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UNIDADE III

Projetos e Práticas de Ação


Pedagógica – Gestão da
Educação em Ambientes
Escolares e não Escolares
Prof. Rodnei Pereira
Nesta unidade

 Analisaremos casos de ensino envolvendo a gestão em ambientes não-escolares,


problematizando como poderiam sustentar a construção de projetos
de intervenção.
 Veremos exemplos de projetos de intervenção.

Fonte: http://tecla.pt/index.php%3Ft=training&key=concecao-e-gestao-de-
projetos-de-intervencao-social. Acesso em 03/08/2018.
Caso II – Gestão em ambientes não-escolares: O desafio de Sílvia

 Sílvia foi contratada como estagiária de Pedagogia em uma ONG, mantida por
uma instituição religiosa, que atende crianças entre 6 e 14 anos, no contra turno
escolar. Em sua contratação, Maria Dulce, que é freira e gestora da instituição,
pediu que Sílvia, nos primeiros dias, observasse as atividades desenvolvidas com
as crianças e que pensasse em propostas diferentes, sobretudo após o horário do
lanche da manhã, que ocorria por volta das 10h00, pois as crianças ficavam
“muito indisciplinadas”.

Fonte: http://dicaspaisefilhos.com.br/diversos/agressividade-infantil-como-
lidar-com-as-criancas-que-batem/. Acesso em 05/08/2018.
O desafio de Sílvia

 Maria Dulce, então, levou Sílvia para conhecer todos os espaços da ONG e
contou que a instituição existe há 48 anos, sobrevivendo com doações e repasses
de verbas da congregação religiosa da qual faz parte. Explicou que o projeto
atende por volta de 600 crianças (300 por período) e que conta com 20
educadores, sendo 10 pedagogas, 3 professoras de Educação Física,
2 de Artes, 1 psicóloga, 1 assistente social, 1 cientista social,
1 bióloga e 1 filósofo. Conta ainda com 4 trabalhadoras
responsáveis pela alimentação, 4 de limpeza, 1 de manutenção
e serviços gerais, 1 secretária e 2 recepcionistas.

Fonte: http://marciakalel.blogspot.com/2017/02/receitinhas-
saborosas-e-lenda-do.html
O desafio de Sílvia

 Explicou, então, que Sílvia ficasse à vontade para observar as


diferentes atividades desenvolvidas durante uma semana e que,
depois, voltasse a procurá-la, para que juntas pudessem pensar
a respeito do que fazer.

 Sílvia estava contente com seu desafio, mas, ao mesmo tempo,


ficou apreensiva, pois não sabia por onde começar.

Fonte: https://pt.dreamstime.com/foto-de-stock-uma-rapariga-dos-
desenhos-animados-image16003510. Acesso em 05/08/2018.
O desafio de Sílvia

 Sílvia, então, pediu ajuda à Janete, sua professora de Gestão em Ambientes


Escolares e Não-escolares, que sugeriu a ela, em primeiro lugar, que fizesse um
estudo da proposta pedagógica da instituição, dos seus objetivos e de sua
organização curricular. Em seguida, pediu que elaborasse algumas questões para
observar as atividades, sugerindo que observasse tudo, do momento em que as
crianças chegavam ao momento em que iam embora. Janete sugeriu, ainda, para
observar as atividades desenvolvidas pelos educadores, que Silvia usasse um
pequeno roteiro, explicitando o que exatamente ela
gostaria de ver, e que anotasse tudo em um caderno.

Fonte:
https://inventariodare.wordpress.com/2012/
05/07/lupa/. Acesso em 05/08/2018.
O desafio de Sílvia

 Sílvia, então, partiu para o trabalho procurando seguir os conselhos de Janete. No


primeiro dia pediu a proposta pedagógica à Maria Dulce, leu com atenção e
registrou os pontos que lhe pareceram mais importantes. Verificou que o principal
objetivo da ONG era acolher crianças em situações de vulnerabilidade e oferecer
atividades de cultura, esporte e lazer, no contraturno escolar, que pudessem
favorecer o desenvolvimento, a autonomia e a cidadania do público atendido. No
dia seguinte, passou a analisar a rotina das crianças, e ficou preocupada com o
que viu. As crianças chegavam às 7h30 e iam direto para o refeitório tomar café
da manhã. Recebiam uma bandeja contendo pão, leite, biscoitos e uma fruta. Em
seguida, escovavam os dentes e dirigiam-se para uma fila,
encontravam-se com as educadoras que as conduziam
para seus grupos.
O desafio de Sílvia

 Sílvia percebeu que muitas crianças ficavam inquietas nesse momento, sobretudo
aquelas que chegavam para o período da tarde.

 Quando chegavam às classes, faziam basicamente 3 atividades: reforço de


português e matemática, a lição de casa que recebiam das escolas e “desenho
livre”. Todos os dias, tinham 1 hora de aula de Educação Física, na qual jogavam
futebol, todos os dias. Duas vezes por semana, tinham aula de Artes, nas quais
as professoras trabalhavam com pintura e artes manuais. Sílvia percebeu que as
aulas de Artes eram muito apreciadas pelas crianças.
Porém, a rotina era idêntica a que acontecia na escola
regular. Para ela, isso explicava a queixa inicial de
Maria Dulce.
O desafio de Sílvia

 Sílvia, no final da semana, procurou Maria Dulce como o combinado, e contou-lhe


suas impressões. Estava convicta de que a “indisciplina” das crianças estava
ligada à monotonia da rotina, ao excesso de lição, à pouca diversificação de
atividades. Destacou que as crianças pareciam mais satisfeitas nas aulas de
Artes, que eram mais diversificadas e permitia que as crianças fossem mais
criativas. Ponderou, ainda, que o restante das atividades se distanciava muito do
objetivo essencial da ONG. Maria Dulce ouviu com atenção e avaliou que Sílvia
tinha razão, embora nunca tivesse pensado na rotina das crianças daquela forma.
Pediu para pensar no final de semana e marcou nova reunião na segunda-feira.

Fonte: https://pt.depositphotos.com/169980304/stock-illustration-
cartoon-scared-nun-face-expression.html. Acesso em 05/08/2016
O desafio de Sílvia

 Na manhã de segunda-feira, Maria Dulce disse a Sílvia que, após pensar bem,
chegou à conclusão que Sílvia tinha razão. Que tudo precisava mudar, mas que
não sabia por onde começar. Sílvia, então, afirmou que havia aprendido a pensar
a gestão por dimensões (de pessoas, financeira, administrativa, pedagógica etc).
Sugeriu, então, que começassem pela pedagógica. Afirmou que, para ela, era
preciso reorganizar o currículo, os tempos e os
espaços de atendimento às crianças, que era o que lhe parecia
mais problemático. Maria Dulce pediu, então, que Sílvia lhe
apresentasse um projeto. Vamos ajudar a Sílvia?

Fonte: http://portal4084.rssing.com/chan-
55760717/all_p1.html. Acesso em 05/08/2018.
Interatividade

A organização do trabalho pedagógico e da gestão da escola refere-se à


organização e à gestão das pessoas, do espaço, dos processos e procedimentos e
devem ser expressos no projeto político-pedagógico e nos planos da escola. A
gestão democrática no ensino público é obrigatória e prevista, implicando no
envolvimento da comunidade escolar nas tomadas de decisão. Com base nas
Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica, entende-se que a
gestão democrática:

a) Constitui-se na descontinuidade dos processos e


procedimentos burocráticos, assumindo com pertinência
os planos pedagógicos, os objetivos institucionais e
educacionais, assim como as atividades de avaliação
contínua.
Interatividade

b) Constitui-se na construção de relações interpessoais independentes, autônomas


e isoladas, geridas de tal modo que os professores se sintam estimulados a
conhecer melhor os seus pares (colegas de trabalho, estudantes e famílias).
c) Constitui-se em instrumento de horizontalização das relações, de vivência e
convivência colegiada, que visam a superação do autoritarismo no planejamento
e na concepção e organização curricular.
d) Constitui-se na compreensão da globalidade da pessoa enquanto ser que
aprende, que sonha e ousa, em busca de uma convivência social alienante
fundamentada na ética cidadã.
e) Constitui-se na presença autoritária e mobilizadora do
gestor no cotidiano da escola e nos espaços com os
quais a escola interage, em busca da qualidade social
das aprendizagens que lhe caiba desenvolver, com
transparência e responsabilidade.
Resposta

 Alternativa correta:

c) Constitui-se em instrumento de horizontalização das relações, de vivência e


convivência colegiada, que visam a superação do autoritarismo no planejamento
e na concepção e organização curricular.
O que Sílvia não pode esquecer?

 Tema (de acordo com o conteúdo).

 Justificativa (por que vale a pena trabalhar com projetos na escola?).

 Situação-problema (dificuldades, situações observadas e discutidas no grupo com


vistas a serem solucionadas por meio de intervenção pedagógica).

 Público-alvo (série/ano e segmentos da instituição escolar).

 Objetivos (o que o projeto pretende discutir, verificar,


solucionar e alcançar).
O que Sílvia não pode esquecer?

 Olhar a intervenção como uma possibilidade a mais para repensar a realidade na


sua forma mais abrangente.

 Agir nesta realidade respeitando o trabalho realizado e transformando o que


precisa ser revisto.

 Colher material e impressões que possam ajudar as pessoas a entenderem os


contextos nos quais seus trabalhos acontecem.
O que Sílvia não pode esquecer?

Papéis do gestor:

 Organizar a ação.
 Envolver todos os interessados na atividade.
 Distribuir tarefas segundo compromissos e responsabilidades.
 Articular as ações no sentido de realizar as atividades com eficácia e eficiência.
 Garantir o direito do aluno ao acesso e à permanência na escola com sucesso e
de acordo com as suas necessidades.
 Mediador das ações e do conhecimento.
 Acompanhar e avaliar o processo.
O que a Sílvia não pode esquecer?

 Pensar a prática educativa como um processo que se sustenta nos saberes


adquiridos e internalizados por meio das vivências no trabalho e das
suas nuances.
 Olhar para a realidade como algo que se dá a conhecer de forma dialética
e dialógica.
 Pensar a educação como um campo privilegiado de análise.
 Elencar o cotidiano como um dado a ser considerado na análise das práticas
de gestão.
 Pensar os atores do processo como elementos que
interferem diretamente no desenho
pedagógico educativo.
O que Sílvia não pode esquecer?

 Considerar nossas concepções.


 Olhar o sujeito como um diferencial em qualquer processo educativo.
 Pensar a integralidade dos processos de forma correlacional e não fragmentada.
 Pensar o já pensado a partir de premissas novas.
 Gestor enquanto elemento propositor de estratégias educativas.
 Importância da leitura da realidade à luz daquilo que se dá a conhecer
nas práticas.
 Ler a realidade a partir do contexto em que o ato educativo se constitui.
O que Sílvia não pode esquecer?

 Contexto – realidade apresentada.


 Cotidiano – produção de sentidos a partir das práticas que se apresentam;
 Práticas pedagógicas – aquelas que dão sentido e significado para a construção
do ato educativo.
 Tomar a realidade como um dado a ser considerado na construção de
proposições educativas.
 Construir de forma coletiva os sentidos para as práticas no campo da educação.
 Entender o cotidiano e extrair deste as possibilidades de
reelaboração pedagógica.
O que Sílvia não pode esquecer?

 Organizar os dados da realidade que se apresentam para análise e discussão


coletiva das propostas.
 Tomar a realidade como um dado importante a ser considerado na construção do
processo pedagógico da escola.
 Pensar em formas de envolvimento do coletivo na construção de proposições.
 Assegurar a execução coordenada e integral das atividades dos setores da
instituição e seus elementos com base nas decisões tomadas coletivamente.
 Articular as relações interpessoais na escola e entre a
instituição, seus profissionais e a comunidade.
O que Sílvia não pode esquecer?

Práticas de:
 Gestão participativa;
 Liderança participativa;
 Atitudes flexíveis;
 Compromisso com as mudanças necessárias.

Para isso, é fundamental:


 Conotação pedagógica;

 Recuperar as finalidades do trabalho desenvolvido


pela instituição.
O que Sílvia não pode esquecer?

Cultura e clima organizacional, pois:


 “Há todo um mundo de significados, valores, atitudes,
modos de convivência, formas de agir e resolver problemas, que vão definindo
uma cultura própria de cada [instituição], e que tende a permanecer
oculta, invisível.”
(LIBÂNEO, 2001, p. 22)
O que Sílvia não pode esquecer?

1. Conhecimento do problema, situação a ser resolvida.

2. Diagnóstico da realidade:
 Fazer o levantamento das informações necessárias ao desafio apontado.
 Envolver os profissionais da instituição para que conheçam a solicitação dos pais
e informem, em seu setor, o que pode ser importante para a resolução
da situação.
 Estabelecer, em conjunto, qual é o tipo de campo de
conhecimento ao qual o problema se refere.
O que Sílvia não pode esquecer?

 É a visão de conjunto do gestor que vai imprimir a troca de informações dentro da


instituição e utilizar toda atividade do cotidiano como uma oportunidade para
estudar, com todo o grupo, as informações necessárias para dar uma finalização
que permita a todos uma solução satisfatória, eficaz e eficiente.

 Dessa maneira, a identidade da instituição se constitui em sua comunidade,


legitima sua autoridade, dá sentido à ação da ONG e significado a
esta comunidade.
Interatividade

 Uma das alternativas abaixo não diz respeito à efetivação do princípio de gestão
democrática. Assinale-a:
a) Participação e envolvimento dos profissionais da educação na discussão e
elaboração do projeto pedagógico.
b) Vinculação entre educação escolar, trabalho, prática social, inclusão e projetos
de aceleração.
c) Participação e envolvimento da comunidade escolar e local na composição dos
conselhos escolares.
d) Articulação entre família e comunidade criando
processos de integração entre sociedade escola.
e) Envolvimento da comunidade escolar e usuária na
tomada de decisões e enfrentamento dos desafios da
realidade escolar.
Resposta

 Uma das alternativas abaixo não diz respeito à efetivação do princípio de gestão
democrática. Assinale-a
a) Participação e envolvimento dos profissionais da educação na discussão e
elaboração do projeto pedagógico.
b) Vinculação entre educação escolar, trabalho, prática social, inclusão e projetos
de aceleração.
c) Participação e envolvimento da comunidade escolar e local na composição dos
conselhos escolares.
d) Articulação entre família e comunidade criando
processos de integração entre sociedade escola.
e) Envolvimento da comunidade escolar e usuária na
tomada de decisões e enfrentamento dos desafios da
realidade escolar.
Uma sugestão para Sílvia

Sílvia Maria Panditta do Espirito Santo


Maria Dulce Socorrinho de Jesus Madureira

Reorganização do Trabalho Pedagógico da ONG Santa Mãe dos Aflitos

Sobradinho
2018
Uma sugestão para Sílvia

 O presente projeto tem a intenção de redefinir o processo de reorganização do


trabalho pedagógico e de reorientação curricular das atividades desenvolvidas
pela ONG Santa Mãe dos Aflitos, após levantamento de necessidades e
observação das práticas desenvolvidas pelos educadores e sua incompatibilidade
com os princípios preconizados pela instituição.

 Para tanto, o projeto se sustenta em duas grandes fases:


levantamento de necessidades formativas dos
educadores e dos trabalhadores do apoio institucional e
seu envolvimento na reorganização da instituição, em
suas diferentes dimensões.
Uma sugestão para Sílvia

 Público-Alvo: Educadores e funcionários

 Objetivo Geral: Reorganizar o trabalho pedagógico da ONG Santa Mãe dos Aflitos

 Objetivos específicos: levantar as necessidades formativas dos educadores e dos


trabalhadores do apoio; analisar criticamente a rotina de trabalho à luz da
proposta da instituição; envolver todos na construção coletiva da reorganização
institucional e curricular da ONG.
Uma sugestão para Sílvia

 Percurso metodológico
 Levantamento de saberes e experiências dos educadores e trabalhadores
do apoio.
 Aplicação de questionário para levantamento de expectativas e de
representações acerca do trabalho desenvolvido.
 Realizar reuniões de trabalho coletivo para problematizar o diagnóstico realizado
e as dificuldades percebidas.
 Construir, coletivamente, estratégias para a reorganização do trabalho.
 Elaborar cronograma e estratégias de ação.
 Implementar as mudanças planejadas pela equipe.
Uma sugestão para Sílvia

Recursos:
 Proposta Pedagógica da ONG.
 Fotografias da rotina.
 Registros reflexivos.
 Computador e Datashow.

Cronograma:
 Mês 1 – Análise das necessidades.
 Mês 2 – Planejamento das estratégias.
 Mês 3 – Elaboração do Plano de Implementação.
 Mês 4 – Início da Implementação.
 Mês 5 – Avaliação.
Uma sugestão para Sílvia

 Produto Final.

 Realização de evento para comemorar a reorganização pedagógica e curricular


com a comunidade.

 Elaboração de portfólio contendo fotografias, registros reflexivos e materiais


diversos que auxiliem a avaliar e reorientar o que for necessário.
Uma sugestão para Sílvia

Bibliografia:
 ADORNO, T. Planejamento participativo como metodologia libertadora. In:
ADORNO, T. Educação e emancipação. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1995.
 ANTUNES, R. Reestruturação produtiva e mudanças no mundo do trabalho
numa ordem neoliberal. In: DOURADO, L. F.; PARO, V. H. (orgs.). Políticas
públicas e educação básica. São Paulo: Xamã, 2001.
 APPLE, M. Ideologia e currículo. São Paulo: Cortez, 1986.
Interatividade

 Sobre gestão democrática na educação, é INCORRETO afirmar:


a) A compreensão da gestão democrática na educação requer mudança de
paradigmas do ponto de vista da gestão, uma vez que a escola precisa estar
para além dos padrões vigentes, comumente desenvolvidos pelas
organizações burocráticas.
b) A dimensão pedagógica da gestão democrática deve ser discutida
exclusivamente com o gestor escolar, pois o mesmo constitui-se como elemento
de referência para o alcance das ações pretendidas pelas Secretarias de
Educação.
c) A dimensão pedagógica deve ser desenvolvida de
forma integrada às demais dimensões, constituindo-se
como referência para as ações pretendidas pela escola.
Interatividade

d) O fazer educativo constitui-se num fazer coletivo, permanentemente em


processo, baseado em princípios de equidade social.

e) A descentralização administrativa vista como um processo de transferência de


competências para as escolas é um princípio essencial para a construção de
processos e instrumentos que sustentem a gestão.
Resposta

Alternativa correta:

b) A dimensão pedagógica da gestão democrática deve ser discutida


exclusivamente com o gestor escolar, pois o mesmo constitui-se como elemento
de referência para o alcance das ações pretendidas pelas Secretarias de
Educação.
E agora, vamos ajudar a Paloma?

1. Desenvolver ações que auxiliem na permanência de um estudante indisciplinado


na escola.

2. Propor a formação de coletivos e assembleias de estudantes, para a discussão


de medidas disciplinares.

3. Desenvolver rodas de conversa com professores e pais.

4. Promover estratégias de fortalecimento da rede de


apoio aos estudantes (articulando Educação, Saúde e
Assistência Social).

5. Desenvolver ações de formação para os


colegiados escolares.
Uma sugestão para Paloma

Paloma Rodrigues de Almeida

Implantação de Assembleias de Estudantes na ETI “Lima Barreto”

Nova Patagônia
2018
Uma sugestão para Paloma

 O presente projeto se justifica pela necessidade de garantir acesso e


permanência com qualidade para todos os estudantes. As assembleias, de modo
geral, são instituições de diálogo que têm como objetivo democratizar as relações
e a tomada de decisões em relação a tudo que diz respeito à vida da coletividade.
É também um espaço de análise de tudo o que ocorre na escola para descobrir
seus sentidos, as causas dos problemas ou as dificuldades que perturbam as
tarefas escolares. Falar dos conflitos incrementa a compreensão mútua entre os
alunos, a compreensão entre alunos e professores e a compreensão que a escola
tem para cada um deles. Por fim, em uma assembleia, decide-se e organiza-se
o que se quer fazer, além de estabelecer combinados que
auxiliam a convivência e a reflexão ética e moral de tudo o
que ocorre.
Uma sugestão para Paloma

 Público-alvo: Professores, estudantes e comunidade.

 Objetivo geral: Organizar espaços e tempos para a realização de assembleias


que contribuam para a democratização das relações interpessoais.

 Objetivos específicos: Promover o aprendizado da


cidadania e da participação, segundo valores e critérios
morais; Estabelecer combinados e normas, construídas
coletivamente; Acolher e respeitar as diferenças;
Minimizar conflitos e violências no ambiente escolar.
Uma sugestão para Paloma

 Percurso metodológico.

 Proposição da organização e implementação de assembleias de estudantes


aos professores.
 Estudo dos pressupostos e metodologias envolvidos nas assembleias, nos
horários de trabalho pedagógico coletivo.
 Comunicação aos estudantes e desenvolvimento de estratégias de ensino e
aprendizagem necessários para a participação em assembleias.
 Implementação das assembleias.
Uma sugestão para Paloma

Recursos:
 Textos contendo subsídios teóricos e práticos sobre assembleias
 Organização de espaços adequados para as assembleias
 Microfone, caixa de som, flip-chart e caneta hidrográfica.

Cronograma:
 Semana 1 – Apresentação do projeto aos professores e estudo dos pressupostos.
 Semana 2 – Comunicação aos estudantes e organização da Primeira Assembleia.
 Semana 3 – Realização da Primeira Assembleia.
 Semana 4 – Avaliação da Primeira Assembleia.
Uma sugestão para Paloma

 Produto Final.

 Confecção de painel, contendo imagens e pequenos relatos de professores e


alunos, acerca dos significados e das aprendizagens construídas na
primeira assembleia.
Uma sugestão para Paloma

Bibliografia:

 ARGUIS, R. Tutoria. Com a palavra, o aluno. Porto Alegre: Artmed, 2002.


 BRASIL. Senado Federal. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional: nº
9394/96. Brasília: 1996.
 BRANDT, Andressa G. Formação continuada dos professores (de ensino
básico, técnico e tecnológico) do IF Catarinense campus Rio Grande do Sul um
estudo a partir das vozes dos educadores. X ANPED SUL, Florianópolis, 2014.
Interatividade

 “[...] implica principalmente o repensar da estrutura de poder da escola, tendo em


vista sua socialização. A socialização do poder propicia a prática da participação
coletiva, que atenua o individualismo; da reciprocidade, que elimina a exploração;
da solidariedade, que supera a opressão; da autonomia, que anula a dependência
de órgãos intermediários que elaboram políticas educacionais das quais a escola
é mera executora”. VEIGA, Ilma Passos Alencastro (Org). Projeto político-
pedagógico da escola: uma construção possível. 14ª edição. Campinas:
Papirus, 2002.
 Assinale a alternativa que INDICA a que o texto faz referência:
d) Avaliação.
a) Inclusão. e) Gestão democrática.
b) Disciplina escolar.
c) Projeto Político-Pedagógico.
Resposta

 “[...] implica principalmente o repensar da estrutura de poder da escola, tendo em


vista sua socialização. A socialização do poder propicia a prática da participação
coletiva, que atenua o individualismo; da reciprocidade, que elimina a exploração;
da solidariedade, que supera a opressão; da autonomia, que anula a dependência
de órgãos intermediários que elaboram políticas educacionais das quais a escola
é mera executora”. VEIGA, Ilma Passos Alencastro (Org). Projeto político-
pedagógico da escola: uma construção possível. 14ª edição. Campinas:
Papirus, 2002.
 Assinale a alternativa que INDICA a que o texto faz referência.
d) Avaliação.
a) Inclusão. e) Gestão democrática.
b) Disciplina escolar.
c) Projeto Político-Pedagógico.
ATÉ A PRÓXIMA!

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