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Peça
Peça
Juracy Mota, brasileiro, estado civil xxx, profissão xxx, número de inscrição no Cadastro de
Pessoas Físicas xxx, endereço eletrônico xxx, domiciliando e residente na xxx, através do seu
Advogado (procuração em anexo) que a esta subscreve, vem à presença de Vossa Excelência,
com fundamento nos arts 334 e seguintes do Código de Processo Civil, art 300 e seguintes
também do referido código, c/c artigo 319 do CPC, propor:
AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA DE URGÊNCIA
Em face:
I - DA GRATUIDADE:
Plano de saúde CooperCross, pessoa jurídica de direito privado, com sede na xxx, sob o CNPJ
xxx, com endereço eletrônico xxx, em razão do que segue:
O Requerente não tem condições de arcar com as despesas do processo sem que isso
prejudique o seu sustento familiar. Uma vez que os seus recursos financeiros são limitados,
vide disposição do art. 99, parágrafo 4o c/c 105, ambos do CPC.
II - DA AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO:
O Requerente opta pela realização da audiência de conciliação, vide disposição do art. 319, VII
do CPC.
IV - DOS FATOS —
V - DO MÉRITO:
É cediço que os Planos de Saúde são regidos pela Lei Federal de no 9.656 de 1998. Dessa
maneira, os contratos de plano de saúde são obrigados a cobertura de tratamento de plano de
saúde para tratamento de qualquer doença que se encontre listado na Classificação Estatística
Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde (CID).
Além disso, o beneficiário do plano de saúde é protegido pelo Código de Defesa do
Consumidor, que estabelece a nulidade de qualquer restrição que coloque o consumidor em
situação de excessiva desvantagem.
Desse modo, tem-se que a negativa de atendimento é totalmente improcedente, tendo em
vista que o motivo alegado para tal fato foi a não atualização do cadastro. É importante
salientar que o Requerente é cliente da operadora de plano de saúde há mais de 15 anos. A
proteção ao consumidor e a saúde são direitos fundamentais assegurados pelo art. 5o, XXXII e
6o da Constituição Federal.
Segundo a Agência Nacional de Saúde (ANS), e a lei 9.656/98 em seu art. 13, o plano só pode
recusar atendimento ao paciente se ele atrasar 60 (sessenta) dias da mensalidade,
consecutivos ou não, no prazo de 1 (um) ano.
No caso em tela não ocorreu quaisquer das hipóteses legais autorizadoras da suspensão do
plano de saúde. Logo é inegável a ilicitude do ato praticado pelo Requerido, pois o Requerente
teve o seu direito fundamental à saúde negado, tendo em vista que o plano de saúde negou
atendimento no hospital.
Destaca-se, ainda, a necessidade de atendimento para realização de procedimento cirúrgico
em caráter de urgência, pois encontra-se acometido de um grave câncer de próstata, que é um
tumor mais comum em homens acima de 50 anos, os fatores de risco incluem idade avançada
(acima de 50 anos), histórico familiar da doença, fatores hormonais e ambientais e certos
hábitos alimentares (dieta rica em gorduras e pobre em verduras, vegetais e frutas),
sedentarismo e excesso de peso. Assim, temos o fator de risco que é a idade do Requerente,
pois este possui 82 anos de idade.
VI - DA TUTELA DE URGÊNCIA:
São requisitos para a obtenção da tutela antecipada em caráter de urgência o perigo na
demora, em razão do dano irreparável ou de difícil reparação, bem como a probabilidade do
direito, requisitos esses que são preenchidos no caso em tela, atendendo a exigência do art.
300 do Código de Processo Civil.
A probabilidade do direito está demonstrada em razão da qualidade de segurado pelo plano de
saúde, bem como sua atuação na condição na fragilidade da sua saúde, razão pela qual fora
determinado o procedimento cirúrgico em caráter de urgência.
Além disso, também está presente o risco de dano, pois caso seja realizado o procedimento
cirúrgico, pode vir a óbito, conforme demonstra o relatório médico (em anexo).