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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Breve contextualização histórica da Filosofia

Judite Miguel Afonso da Silva


Código: 708211806

Licenciatura em Administração Pública


Introdução à Filosofia
2º Ano

Nampula, Agosto, 2022


Universidade Católica de Moçambique
Instituto de Educação à Distância

Breve contextualização histórica da Filosofia

Judite Miguel Afonso da Silva

Código: 708211806

Trabalho a ser entregue na


disciplina de Introdução à
Filosofia: Curso de Licenciatura
em Administração Pública; 2º Ano
– Ensino à Distância.
Tutora: Dra. Nádia Jorge
Victorino Pereira

Nampula, Agosto, 2022


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organizacionais • Índice 0.5
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• Conclusão 0.5
• Bibliografia 0.5
Introdução • Contextualização
(indicação clara do 1.0
problema)
• Descrição dos
objectivos 1.0

• Metodologia
adequada ao 2.0
objecto do trabalho
Análise e • Articulação e
Conteúdo discussão domínio do
discurso académico 2.0
(expressão escrita
cuidada, coerência
/ coesão textual)
• Revisão
bibliográfica
nacional e 2.0
internacionais
relevantes na área
de estudo

• Exploração dos 2.0


dados
Conclusão • Contributos 2.0
teóricos práticos
• Paginação, tipo e
Aspectos Formatação tamanho de letras,
gerais parágrafo, 1.0
espaçamento entre
linhas
Referênci Norma APA 6ª • Rigor e coerência
as edição em das 4.0
bibliográf citações e citações/referências
icas bibliografia bibliográficas

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Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor
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Índice

1. Introdução ............................................................................................................................... 6

2. Historial da Filosofia .............................................................................................................. 7

2.1. Antecedentes ao surgimento da Filosofia ............................................................................ 7

2.2. A passagem do pensamento mítico para o filosófico .......................................................... 8

2.3. Etapas da Filosofia clássica ............................................................................................... 10

3. Conclusão ............................................................................................................................. 13

4. Referências Bibliográficas .................................................................................................... 14


1. Introdução

A filosofia é um conhecimento milenar que se manifestou de diversas maneiras ao longo


da história, tendo sua origem na Grécia Antiga.

Este conhecimento é uma forma do pensamento se desdobrar sobre si mesmo. De


maneira conceitual e abstrata, a Filosofia preza, muitas vezes, por
um rigor metodológico parecido com o rigor científico. Outras vezes, utiliza-se de novas
perspectivas próprias de cada pensador e de cada trabalho filosófico desenvolvido.

Um dos modos talvez mais simples e menos polêmicos de se caracterizar a filosofia é


através de sua historia, forma de pensamento que nasce na Grécia antiga, por volta do século
VI a.C., se se afirmar que o conhecimento científico, de cuja tradição o homem é herdeiro, surge
na Grécia por volta do século VI a.C., e o primeiro passo deverá ser procurar entender porque
se considera que esse novo tipo de pensamento aparece aí pela primeira vez e o que significa
essa “ciência” cujo surgimento coincide com a emergência do pensamento filosófico.

Objectivo Geral

• Compreender a história da Filosofia.

Objectivos específicos:

• Descrever a passagem da fase mítica para a racional;


• Identificar as condições que levaram ao surgimento da Filosofia;
• Descrever as etapas da Filosofia clássica.

Metodologia Usada

A metodologia utilizada na realização deste trabalho foi baseada em pesquisas e


levantamentos de materiais bibliográficos através de uma literatura actualizada e especializada
que forneceu subsídios teóricos e confiáveis, mediante aplicação de instrumentos de pesquisa
com a finalidade de obter informações precisas na construção e efectivação do presente
trabalho.

De salientar que o presente trabalho, incorpora a seguinte estrutura: Introdução,


Desenvolvimento, Conclusão e Referências bibliográficas.

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2. Historial da Filosofia

O surgimento da racionalidade crítica foi o resultado de um processo lento, preparado


pelo passado mítico, cuja características não desapareceram na nova abordagem filosófica do
mundo, ou seja, o surgimento da filosofia na Grécia não é o resultado de um salto, um “milagre”,
realizado por um povo privilegiado, mas a culminação de um processo que se fez através dos
tempos e tem sua dívida com o passado mítico (Rosa, s.d.).

Nesse caso para compreender como se deu o surgimento da Filosofia, torna-se


necessário recuar um pouco no tempo e abordar, mesmo que superficialmente o período mítico,
na Grécia antiga.

2.1. Antecedentes ao surgimento da Filosofia

As Epopeias

Os mitos gregos eram recolhidos pela tradição e transmitidos oralmente pelos aedos e
rapsodos. Era difícil conhecer os autores de tais trabalhos de formalização, porque num mundo
em que predomina a consciência mítica não existe a preocupação com a autoria da obra, já que
o anonimato é a consequência do colectivismo, fase em que ainda não se destaca a
individualidade. Além disso, não havia escrita para fixar o autor e a obra.

Por esse motivo há controvérsia à respeito da época em que teria vivido Homero, um
desses poetas, e até se ele realmente teria existido. É costume atribuir-lhe a autoria de dois
poemas: Ilíada, que trata da guerra de Tróia, e Odisséia, que relata o retorno de Ulisses a Ítaca,
após a guerra de Tróia.

As epopéias tiveram uma função didáctica muito importante na vida dos gregos porque
descrevem o período da civilização micênica e transmitem os valores da cultura por meio das
histórias dos deuses e antepassados, expressando uma determinada concepção de vida. Por isso
desde cedo as crianças decoravam passagens dos poemas de Homero.

As acções heróicas relatadas nas epopéias mostram a constante intervenção dos deuses,
ora para auxiliar um protegido seu, ora para perseguir um inimigo. O homem homérico é presa
do Destino (Moira), que é fixo, imutável e não pode ser alterado. O herói vive na dependência
dos deuses e do destino, faltando a ele a nossa noção de vontade pessoal, de livre-arbítrio. Mas

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isso não o diminui diante dos homens comuns. Ao contrário, ter sido escolhido pelos deuses é
sinal de valor e em nada tal ajuda desmerece a sua virtude.

A Teogonia

Hesíodo, outro poeta que teria vivido no final do século VIII e princípio do século VII
a. C., produz uma obra com características que apontam para a época que se vai iniciar a seguir,
com particularidades que tendem a superar a poesia impessoal e colectiva das epopéias.

A palavra Teogonia vem do grego: teo, que significa Deus; gonia, que significa: origem;
a teogonia reflecte sobre a preocupação com a crença dos mitos. Nela Hesíodo relata as origens
do mundo e dos deuses, e as forças que surgem não são a pura natureza, mas sim as próprias
divindades: Gaia é a Terra, Urano é o Céu, Cronos é o Tempo, surgindo ora por segregação,
ora pela intervenção de Eros, princípio que aproxima os opostos (Rosa, s.d., 34).

Esse era assim, o período mítico, em que se explicavam os eventos da natureza, com
base nos “Deuses”.

Essa ideia corrobora a convicção de Rosa (s.d.), que defende de que, o homem primitivo
limitava-se a aceitar o mundo e a vida tais como eles eram. Emprestava-lhes uma origem, um
processo, uma finalidade e um significado. Por isso inventa histórias explicativas, descrições
cheias de beleza e fantasia, em que intervém, quase sempre, forças sobrenaturais.

Estas histórias chamadas mitos, representam o primeiro esforço para uma leitura
sistemática e organizada do universo. Consistiam sobretudo, em encontrar as origens e evocar
o acto primordial da criação, fundamentalmente de todo o real.

2.2. A passagem do pensamento mítico para o filosófico

Conforme foi explicado anteriormente, antes do surgimento da filosofia, o Homem


recorria aos mitos para dar respostas às diversas dúvidas, que permeavam a sua mente. No
entanto, no decurso desse período arcaico, foram surgindo algumas novidades que ajudaram a
transformar a visão que o homem mítico tinha do mundo e de si mesmo. São elas: a invenção
da escrita, o surgimento da moeda, a lei escrita, o nascimento da polis (cidade-estado), todas
elas contribuíram para o surgimento da filosofia.

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De acordo com Abbagnano (2007), o pensamento filosófico – científico surge assim na
Grécia, caracterizado como uma forma especifica de o homem tentar entender o mundo que o
cerca, isto não quer dizer que anteriormente não houvesse também outras formas de se entender
essa realidade. É precisamente a especificidade do pensamento filosófico-científico que tentar-
se-a explicitar aqui, contrastando-o com o pensamento mítico que lhe antecede na cultura grega.
Procuraremos destacar as características de uma e de outra forma de explicação do real.

De acordo com Chaui (2005), é Aristóteles que afirma ser Tales de Mileto, no séc. VI
a.C., o iniciador do pensamento filosófico-científico. Pode-se considerar que este pensamento
nasce basicamente de uma insatisfação como o tipo de explicação do real que encontra-se no
pensamento mítico.

De facto, desse ponto de vista, o pensamento mítico tem uma característica até certo
ponto paradoxal. Se, por um lado, pretende fornecer uma explicação da realidade, por outro
lado, recorre nessa explicação ao mistério e ao sobrenatural, ou seja, exatamente àquilo que não
se pode explicar, que não se pode compreender por estar fora do plano da compreensão humana.
É nesse sentido que a tentativa dos primeiros filósofos será de buscar uma explicação do mundo
natural (a physis, daí o nosso termo “física”) baseada essencialmente em causas naturais. A
chave de explicação do mundo de nossa experiência estaria então, para esses pensadores. No
próprio mundo, e não fora dele, em alguma realidade misteriosa e inacessível (Abbagnano,
2007).

O pensamento filosófico-científico representa assim uma ruptura bastante radical com


o pensamento mítico, enquanto forma de explicar a realidade. Entretanto, se o pensamento
filosófico-científico surge por volta do séc. VI a.C., essa ruptura com o pensamento mítico não
se dá de forma completa e imediata. Ou seja, o surgimento desse novo tipo de explicação não
significa o desaparecimento por completo do mito, do qual delas sobrevivem muitos elementos
mesmo em nossa sociedade contemporânea, em nossas crenças, superstições, fantasias, etc.,
isto é, em nosso imaginário.

O mito sobrevive ainda que vá progressivamente mudando de função, passando a ser


antes parte da tradição cultural do provo grego do que a forma básica de explicação da realidade.
É claro que essa mudança de papel do pensamento mítico, bem como a perda de seu poder
explicativo resultam de um longo período de transição e de transformação da própria sociedade

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grega, que tornam possível o surgimento do pensamento filosófico-científico no séc. VI a.C
(Abbagnano, 2007).

O pensamento mítico, com seu apelo ao sobrenatural e aos mistérios, vai assim deixando
de satisfazer as necessidades da nova organização social, mais preocupada com a realidade
concreta, com a actividade política mais intensa e com as trocas comerciais.

É nesse contexto que o pensamento filosófico-científico encontrará as condições


favoráveis para seu nascimento.

2.3. Etapas da Filosofia clássica

2.2.1. Período Pré-socrático

Também chamado de período cosmológico, vigorou do final do século VII ao final do


século V a. C., quando a Filosofia se ocupa fundamentalmente com a origem do mundo e as
causas das transformações na Natureza (Rosa, s.d.).

2.2.1.1. Principais Filósofos naturalistas

Tales de Mileto

Tales de Mileto (640-548 a.C.) – É considerado o Pai da filosofia grega. Para ele a água.
É considerado “o pai da serie o elemento) de tudo o que existe. Atribui-se a Tales a
demonstração do primeiro teorema de geométria (embora o estudo sistemático desta ciência
tenha realmente começado na escola de Pitágoras, no séc. VI a.C.) (Chaui, 2005).

Ele viveu em Mileto, na Jônia, provavelmente nas ultimas décadas do século VII e na
primeira metade do século VI a. C. Ele foi o que iniciou a filosofia da Physis, pois foi o primeiro
a afirmar a existência de um princípio originário único (Arché), causa de todas as coisas que
existem (no caso, a água). Tales de Mileto afirmava que existe um princípio que era a fonte e a
origem, a foz ou termo último e o sustentáculo permanente de todas as coisas. Esse princípio
seria a água, visto que onde há vida, há presença do elemento.

Anaximandro de Mileto

Anaximandro, seria apeiron 547 a.C. “o princípio gerador de todas as coisas, segundo
Anaximandro, seria o (ilimitado/indeterminado/que não tem limite/ infinito). A ordem do
mundo virtude deste princípio. Assim, o original de todos os seres, tanto de seu quanto de sua
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dissolução. Anaximandro foi discípulo de Tales de Mileto. O filósofo procurou buscar o
elemento fundamental de todas as coisas, denominando de ápeiron (o infinito e o
indeterminado), que representaria a massa geradora da vida e do universo (Chaui, 2005).

Anaxímenes de Mileto

Anaxímenes de Mileto (588 pensador, o elemento gerador de tudo é rarefação e da


condensação, o ar forma tudo o que existe. Segundo este pensador, o elemento gerador de tudo
é o ar. Anaxímenes de Mileto foi discípulo de Anaximandro.

De acordo com Chaui (2005), assim como o seu mestre discordou de Tales quanto ao
arché da natureza, Anaxímenes também o fez. Após seus estudos com seu professor e a
incansável observação da natureza como maneira de tentar buscar uma possível origem para o
universo, o filósofo concordou com a parte da teoria de Anaximandro que diz que o princípio
de tudo seria algo infinito, mas discordou quanto à definição. O princípio de tudo seria, então,
um elemento infinito, porém definido: o ar.

O filósofo compreendeu o ar como uma substância que permeia todos os corpos e


objetos da natureza. As características de cada ser variariam, então, de acordo com a quantidade
(maior ou menor) de ar que eles contivessem. O universo seria compreendido, nessa concepção,
como um grande ser vivo que abriga todos os outros seres, vivos ou não vivos, sendo o ar o
elemento em comum entre todos eles e a composição da alma dos seres vivos.

Heraclito de Éfeso

Heráclito de Éfeso, é conhecido como o filósofo do devir da mudança. De acordo com


Heráclito, o logos (razão, inteligência, discurso e pensamento) governa todas as coisas e está
associado ao fogo. Heráclito – tinha interpretações contraditórias a respeito do surgimento das
coisas. Heráclito observa que as coisas estão em constante movimento, tudo na natureza se
transforma. Parmênides defende a teoria que o ser é imóvel e imutável, que vive em um eterno
presente, já que o passado é aquilo que não é mais e o futuro é aquilo que ainda não é. Esse
afirma essa teoria com a seguinte frase “O ser é e não é.” (Chaui, 2005).

2.2.2. Período Socrático ou antropológico

Período socrático ou antropológico, do final do século V e todo o século IV a. C.,


quando a Filosofia investiga as questões humanas, isto é, a ética, a política e as técnicas ( em

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grego, antropos quer dizer homem; por isso o período recebeu o nome de antropológico) (Rosa,
s.d.).

Também chamado de período clássico, nesse momento surge a democracia na Grécia


Antiga. Seu maior representante foi o filósofo grego Sócrates que começa a pensar sobre o ser
humano . Além dele, merecem destaque: Aristóteles e Platão.

2.2.3. Período sistemático

Período sistemático, do final do século IV ao final do século III . C., quando a Filosofia
busca reunir e sistematizar tudo quanto foi pensado sobre a cosmologia e a antropologia,
interessando-se sobretudo em mostrar que tudo pode ser objecto de conhecimento filosófico,
desde que as leis do pensamento e de suas demonstrações estejam firmemente estabelecidas
para oferecer os critérios da verdade e da Ciência.

2.2.4. Período helenístico ou Greco-romano

Período helenístico ou greco-romano, do final do século III a. C. até o século VI


depois de Cristo. Nesse longo período, que já alcança Roma e o pensamento dos Padres da
Igreja, a Filosofia se ocupa sobretudo com as questões da ética, do conhecimento humano e das
relações entre o homem e a Natureza e de ambos com Deus.

Assim, além de temas relacionados com a natureza e o homem, nessa fase os estudos
estão voltados para a realização humana por meio das virtudes e da busca da felicidade.

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3. Conclusão

Longe da intenção de tomar por encerrada a discussão aqui proposta, mas com vistas a
suscitar o debate acerca da importância da Filosofia para a sociedade, admite-se que a Filosofia
é muito importante para o Homem, embora muitos não saibam da sua importância. Ela ajuda
desvendar os mistérios e histórias da nossa existência, e compreender o porquê e a razão
fundamental para tudo o que existe.

Nesse contexto, o acto de Filosofar é importante porque leva o homem a nunca se


contentar com tudo que já está posto. Isto, de algum modo, é amar a verdade que se desvela a
partir do desejo de quem procura saber. Além do que, filosofar hoje significa romper com o
mundo aparente e discursos que não condizem com a realidade e tampouco com o próprio agir
de quem ecoa palavras mentirosas com cheiro de verdade e que, facilmente, pode enganar quem
não tem uma alma tão capacitada para ouvir bem e distinguir falsidade de verdade.

Constatou-se também que, esta ciência surge com a substituição do saber mítico ao da
razão e isso ocorreu com o surgimento da polis grega (cidade-estado). Essa nova organização
grega, foi fundamental para a desmistificação do mundo através da razão e, com isso, as
reflexões dos filósofos. Mais tarde, as discussões que ocorriam em praça pública juntamente
com o poder da palavra e da razão (logos) levaram a criação da democracia.
É nesse contexto que surge a filosofia. A investigação sobre a natureza fez com que os filósofos
produzissem conhecimento. Inicialmente, a filosofia era uma cosmologia, um estudo sobre o
cosmo (universo) tendo como base a razão (lógos). Essa perspectiva de pensamento se contrasta
com a anterior, que era compreendida como uma cosmogonia, explicação do cosmo a partir das
relações que fizeram nascer (gonos) as coisas. A mesma distinção ocorre entre a teologia
(estudo sobre os deuses) e a teogonia (histórias sobre o nascimento dos deuses).

Em suma, o presente trabalho foi de inestimável importância para a autora, pois


permitiu-lhe conhecer as noções básicas que permeiam o conhecimento filosófico assim como
ajudou a compreender melhor a importância dessa área do saber para a sociedade de ontem, de
hoje e do amanhã. E diante do exposto, espera-se ter reunido informações que venham a
contribuir para ampliar os actuais níveis de conhecimento quanto ao tema cá abordado e que os
resultados possam servir como referencial para futuras intervenções investigativas em
diferentes moldes, com metodologias que possam esclarecer melhor todas as questões ainda
obscuras sobre o assunto.

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4. Referências Bibliográficas

Abbagnano, N. (2007). Dicionário de filosofia. (5.ed). São Paulo, Brasil: Martins Fontes.

Chaui, M. (2005). Convite à filosofia. (13.ed). São Paulo, Brasil: Ática.

Rosa, A. L. (s.d.). Introdução à Filosofia. Beira, Moçambique: Universidade Católica de


Moçambique – Centro de Ensino à Distância.

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