os
comensais bebam os caldos e sopas diretamente da cumbuca
Bibliografia
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RECEITAS
Módulo 1 – Formação básica
Sushi
Tempurá
Sunomono
Missoshiru
Massa:
1. Higienize os camarões.
2. Corte os legumes.
3. Aqueça 1 litro de óleo.
4. Misture a maisena, a farinha de trigo e água gelada, o sal até formar uma
massa rala, misturando com as mãos.
5. Mergulhe os itens na massa e frite em imersão.
6. Escorra e sirva
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FICHA TÉCNICA DE PRODUÇÃO CULINÁRIA
Receita: AMASU
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FICHA TÉCNICA DE PRODUÇÃO CULINÁRIA
Receita: MISSOSHIRO
1. Coloque a água e a alga marinha em uma panela, leve à fervura lenta por 1
minuto.
2. Adicione o caldo de peixe e cozinhe por mais 2 min. em fogo baixo.
3. Adicione o missô, desligue o fogo e com uma colher mexa o caldo até
dissolver completamente.
4. Em uma tigela pequena coloque um pouco de tofu e cebolinha. Cubra com o
caldo até 1 cm. da borda.
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Ingredientes Quantidade Unidade de Medida
Pepino Japonês 2 Unidades
Amasu 100 Mililitros
Alga Marinha (Wakame) qb Gramas
Kanikama 1/2 Pacote
Gergelim Torrado qb -
Modo de preparo:
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Modo de preparo:
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Sudare 2 Unidades
Raiz forte (wasabi) 40 Gramas
Nabo (Daikon) 200 Gramas
Maionese 1 Unidade
Cream cheese 1 Unidade
Modo de preparo:
Sashimi
Niguiri
Shitake no batayaki
Yakitori
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Broto de feijão 40 Gramas
Shoyu 30 Mililitros
Saque Mirin 30 Mililitros
Cebolinha 6 Talos de 5 cm
Modo de preparo:
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1. Misture todos os ingredientes do molho em uma panela e leve ao fogo baixo
por aproximadamente 2 min.
2. Tempere o frango com sal e a metade do molho. Deixe marinar uns 15 minutos
3. Reduza a outra metade do molho até obter um molho grosso.
4. Monte os espetinhos (frango). Grelhe e vá pincelando os espetinhos com o
molho que foi reduzido
5. Sirva com um pouco de molho a parte e cebolinha.
Modelo 1
FICHA DE PREPARAÇÃO
NOME DA PREPARAÇÃO:
_____________________________________________________
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Porção (g ou mL): Rendimento total (kg ou L)=
Modelo 2
Foto do
prato
FICHA TÉCNICA
Preparação/ prato:_______________________
Discriminação técnica ______________________________________________
Tempo de pré-preparo: __________ Preparo: _______________________
Tipo de preparo ( ) fácil ( ) médio ( ) difícil
Tipo de cocção _____________ Temperatura utilizada_________
_______________________________________________________________
Utensílios e equipamentos: _______________________________________
_______________________________________________________________
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Peso total
MODO DE PREPARO
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
Rendimento Total = ____________________gramas/kg
Avaliação Sensorial :
Cor........ Marron(M), Claro(C)
Textura ........Firme (F), Macio(M), Muito Macio (MM)
Aparência........Boa (B), Regular(R), Má (M)Sabor............Ótimo (O), Bom (B),
Regular ( R ), Mau(M).
Modelo 3
Preparação/ prato:
Classificação: Data:
Tempo de preparo: Grau de dificuldade:
Tipo de cocção: Temperatura utilizada:
Utensílios e equipamentos:
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Ingredientes Medida Peso Peso IPC Custo
caseira bruto líquido (fator de receita
cru correção)
Modo de preparo:
Rendimento total:
IC (Indicador de Cocção) = Peso Total Cru ÷ Peso Total Cozido =
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