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ESTADO DE SANTA CATARINA


SECRETARIA DE DESENVOLVIMENTO REGIONAL DE IBIRAMA
GERENCIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO
ESCOLA INDÍGENA DE EDUCAÇÃO BÁSICA LAKLÃNÕ

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

JOSÉ BOITEUX – 2011


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1- APRESENTAÇÃO

Nos finais dos anos 30, por volta de 1938, foi implantada a primeira escola não-
indígena na Terra Indígena, com iniciativa dos próprios índios. Com isso também se deu o inicio
do ensino da língua Portuguesa na comunidade. Os indígenas vendo a sociedade não-índia ao
redor da Terra Indígena ter uma escola que ensinava as crianças a ler e escrever, isso despertou o
interesse da comunidade indígena criar uma escola dentro da própria aldeia. Assim, pediram
autorização para o primeiro chefe do SPI, alegando a necessidade de uma escola para as crianças
e também de sua a importância para o povo Xokleng. Mas o chefe não gostou muito da idéia,
alegando que, se aprendessem a ler e a escrever, iriam perder seus costumes e sua própria língua.
Mas, diante da insistência dos indígenas ressaltando a importância da escola, o chefe acabou
aceitando que fosse implantada uma escola. Assim, o primeiro professor foi um Polonês,
Wieczyslaw Brzezinski, conhecido como „Maestro1‟, que alfabetizou diversos indígenas na
Língua Portuguesa.

Mesmo com a existência da escola na Terra Indígena, não existiam objetivos fixados
ou discussões pelo órgão responsável que é o SPI e FUNAI, a respeito da educação formal entre
os índios, apesar da existência desta escola na aldeia. Apesar do resultado desta escola ser quase
sem efeito, ela continuou existindo. Desta forma, a educação vinha sendo usada junto à
comunidade indigena para manter o quadro de dominação exercido pelo SPI e FUNAI e pela
sociedade não-índia, a escola propunha a alfabetizar os indígenas somente em língua portuguesa.
Assim os poucos índios que alcançavam sucesso, por outro lado, acabavam sendo usados para
justificar que a educação escolar formal entre índios estava dando resultados positivos.

Com a construção da Barragem Norte nos anos 70, na época, município de Ibirama,
distrito de José Boiteux e a abertura da estrada de rodagem no interior da Terra Indígena, isso
permitiu a comunidade indígena migrar para o interior da T.I nos pontos mais altos devido a
inundação do rio Hercílio na partes mais baixas. Lembrando que antes da Barragem a
comunidade indígena viviam num único lugar próxima as margens do rio, com isso, somente
existia uma escola para atender. Mas com a migração das comunidades para o interior da T.I.,
houve uma necessidade de se criar mais escolas, porque as comunidades ficaram distante uma das
outras, e assim foi criada uma Escola Isolada em cada aldeia. Em 1994, além das escolas serem
multisseriadas, deu-se inicio do ensino da Língua Materna Xokleng.
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Em 1988, com o resultado de anos de luta e mobilização empreendidas pelos povos


indígenas e de organização de apoio às causas indígenas, registra-se um avanço no entendimento
sobre o papel da educação indígena com a Constituição Federal em seu artigo 231, reconhece aos
povos indígenas o direito à diferença. Da mesma forma, respeitando sua organização social,
costumes, língua, crenças e tradições, assegurando também a estas comunidades o uso de suas
línguas maternas e os processos próprios de aprendizagem.

A partir desta constituição, surgiu o interesse e assim o povo Xokleng se organizou e deu
se início à articulação para ter um ensino bilíngüe em todas as escolas existente no território da
Terra Indígena. Da mesma forma articularam para construção de uma Escola Educação Básica do
Ensino Fundamental e Médio, na própria Terra Indígena, assim tomando como forma de respeitar
o patrimônio cultural das comunidades indígenas. Destacando que isso evitará a saída dos alunos
indígenas para estudarem nas escolas não-indígena fora da Terra Indígena.

Assim, depois de muita espera a comunidade da Terra Indígena Laklãnõ, conseguiram


realizar seus sonhos; conseguindo uma Escola de Educação Básica de acordo com a sua
realidade. Com a implantação da Escola de Educação Básica Laklano em 2004, as Escolas
Isoladas foram nucleadas para a mesma.

HISTÓRIA DO POVO XOKLENG/LAKLÃNÕ

Breve Histórico do povo Xokleng no século XIX


Território Histórico dos Xokleng

Antes do contato com os brancos, o território tradicional ocupado pelos Xokleng


se estendia do planalto até o litoral, aproximadamente de Porto Alegre do Sul, até os
campos de Curitiba e Guarapuava no Estado do Paraná, incluindo quase todo o centro-
leste do Estado de Santa Catarina, excetuando a orla marítima. Atualmente os Xokleng
são tradicionais ocupantes das terras localizadas entre o litoral e o planalto.
Na metade do século XIX, a política oficial do governo Português, executa a
ocupação efetiva dos campos de Lages em Santa Catarina, território inconteste dos
Xokleng, além dos campos de Guarapuava no Paraná. Uma Carta Régia, assinada pelo
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Príncipe Regente, D. João VI, declarou guerra aos “bárbaros” índios “Bugres” e
“Botocudos” que atacavam a estrada para o sul, da vila de Faxina (SP) à vila de Lages
(SC).
Ainda na primeira metade do século XIX, por incentivo do governo imperial
brasileiro, iniciaram-se as investidas de colonização agrícola com recursos da
introdução de imigrantes. As primeiras levas de colonos alemães começaram a entrar
pelo ponto mais extremo sul do território do povo Xokleng, no Rio Grande do Sul, ao
mesmo tempo em que outros colonos alemães começaram a entrar na região do Rio
Negro na divisa dos Estados do Paraná e Santa Catarina, também em território dos
mesmos. Desta maneira, os Xokleng já estavam sendo impedidos de ocupar suas
terras e até mesmo de penetrar em boa parte dos seus territórios em regiões de
campos, indo aos poucos se refugiar nas serras da mata atlântica. Ali, foram
alcançados pela penetração da frente agrícola colonizadora, tanto nas serras
riograndenses como em território catarinense, como no Vale do Itajaí, com a introdução
de famílias de agricultores europeus a partir de meados de mesmo século.
Os conflitos entre os Xokleng e invasores de seus territórios ganham desde
então, maior repercussão, seja pelo fato de envolver famílias de imigrantes e
respectivos governos estrangeiros, seja pelo fato de haver, no país um maior número
de veículos de imprensa. Frente às circunstâncias, os Laklãnõ/Xokleng perceberam que
se encontravam em últimos refúgios, sem alternativas a não ser o enfrentamento direto
com os invasores, como forma de garantir seu espaço e território livre para sua
sobrevivência. Os Xokleng foram cada vez mais encurralados e perseguidos, sobretudo
em Santa Catarina, por expedições de “bugreiros”, grupos armados especializados no
extermínio de comunidades indígenas, acobertados e até estimulados pelas
autoridades locais. Entretanto, não é possível conhecer-se o número de comunidades e
indivíduos massacrados nesse longo período de invasão agressiva, que se estendeu
até segunda década do século passado. Assim, os Xokleng foram reduzidos à
comunidade seminômade de caçadores/coletores que ficou refugiada nas florestas,
atormentada pelo medo das práticas dos “bugreiros”.

Organização social e política pré-contato


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Antes do contato com os brancos, os Xokleng praticavam a agricultura, além de


caça e coleta. Eles também viviam em aldeias permanentes. Ao longo do tempo, em
função dos conflitos e das perseguições dos brancos, os Xokleng tornaram-se
nômades, vivendo da caça e da coleta do pinhão. Não mantiveram mais acampamentos
fixos e, portanto, não mais cultivaram a terra.
Os Xokleng dividiam e organizavam seu tempo em dois períodos, verão e
inverno. Desta forma, passavam o inverno no planalto, alimentando-se de pinhão. No
verão desciam para o vale, se reuniam e construíam ranchos em semicírculo, voltados
para uma praça central onde faziam rituais de preparação (iniciação), casamento, ritos
funerário, confraternizavam, caçavam e planejavam ataques aos inimigos. Terminada a
estação cerimonial, a vila se desfazia e os grupos saíam para mais uma jornada no
planalto no inverno e se reencontravam novamente para outra cerimônia já planejada
no verão seguinte.
Entre os Xokleng, a residência após o casamento era com os parentes da
esposa, sem que o marido atenuasse seus laços com a família extensa de origem, pois
davam grande valor às lealdades paternas. Entre os Xokleng, existia poligamia, mas
não existia poliandria, ou seja, união conjugal da mulher com mais de um homem.
A morte entre os Xokleng era um fator relevante de ruptura social e evocada seu
principal ritual, a reclusão do cônjuge sobrevivente. Vale dizer que, obedecia a vários
rituais, entre elas a restrições alimentares, passava por uma série de rituais de
purificação.
No passado, os mortos adultos eram cremados e seus restos mortais eram
colocados em um cesto e enterrados. Já as crianças eram enterradas, pois se
acreditava que seu espírito retornaria ao ventre da mãe e renasceria. Mas para isso
acontecer, os pais deveriam ir todos os dia no final da tarde ao lugar onde foi enterrada
a criança para chamar seu espírito e assim segundo sua crença, o espírito retornaria
junto com os pais para casa e a mãe ficava grávida novamente e com isso a criança
que nascia recebia o nome da criança falecida.
“A maior festa dos Xokleng acontecia por ocasião da furação dos lábios dos
meninos, onde vários grupos se reuniam comemorando com danças e muita bebida a
base de mel, água e xaxim e depois de prontos chamada de mõg”.
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Com três a cinco anos de idade os meninos tinham botoques inseridos no lábio
inferior. As meninas, com a mesma idade, recebiam tatuagens ou marcas na perna
esquerda, abaixo da rótula. Os padrinhos responsáveis pela perfuração labial e também
pelas tatuagens eram os mesmos que enterravam o cordão umbilical da criança ao
nascer e que, mais tarde, acompanhariam o desenvolvimento e socialização das
crianças até a fase adulta. Normalmente os afilhados eram os incumbidos da cremação
de seus padrinhos quando morriam. Atualmente não existem cerimônias de iniciação
tradicionais nem para menino, nem para meninas.

Pacificação dos Xokleng

As notícias sobre as violências praticadas contra o índio no sul do Brasil


motivaram vários protestos de intelectuais brasileiros na imprensa, demonstrando
naquele momento os sentimentos nacionais das populações urbanas em favor do índio.
O debate não cessou mais, tanto na imprensa quanto na sociedade cientifica bem como
na participação do governo. Neste contexto em 1910 foi criado o SPI (Serviço de
Proteção ao Índio), para conter o massacre dos povos indígenas. Assim, o recém-criado
SPI enviou um jovem funcionário do Rio de Janeiro, Eduardo de Lima e Silva Hoerhan,
para a vala do Itajaí norte (Ibirama) com responsabilidade de contatar e “pacificar os
Xokleng”. E em setembro de 1914 uma equipe de sertanistas do SPI, liderados por
Eduardo conseguiu estabelecer com os Xokleng na foz do Rio Platê no distrito de
Hamônia (hoje Ibirama), no município de Blumenau, no alto Vale do Itajaí quando houve
o contato definitivo com os Xokleng com a sociedade não-índia, eles eram
aproximadamente 400 pessoas. Passados dez anos após o contato com os brancos,
deu-se uma epidemia e mais 1/3 da população morreu e apenas 106 sobreviveram.
O nome do povo Xokleng tem provocado muitos debates desde os primeiros
contatos amistosos com alguns funcionários do SPI, a partir de 1914, as denominações
dada ao povo foram as mais variadas: “Bugres”, “Botocudos do sul”, “Aweikoma”,
“Xokleng”, “Xokrén”, “kaingang de SC” e “Aweikoma-Kaingang”. Estas últimas
denominações se devem à proximidade linguístico-cultural existente entre os Xokleng e
os Kaingang. Nas primeiras publicações sobre este povo, o antropólogo JULES HENRY
em 1934, apesar de denominá-los Kaingang, admitiu que houvesse diferenças
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linguístico-culturais entres eles e os outros Kaingang. O antropólogo GREG URBAN,


em suas pesquisas sobre os “Xokleng”, ele fala que, se originaram dos Kaingang,
sendo que a separação se deu devido a fissões de suas patri-metades. O mesmo autor
afirma ainda que o termo “Xokleng” é muito genérico e lhes da identidade.
Foram dadas muitas denominações que foram atribuídas a esse povo, Sílvio
Coelho dos Santos optou pelo uso do termo Xokleng, que acabou sendo incorporado
pelo grupo denominador de uma identidade externa usada em suas lutas políticas junto
a FUNAI e os meios de comunicação.
A última comunidade remanescente desta sociedade, atualmente habitante do
Vale do Itajaí, não reconhecia o termo Xokleng como sua autodenominação porque,
segundo o povo, o nome Xokleng é demarcado do olhar do colonizador sobre a
comunidade e não desta como povo. O povo nunca se sentiu confortável com essa
denominação, porque, segundo o povo, o nome Xokleng foi dado pelos pesquisadores
e não os identifica como povo devido seu significado não muito agradável. Com isso, o
povo se sentia humilhado. Assim, num processo recente de resgate de sua história, de
suas origens e de seus direitos, há alguns anos a comunidade iniciou um processo de
re-denominação, procurando resgatar aquele que considera o verdadeiro nome que os
distingue e o identifica como povo.
A partir disso, em conjunto, buscava, reconstruir e redefinir a sua identidade,
sobre tudo em conversa com os mais idosos, na tentativa de recuperar informações
sobre sua história e, assim, redefinir sua autodenominação. Nessa pesquisa, chegaram
à conclusão sobre a etimologia do nome mais comum atribuído ao Xokleng.
Na pesquisa mencionada anteriormente, feita pelo próprio povo, a comunidade
chegou a um consenso de autodenominar-se “Laklãnõ”, povo que vive onde o nasce o
sol, ou gente do sol (ou, ainda, povo ligeiro). Do ponto de vista linguístico, sugere-se
que a tradução literal mais apropriada seja a próxima de “os descendentes do sol” (ou,
mais tecnicamente, do ponto de vista antropológico, e numa forma fonética similar ao
idioma indígena: os clã do sol)”. Assim, o termo “Laklãnõ” vem ganhando espaço
político, interno e externo, através do movimento de recuperação do idioma, incluindo a
escrita de mitos antigos e o ensino bilíngue.

Atualidade
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Atualmente a Terra indígena está politicamente divida em sete aldeias, para uma
melhor administração da T.I; o povo que vinha crescendo, e se expandindo por todo o
território indígena, acabava dificultando a administração do cacique, que até então era
um só para toda a Terra indígena.

CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA

A nova escola se chama: Escola Indígena de Educação Básica “Laklãnõ”, situada na


Aldeia Palmerinha na Terra Indígena Laklãnõ Ibirama, no município de José Boiteux, Estado de
Santa Catarina, foi criada no ano de 2004 conforme Decreto nº 1.211 de 16/12/2003 e Parecer nº
191/01/SED, aprovado em 21/11/2003, com formato redondo, em forma de Oca, de acordo com
nossa história e nossa realidade.
Juntamente com a construção da Escola Indígena de Educação Básica “Laklãnõ”, foi
construída “Casa de Memória”, com objetivo guardar patrimônio como: documentação, museu e
pesquisas aplicadas. A Casa de Memória é formato de estrela. Também para atender as
atividades desportivas escolar e da comunidade Xokleng, foi construído um “Ginásio” de Esporte
com formato de “Colméia de Abelha”, isso é, de acordo com a realidade do povo Laklãnõ.
A Escola é mantida pelo Governo do Estado, oferece Ensino de Pré-escolar, classe de
apoio ao aluno portador de necessidades educacionais especiais, Classe de Desporto Educacional
(Esporte na Escola), Ensino Fundamental, Ensino Médio e Ensino de Jovens e Adultos (EJA).
Conta com a APP (Associação de Pais e Professores), e (Conselho Deliberativo) que está em fase
de estruturação

Comunidade/Aldeia: Terra Indígena Laklãnõ Ibirama


Nome da escola: Escola Indígena de Educação Básica Laklãnõ
Comunidades atendidas:
Aldeia Palmerinha;
Aldeia Figueira;
Aldeia Coqueiro;
Aldeia Toldo;
Aldeia Pavão;
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Aldeia Sede
Endereço / localização:
Aldeia Palmerinha
CEP: 89.145-000
José Boiteux/ SC
A aldeia Palmerinha está localizada no sul to território da T.I. Laklãnõ. A aldeia
citada ao sul faz divisa com a Barragem Norte município de José Boiteux, ao oeste faz
divisa com município de Vitor Meireles, ao leste cortado pelo rio Hercílio fazendo divisa
com aldeia Pavão município de José Boiteux e ao norte faz divisa com aldeia Figueira
município de Vitor Meireles. O território da aldeia Palmeira é aproximadamente de
4.933m²

Significado do nome da escola:

Pequena História da Autodenominação do Povo Laklãnõ (Xokleng)

O significado do nome da escola ficou decidido pelo próprio povo para valorizar
sua autodenominação Laklãnõ. Uma pequena história deste nome para esclarecer seu
significado.

A última comunidade remanescente desta sociedade, atualmente habitante do


vale do Itajaí, não reconhecia o termo Xokleng como sua autodenominação porque,
segundo o povo, o nome Xokleng é demarcador do olhar do colonizador sobre a
comunidade e não deste como povo. Com o nome Xokleng o povo nunca se sentiu
confortável com essa denominação, porque, segundo os idosos, foi dado por
pesquisadores e não os identifica como povo devido seu significado não muito
agradável. Com isso, o povo se sentia humilhado. Assim, num processo recente de
resgate de sua história, de suas origens e dos seus direitos, há alguns anos a
comunidade iniciou um processo de re-denominação, procurando resgatar aquele que
considera o verdadeiro nome que os distingue e identifica enquanto povo.

A partir daquele questionamento, em conjunto foi buscado reconstruir e redefinir


a identidade, sobretudo em conversa com os mais idosos, na tentativa de recuperar
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informações sobre sua própria história e, assim, redefinir a autodenominação. Nessa


pesquisa, chegara a algumas conclusões sobre a etimologia do nome mais comum a
nós atribuído:

Xo ou Txo: paredão de pedra, rocha, gruta de pedra.


Kleng ou Klẽ: montanha.
Essa interpretação, para o nome, vem de um fato que descobriram na pesquisa.
Segundo os idosos que foram consultados, um pesquisador perguntou, uma vez, como
eles se protegiam da chuva e o informante do pesquisador respondeu dizendo que se
protegiam em grande época de chuva debaixo dos paredões de pedra.
Nessa mesma pesquisa, chegou-se a outra interpretação sobre o mesmo nome:
Xokleng ou txuklẽg: aranha.
Os mesmos velhos que foram consultados sobre este nome Txuklẽg, informaram que,
numa outra ocasião, um pesquisador perguntou como eles faziam quando matavam um
boi das fazendas dos não índios. O informante dele respondeu, contando que
esquartejavam o boi e um homem carregava tudo nas costas, numa mochila feita por
eles, de taquara. Com isso, foram comparados com a aranha.
Diante desta informação, conclui se que o nome Xokleng, de maneira equivocada ou
preconceituosa, identificava o povo como homens da montanha ou homens que vivem
debaixo de paredões de pedras ou povo da caverna, ou, finalmente, homens como
aranhas.
Na pesquisa mencionada, feita pelo próprio povo, a comunidade chegou a um
consenso de autodenominar se “Laklãnõ” = “povo que vive onde nasce o sol, ou gente
do sol (ou, ainda, povo ligeiro)”. Do ponto de vista lingüístico, sugere se que a tradução
literal mais apropriada seja próxima de “os que são descendentes do Sol” (ou, mais
tecnicamente, do ponto de vista antropológico, e numa forma fonética simular ao idioma
indígena: “os do clã do Sol”). Assim, o termo “Laklãnõ” vem ganhando espaço político,
interno e externo, através do movimento de recuperação do idioma, incluindo a escrita
de mitos antigos e o ensino bilíngüe.

Desta forma, o povo em conjunto decidiram dar o nome do próprio povo para a nova
escola, assim segundo seus entendimentos destacará mais o nome do povo. Com isso
o nome da escola ficou; “Escola Indígena de Educação Básica Laklãnõ”.
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História da escola:

Nos finais dos anos 30, por volta de 1938, foi implantada a primeira escola não indígena
na Terra Indígena Laklãnõ, com iniciativa dos próprios indígenas. Com isso também se
deu inicio do ensino da língua Portuguesa na comunidade Laklãnõ. Os Laklãnõ, vendo
a sociedade não-índia ao redor da Terra Indígena, ter uma escola que ensinava as
crianças a ler e escrever, isso despertou interesse da comunidade criar uma escola
dentro da própria aldeia. Assim, pediram autorização para o primeiro chefe do SPI
(Serviço de Proteção ao Índio), alegando a necessidade de uma escola para as
crianças e também de sua a importância para o povo Laklãnõ. Mas o chefe não gostou
muito da idéia, seu argumento era de que se aprendessem a ler e escrever, iriam
perder seus costumes e sua própria língua. Mas diante da insistência dos indígenas
ressaltando a importância da escola, o chefe acabou aceitando que fosse implantada
uma escola. Assim, o primeiro professor foi um Polonês, conhecido como „Maestro‟, o
mesmo alfabetizou diversos indígenas na Língua Portuguesa.

Mesmo com a existência da escola na Terra Indígena Laklãnõ Ibirama, não existia
objetivos fixados ou discussões pelo órgão responsável que é o SPI a respeito da
educação formal entre os indígenas na aldeia. Apesar do resultado desta escola ser
quase sem efeito, ela continuou existindo e era contabilizado pelo órgão responsável.
Desta forma, a educação vinha sendo usada junto ao povo Laklãnõ para manter o
quadro de dominação exercido pelo SPI e pela sociedade não-índia, a escola propunha
a alfabetizar os indígenas somente em língua portuguesa. Assim os poucos índios que
alcançavam sucesso, por outro lado, acabavam sendo usados para justificar que a
educação escolar formal entre os Laklãnõ estava dando resultados positivos até os
anos 70.

Com a construção da Barragem Norte nos anos 70, na época, município de Ibirama,
distrito de José Boiteux e a abertura da estrada de rodagem no interior da Terra
Indígena, isso permitiu aos Laklãnõ migrar para o interior da T.I nos pontos mais altos
devido a inundação do rio Hercílio na partes mais baixas. Com a migração do povo para
o interior da T.I., houve uma necessidade de criar mais escolas, porque as
comunidades ficaram distante uma das outras, e assim foi criada escola nas novas
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aldeias. Lembrando que todas as escolas existentes no território da Terra Indígena


eram Escolas Isoladas e multe seriadas, isso quer dizer, havia somente um professor
para todas as disciplinas. Até meado dos anos 90, as escolas eram mantidas pela
FUNAI, isto quer dizer que eram escolas federais. No inicio dos anos 90, foram
construída mais escolas pelas prefeituras e mantidas pelos mesmos e as demais que
eram federais foram estadualizadas e mantidas pelo estado e até final dos anos 90,
todas as escolas indígenas da terra Laklãnõ foram estadualizadas. Em 1994, além das
escolas serem multiseriadas, deu-se inicio do ensino da Língua Materna Laklãnõ
(Xokleng).

Em 1.988, com o resultado de anos de luta e mobilização empreendidas pelos povos


indígenas e de organização de apoio às causas indígenas, registra-se um avanço no
entendimento sobre o papel da educação indígena com a Constituição Federal em seu
artigo 231, reconhece aos povos indígenas o direito à diferença. Da mesma forma,
respeitando sua organização social, costumes, língua, crenças e tradições,
assegurando também a estas comunidades o uso de suas línguas maternas e os
processos próprios de aprendizagem.

A partir desta constituição, surgiu o interesse e assim o povo Laklãnõ (Xokleng) se


organizou e deu se início à articulação para ter um ensino bilíngüe em todas as escolas
existente no território da Terra Indígena. Da mesma forma articularam para construção
de uma Escola Educação Básica do Ensino Fundamental e Médio, na própria Terra
Indígena, assim tomando como forma de respeitar o patrimônio cultural do povo
indígena. Desta forma evitará a saída dos alunos indígenas para estudarem nas
escolas não indígenas fora da Terra Indígena.

Assim, depois de muita espera a comunidade da Terra Indígena Laklãnõ, conseguiram


realizar seus sonhos; conseguindo uma Escola de Educação Básica de acordo com a
sua realidade. Com a implantação da Escola de Educação Básica, todas as Escolas
Isoladas que havias nas seis aldeias, foram desativada e nucleadas para esta nova
escola.

A nova escola se chama: Escola Indígena de Educação Básica “Laklãnõ”, situada na


Aldeia Palmerinha na Terra Indígena Laklãnõ Ibirama, no município de José Boiteux,
Estado de Santa Catarina, foi criada no ano de 2004 conforme Decreto nº 1.211 de
13

16/12/2003 e Parecer nº 191/01/SED, aprovado em 21/11/2003, com formato redondo,


em forma de Oca, de acordo com a história e a realidade do povo.
A Escola é mantida pelo Governo do Estado, oferece Ensino de Pré-escolar, Ensino
Fundamental, Ensino Médio e Ensino de Jovens e Adultos (EJA). A escola ainda não
possui classe de apoio ao aluno portador de necessidades educacionais especiais,
mesmo tendo alunos especiais matriculadas.

FUNÇÃO SOCIAL DA ESCOLA

A escola hoje procura selecionar, organizar e sequênciar as partes, dando tratamento aos
conteúdos, buscando instrumentalizar os educandos para que os mesmos se apropriem do saber,
capaz de transformar as relações sociais do qual ela participe. Está comprometida no processo
permanente de discussão e reflexão na busca de alternativas viáveis à efetivação de sua
intencionalidade propicia a vivência democrática necessária para a participação de todos os
membros da comunidade escolar.
A escola tem a função de desenvolver o educando, ampliando e melhorando suas
oportunidades de aprendizagem, assegurando-lhe os meios e condições intelectuais para progredir
no trabalho e em estudos posteriores bem como para poder optar pelo engajamento nos
movimentos sociais ou demanda da sociedade.

FILOSOFIA DA ESCOLA

Cabe a escola oportunizar ao aluno o pleno desenvolvimento nos princípios


democráticos à dignidade do ser humano, na igualdade de direitos, deveres, participação,
respeito, justiça, valores éticos no seu convívio social, permitindo a apropriação de quatro
grandes eixos norteadores: aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a viver, aprender a
ser.
A escola indígena deve efetuar em seu modo de ensinar a partir das diretrizes
da Educação Escolar Indígena, considerada pelo MEC através da SECAD uma
modalidade de ensino, portanto que pratique um processo pedagógico que segue os
princípios garantidos na Constituição Federal e na Lei de Diretrizes e Bases da
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Educação Nacional, prevendo um ensino diferenciado que considere os aspectos


culturais, tradicionais e históricos do povo Xokleng/Laklãnõ.
O diferenciado também diz respeito à estrutura da escola organizada de
forma a não ferir os costumes que envolvem as atividades de sustentabilidade e
organização social, religiosa e política da comunidade na qual a escola esta inserida.
Outro princípio é o do bilinguismo que possibilita o ensino da língua Laklãnõ, inclusive
já na alfabetização, passando para as outras turmas num processo de fortalecimento e /
ou revitalização. Nesta mesma lógica, estão os princípios da interculturalidade, da
especificidade e do comunitário.
A interculralidade esta presente na escola indígena, pois terá que possibilitar
aos alunos indígenas conhecimentos e processos de aprendizagem que possibilitem
uma vida digna, plena e integral. Neste sentido, conteúdos que compõem outras
realidades e outros povos, inclusive da sociedade do entorno e da qual a escola está
inserida, que é a sociedade brasileira como um todo.
A especificidade e o comunitário são os aspectos que vão de fato dar
identidade à escola indígena Laklãnõ, pois é prever na matriz curricular e na
organização escolar elementos, conteúdos, atividades que são próprias aos costumes,
à cultura do povo e da comunidade okleng/Lakãnõ.

PODER INFRA-ESCOLAR (?) sugiro mudar o nome

A Escola está estruturada de forma a atender as necessidades do aluno, contando com


a Direção, Secretaria, APP, Conselho Deliberativo, Pais, Alunos, Docentes, Agentes de serviços
Gerais, estagiários do Programa Primeira Chance, além de Estagiários de Universidades que
fazem observação e pratica do ensino.

DEFINIÇÕES DAS FUNÇÕES PÚBLICAS

A Direção é o órgão que gerencia o funcionamento dos serviços escolares no sentido


de garantir o alcance dos objetivos educacionais da unidade escolar, definido nesse Projeto
Político Pedagógico. A Escola Indígena de Educação Básica “Laklãnõ” conta com um Diretor de
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Escola, uma Diretor Adjunto, um Responsável por Secretaria da Escola, 22 professores, 3 agentes
de serviços gerais, 2 vigilantes.

PERFIL (ou funções) DO DIRETOR E DIRETOR ADJUNTO

- Organizar e distribuir os recursos humanos, físicos e materiais disponíveis na escola;


- Participar do planejamento curricular;
- Providenciar junto aos demais segmentos da escola recursos financeiros, materiais físicos e
humanos necessários à viabilização do PPP;
- Acompanhar a execução do currículo, visando ao melhor uso de recursos, bem como a sua
permanente manutenção e reposição. Viabilizar aos profissionais da escola oportunidade de
aperfeiçoamento, visando o PPP;
- Coordenar o processo de elaboração e atualizar do PPP, garantir o seu cumprimento;
- Assegurar a organização, atualização e trâmite legal dos documentos recebidos e expedidos pela
escola;
- Discutir com a comunidade escolar a qualidade, quantidade, preparo, distribuição e aceitação da
merenda escolar, tomando providências para que sejam atendidas as necessidades do educando;
- Acompanhar e avaliar estagiários;
- Garantir que todos os funcionários da escola se comprometam com o atendimento às reais
necessidades dos alunos;
- Estar comprometido com a educação;
- Ser articulador pedagógico, administrativo e financeiro e exercer sempre uma liderança
democrática na escola;
- Procurar constantemente se interar de todas as áreas do conhecimento;
- Ética e visão do futuro;
- Ser solidário e influente, criativo, dinâmico, pontual, assíduo, gentil;
- Ser dinamizador de todos os processos e segmentos da escola, aliando a eficiência e a eficácia,
para que as ações pedagógicas fluam progressivamente;
- Ouvir e articular os anseios da comunidade escolar, e coordenar as atividades inerentes à escola;
- Delegar funções, observando a qualidade dos trabalhadores desenvolvidos, atendendo as
necessidades da escola, acompanhando e avaliando o processo;
- Revitalizar os ânimos e competências de todo o pessoal da escola;
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- Ser conhecedor da legislação e aplicá-la com competência;


- Coordenar a escola com firmeza e consciência desta nova forma de gestão, mantendo harmonia
e equilíbrio na EU;
- Buscar melhoria no processo de ensino e aprendizagem, articulando professores e pais para um
processo pedagógico progressivo;
- Trabalhar com a APP, com o Conselho Deliberativo e outros segmentos, de forma articulada,
primando pela competência técnica e político;
- Mediar as ações entre a escola e a comunidade, gerindo o processo de forma democrática,
flexível e criativa;
- Dar agilidade nas negociações e transparência nas negociações;
- Viabilizar oportunidades para reflexão e desenvolvimento de valores morais e éticos entre os
profissionais e alunos;
- Possibilitar constante aperfeiçoamento aos profissionais, com encontros de estudos, palestras,
reuniões, etc;
- Submeter aos órgãos competentes as prestações de conta de sua gestão;
- Ser honesto, integra, humilde, ter bom senso, imparcialidade e estar sempre atualizado;
- Saber valorizar o corpo docente;
- Visitar as salas de aula de freqüência;
- Ser comunicativo, ter bom relacionamento e conheça a realidade da comunidade escolar;
- Ter o perfil de um cidadão critico e comprometido buscando a transformação do meio
trabalhado para a inclusão;
- Respeitar e valorizar opiniões para tomada de decisões, consultando os vários segmentos da
escola;
- Ter a capacidade de envolver a comunidade para que haja participação da mesma no processo
educativo;
- Residir de preferência onde a escola se localiza;
- Acreditar no coletivo da escola em permanente movimento e crescimento;
- Acreditar no aluno e na possibilidade de suas potencialidades serem atualizadas;
- Ter conhecimento da realidade não só da comunidade escolar, mas também da comunidade em
geral;
- Ser firme sem ser apenas autoritário;
- Ter autoridade em situações diversas;
17

- Possuir bom senso para poder julgar as ações da comunidade escolar;


- Convocar representantes da entidade escolar, para participar do processo de elaboração e
execução do PPP;
- Coordenar o processo de implantação das diretrizes pedagógicas, da entidade escolar, para
atender as necessidades do educando;
- Propor aos serviços técnico-pedagógicos e técnico-administrativos as estratégias de ensino que
serão incorporadas ao Planejamento Anual de Unidade Escolar;
- Aplicar normas, procedimentos e medidas administrativas em função do bom desempenho da
educação;
- Coordenar a elaboração do calendário escolar e garantir o seu cumprimento;
- Cumprir e fazer cumprir a legislação em vigor, comunicando aos órgãos da administração
estadual de ensino as irregularidades no âmbito da escola e aplicar medidas saneadoras;
- Administrar o patrimônio escolar em conformidade com a lei vigente.
Aqui acrescentar o resultado do questionário realizado com os professores resultado da oficina
realizada com eles...

PERFIL (ou função) DO RESPONSAVEL POR SECRETARIA DE ESCOLA


- Participar com a comunidade escolar na construção PPP;
- Participar do planejamento escolar;
- Coletar, organizar e atualizar informações e dados estatísticos da escola que possibilitem
constante avaliação do processo educacional;
- Coletar, atualizar e socializar a legislação de ensino e de administração do pessoal;
- Assegurar a organização, atualização e trâmite legal dos documentos recebidos e expedidos às
reais necessidades dos alunos;
- Participar dos Conselhos de Classe;
- Estar comprometido com a educação;
- Ser Articulador Pedagógico, administrativo e exercer sempre uma liderança democrática na
Escola;
- Buscar conhecimento constante em todas as áreas do conhecimento;
- Ser pessoas integra, com credibilidade junto à comunidade escolar;
- Competência técnica, administrativa, pedagógica, sócio-comunicativa e política;
- Ser solidário e influente, criativo, dinâmico, pontual, assíduo, gentil;
18

- Ter visão e capacidade de realização;


- Ser conhecedor da legislação;
- Mediar as ações entre professores e alunos;
- Dar agilidade às informações;
- Contribuir para o aprimoramento da qualidade do ensino;
- Saber valorizar o corpo docente;
- Ser comunicativo, ter bom relacionamento e conhecer a realidade da comunidade escolar;
- Comunicar sempre a direção imediatamente na sua ausência fatos ou irregularidades que vierem
acontecer na escola;
- Organizar e manter em dia o protocolo, o arquivo escolar e o registro de assentamentos dos
alunos de forma a permitir, em qualquer época, a verificação de documentos da vida dos alunos
e funcionários;
- Apresentar ao Diretor, em tempo hábil, todos os documentos que devem ser assinados;
- Coordenar e supervisionar as atividades referentes a matricula, transferências, adaptação e
conclusão de curso;

PERFIL DO DOCENTE – Ver o texto que foi para o Caderno


Professores:

Nº de professores indígenas: 29
Nível de formação dos professores indígenas: F= Ensino fundamental; M= Ensino Médio; S=
Ensino Superior
Professor: ALAIR NGAMUUN PATTÉ ( )F (X )M (Magistério Indígena) ( X )S (Formada
em História)
Local de Formação: Centro Universitário Leonardo da Vinci - UNIASSELVI
Professor: NANBLÁ GAKRAN ( )F ( )M ( X )S (Formado em Ciências Sociais (ênfase em
desenvolvimento sustentável), Mestrado em Lingüística)
Local de Formação: Universidade do Vale do Itajaí/ UNIVALI e Universidade Estadual de
Campinas/ UNCAMP/ SP.
Professor: PRODRIGUES PINTO REIS ( )F ( )M ( X )S (Formado em Pedagogia)
Local de Formação: Universidade Estadual de Santa Catarina – (UDESC)
Professor: ABRAÃO KOVI PATTÉ ( )F ( )M (Magistério Indígena) (X )S (Formado em
Matemática)
Local de Formação: Centro Universitário Leonardo da Vinci - UNIASSELVI
Professor: MARIA KULA PATTÉ ( )F (x )M (Magistério Indígena) ( X )S (Formada em
Letras – Português e Espanhol)
Local de Formação: Centro Universitário Leonardo da Vinci - UNIASSELVI
Professor: LILIAN PATTÉ DOS SANTOS LEMOS ( )F ( )M (X )S (Formada em Letras –
Português e Espanhol
19

Local de Formação: Centro Universitário Leonardo da Vinci - UNIASSELVI


Professor: SOLANGE KAVAN PATTÉ ( )F ( X )M (Magistério Indígena) ( X )S – (Formada
em Ciências Biológica).
Local de Formação: Centro Universitário Leonardo da Vinci - UNIASSELVI
Professor: OSIAS TUCUGN PATÉ ( )F ( )M ( X )S (Formado em Letras – Português e
Espanhol)
Professor: ADELINA PAATÉ ( )F ( )M ( X )S ( Formada em Pedagogia)
Local de Formação: Centro Universitário Leonardo da Vinci - UNIASSELVI
Professor: KELLI REGINA CAXIAS POPÓ ( )F ( )M ( X )S – (Formada em Letra –
Português e Espanhol)
Local de Formação: Centro Universitário Leonardo da Vinci - UNIASSELVI

Professor: ARISTIDES FAUTINO CRIRI NETO ( )F ( X )M (Magistério Indígena) (X


)S –Cursando Ciências Biológica
Local de Formação: Centro Universitário Leonardo da Vinci - UNIASSELVI
Professor: ABIGAIL BENZI ( )F ( X )M (Magistério Indígena) ( X)S – Cursando Ciências
Biológica
Local de Formação: Centro Universitário Leonardo da Vinci - UNIASSELVI
Professor: MARGARETE VAICOME PATTÉ ( )F ( )M ( X )S – Cursando Pedagogia
Local de Formação: Centro Universitário Leonardo da Vinci - UNIASSELVI
Professor: NACAU GAKRAN ( )F (X )M (Magistério Indígena) ( X)S – Cursando
Geografia
Local de Formação: Centro Universitário Leonardo da Vinci - UNIASSELVI
Professor: CARLI CAXIAS POPÓ ( )F ( x )M (Magistério Indígena) ( X )S – Cursando
História
Local de Formação: Centro Universitário Leonardo da Vinci - UNIASSELVI
Professor: CABETCHUI CAMLEM ( )F ( )M ( X )S – Cursando Educação Física
Local de Formação: Centro Universitário Leonardo da Vinci - UNIASSELVI
Professor: FERNANDO PINTO REIS ( )F ( )M ( X)S – Cursando Sistema de Informação
Local de Formação: Centro Universitário Leonardo da Vinci - UNIASSELVI
Professor: BERENICE NDILI ( )F ( )M ( X)S – Cursando Matemática
Local de Formação: Centro Universitário Leonardo da Vinci - UNIASSELVI
Professor: BELONIR NDILI ( )F ( )M ( x )S – Cursando Educação Física
Local de Formação: Centro Universitário Leonardo da Vinci - UNIASSELVI
Professor: VILMA COCI PATTÉ ( )F ( x )M (Magistério Indígena) ( X)S – Cursando
Letras – Português e Literatura
Local de Formação: Centro Universitário Leonardo da Vinci - UNIASSELVI
Professor: LALAN PRIPRÁ ( )F ( )M ( )S – Cursando Pedagogia
Local de Formação: Centro Universitário Leonardo da Vinci - UNIASSELVI
Professor: ZILDA PRIPRÁ ( )F ( x )M (Magistério Indígenas) ( X )S – Cursando Pedagogia
Local de Formação: Centro Universitário Leonardo da Vinci - UNIASSELVI
Professor: JAIR GHOGUIN CRENDO ( )F ( x )M (Magistério Indígena) ( x )S – Cursando
Licenciatura em Geografia
Local de Formação: Centro Universitário Leonardo da Vinci - UNIASSELVI
Professor: KAN-MAN CRIRI ( )F ( )M (X )S – Cursando Licenciatura em Matemática
Local de Formação: Centro Universitário Leonardo da Vinci - UNIASSELVI
Professor: NEUTON CALEBE VAIPON NDILI ( )F ( x )M (Magistério Indígena) ( )S
Local de Formação: Colégio Agrotécnico Caetano Costa
20

Professor: JOÃO CRIRI ( )F ( x )M (Magistério Indígena) ( )S


Local de Formação: Colégio Agrotécnico Caetano Costa
Professor: CRENDO CAMLEM ( )F ( X)M (Magistério Indígena) ( )S
Local de Formação: Colégio Agrotécnico São Caetano.
Professor: JOASIAS CUIUTÁ CUZUGNI ( )F ( X)M (Técnico Agrícola) ( )S
Local de Formação: Colégio Agrotécnico Caetano Costa
Professor: GENESIO EZEBIO ( )F ( x )M (Cursando Magistério Diferenciado em Guarani) (
)S
Local de Formação:___________________________________________________

Professor Habilitação Data de Atuação C/H


Nasc.
Alair Magistério 27/07/1966 História EF e EM 30
Ngamuun B/História/PG
Patté
Namblá Ciências Sociais/Mestre 13/11/1963 Inglês EF e EM e 20
Gakran Secretário da Escola 40
Rodrigues Pedagogia 13/03/1955 Direção da Escola 40 DE
Pinto Reis
Abraão Magistério 29/08/1978 EF Séries Iniciais, 40
Kovi Patté Indígena/Matemática Matemática (EF),
Física (EM)
Maria Kula Magistério 14/04/1964 Língua 30
Patté Indígena/Letras Portuguesa/Literatura
Português e Espanhol (EF e EM)
Lilian Patté Letras Português e 17/09/1982 Séries Iniciais (EF) 20
dos Santos Espanhol Ceja 20
Lemos
Solange Magistério 30/06/1976 Ciências (EF) 20
Kavan Indígena/Ciências
Patté Biológicas
Osias Letras Português e 10/06/1977 Ed Física (EF) 20
Tucugn Espanhol Orientador da Língua 20
Paté Materna (EF)
Adelina Pedagogia 31/08/1970 Séries Iniciais (EF) 20
Paaté
Kelli Letras Português e 22/09/1980 Português/ Literatura 09hs aulas
Regina Espanhol (EM) dadas*
Caxias e Inglês (EM) complementação
Popó de carga H.
escola João
Bonelli
Aristides Magistério Indígena/ 15/09/1985 Diretor Adjunto 40 DE
Fautino Ciências
Criri Neto Biológicas(inc.)
Abigail Magistério Indígena/ 06/12/1958 Séries Iniciais (EF) 20
Benzi Ciências
21

Biológicas(inc.)
Margarete Pedagogia(inc.) 11/11/1980 Artes Curricular (EF) 30
Vaicome
Patté
Nacau Magistério 29/04/1972 Séries Iniciais (EF) 30
Gakran Indígena/Geografia(inc.) Geografia (EF) e
Geo (EM)
Carli Magistério 19/01/1969 Séries Iniciais (EF) 40
Caxias Indígena/História Geo (EF) Bio (EM)
Popó
Cabetchui Educação Física(inc.) 14/01/1977 Ed. Física EF e EM 20
Lo Camlem
Fernando Matemática (inc) 30/12/1984 Laboratório de 40
Mongconãn Sistema de Informática e
Reis Informação(inc.) *Matemática (EM)
Química (EM) Em
substituição licença
maternidade
Berenice Matemática(inc.) 23/02/1985 Matemática (EF e 20
Ndili EM)
Química (EM)
Belonir Educação Física(inc.) 08/09/1986 Ed Física, Séries 20
Ndili Iniciais (EF)
Vilma Magistério 23/03/1979 Séries Iniciais 20
Couvi Patté Indígena/Letras Orientadora da 20
Português e Língua Materna
Literatura(inc.)
Lalan Pedagogia(inc.) 30/09/1976 Segunda professora 20
Priprá Ed. especial
Zilda Magistério 20/07/1968 Língua materna EF e 20
Priprá Indígena/Pedagogia(inc.) EM
Jair Magistério 29/11/1979 Antropologia, 20
Ghoguin Indígena/Geografia(inc.) Filosofia e
Crendo Sociologia EM
Kan-man Matemática(inc.) 21/06/1984 Matemática EF 10
Criri
Neuton Magistério Indígena 24/12/1991 Língua materna EF 30
Calebe E séries iniciais
Vaipon
Ndili
João Criri Magistério Indígena 24/05/1966 Orientador Artes 20
Indígenas
Crendo Magistério Indígena 04/03/1974 Artes Indígenas EF e 20
Camlem EM
Joasias Magistério 28/10/1983 Orientador Artes 20
Cuiutá Indígena/Técnico Indígenas
Cuzugni Agrícola
22

Genésio Magistério Diferenciado 20/10/1973 Língua Guarani 10


Fernandes Guarani
Euzebio

Quantos professores homens há na escola? 16 homens


Quantas professoras mulheres há na escola? 13 mulheres

APP- ASSOCIAÇÃO DE PAIS E PROFESSORES


Quantas famílias há na comunidade escolar? 342 famílias

Total de pessoas: 1.354


Mulheres: (657)
Homens: (697)

Do que as famílias sobrevivem?


Em sua maioria sobrevivem de pequenas agriculturas e criam galinhas, porcos e gados para seu
próprio consumo. Outros são funcionários públicos e com o que ganham ajudam seus parentes
nos seus sustentos. Boa parte é aposentada como agricultor e ganha um salário mínimo e com
isso sobrevive e também vende artesanato para completar a renda.
A maioria dos homens e mulheres trabalham nas pequenas empresas madereira, confecções e até
nos colonos próximos da aldeia e com isso sustenta as famílias.
Algumas famílias sobrevivem somente da venda de artesanatos.

- Quantas famílias estão inscritas no bolsa-família?


Há um levantamento das crianças que estão inscritas no bolsa-família. As crianças são escritas
nas prefeituras.

- Os trabalhos das famílias interferem na freqüência escolar dos alunos?


Não. Somente quando os pais vendem artesanato e ficam fora por um certo tempo (01 semana)

Existem membros da família que trabalham fora da aldeia? Qual a ocupação?


Sim, existem muitos membros das famílias que trabalham fora da aldeia. Uns trabalham nas
madeireiras, empresa de cerâmica, empregadas domesticas, outros trabalham nas confecções e até
funcionário publico municipal.

Quantas crianças de 0 a 6 anos há na comunidade? 252


- Há algum atendimento na escola para essas crianças? Não. Apenas para crianças de 04 a 06.
Num total de 34

Quantas crianças de 7 a 14 anos há na comunidade? 310


-Todas frequentam a escola? Sim

Nº de alunos da escola de 06 a 10 anos: 161


23

Nº de alunos da escola de 10 a 14 anos: 102


Nº de alunos da escola de 15 a 18 anos: 85
Obs: Há alunos acima de 18 anos que estão regularmente matriculados no Ensino Médio regular
são no total de 17 estudantes.

CONSELHO DELIBERATIVO

ALUNOS

Nº de alunos meninos atendidos pela escola: 177


Nº de alunas meninas atendidas pela escola: 167

Quantos alunos foram matriculados no início de 2009: (35) 1ª. Série, (02 turmas) ( 36) 4ª. Série,
(02 turmas) (36 ) 5ª. Série, (02 turmas) (20) 8ª. Série, (01 turma) (30) 1º. Ano do EM, (02
turmas).
Quantos alunos a escola tinha no final do ano de 2009: (35) 1ª. Série, ( 36) 4ª. Série,(30 ) 5ª.
Série, (20) 8ª. Série, (24) 1º. Ano do EM.

Alunos com necessidades especiais na escola ou na aldeia Quais as


necessidades e como são atendidas
Na escola temos dois alunos matriculados com necessidades especiais, mas na aldeia
tem mais 3 com necessidade especiais, ambos os 3 freqüentam APAE fora da aldeia.
Uma das dificuldades que a escola enfrenta é, mesmo tendo alunos com necessidades
especiais matriculadas, não há sala ou classe de apoio ao aluno portador de
necessidades educacionais especiais. Da mesma forma a escola também não tem um
banheiro com chuveiro para no caso se precisar dar um banho neste aluno especial.
Para os alunos com necessidades especiais a escola dispõe de 01 segundo professor,
que após a contratação fez uma capacitação de 08 hs em Ibirama (ano de 2009) e em
2010, uma capacitação de 24 hs em Curitiba (Pr).
Esse é o terceiro ano que a escola possui o segundo professor. Para conseguir a
contratação foi necessário montar-se um processo com diagnóstico (laudo) das
crianças e encaminhar à GERED. Sendo renovado anualmente a solicitação de
contratação.

01 aluno é deficiente mental, hiperativo e o outro é com deficiência múltipla

Além desses 02 casos a escola tem matriculado 01 aluno deficiente físico (dificuldades
de mobilidade)

A estrutura da escola para atender as necessidades destes alunos especiais Não


satisfaz. A estrutura física dos banheiros, com adaptação com mesa e chuveiro, além
da altura das pias e bacio. Precisa-se da andador e cadeira de rodas.

Alunos da comunidade escolar (Laklãnõ) estudando fora da escola e motivos


Sim, temos alguns alunos indígenas que estudam fora da aldeia. Os motivos são vários:
política interna, questão de gosto ou pela distância, entre outras. Outros saem com os
24

pais para trabalharem na cidade e assim acabam estudando em uma escola não
indígena.
Atualmente a EEF Prof. João Bonelli, situada no município de José Boiteux, atende 63
alunos indígenas, que fica distante 07 Km da EIEB La Klãnõ. A EEB D. Pedro I, na
comunidade Barra da Prata, município de Victor Meirelles aproximadamente 10 alunos
indígenas estão matriculados. Na Barra do Denck II, a escola tem 05 alunos indígenas,
todos esses alunos são residentes no interior da TI.
Esses alunos indígenas que estudam fora são oriundos das principais aldeias: Pavão,
Sede, Palmeirinha, Coqueiro.
Esses alunos estudam fora da TI por opção dos pais.

Crianças ou adolescentes que não freqüentam a escola


Motivos apontados pela família da criança ou adolescente para não estudar.
É muito raro um adolescente Laklãnõ (Xokleng) estar fora da sala de aula. Atualmente
todos os adolescentes entre 15 a 18 anos concluiram o ensino fundamental. Em sua
maioria esses adolescentes também concluiram o ensino médio. Alguns alunos que
saíram da escola após a matricula foi por transferência para acompanhar a família.
Alguns enfrentam curso superior e em sua maioria acabam desistindo por
descriminação e falta de questão financeira.

Alunos não Xokleng estudando na escola


Sim, temos alguns alunos não indígenas estudando na escola. Em sua maioria estes
alunos não indígenas têm parentes morando nas aldeias. Outros são indígenas de
outra etnia como: Guarani e alguns descendentes de Kaingang.
02 guarani, 01 Kaingáng, 02 alunos não indígenas que moram na aldeia, sendo 01 por
razão de casamento com Xokleng.

Os alunos da Escola Laklãnõ antes de estudarem na escola


Desde a implantação da primeira escola na T.I. em 1938, os alunos Xokleng estudavam
em uma única escola. Com o crescimento da população, sentiu se necessidade de criar
mais escolas no interior da Terra Indígena, pois isso facilitaria aos alunos e também
encurtava a distâncias para eles. No inicio dos anos 80, com a criação de novas
aldeias, foram criadas mais escolas, ou seja, em cada aldeia havia uma escola que
pudesse atender alunos de 1ª a 4ª série, pois aumentou muito a população. Vendo o
crescimento rápido da população escolar, as lideranças sentiram necessidade de criar
uma escola maior para atender os alunos indígenas na própria Terra Indígena de 5ª a
8ª serie do ensino fundamental e ensino médio sem sair ou retirar se da aldeia. Assim
foi criada uma escola que deu inicio as atividades no segundo semestre do ano de
2004. Atendendo alunos desde o pré escolar até o ensino médio. Com isso todas as
escolas menores do interior da Terra Indígena foram desativadas e foram nucleadas na
escola maior que é a Escola Indígena de Educação Básica Laklãnõ.

Alunos matriculados em 2004.


No ano de 2004, estavam matriculados 236 alunos, e estes freqüentavam a escola.

Alunos que já se formaram no ensino Médio na Escola Laklãnõ


Desde o inicio do funcionamento do ensino médio na E.I.E.B.Laklãnõ em 2005, já se
formaram 68 alunos.
25

Quando a escola era só de Ensino Fundamental quantos alunos eram atendidos


aproximadamente?
Aproximadamente eram atendidos em torno de 142 alunos nas escolas menores no
interior da Terra Indígena. Veja este numero era de 1ª à 4ª séries. Lembrando que
todas as escolas eram multisseriadas.

Numero de alunos da Escola Infantil Municipal estão na escola:


04 à 06 anos: nº 31 alunos
Nº feminino: 19 alunas
Nº masculino: 12 alunos.
Aqui também é interessante colocar o resultado do questionário aplicado aos
alunos

CAPACITAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS

O plano de ações da Secretaria de Estado da Educação e Inovação, envolvendo a


GEREI e a Unidade Escolar prevê o programa de capacitação de recursos humanos, através da
realização de cursos devidamente adequadas às exigências das transformações sociais que afetam
diretamente a educação. “O ser humano é entendido como um ser social, que se envolve com o
individuo na medida que interage socialmente, que só cresce como pessoa, quando cresce como
sociedade”.
Torna-se necessário desenvolver um processo pedagógico inovador, que transforme a
escola considerando o atual momento de transição social e a velocidade com que se processam as
mudanças sociais, cientificas e tecnológicas, etc.
A profissionalização e o domínio do conhecimento no exercício da função pública são
condições fundamentais para o êxito da Política Educacional que, por sua vez, esta diretamente
relacionada a qualidade do desempenho dos profissionais atualmente no sistema.
Assim o que se pretende, é adotar um programa de capacitação onde o principal
objetivo é modificar as praticas tradicionais e investir num processo mais participativo e efetivo
quanto ao nível de formação pretendida.
O compromisso da escola é de buscar na esfera estadual e federal, subsídios para
garantir a capacitação descentralizada de recursos humanos. Cabe também viabilizar a todos os
membros que fazem parte das atividades educacionais desse estabelecimento de ensino, de
participar de treinamentos, cursos, fóruns, congressos, seminários, encontros e outros eventos que
possam capacitar o corpo docente, discente, administrativo, de serviços, gerais, etc.
26

CONSELHO DE CLASSE

No Conselho de Classe há que se considerar a função mediadora que avaliação


assume a LDB, no qual ele pode ser interpretado como um espaço educativo de debate,
questionamento e análise coletiva sobre o desempenho pedagógico da equipe de profissionais
como um todo, sendo uma instância de natureza consultiva e deliberativa.
Considerando a realidade e as particularidades de cada instituição de ensino,
indicamos, respaldamos na Lei Complementar nº 170/98, Conselho de Classe Participativo, como
possibilidade para a avaliação pratica, reflexiva, qualitativa e critica, que considere o aluno na sua
totalidade e quando necessário, para a reorganização curricular. É importante pensar caminhos
que possibilitem um maior desenvolvimento no âmbito coletivo, comprometendo professores e
alunos família e outros segmentos da comunidade escolar com o processo de ensino e
aprendizagem, com a tomada de posições e decisões.
O Conselho de Classe poderá ser um dos momentos culminantes para as discussões
sobre a avaliação do processo educativo, entre pais e comunidade escolar. Constitui-se em uma
instância democrática e participativa, onde deve ser promovidos um momento de discussão e
partir das experiências e saberes de cada um do grupo, para apontar as necessidades e, ao mesmo
tempo, encontrar alternativas para os problemas pedagógicos apresentados. Sabe-se que os
problemas diagnosticados não são solucionados de imediato, mas ao longo do processo, com
ponderações e analise dos critérios e instrumentos avaliativos determinados por todos, além da
construção de projetos a curto médio e longo prazo que visam à melhoria das oportunidades de
aprendizagem expressos no Projeto Político Pedagógico.
De acordo com o atendimento, observa-se que o enfoque principal do Conselho de
Classe não deve ser ou ditar notas ou comentários dos problemas disciplinares dos alunos com
desabafo, confundindo conhecimento com comportamento, mas como um momento para se
repensar o ato de ensinar e aprender, estabelecendo uma cumplicidade entre educador e
educando, diante do objetivo do conhecimento.
O Conselho de Classe será juntamente com pais, alunos e professores no ensino
fundamental. Com alunos e professores podendo contar com a participação dos pais no Ensino
Médio.
27

Acontecerá reunião com alunos para discussão do andamento das aulas. Levantar
pontos positivos e negativos. Avaliar erros e acertos. Levantar sugestões para melhorar o ensino
aprendizagem. Lavar os resultados dos diálogos aos pais e buscar com eles mais sugestões
visando a solução dos problemas. Conversar individualmente com pais e alunos, nos casos de
problemas mais sérios.

MATERIAL DIDÁTICO

O material didático faz parte da vida do aluno, mas sua falta não poderá ser impeditiva
para que o mesmo participe das atividades escolares.
A adoção ou não de material que não é básico, deverá ser deliberado em assembléia
geral da APP, com todos os representantes da comunidade escolar.
Cabe a escola, providenciar ao aluno carente o material básico (lápis, caderno,
borracha, caneta, régua) para que possa realizar suas atividades escolares.
É de responsabilidade do governo federal, através do Programa Nacional do Livro
Didático (PNLD) garantir às escolas todos os livros, para o entendimento dos alunos
gratuitamente.
No inicio de cada ano letivo, e no ato da matricula, o professor devera listar o material
que irá necessitar para proceder suas atividades programadas para o ano letivo. Cada aluno
deverá estar reunido com seu material para que possa desenvolver seus trabalhos produtivamente
(aos que não conseguirem por necessidade financeira cabe a APP doá-lo), e aos pais e alunos,
fica a responsabilidade de zelar pelo bom uso da material oferecido.
Os livros para o Ensino Médio serão adquiridos pelos alunos mediante consulta prévia
das possibilidades da turma. Os alunos que não puderem adquirir os livros ou conseguir
emprestado de alunos que já se formaram ou colegas de outra turma poderão compensar a falta
deste com cópias manuais ou xerox. Cabe ao professor auxiliar na seleção dos conteúdos por
propriedade. Em hipótese alguma a falta de livro poderá ser empecilho à aquisição a construção
do conhecimento pelo aluno.

DISCIPLINA ESCOLAR
28

A escola é um espaço institucional em permanente construção, deve ser agente das


transformações sócias e políticas do mundo, sem perder de vista a dimensão coletiva do processo
de planejamento que lhe possibilitará redimensionar-se pela participação, integração e interação
que se sentem comprometidos com a transformação dela e da sociedade.
Por considerar que as ações escolares têm sempre um objetivo a alcançar, estas devem
ser planejadas, evitando-se a improvisação e tornando o trabalho da escola responsável e
conseqüente.
A participação dos pais é solicitada nas reuniões, nos Conselhos de Classe e sempre
que for necessária a sua presença.
A disciplina escolar do aluno, será norteada com base no ECA, LDB, e lei 170/98.
Pela inobservância dos deveres previstos neste PPP, conforme a gravidade ou
reiteração das faltas e infrações, serão aplicadas, aos alunos, as seguintes medidas disciplinares:
- advertência verbal;
- advertência escrita ao aluno, aos pais ou responsável;
- solicitação de comparecimento do pai ou responsável;
- suspensão de aula;
- ressarcimento dos prejuízos que venha causar em bens de colegas, professores e do patrimônio
escolar;
- encaminhar ao Conselho Tutelar e ao Ministério Publico.
A aplicação da medida da advertência verbal será executada pelo professor ou pela
Direção.
A medida de advertência escrita e ou solicitação de comparecimento dos pais ou
responsáveis serão aplicadas pela Direção nos casos de reincidência de faltas.
A aplicação da medida de suspensão das aulas normais será executada pela Direção.
A medida ao encaminhamento ao Conselho Tutelar da Criança e do adolescente será
aplicável por reincidência da inflação.
A suspensão às aulas ocorrerá nos casos em que se torne insustentável a presença do
aluno na sala de aula por colocar em risco a integridade dos demais alunos ou professor da turma,
por prejudicar o andamento das aulas e conseqüentemente aprendizagem dos colegas. Esta
medida é de caráter emergencial e provisório enquanto se toma as devidas providencias já citadas
anteriormente. Caso haja condições o aluno poderá ficar na Biblioteca ou em outro espaço em
29

que possa trabalhar acompanhado de um educador fazendo as atividades que seus colegas fazem
na sala de aula enquanto aguarda resolução do problema em questão.

FORMAÇÃO DE TURMAS

A educação básica, nos níveis: Educação Infantil, Ensino Fundamental, Médio e EJA,
será de acordo com a Resolução da Educação Indígena do Estado de Santa Catarina. As turmas
são formadas, obedecendo-se a legislação que estabelece o seguinte:
- Educação Infantil - Que o numero de alunos seja no máximo de 20 por sala, desdobrando com
mínimo de 21 alunos, e de acordo com a necessidade da comunidade indígena Laklãnõ desta
Unidade Escolar.
- A organização e funcionamento da educação infantil ficam a critério da comunidade escolar
juntamente com os pais dos mesmos.
- A idade dos alunos e o horário será de acordo com a realidade desta comunidade, ou seja,
matutino, vespertino ou integral, isso é, de acordo com a decisão em conjunto com a UE e os
pais.
- Professor: que o professor seja bilíngüe ou que tenha uma formação específica na área de
educação infantil.
- Que tenha espaço físico próprio com mobiliário adequado, deve ser planejado de acordo com a
realidade da comunidade escolar.

HORÁRIO ESCOLAR

O período das aulas ocorre dentro das 4 horas de permanência de efetivo trabalho
escolar e carga horária de trabalho dos profissionais da educação. No período da manhã, as aulas
terão início às 7:30 horas até às 11:30 horas e na parte da tarde às 13:00 horas, até às 17:00 horas.
À noite, no Ensino Médio, as aulas serão de 40 minutos, terão início às 18:30 horas
até às 22:05 horas.
Conforme Art. 27, inciso 2º da lei 170/98, o intervalo de tempo destinado ao recreio
faz parte da atividade educativa e como tal se inclui no tempo de efetivo trabalho escolar e carga
horária de trabalho dos profissionais de educação. Diariamente, um grupo de professores
participa com os alunos nas atividades de recreio. O Projeto de Recreio Monitorado vem trazendo
30

resultado positivos no sentido de proporcionar maior integração entre professores e alunos,


diminuição de desentendimentos e brigas e diminuição de estragos no patrimônio da escola.
No período de cada ano será definido o horário de inicio e fim, dependendo da
disponibilidade do transporte escolar.

CALENDARIO ESCOLAR

O calendário escolar deverá ser organizado levando em conta as diretrizes as


Secretaria da Educação e Inovação, respeitando-se início e fim do ano letivo, garantindo os 200
dias ou 800 horas de efetivo trabalho escolar.
No início de cada ano, será necessário rever o Plano Político Pedagógico e sua
possível reformulação. Discute-se a legislação vigente. Elabora-se o calendário escolar,
especificando datas comemorativas, conselhos de classe, reuniões pedagógicas e outros eventos.
Para o ano de 2007 ficou definido que em todo o município de José Boiteux as aulas
terão inicio na primeira quinzena de fevereiro. Em função desta mudança a escola optou por
encerrar o primeiro bimestre letivo em 20 de abril.

DATAS E SEMANAS COMEMORATIVAS


UNIFORME

CURRÍCULO
1. Matriz de Ensino Fundamental
2. Unidade Escolar: Escola Indígena de Ensino Fundamental Sapé-Ty-Kó
3. Curso: Ensino Fundamental – 1º ao 9º ano
4. Número Efetivo de Trabalho Semanal: 05 dias
5. Carga horária mínima anual: 800 horas

6. Número de semanas letivas: 40 semanas


7. Número de dias de efetivo Trabalho escolar: 200 dias
8. Turno: Diurno
31

AREA DISCIPLINA 1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º

LINGUAGEM LÍNGUA X X X X 5 5 5 5 5
PORTUGUESA/LÍNGUA
BASE MATERNA
ARTES X X X X 1 1 1 1 1

ARTES KAINGÁNG X X X X 2 2 2 2 2
COMU
M EDUCAÇÃO FÍSICA X X X X 2 2 2 2 2

CIÊNCIAS MATEMÁTICA X X X X 4 4 4 4 4
EXATAS e da
CIÊNCIAS X X X X 2 2 2 2 2
NATUREZA

CIENCIAS HISTÓRIA /CULTURA X X X X 2 2 2 2 2


HUMANAS INDÍGENA
GEOGRAFIA/ CULTURA X X X X 2 2 2 2 2
INDÍGENA
TOTAL DE HORAS SEMANAIS 20 20 20 20 2 20 20 20 20
0

Obs.: Contratação de dois professores para as áreas:

- Linguagens: Língua Portuguesa, Língua Materna, Artes, Arte Guarani,


Educação Física;
- Ciências Humanas, da natureza e Matemática: Matemática, Ciências, História
(Cultura Indígena) Geografia (Cultura Indígena)

9. Matriz de Ensino Médio

3. Matriz de Educação de Jovens e Adultos

Matriz Curricular – Ensino Fundamental – 1º Segmento


Unidade Escolar: Escolas Indígenas
Curso: Ensino Fundamental Modalidade Educação de Jovens e Adultos
32

Número Efetivo de Trabalho Semanal: 03 dias


Número de aulas/dia: 04 aulas
Carga horária mínima anual: 384 horas
Número de semanas letivas: 40 anuais
Número de dias de efetivo Trabalho escolar: 160 dias
Duração do curso: 2 anos

1º Ano

Nº de aulas Carga
AREA DISCIPLINA semanais Horária Total
Língua Portuguesa e 05 160
Literatura

Língua Indígena 04 128


LINGUAGEM/ Guarani, Kaingáng e
Xokleng e Literatura
CONTEXTO Indígena
BASE
INDIGENA Artes / Artes indígenas 03 96

TOTAL 12 384
COMUM
2º Ano

CIÊNCIAS

MAT DA Matemática 05 160


NATUREZA/CO
NTEXTO
INDÍGENA

CIENCIAS Estudos da Sociedade


Indígena (Território,
HUMANAS/
Ambiente, Saúde, 07 224
CONEXTO Sustentabilidade e
Gestão)
INDIGENA

TOTAL 12 384

768
TOTAL GERAL
33

OBS.: Um professor poderá trabalhar com a área da linguagem e outro professor


trabalhar Ciências da Natureza e Ciências Humanas.

Matriz Curricular – Ensino Fundamental – 5ª a 8ª série – noturno – 2º Segmento

Unidade Escolar: Escolas Indígenas


Curso: Ensino Fundamental Modalidade Educação de Jovens e Adultos
Nº de semanas letivas: 22
N de dias letivos/semana: 03 dias
Aulas Ministradas por dia: 05
Total de dias letivos: 110
Duração da hora/aula: 48
Carga Horária Total: 1.600 horas
EIXOS DISCIPLINAS Nº de aulas CH
semanais
TEMÁTICO TOTAL
1º Ano 2º Ano
S
(5ª e 6ª) (7ª e 8ª)

Língua Portuguesa e 3 3 192


Literatura
Língua Indígena 2 3 160
Kaingáng e Literatura
Indígena
Arte / Arte Indígena 2 - 64

Linguagem/ Pesquisa 4 4 256


Contexto Sustentabilidade da
Aldeia
Base Comum Indígena

Matemática 2 3 160

Ciências Ciências 2 2 128


34

Matemática Pesquisa 3 3 192


s da Sustentabilidade da
Natureza/ Aldeia

Contexto

Indígena

História e Organização 2 2 128


Social Indígena
Ciências
Geografia (Território e 2 2 128
Humanas/ Territorialidade)

Contexto
Indígena

Pesquisa em 3 3 192
Sustentabilidade da
Aldeia
TOTAL GERAL 25 25 1600

1)LINGUAGENS:

 Conteúdo. Português, matemática, ciências, geografia, história, artes, artes xokleng, educação
física, língua xokleng.

Através do conhecimento de cada um podemos desenvolver a língua falada e escrita e a


oralidade de cada educando, como educadora em sala de aula. Ex. O aluno deve
35

primeiramente saber a língua falada e a língua escrita para poder diferenciar as vogais e as
consoantes.
 Na dialogia

Cada sujeito complementa o outro. Ex> Para cada individuo o uso da língua tem diferença no
cotidiano. Tanto nas disciplinas exigem de nós a escrita e a oralidade.
 Discurso

Através dos discursos, cada aluno pode transmitir o conhecimento que aprendeu em sala de
aula junto em sala de aula junto com os colegas e professores assim podemos perceber que
ele teve, ou aproveitou a aprendizagem construiu a língua e a escrita de cada um por que
assim podemos perceber que alcançou o seu objetivo das disciplinas.

PORTUGUÊS
-Alfabetização
 Alfabeto/ Alfabeto Xokleng
 Vogais/ Vogais Xokleng
 Consoantes/ Consoantes Xokleng
 Escrita e Oralidade
 Nomes Indígenas
 Cantigas
 Contos
 Parlendas
 Cortes e rcortes de jornais e revistas
 Nomes dos pais
 Nome das partes do corpo Humano/ Xokleng
 Construção de palavras
 Jogos
 Pequenos textos
 Leitura (treinamento)
 Numeros naturais
 Numeros Xokleng
 Planeta Terra
 Seres Vivos

LITERATURA
 Interpretação de texto
 Construção
 Linguagem do texto
 Usos e reflexões
 Produção de etxtos
 Produção de sinopse de um romance
 Entrevista
36

 Estudos gramaticais
 Produção oral e escrita de textos
 Debate com mediação e regras

EDUCAÇÃO FÍSICA

1° a 5°série

Recreação
 Pega-Pega
 Caça ao tesouro
 Briga de galo
 Pega-Pega congela
 Pegada do Jacaré

Esportivo
 Bola do centro
 Queimada invertida
 Futsal invertido
 Handebol Recreativo
 Passando a bola

Ginástica
 Contra o relógio
 Nona Maricota
 Corrida
 Imitando o mestre
 Pular Corda

Raciocínio
 Caixa de surpresa
 Escutar e procurar
 Encaixe o rabo
 Rapidez com os números

Esporte Indígena
 Tiro de arco e flecha
 Corrida de tora
 Cabo de guerra
 Tiro de zarabatana

Ensino Médio

Trabalhar os campos conceituais como:


37

- Movimento específico de maior (intensidade) ou menor intensidade de acordo com faixa etária
do discente.
- trabalhar as qualidade físicas, como: flexibilidade, agilidade, descontração, força e equilíbrio,
velocidade.
Conceitos Essenciais da Educação Física
- Velocidade: movimento, dança e esporte.
- Agilidade: jogo, ginástica e dança.
- Descontração: Corporeidade.
- Força: esporte, movimento.
- Equilíbrio: Ginástica e dança.
- Flexibilidade: Ginástica, dança.
Conclusão:
- Concluímos que a educação física não cuida só do corpo, mas sim, também a mente. Todos os
movimentos específicos precisam desenvolver essas qualidades físicas.

ARTES

Conceito -> A idéia geral, que amplia uma idéia principal.


Objetivo -> Que os alunos compreendam, de uma maneira clara todas as sugestões.
- Homem
- Conhecimento
- Mundo
- Ser
- Ética
- Estética
Conceitos -> A educação física parte por ser parte do conhecimento historicamente produzido,
deve reunir o que for de mais significativo ligado aos conceitos de movimento, corporeidade,
dança e esporte.
- Corporeidade
- Movimento
- Treino
- Dança
- esporte
- História
- Cultura
- Tempo
- Tempo/Espaço
- Identidade
- Memória
- Imaginário
- Temporalidade
- Ideologia
- Relações Sociais de Produção

 Dança Cultural
 Teatro
 Pintura
38

 Musica
 Autores/Biografia

ARTES XOKLENG

Produção Artística e Cultural


 Som
 Forma
 Cor
 Gesto

Linguagem
- Música
- Cênica { dança, teatro – dança indígena}
Artes Visuais
 Desenho – desenhos tradicionais e desenhos de artesanato.
 Pintura – Carvão vegetal, guache
 Arquitetura – Argila
 Escultura

Tema do projeto
- Sociedade
- Cultura
- Educação Sexual
Objetivo Geral
Fazer o aluno construir seu conhecimento geográfico fundamentado em mapas, o que é a arte na
comunidade, sua história e seus trabalhos.
A importância da conservação do meio ambiente; paisagens; a terra e sua moradia.
Conteúdo
Os conteúdos que serão desenvolvidos para todas as séries iniciais.
- A “pacificação”.
- A voz Xokleng.
- A vida em movimento.
- Os senhores das terras: Os bugres.
- Martinho Marcelino de Jesus
- O bugreiro – criminoso
- A Bugra Luca Moa
- O Xokleng
- Arte Indígena
- História
- Arte Xokleng: lança, panela de argila, gamela, esteira, tecelagens, oca, chocalho, cesta ria, arco
e flecha.
- A resistência do povo Xokleng
- História da Arte Guarani
- Música
- Dança
39

- educação Tradicional Xokleng


- O Xokleng e a Natureza
- Revitalização da cultura
- Casa de oração.
- Religião
- Crença
- Ervas medicinais
- Sementes tradicionais
- Comida típica
- Bebidas tradicionais
- Espaço territorial
Metodologia
 Pesquisas (espaços para pesquisas)
 Fala Teórica
 Trabalho Prático
 Aparelho Eletrônicos para pesquisas

Conclusão
O trabalho de arte Xokleng vai ser realizado pelo professor de artes diferenciada na sala de aula
no ano de 2011, juntamente com a direção coordenadores e professores que atuam na sala de
aula.

LÍNGUA MATERNA (?)

INGLÊS (?)

2)CIÊNCIAS HUMANAS:

GEOGRAFIA

Sociedade: Relações sócio-culturais


Relações sócio-econômicas
Relações sócio-políticos
Paisagem: Paisagem natural
Paisagem cultural
Espaço-Tempo: Historicidade
Movimento (dinâmica espacial)
Espaço Geográfico: Universal, Estadual, Municipal, Global, Local, Continental, Territorial.
Território Terra Laklãnõ.
Região: Macro- Micro
Espaço Produzido: Economia, Relações internacionais, Relações comerciais.
Espaço Representado: Cartografia, Desenhos, Fotografia, Maquetes.
Lugar: Espaço vívido.
Território: Relações de poder, Fronteira política.
Meio Ambiente: Recurso renováveis, Recursos não-renováveis, Degradação-Preservação,
Desenvolvimento sustentável.
40

HISTÓRIA

Séries: 6° ao 9° ano
 A globalização e a economia
 Política externa/ política interna xokleng
 Direitos externos/ direitos internos xokleng
 Centros urbanos e desenvolvimentos
 Os problemas das grandes cidades
 Desafios sociais e ambientais
 O aquecimento global
 A economia
 A política
 A religião
 A cultura

Culturas Indígena e afrodescendente


 História do Brasil Contemporâneo
 História dos povos Indígenas no Brasil
 História dos povos do sul

 Educação escolar

 Educação à saúde

 Educação esportiva

Pré-colonial/pós-colonial
Período contemporâneo
Antes/Hoje (Xokleng)
 Terra e Territorialidade – Antes/Hoje
 Brasil: da redemocratização aos dias atuais
 Meio ambiente Xokleng – Antes/Hoje
 Política, Economia, Religião, Filosofia -> Mundo

SOCIOLOGIA (?)
FILOSOFIA (?)
ANTROPOLOGIA (?)

3)CIÊNCIAS EXATAS E DA NATUREZA:

CIÊNCIAS
41

Tema: Água
 Estados físicos da água
 A importância da água
 Poluição da água na terra indígena
 Purificação e distribuição da água
 Tipos de água

Tema: Vivos
 Classificação dos seres vivos
 Perservação dos seres vivos
 Habitat
 Nicho ecológico
 Relação entre os seres vivos
 Relação

Tema: Solo
 Preservação do solo
 Tipos de solo
 Erosão do solo
 Cultivo do solo

Tema: Sexualidade
 Sistema genital masculino e feminino
 Reprodução Humana
 Preservação do DST
 Gravidez na adolescência

MATEMÁTICA
Plano de aula para 1° ao 5° ano
 Números naturais indígenas e não indígenas
- Produção histórico-cultural dos indígenas Xokleng e não indígena
- As operações indígenas Xokleng e não indígena

 Números inteiros Xokleng e não xokleng

 Números racionais dos indígenas Xokleng e não indígena

- Proporcionalidade e matemática comercial/financeira (razão/proporção)


- Porcentagem
- Sistema monetário indígena Xokleng e não Xokleng ou seja dos não indígena
42

 Medidas indígena Xokleng e não indígena


- Comprimento, superfície, volume, capacidade, massa, tempo, peso, velocidade e temperatura,
ângulo.

 Estatística
- Altura, interpretação e construção de tabelas e gráficos.

6° Série: Números
 Histórico Fundamental dos números
 Histórico – Cultural dos números
 Natural
 Inteiro
 Racional
 Irracional
 Adição
 Subtração
 Multiplicação
 Divisão

7° série:
Números:
 Real
 Radiciação
 Complexo
 Potenciação
 Olgaritmo

8° série
Medidas:
 Grandezas (perímetro, temperatura, aera, volume, tempo, massa, peso, capacidade, velocidade,
proporcionalidade)
 Álgebra (proporcionalidade, funções, polinômios, equações, inequações e sistemas)

1° série médio
 Geometria
- Artefatos indígena
- Espacial -> Prisma
-> Pirâmide
-> Circunferência
-> Cilindro
-> Cone
43

-> Esfera
-> Volume e capacidade
- Plana -> Polígonos
-> Círculo
-> Comprimento, superfície, ângulo
-> Relações métricas e trigonométricas.
- Analítica -> Reta
-> Circunferencia

 2° Série
- Álgebra, também (xokleng)
- Equações, inequações e sistemas
- Matrizes
- Determinantes
- Matemática financeira – função – seqüência

 Estatística
- Probabilidade
- Parâmetros estatísticas
- Análise combinatória
- Política Indígena (dados)
- Saúde Indígena ( dados)
- Mortalidade e Natalidade Indígena
- Sócio-cultural xokleng (estatística)
- Laboratorial.

BIOLOGIA (?)
FÍSICA (?)
QUÍMICA (?)

MATRICULA
AVALIAÇÃO
ADAPTAÇÃO DE ESTUDOS
REPROVAÇÃO
ALUNA GESTANTE
ALUNOS COM PROBLEMAS DE SAÚDE (PORTADORES DE AFECÇÕES)
ALUNOS PORTADORES DE NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS – deslocar
aquela parte do texto que fala dos alunos com necessidades especiais
ESTAGIÁRIO
44

ESTÁGIO PROBATÓRIO

ESTAGIÁRIO DO PROJETO 1ª CHANCE

É um programa para alunos devidamente matriculados no Ensino Médio da Rede


Estadual de Ensino, bem como para Universitários inscritos em suas respectivas Universidades.
O estágio objetiva e assegura ao estudante a primeira oportunidade de trabalho por meio da
aplicação prática dos conhecimentos teóricos inerentes a sua área de formação.
A jornada de trabalho do estágio é de 4 horas diárias (20 horas semanais), a serem
desenvolvidas durante um dos períodos de atendimento da Escola. As atribuições do estagiário
são:
 Auxiliar nas atividades de secretaria;
 Gravação de programa da TV Escola;
 Organização do almoxarifado;
 Atender ao telefone;
 Recepção.

SERVIÇOS GERAIS

Os trabalhadores dos Serviços Gerais têm a seu encargo e manutenção, preservação,


segurança e merenda da Unidade escolar, sendo coordenados e supervisionados pela Direção,
cabendo:
 Aos serventes efetuar a limpeza e manter em ordem as instalações escolares,
providenciando a relação do material e produtos necessários. Efetuar tarefas
pertinentes à sua função.
 As merendeiras preparar e servir a merenda escolar, controlando-a quantitativamente e
qualitativamente. Informar o Diretor da necessidade de reposição do estoque, em
tempo hábil.
 Aos vigilantes cabe zelar pela segurança e integridade de todos que fazem parte da
escola bem como pela preservação do patrimônio escolar.
45

Pesquisa realizada com alunos, pais e professores sobre a escola


(interessante fazer destes dados um texto com os tópicos, ...)

Questionários PPP - alunos


Foram aplicados dezessete questionários aos alunos da Escola Indígena de Educação
Básica Laklãnõ, sendo que treze foram aplicados a alunos do Ensino Fundamental (seis
para as séries iniciais e sete para as séries finais) e quatro para o Ensino Médio. O
objetivo desses questionários é observar elementos que possam servir de demanda ou
sugestões na formação do Projeto Político pedagógico da escola.
Como é a sua escola?
ótima 10
boa 3
regular 4
Ruim 0

A escola em sua vida


é
Muito importante 11
Importante 4
Uma obrigação 2
Não sei porque vou a
escola 0

O que você
pretende fazer
após se formar?
Continuar os
estudos 13
Trabalhar na
aldeia 3
Trabalhar fora da
aldeia 1
Não sabe o que
irá fazer 0

Como você vem até a escola?


Transporte escolar 15
A pé 2
De carona com alguém da família 0
de bicicleta 0
46

Você consegue ir até a escola em todos dias letivos?


Sim 8
Não 9
a maioria dos alunos responde que não consegue ir a escola em todos os dias letivos
do ano, principalmente pela precariedade da estrada que se torna intrafegável.

O que você acha da merenda da


sua escola?
Ótima 4
Boa 5
Regular 5
Ruim 1
Insuficiente 2

Dê uma nota de 1 a 10 nos itens de sua


escola
Professores 9,117647
Direção 9
Funcionários 8,176471
Biblioteca 8,823529
Laboratório de informática 8,53125
Pátio 7,25
Quadra de esportes (ginásio) 6,764706
Salas de aula 7,382353
Banheiros 5,176471

Cite o que você aprende na escola:


A maioria das crianças respondeu que, na escola, aprendem as atividades
básicas para o convívio social, ler, escrever e calcular. Dois alunos especificaram
que aprendem a valorizar a cultura e história indígena.

Cite o que você gostaria de aprender na escola:


As crianças respondem que gostariam de aprender outras linguas, dando enfase
à própria língua materna e ao espanhol; aulas de música e teatro; esporte (teatro
e futebol); aulas de informática.

Você utiliza o que aprendeu na escola em seu dia a dia?


Todos os alunos afirmam que sim.
47

QUESTIONÁRIOS PROFESSORES
Foram aplicados 16 questionários aos professores da Escola Indígena de Educação
Básica Laklãnõ. O objetivo desses questionários é observar elementos que possam
servir de sugestões, demanda ou críticas para a formação de um Projeto Político
Pedagógico da escola.
1. O PPP da escola está de acordo com a sua realidade?
Sim 2
Não 13

Comentários: Os professores enfatizam a inexistência do PPP

2. Há a participação da comunidade indígena na elaboração do PPP? Se há, esse


diálogo entre escola e comunidade é bem exercido?
Sim 9
Bom
Regular 6
Ruim 1
Não 7

3. Como você avalia seu conhecimento sobre os objetivos previstos no PPP?


Bom 7
Regular 6
Ruim 2

4. Você, professor(a), está satisfeito(a) com o currículo atual?


Sim 7
Não 9

Comentários: Os professores justificam a insatisfação enfatizando que a escola não é


diferenciada de fato, apenas o nome, além da falta de calendário específico e cadernos
de atividade.

5. Existe alguma disciplina considerada diferenciada que poderia ser trabalhada na


escola e ainda não está prevista no seu currículo?
Sim 13
Não 3

Comentários: Aula de Informática, História da cultura, Kaingang, Artes diferenciadas,


Ervas medicinais, Alimentação típica, contador de histórias e atividades de pesquisa.
48

6. O PPP prevê processos de formação continuada para os professores da escola?


Sim 3
Não 10
E projetos de extensão?
Sim 5
Não 7

Comentários: Os professores apontam a inexistência do PPP

7. Como você avalia a participação e a importância da escola hoje nos assuntos


ligados a comunidade?
A maioria aponta a pouca participação da comunidade na questão escolar.

8. Os conteúdos apresentados em aula proporcionam um maior entendimento sobre


a cultura indígena para seus alunos? Como é a participação dos alunos em suas
aulas?
Alguns professores apontam que os alunos tem uma boa compreensão dos assuntos
relacionados à cultura. Porém, outros colocam que a falta de material específico
compromete o trabalho, devido a falta de tempo para a preparação desse material, o
que torna a abordagem da questão cultural pouco aprofundada em sala de aula.

9. No planejamento das aulas são levados em consideração diálogos interculturais,


interdisciplinares e/ou diferenciados?
Sim 15
Não 1

Comentários: É apontado que de certa forma existe a interculturalidade e


interdisciplinalidade, mas que falta maior engajamento dos professores.

10. O calendário da escola permite uma boa funcionalidade entre a cultura indígena e
a não indígena?
Sim 6
Não 10

Comentários: É colocada a necessidade de um calendário específico e do problema do


transporte escolar atrelado à prefeitura.

11. De uma nota de 1 a 10 nos itens de sua escola:


Biblioteca 5,8
Laboratório de Informática 6,5
Pátio 5,1
49

Quadra de esportes 3,1


Salas de aula 6,3
Banheiros 4,9

QUESTIONÁRIO PAIS
Foram aplicados seis questionários aos pais da comunidade escolar da Escola Indígena
de Educação Básica Laklãnõ. A escolha dos pais foi aleatória e não necessariamente
foi necessária a presença dos filhos destes pais para a aplicação do questionário, de
modo que gostaríamos de ver respostas mais variadas sobre a escola Laklãnõ e sua
importância na comunidade.
1. Como é a escola do seu(sua) filho(a)?
Ótima
Boa 1
Regular 5
Ruim

2. Você participa da escola?


Sim, somente quando há reuniões de pais
2
Sim, somente quando é chamado pela direção ou professores
1
Sim, nas atividades voltadas para a comunidade e acompanha o desempenho dos filhos
1
Não participo da escola
2
A escola não aceita a participação da comunidade

3. Dê uma nota de 1 a 10 nos itens de sua escola


Professores 7,3
Direção 6,6
Funcionários 6,5

4. Você acha que é possível conciliar o ensino das tradições de seu povo com o
funcionamento da escola?
Sim 5
Não 1

5. Quais as disciplinas que a escola oferece que você considera importantes?


Porque?
Língua materna e portuguesa.

6. Se a escola oferecesse palestras para os alunos, pais e comunidade indígena,


você participaria?
Sim 4
Não 2
50

7. Quais temas você considera importante serem abordados em cursos e palestras


abertos à toda comunidade?
Os temas sugeridos foram: drogas e direito indígena.

8. Os professores da Escola deveriam ser todos indígenas?


Sim 2
Não 4

9. Você acha que os métodos de avaliação da escola são satisfatórios?


Sim 3
Não 2

10. Qual a principal fonte de renda da família?


Artesanato
Agricultura 2
Trabalho efetivo
Trabalho temporário 2

11. Você recebe alguma bolsa ou auxílio de algum órgão governamental?


Sim 5
Não 1

12. Quais sugestões você dá para melhorar a relação da escola com a comunidade?

Foram citadas como sugestões a organização de palestras aos pais e eventos para a

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