Você está na página 1de 14

Internacionalização de Empresas

4. Teorias sobre internacionalização de empresas –


bases econômicas.
Referência: Madeira e Silveira (2013), cap.5.
Relações Internacionais
Prof. Allexandro Mori Coelho

Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado – FECAP | www.fecap.br


Introdução

• Teorias sobre internacionalização de empresas


– Décadas de 1970 e 1980
• Investimento (IDE) de multinacionais americanas na Europa
• Países europeus iniciam exportações

• Foco: bases conceituais das teorias sobre internacionalização de


empresas originadas de teorias econômicas

Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado – FECAP | www.fecap.br


Bases conceituais da teorias de
internacionalização de empresas
• Bases conceituais da teorias de internacionalização de
empresas
– Teoria da firma
• Teoria dos Custos de Transação
• Visão baseada em Recursos
– Teoria da Organização Industrial
• Análise do Planejamento Estratégico
– Sociologia
– Antropologia

Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado – FECAP | www.fecap.br


Bases conceituais da teorias de
internacionalização de empresas
• Níveis de análise da internacionalização de empresas
– Teorias macroeconômicas
• Tendências nacionais e internacionais
• Origem em teorias de comércio, localização, balanço de
pagamentos; efeitos de taxas de câmbio
– Teorias mesoeconômicas
• Interação entre firmas em uma indústria (setor)
• Aspectos estratégicos, teoria dos jogos
– Teorias microeconômicas
• Comportamento da firma individual

Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado – FECAP | www.fecap.br


Teoria da firma: Teoria dos Custos de Transação

• Coase (1932, 1937 e 1991)


• Firma: estrutura ou organização que usa fatores de produção
(recursos naturais, capital e trabalho) para produzir e vender
mercadorias (bens e serviços)
• Ideia central: organizar o processo de produção para reduzir os
custos de transação (CTs)
– Origem dos CTs: custos de produção e comercialização, tempo,
incertezas, aspectos legais e burocráticos (contratuais) que
regulam a relação comprador-vendedor e direitos de propriedade
• Exemplo: garantia de direitos de propriedade – negociação, termos
do contrato e monitoramento  custos

Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado – FECAP | www.fecap.br


Teoria da firma: Teoria dos Custos de Transação

• Williamson (1971, 1985 e 1993)


– Firma pode reduzir custos de transação produzindo internamente
ou realizando trocas no mercado (compra e venda)
• Origem de custos de transação por
– trocas de mercado
• Existência de ativos específicos, quase-renda e problema de hold up
 possibilidade de uma parte explorar a vulnerabilidade e/ou
especificidade da outra  CTs associados aos contratos e direitos de
propriedade
– Internacionalização
• busca de informações e aquisição de conhecimento, monitoramento
de parceiros e fornecedores

Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado – FECAP | www.fecap.br


Teoria da firma – Visão baseada em Recursos

• Foco: mercado de fatores


– Penrose (1955, 1959), Wernerfelt (1984), Rumelt (1984, 1991),
Barney (1991) e Peteraf (1993)
• Ideia central: a principal origem da vantagem competitiva da
empresa é a posse de recursos estratégicos:
– Recursos tangíveis
• Edificações, mão de obra; recursos financeiros, organizacionais,
físicos e tecnológicos
– Recursos intangíveis
• recursos humanos (conhecimento e competências), recursos de
inovação (ideias e inovações), recursos de reputação (marca, com
parceiros – clientes e fornecedores, produto)

Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado – FECAP | www.fecap.br


Teoria Organização Industrial

• Bain (1959): modelo da Estrutura, Conduta e Desempenho


– Desempenho da empresa decorre de vários fatores e das inter-
relações com o resto da economia
• Desempenho da empresa como
– compradora no mercado de fatores
– organizadora do processo produtivo
– vendedora no mercado do produto/serviço
• Desempenho do mercado
– Comportamento e competição do mercado
– Conduta no mercado
» costumes, políticas, métodos de gerenciamento, padrões de concorrência,
estratégias, entre outros, dos quais a empresa se vale para fazer frente à
concorrência

Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado – FECAP | www.fecap.br


Análise do Posicionamento Estratégico

• Porter (1980, 1985, 2004, 2008b)


• Foco: formulação de estratégia para criar vantagem competitiva
sustentável no mercado
– Posição exclusiva e valiosa em relação aos concorrentes
– Retornos acima da média do mercado
• Análise do ambiente competitivo
• Modelo do Diamante da Vantagem Nacional
• Modelo das 5 Forças

Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado – FECAP | www.fecap.br


Análise do Posicionamento Estratégico

• Modelo do Diamante da Vantagem Nacional (Porter, 1990)


• 4 condições de um setor em um país que afetam a vantagem
competitiva da empresa
1) Condições (disponibilidade e qualidade) de fatores de produção
e da infraestrutura
2) Condições de demanda (local e externa)
3) Setores correlatos e de apoio (fornecedores)
4) Estratégia da firma, estrutura competitiva do setor e rivalidade
(competitividade) interna
• Papel do Governo: afetar as condições do diamante para
estimular a competitividade da empresa

Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado – FECAP | www.fecap.br


Análise do Posicionamento Estratégico

• Modelo das 5 Forças (Porter, 2008a e 2008b)


1) Rivalidade (competitividade) no setor
2) Ameaça de novos entrantes
3) Poder de negociação dos fornecedores
4) Poder de negociação dos clientes
5) Ameaça de substitutos (bens/serviços)
• Análise das 5 forças e do ambiente interno da empresa 
estratégia competitiva sustentável
1) Liderança de custo
2) Diferenciação de produto
3) Foco (segmento específico do mercado)

Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado – FECAP | www.fecap.br


Análise do Posicionamento Estratégico

• Foco da estratégia internacional: indústria


– Padrão de competição internacional
• varia de indústria para indústria
• em termos de padrão competitivo pode ser
– Multidoméstica
– Global

Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado – FECAP | www.fecap.br


Análise do Posicionamento Estratégico

• Características do padrão competitivo da indústria


– Multidoméstica
• Competição em cada país é independente dos demais  vantagem
competitiva específica nos países
• “Indústria internacional”: conjunto de indústrias domésticas
• Empresas (firmas) multidomésticas
– Global
• Competição global: indústrias domésticas interligadas
• Vantagem competitiva global com alguma perspectiva para cada país
• Empresas (firmas) globais

Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado – FECAP | www.fecap.br


Análise do Posicionamento Estratégico

• Características do padrão competitivo da indústria afetam a


estratégia internacional da empresa
– Indústria Multidoméstica
• Country centered strategies (Porter)
– Unidades da empresa nos diferentes países precisam de maior
autonomia e controlar as atividades do negócio
– Indústria Global
• Estratégia competitiva global com aspectos locais
– Padronização mundial e adaptação local
» Aspectos econômicos e políticos
– Tipos de vantagens competitivas
» Custo baixo (na cadeia de valor)
» Diferenciação (em relação aos concorrentes)

Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado – FECAP | www.fecap.br

Você também pode gostar