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1- APRESENTAÇÃO
Nos finais dos anos 30, por volta de 1938, foi implantada a primeira escola não-
indígena na Terra Indígena, com iniciativa dos próprios índios. Com isso também se deu o inicio
do ensino da língua Portuguesa na comunidade. Os indígenas vendo a sociedade não-índia ao
redor da Terra Indígena ter uma escola que ensinava as crianças a ler e escrever, isso despertou o
interesse da comunidade indígena criar uma escola dentro da própria aldeia. Assim, pediram
autorização para o primeiro chefe do SPI, alegando a necessidade de uma escola para as crianças
e também de sua a importância para o povo Xokleng. Mas o chefe não gostou muito da idéia,
alegando que, se aprendessem a ler e a escrever, iriam perder seus costumes e sua própria língua.
Mas, diante da insistência dos indígenas ressaltando a importância da escola, o chefe acabou
aceitando que fosse implantada uma escola. Assim, o primeiro professor foi um Polonês,
Wieczyslaw Brzezinski, conhecido como „Maestro1‟, que alfabetizou diversos indígenas na
Língua Portuguesa.
Mesmo com a existência da escola na Terra Indígena, não existiam objetivos fixados
ou discussões pelo órgão responsável que é o SPI e FUNAI, a respeito da educação formal entre
os índios, apesar da existência desta escola na aldeia. Apesar do resultado desta escola ser quase
sem efeito, ela continuou existindo. Desta forma, a educação vinha sendo usada junto à
comunidade indigena para manter o quadro de dominação exercido pelo SPI e FUNAI e pela
sociedade não-índia, a escola propunha a alfabetizar os indígenas somente em língua portuguesa.
Assim os poucos índios que alcançavam sucesso, por outro lado, acabavam sendo usados para
justificar que a educação escolar formal entre índios estava dando resultados positivos.
Com a construção da Barragem Norte nos anos 70, na época, município de Ibirama,
distrito de José Boiteux e a abertura da estrada de rodagem no interior da Terra Indígena, isso
permitiu a comunidade indígena migrar para o interior da T.I nos pontos mais altos devido a
inundação do rio Hercílio na partes mais baixas. Lembrando que antes da Barragem a
comunidade indígena viviam num único lugar próxima as margens do rio, com isso, somente
existia uma escola para atender. Mas com a migração das comunidades para o interior da T.I.,
houve uma necessidade de se criar mais escolas, porque as comunidades ficaram distante uma das
outras, e assim foi criada uma Escola Isolada em cada aldeia. Em 1994, além das escolas serem
multisseriadas, deu-se inicio do ensino da Língua Materna Xokleng.
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A partir desta constituição, surgiu o interesse e assim o povo Xokleng se organizou e deu
se início à articulação para ter um ensino bilíngüe em todas as escolas existente no território da
Terra Indígena. Da mesma forma articularam para construção de uma Escola Educação Básica do
Ensino Fundamental e Médio, na própria Terra Indígena, assim tomando como forma de respeitar
o patrimônio cultural das comunidades indígenas. Destacando que isso evitará a saída dos alunos
indígenas para estudarem nas escolas não-indígena fora da Terra Indígena.
Príncipe Regente, D. João VI, declarou guerra aos “bárbaros” índios “Bugres” e
“Botocudos” que atacavam a estrada para o sul, da vila de Faxina (SP) à vila de Lages
(SC).
Ainda na primeira metade do século XIX, por incentivo do governo imperial
brasileiro, iniciaram-se as investidas de colonização agrícola com recursos da
introdução de imigrantes. As primeiras levas de colonos alemães começaram a entrar
pelo ponto mais extremo sul do território do povo Xokleng, no Rio Grande do Sul, ao
mesmo tempo em que outros colonos alemães começaram a entrar na região do Rio
Negro na divisa dos Estados do Paraná e Santa Catarina, também em território dos
mesmos. Desta maneira, os Xokleng já estavam sendo impedidos de ocupar suas
terras e até mesmo de penetrar em boa parte dos seus territórios em regiões de
campos, indo aos poucos se refugiar nas serras da mata atlântica. Ali, foram
alcançados pela penetração da frente agrícola colonizadora, tanto nas serras
riograndenses como em território catarinense, como no Vale do Itajaí, com a introdução
de famílias de agricultores europeus a partir de meados de mesmo século.
Os conflitos entre os Xokleng e invasores de seus territórios ganham desde
então, maior repercussão, seja pelo fato de envolver famílias de imigrantes e
respectivos governos estrangeiros, seja pelo fato de haver, no país um maior número
de veículos de imprensa. Frente às circunstâncias, os Laklãnõ/Xokleng perceberam que
se encontravam em últimos refúgios, sem alternativas a não ser o enfrentamento direto
com os invasores, como forma de garantir seu espaço e território livre para sua
sobrevivência. Os Xokleng foram cada vez mais encurralados e perseguidos, sobretudo
em Santa Catarina, por expedições de “bugreiros”, grupos armados especializados no
extermínio de comunidades indígenas, acobertados e até estimulados pelas
autoridades locais. Entretanto, não é possível conhecer-se o número de comunidades e
indivíduos massacrados nesse longo período de invasão agressiva, que se estendeu
até segunda década do século passado. Assim, os Xokleng foram reduzidos à
comunidade seminômade de caçadores/coletores que ficou refugiada nas florestas,
atormentada pelo medo das práticas dos “bugreiros”.
Com três a cinco anos de idade os meninos tinham botoques inseridos no lábio
inferior. As meninas, com a mesma idade, recebiam tatuagens ou marcas na perna
esquerda, abaixo da rótula. Os padrinhos responsáveis pela perfuração labial e também
pelas tatuagens eram os mesmos que enterravam o cordão umbilical da criança ao
nascer e que, mais tarde, acompanhariam o desenvolvimento e socialização das
crianças até a fase adulta. Normalmente os afilhados eram os incumbidos da cremação
de seus padrinhos quando morriam. Atualmente não existem cerimônias de iniciação
tradicionais nem para menino, nem para meninas.
Atualidade
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Atualmente a Terra indígena está politicamente divida em sete aldeias, para uma
melhor administração da T.I; o povo que vinha crescendo, e se expandindo por todo o
território indígena, acabava dificultando a administração do cacique, que até então era
um só para toda a Terra indígena.
CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA
Aldeia Sede
Endereço / localização:
Aldeia Palmerinha
CEP: 89.145-000
José Boiteux/ SC
A aldeia Palmerinha está localizada no sul to território da T.I. Laklãnõ. A aldeia
citada ao sul faz divisa com a Barragem Norte município de José Boiteux, ao oeste faz
divisa com município de Vitor Meireles, ao leste cortado pelo rio Hercílio fazendo divisa
com aldeia Pavão município de José Boiteux e ao norte faz divisa com aldeia Figueira
município de Vitor Meireles. O território da aldeia Palmeira é aproximadamente de
4.933m²
O significado do nome da escola ficou decidido pelo próprio povo para valorizar
sua autodenominação Laklãnõ. Uma pequena história deste nome para esclarecer seu
significado.
Desta forma, o povo em conjunto decidiram dar o nome do próprio povo para a nova
escola, assim segundo seus entendimentos destacará mais o nome do povo. Com isso
o nome da escola ficou; “Escola Indígena de Educação Básica Laklãnõ”.
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História da escola:
Nos finais dos anos 30, por volta de 1938, foi implantada a primeira escola não indígena
na Terra Indígena Laklãnõ, com iniciativa dos próprios indígenas. Com isso também se
deu inicio do ensino da língua Portuguesa na comunidade Laklãnõ. Os Laklãnõ, vendo
a sociedade não-índia ao redor da Terra Indígena, ter uma escola que ensinava as
crianças a ler e escrever, isso despertou interesse da comunidade criar uma escola
dentro da própria aldeia. Assim, pediram autorização para o primeiro chefe do SPI
(Serviço de Proteção ao Índio), alegando a necessidade de uma escola para as
crianças e também de sua a importância para o povo Laklãnõ. Mas o chefe não gostou
muito da idéia, seu argumento era de que se aprendessem a ler e escrever, iriam
perder seus costumes e sua própria língua. Mas diante da insistência dos indígenas
ressaltando a importância da escola, o chefe acabou aceitando que fosse implantada
uma escola. Assim, o primeiro professor foi um Polonês, conhecido como „Maestro‟, o
mesmo alfabetizou diversos indígenas na Língua Portuguesa.
Mesmo com a existência da escola na Terra Indígena Laklãnõ Ibirama, não existia
objetivos fixados ou discussões pelo órgão responsável que é o SPI a respeito da
educação formal entre os indígenas na aldeia. Apesar do resultado desta escola ser
quase sem efeito, ela continuou existindo e era contabilizado pelo órgão responsável.
Desta forma, a educação vinha sendo usada junto ao povo Laklãnõ para manter o
quadro de dominação exercido pelo SPI e pela sociedade não-índia, a escola propunha
a alfabetizar os indígenas somente em língua portuguesa. Assim os poucos índios que
alcançavam sucesso, por outro lado, acabavam sendo usados para justificar que a
educação escolar formal entre os Laklãnõ estava dando resultados positivos até os
anos 70.
Com a construção da Barragem Norte nos anos 70, na época, município de Ibirama,
distrito de José Boiteux e a abertura da estrada de rodagem no interior da Terra
Indígena, isso permitiu aos Laklãnõ migrar para o interior da T.I nos pontos mais altos
devido a inundação do rio Hercílio na partes mais baixas. Com a migração do povo para
o interior da T.I., houve uma necessidade de criar mais escolas, porque as
comunidades ficaram distante uma das outras, e assim foi criada escola nas novas
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A escola hoje procura selecionar, organizar e sequênciar as partes, dando tratamento aos
conteúdos, buscando instrumentalizar os educandos para que os mesmos se apropriem do saber,
capaz de transformar as relações sociais do qual ela participe. Está comprometida no processo
permanente de discussão e reflexão na busca de alternativas viáveis à efetivação de sua
intencionalidade propicia a vivência democrática necessária para a participação de todos os
membros da comunidade escolar.
A escola tem a função de desenvolver o educando, ampliando e melhorando suas
oportunidades de aprendizagem, assegurando-lhe os meios e condições intelectuais para progredir
no trabalho e em estudos posteriores bem como para poder optar pelo engajamento nos
movimentos sociais ou demanda da sociedade.
FILOSOFIA DA ESCOLA
Escola, uma Diretor Adjunto, um Responsável por Secretaria da Escola, 22 professores, 3 agentes
de serviços gerais, 2 vigilantes.
Nº de professores indígenas: 29
Nível de formação dos professores indígenas: F= Ensino fundamental; M= Ensino Médio; S=
Ensino Superior
Professor: ALAIR NGAMUUN PATTÉ ( )F (X )M (Magistério Indígena) ( X )S (Formada
em História)
Local de Formação: Centro Universitário Leonardo da Vinci - UNIASSELVI
Professor: NANBLÁ GAKRAN ( )F ( )M ( X )S (Formado em Ciências Sociais (ênfase em
desenvolvimento sustentável), Mestrado em Lingüística)
Local de Formação: Universidade do Vale do Itajaí/ UNIVALI e Universidade Estadual de
Campinas/ UNCAMP/ SP.
Professor: PRODRIGUES PINTO REIS ( )F ( )M ( X )S (Formado em Pedagogia)
Local de Formação: Universidade Estadual de Santa Catarina – (UDESC)
Professor: ABRAÃO KOVI PATTÉ ( )F ( )M (Magistério Indígena) (X )S (Formado em
Matemática)
Local de Formação: Centro Universitário Leonardo da Vinci - UNIASSELVI
Professor: MARIA KULA PATTÉ ( )F (x )M (Magistério Indígena) ( X )S (Formada em
Letras – Português e Espanhol)
Local de Formação: Centro Universitário Leonardo da Vinci - UNIASSELVI
Professor: LILIAN PATTÉ DOS SANTOS LEMOS ( )F ( )M (X )S (Formada em Letras –
Português e Espanhol
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Biológicas(inc.)
Margarete Pedagogia(inc.) 11/11/1980 Artes Curricular (EF) 30
Vaicome
Patté
Nacau Magistério 29/04/1972 Séries Iniciais (EF) 30
Gakran Indígena/Geografia(inc.) Geografia (EF) e
Geo (EM)
Carli Magistério 19/01/1969 Séries Iniciais (EF) 40
Caxias Indígena/História Geo (EF) Bio (EM)
Popó
Cabetchui Educação Física(inc.) 14/01/1977 Ed. Física EF e EM 20
Lo Camlem
Fernando Matemática (inc) 30/12/1984 Laboratório de 40
Mongconãn Sistema de Informática e
Reis Informação(inc.) *Matemática (EM)
Química (EM) Em
substituição licença
maternidade
Berenice Matemática(inc.) 23/02/1985 Matemática (EF e 20
Ndili EM)
Química (EM)
Belonir Educação Física(inc.) 08/09/1986 Ed Física, Séries 20
Ndili Iniciais (EF)
Vilma Magistério 23/03/1979 Séries Iniciais 20
Couvi Patté Indígena/Letras Orientadora da 20
Português e Língua Materna
Literatura(inc.)
Lalan Pedagogia(inc.) 30/09/1976 Segunda professora 20
Priprá Ed. especial
Zilda Magistério 20/07/1968 Língua materna EF e 20
Priprá Indígena/Pedagogia(inc.) EM
Jair Magistério 29/11/1979 Antropologia, 20
Ghoguin Indígena/Geografia(inc.) Filosofia e
Crendo Sociologia EM
Kan-man Matemática(inc.) 21/06/1984 Matemática EF 10
Criri
Neuton Magistério Indígena 24/12/1991 Língua materna EF 30
Calebe E séries iniciais
Vaipon
Ndili
João Criri Magistério Indígena 24/05/1966 Orientador Artes 20
Indígenas
Crendo Magistério Indígena 04/03/1974 Artes Indígenas EF e 20
Camlem EM
Joasias Magistério 28/10/1983 Orientador Artes 20
Cuiutá Indígena/Técnico Indígenas
Cuzugni Agrícola
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CONSELHO DELIBERATIVO
ALUNOS
Quantos alunos foram matriculados no início de 2009: (35) 1ª. Série, (02 turmas) ( 36) 4ª. Série,
(02 turmas) (36 ) 5ª. Série, (02 turmas) (20) 8ª. Série, (01 turma) (30) 1º. Ano do EM, (02
turmas).
Quantos alunos a escola tinha no final do ano de 2009: (35) 1ª. Série, ( 36) 4ª. Série,(30 ) 5ª.
Série, (20) 8ª. Série, (24) 1º. Ano do EM.
Além desses 02 casos a escola tem matriculado 01 aluno deficiente físico (dificuldades
de mobilidade)
pais para trabalharem na cidade e assim acabam estudando em uma escola não
indígena.
Atualmente a EEF Prof. João Bonelli, situada no município de José Boiteux, atende 63
alunos indígenas, que fica distante 07 Km da EIEB La Klãnõ. A EEB D. Pedro I, na
comunidade Barra da Prata, município de Victor Meirelles aproximadamente 10 alunos
indígenas estão matriculados. Na Barra do Denck II, a escola tem 05 alunos indígenas,
todos esses alunos são residentes no interior da TI.
Esses alunos indígenas que estudam fora são oriundos das principais aldeias: Pavão,
Sede, Palmeirinha, Coqueiro.
Esses alunos estudam fora da TI por opção dos pais.
CONSELHO DE CLASSE
Acontecerá reunião com alunos para discussão do andamento das aulas. Levantar
pontos positivos e negativos. Avaliar erros e acertos. Levantar sugestões para melhorar o ensino
aprendizagem. Lavar os resultados dos diálogos aos pais e buscar com eles mais sugestões
visando a solução dos problemas. Conversar individualmente com pais e alunos, nos casos de
problemas mais sérios.
MATERIAL DIDÁTICO
O material didático faz parte da vida do aluno, mas sua falta não poderá ser impeditiva
para que o mesmo participe das atividades escolares.
A adoção ou não de material que não é básico, deverá ser deliberado em assembléia
geral da APP, com todos os representantes da comunidade escolar.
Cabe a escola, providenciar ao aluno carente o material básico (lápis, caderno,
borracha, caneta, régua) para que possa realizar suas atividades escolares.
É de responsabilidade do governo federal, através do Programa Nacional do Livro
Didático (PNLD) garantir às escolas todos os livros, para o entendimento dos alunos
gratuitamente.
No inicio de cada ano letivo, e no ato da matricula, o professor devera listar o material
que irá necessitar para proceder suas atividades programadas para o ano letivo. Cada aluno
deverá estar reunido com seu material para que possa desenvolver seus trabalhos produtivamente
(aos que não conseguirem por necessidade financeira cabe a APP doá-lo), e aos pais e alunos,
fica a responsabilidade de zelar pelo bom uso da material oferecido.
Os livros para o Ensino Médio serão adquiridos pelos alunos mediante consulta prévia
das possibilidades da turma. Os alunos que não puderem adquirir os livros ou conseguir
emprestado de alunos que já se formaram ou colegas de outra turma poderão compensar a falta
deste com cópias manuais ou xerox. Cabe ao professor auxiliar na seleção dos conteúdos por
propriedade. Em hipótese alguma a falta de livro poderá ser empecilho à aquisição a construção
do conhecimento pelo aluno.
DISCIPLINA ESCOLAR
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que possa trabalhar acompanhado de um educador fazendo as atividades que seus colegas fazem
na sala de aula enquanto aguarda resolução do problema em questão.
FORMAÇÃO DE TURMAS
A educação básica, nos níveis: Educação Infantil, Ensino Fundamental, Médio e EJA,
será de acordo com a Resolução da Educação Indígena do Estado de Santa Catarina. As turmas
são formadas, obedecendo-se a legislação que estabelece o seguinte:
- Educação Infantil - Que o numero de alunos seja no máximo de 20 por sala, desdobrando com
mínimo de 21 alunos, e de acordo com a necessidade da comunidade indígena Laklãnõ desta
Unidade Escolar.
- A organização e funcionamento da educação infantil ficam a critério da comunidade escolar
juntamente com os pais dos mesmos.
- A idade dos alunos e o horário será de acordo com a realidade desta comunidade, ou seja,
matutino, vespertino ou integral, isso é, de acordo com a decisão em conjunto com a UE e os
pais.
- Professor: que o professor seja bilíngüe ou que tenha uma formação específica na área de
educação infantil.
- Que tenha espaço físico próprio com mobiliário adequado, deve ser planejado de acordo com a
realidade da comunidade escolar.
HORÁRIO ESCOLAR
O período das aulas ocorre dentro das 4 horas de permanência de efetivo trabalho
escolar e carga horária de trabalho dos profissionais da educação. No período da manhã, as aulas
terão início às 7:30 horas até às 11:30 horas e na parte da tarde às 13:00 horas, até às 17:00 horas.
À noite, no Ensino Médio, as aulas serão de 40 minutos, terão início às 18:30 horas
até às 22:05 horas.
Conforme Art. 27, inciso 2º da lei 170/98, o intervalo de tempo destinado ao recreio
faz parte da atividade educativa e como tal se inclui no tempo de efetivo trabalho escolar e carga
horária de trabalho dos profissionais de educação. Diariamente, um grupo de professores
participa com os alunos nas atividades de recreio. O Projeto de Recreio Monitorado vem trazendo
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CALENDARIO ESCOLAR
CURRÍCULO
1. Matriz de Ensino Fundamental
2. Unidade Escolar: Escola Indígena de Ensino Fundamental Sapé-Ty-Kó
3. Curso: Ensino Fundamental – 1º ao 9º ano
4. Número Efetivo de Trabalho Semanal: 05 dias
5. Carga horária mínima anual: 800 horas
AREA DISCIPLINA 1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º
LINGUAGEM LÍNGUA X X X X 5 5 5 5 5
PORTUGUESA/LÍNGUA
BASE MATERNA
ARTES X X X X 1 1 1 1 1
ARTES KAINGÁNG X X X X 2 2 2 2 2
COMU
M EDUCAÇÃO FÍSICA X X X X 2 2 2 2 2
CIÊNCIAS MATEMÁTICA X X X X 4 4 4 4 4
EXATAS e da
CIÊNCIAS X X X X 2 2 2 2 2
NATUREZA
1º Ano
Nº de aulas Carga
AREA DISCIPLINA semanais Horária Total
Língua Portuguesa e 05 160
Literatura
TOTAL 12 384
COMUM
2º Ano
CIÊNCIAS
TOTAL 12 384
768
TOTAL GERAL
33
Matemática 2 3 160
Contexto
Indígena
Contexto
Indígena
Pesquisa em 3 3 192
Sustentabilidade da
Aldeia
TOTAL GERAL 25 25 1600
1)LINGUAGENS:
Conteúdo. Português, matemática, ciências, geografia, história, artes, artes xokleng, educação
física, língua xokleng.
primeiramente saber a língua falada e a língua escrita para poder diferenciar as vogais e as
consoantes.
Na dialogia
Cada sujeito complementa o outro. Ex> Para cada individuo o uso da língua tem diferença no
cotidiano. Tanto nas disciplinas exigem de nós a escrita e a oralidade.
Discurso
Através dos discursos, cada aluno pode transmitir o conhecimento que aprendeu em sala de
aula junto em sala de aula junto com os colegas e professores assim podemos perceber que
ele teve, ou aproveitou a aprendizagem construiu a língua e a escrita de cada um por que
assim podemos perceber que alcançou o seu objetivo das disciplinas.
PORTUGUÊS
-Alfabetização
Alfabeto/ Alfabeto Xokleng
Vogais/ Vogais Xokleng
Consoantes/ Consoantes Xokleng
Escrita e Oralidade
Nomes Indígenas
Cantigas
Contos
Parlendas
Cortes e rcortes de jornais e revistas
Nomes dos pais
Nome das partes do corpo Humano/ Xokleng
Construção de palavras
Jogos
Pequenos textos
Leitura (treinamento)
Numeros naturais
Numeros Xokleng
Planeta Terra
Seres Vivos
LITERATURA
Interpretação de texto
Construção
Linguagem do texto
Usos e reflexões
Produção de etxtos
Produção de sinopse de um romance
Entrevista
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Estudos gramaticais
Produção oral e escrita de textos
Debate com mediação e regras
EDUCAÇÃO FÍSICA
1° a 5°série
Recreação
Pega-Pega
Caça ao tesouro
Briga de galo
Pega-Pega congela
Pegada do Jacaré
Esportivo
Bola do centro
Queimada invertida
Futsal invertido
Handebol Recreativo
Passando a bola
Ginástica
Contra o relógio
Nona Maricota
Corrida
Imitando o mestre
Pular Corda
Raciocínio
Caixa de surpresa
Escutar e procurar
Encaixe o rabo
Rapidez com os números
Esporte Indígena
Tiro de arco e flecha
Corrida de tora
Cabo de guerra
Tiro de zarabatana
Ensino Médio
- Movimento específico de maior (intensidade) ou menor intensidade de acordo com faixa etária
do discente.
- trabalhar as qualidade físicas, como: flexibilidade, agilidade, descontração, força e equilíbrio,
velocidade.
Conceitos Essenciais da Educação Física
- Velocidade: movimento, dança e esporte.
- Agilidade: jogo, ginástica e dança.
- Descontração: Corporeidade.
- Força: esporte, movimento.
- Equilíbrio: Ginástica e dança.
- Flexibilidade: Ginástica, dança.
Conclusão:
- Concluímos que a educação física não cuida só do corpo, mas sim, também a mente. Todos os
movimentos específicos precisam desenvolver essas qualidades físicas.
ARTES
Dança Cultural
Teatro
Pintura
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Musica
Autores/Biografia
ARTES XOKLENG
Linguagem
- Música
- Cênica { dança, teatro – dança indígena}
Artes Visuais
Desenho – desenhos tradicionais e desenhos de artesanato.
Pintura – Carvão vegetal, guache
Arquitetura – Argila
Escultura
Tema do projeto
- Sociedade
- Cultura
- Educação Sexual
Objetivo Geral
Fazer o aluno construir seu conhecimento geográfico fundamentado em mapas, o que é a arte na
comunidade, sua história e seus trabalhos.
A importância da conservação do meio ambiente; paisagens; a terra e sua moradia.
Conteúdo
Os conteúdos que serão desenvolvidos para todas as séries iniciais.
- A “pacificação”.
- A voz Xokleng.
- A vida em movimento.
- Os senhores das terras: Os bugres.
- Martinho Marcelino de Jesus
- O bugreiro – criminoso
- A Bugra Luca Moa
- O Xokleng
- Arte Indígena
- História
- Arte Xokleng: lança, panela de argila, gamela, esteira, tecelagens, oca, chocalho, cesta ria, arco
e flecha.
- A resistência do povo Xokleng
- História da Arte Guarani
- Música
- Dança
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Conclusão
O trabalho de arte Xokleng vai ser realizado pelo professor de artes diferenciada na sala de aula
no ano de 2011, juntamente com a direção coordenadores e professores que atuam na sala de
aula.
INGLÊS (?)
2)CIÊNCIAS HUMANAS:
GEOGRAFIA
HISTÓRIA
Séries: 6° ao 9° ano
A globalização e a economia
Política externa/ política interna xokleng
Direitos externos/ direitos internos xokleng
Centros urbanos e desenvolvimentos
Os problemas das grandes cidades
Desafios sociais e ambientais
O aquecimento global
A economia
A política
A religião
A cultura
Educação escolar
Educação à saúde
Educação esportiva
Pré-colonial/pós-colonial
Período contemporâneo
Antes/Hoje (Xokleng)
Terra e Territorialidade – Antes/Hoje
Brasil: da redemocratização aos dias atuais
Meio ambiente Xokleng – Antes/Hoje
Política, Economia, Religião, Filosofia -> Mundo
SOCIOLOGIA (?)
FILOSOFIA (?)
ANTROPOLOGIA (?)
CIÊNCIAS
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Tema: Água
Estados físicos da água
A importância da água
Poluição da água na terra indígena
Purificação e distribuição da água
Tipos de água
Tema: Vivos
Classificação dos seres vivos
Perservação dos seres vivos
Habitat
Nicho ecológico
Relação entre os seres vivos
Relação
Tema: Solo
Preservação do solo
Tipos de solo
Erosão do solo
Cultivo do solo
Tema: Sexualidade
Sistema genital masculino e feminino
Reprodução Humana
Preservação do DST
Gravidez na adolescência
MATEMÁTICA
Plano de aula para 1° ao 5° ano
Números naturais indígenas e não indígenas
- Produção histórico-cultural dos indígenas Xokleng e não indígena
- As operações indígenas Xokleng e não indígena
Estatística
- Altura, interpretação e construção de tabelas e gráficos.
6° Série: Números
Histórico Fundamental dos números
Histórico – Cultural dos números
Natural
Inteiro
Racional
Irracional
Adição
Subtração
Multiplicação
Divisão
7° série:
Números:
Real
Radiciação
Complexo
Potenciação
Olgaritmo
8° série
Medidas:
Grandezas (perímetro, temperatura, aera, volume, tempo, massa, peso, capacidade, velocidade,
proporcionalidade)
Álgebra (proporcionalidade, funções, polinômios, equações, inequações e sistemas)
1° série médio
Geometria
- Artefatos indígena
- Espacial -> Prisma
-> Pirâmide
-> Circunferência
-> Cilindro
-> Cone
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-> Esfera
-> Volume e capacidade
- Plana -> Polígonos
-> Círculo
-> Comprimento, superfície, ângulo
-> Relações métricas e trigonométricas.
- Analítica -> Reta
-> Circunferencia
2° Série
- Álgebra, também (xokleng)
- Equações, inequações e sistemas
- Matrizes
- Determinantes
- Matemática financeira – função – seqüência
Estatística
- Probabilidade
- Parâmetros estatísticas
- Análise combinatória
- Política Indígena (dados)
- Saúde Indígena ( dados)
- Mortalidade e Natalidade Indígena
- Sócio-cultural xokleng (estatística)
- Laboratorial.
BIOLOGIA (?)
FÍSICA (?)
QUÍMICA (?)
MATRICULA
AVALIAÇÃO
ADAPTAÇÃO DE ESTUDOS
REPROVAÇÃO
ALUNA GESTANTE
ALUNOS COM PROBLEMAS DE SAÚDE (PORTADORES DE AFECÇÕES)
ALUNOS PORTADORES DE NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS – deslocar
aquela parte do texto que fala dos alunos com necessidades especiais
ESTAGIÁRIO
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ESTÁGIO PROBATÓRIO
SERVIÇOS GERAIS
O que você
pretende fazer
após se formar?
Continuar os
estudos 13
Trabalhar na
aldeia 3
Trabalhar fora da
aldeia 1
Não sabe o que
irá fazer 0
QUESTIONÁRIOS PROFESSORES
Foram aplicados 16 questionários aos professores da Escola Indígena de Educação
Básica Laklãnõ. O objetivo desses questionários é observar elementos que possam
servir de sugestões, demanda ou críticas para a formação de um Projeto Político
Pedagógico da escola.
1. O PPP da escola está de acordo com a sua realidade?
Sim 2
Não 13
10. O calendário da escola permite uma boa funcionalidade entre a cultura indígena e
a não indígena?
Sim 6
Não 10
QUESTIONÁRIO PAIS
Foram aplicados seis questionários aos pais da comunidade escolar da Escola Indígena
de Educação Básica Laklãnõ. A escolha dos pais foi aleatória e não necessariamente
foi necessária a presença dos filhos destes pais para a aplicação do questionário, de
modo que gostaríamos de ver respostas mais variadas sobre a escola Laklãnõ e sua
importância na comunidade.
1. Como é a escola do seu(sua) filho(a)?
Ótima
Boa 1
Regular 5
Ruim
4. Você acha que é possível conciliar o ensino das tradições de seu povo com o
funcionamento da escola?
Sim 5
Não 1
12. Quais sugestões você dá para melhorar a relação da escola com a comunidade?
Foram citadas como sugestões a organização de palestras aos pais e eventos para a