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COMUNIDADE
9° Período
Temas
Consulta em 7 passos, Sintomas sem explicação médica, abordagem familiar, MBE –
diagnóstico, abordagem da dor musculoesquelética, visitas domiciliares
Beatriz Chaveiro
Turma XVIII
Beatriz Chaveiro Turma XVIII
CONSULTA EM 7 PASSOS → Fase inicial: preparação e primeiros minutos. É uma fase
→ A consulta pode ser abordada como um ato discreto com de concentração e de focalização de atenção e de energia,
antecedentes, princípio, meio, fim e consequências, as individualizando-se dois passos:
quais podem ser imediatas, a médio prazo e a longo prazo, o Passo 1 - Preparação: onde se revê a situação do
e podem passar a constituir antecedentes e determinantes médico, do consultório e do próximo paciente,
de próximas consultas. antes de este ser chamado para a consulta
o Passo 2 – Os primeiros minutos: onde se procede
à chamada, ao encontro, ao cumprimento e ao
acolhimento da pessoa, bem como à detecção de
indícios físicos e emocionais, de motivos de
→ A consulta pode, também, ser considerada como um consulta e ao acerto de agendas entre o médico e
sistema complexo aberto, com «entradas», interações, o paciente.
transformações internas, «saídas» e efeitos ou impactos.
Sob esta perspectiva sistémica podem considerar-se
aspectos e indicadores de contexto, de estrutura, de
processo e de resultados.
Valor preditivo
→ Valor preditivo: é a probabilidade pós-teste. Quando o
teste é positivo, a probabilidade pós-teste é chamada de
valor preditivo positivo. Quando o teste é negativo, a
probabilidade pós-teste é chamada de valor preditivo
negativo. O valor preditivo é uma propriedade do paciente
que fez o teste, uma vez que a probabilidade pré-teste foi
modificada de acordo com os resultados dos testes
Propriedade de acurácia dos testes
aplicados individualmente naquele paciente.
→ Acurácia: define se o teste influencia pouco ou muito a
probabilidade de doença. Ela é determinada por duas
propriedades: a sensibilidade e a especificidade.
→ Sensibilidade: reconhecer doença nos doentes. No
denominador, tem-se os doentes; no numerador, tem-se
os testes positivos.
→ Especificidade: reconhecer saúde nos saudáveis. No
denominador, tem-se os testes negativos.
o Critérios diagnósticos:
→ Inspeção:
1. Frontal: cicatrizes, eritema, lacerações, edemas
(desaparecimento da depressão fisiológica medial
→ Instabilidade crônica do ombro: subluxação ou hipermobi- à patela), alinhamento (valgo ou varo).
lidade da articulação.
1. Sinal do sulco: tracionar o úmero para baixo e
avaliar presença de sulco que aparece na inserção
do deltoide.
2. Lateral: hiperextensão ou flexão unilateral
(inflamação / infecção).
3. Posterior: inchaços (cistos de Baker, aneurisma
poplíteo)
Beatriz Chaveiro Turma XVIII
→ Marcha: pedir ao paciente que ande. 2. Cruzado Anterior (teste da gaveta): sentar-se
→ Avaliação vascular: palpar os pulsos dos MMII sobre o pé do lado avaliado e posicionar os hálux
→ Temperatura: avaliar com o dorso da mão. Comparar na fossa poplítea. Tracionar a tíbia anteriormente.
bilateralmente. Caso ambas estejam na mesma Avaliar mobilidade.
temperatura, comparar com o músculo (deve estar mais
quente). Temperatura elevada indica processo
inflamatório; temperatura reduzida indica dano vascular
ou nervoso.
→ Avaliação de edema medial e lateral: com paciente 3. Cruzado Anterior (Teste de Lachman): flexionar o
deitado, drenar o líquido possivelmente acumulado com joelho a 30°. Segurar e tracionar o fêmur para
movimentos de tensão da pele para cima. Pressionar acima baixo; simultaneamente segurar e tracionar a
da patela e verificar aparecimento de edemas laterais ou tíbia para cima.
mediais.
https://www.youtube.com/wa tch?v=VcCAHbiEcZo&t=2s
https://www.youtube.com/wa tch?v=wlLfNls75RY
https://www.youtube.com/wa tch?v=M8RyFNN1ZRw&t=16s
Beatriz Chaveiro Turma XVIII
VISITA DOMICILIAR → Níveis de atenção domiciliar:
→ Cuidado domiciliar: a OMS define assistência domiciliar
como “a provisão de serviços de saúde por prestadores
formais e informais com o objetivo de promover, de
restaurar e de manter o conforto, a função e a saúde das
pessoas em um nível máximo, incluindo cuidados para uma
morte digna. Os serviços de assistência domiciliar (SADs)
podem ser classificados como preventivos, terapêuticos,
reabilitadores, de acompanhamento por longo tempo e de
cuidados paliativos. As visitas domiciliares (VDs) são
reconhecidas como uma prática de inquestionável
importância não apenas na descoberta, como também na
abordagem de problemas, no diagnóstico, na busca ativa,
na prevenção de agravos e na promoção da saúde.
→ Conceitos importantes: → Papeis dos profissionais na visita domiciliar:
o Atenção domiciliar: é a categoria mais ampla, que
inclui as outras. Baseia-se na interação do
profissional com a pessoa, com sua família e com
o cuidador, e se constitui em um conjunto de
atividades realizadas no domicílio de forma
programada e continuada. Envolve ações de
promoção à saúde em sua totalidade, incluindo a
prática de políticas econômicas e sociais que
influenciam o processo saúde-doença. Tem
caráter ambulatorial e envolve ações preventivas
e curativo-assistenciais.
o Assistência domiciliar: está ligada a todo e
qualquer atendimento a domicílio realizado por
profissionais que integram a equipe de saúde.
Não leva em conta a complexidade ou o objetivo
do atendimento, que pode ser uma orientação
simples até um suporte ventilatório invasivo.
o Atendimento domiciliar: categoria diretamente
relacionada à atuação profissional no domicílio,
que pode ser operacionalizada por meio da visita
e da internação domiciliar. Envolve atividades que
vão da educação e prevenção à recuperação e
manutenção da saúde das pessoas e seus
familiares no contexto de suas residências.
Abrange ou não cuidados multiprofissionais e
pode ser semelhante a um consultório em casa.
Alguns autores o relacionam a uma atenção mais
pontual e temporária, ligada a situações agudas.
o Visita domiciliar: prioriza o diagnóstico da
realidade do indivíduo e as ações educativas. É
programada e utilizada com o intuito de subsidiar
intervenções ou o planejamento de ações.
o Internação domiciliar: categoria mais específica,
que envolve a utilização de aparato tecnológico
em domicílio, de acordo com as necessidades de
cada situação. Não substitui a internação
hospitalar, mas pode se constituir como uma
continuidade desta, de forma temporária.
o Vigilância domiciliar: comparecimento de
integrante da equipe de saúde até o domicílio
para realizar ações de promoção, prevenção,
educação e busca ativa da população de sua área.