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BARREIRA
2022
FERNANDA OLIVEIRA LIMA LISBOA
BARREIRA
2022
O LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL: JOGAR, BRINCAR, UMA FORMA DE
EDUCAR
RESUMO
O artigo em questão vem apresentar algumas considerações sobre o lúdico na educação infantil: jogar, brincar, uma
forma de educar. Entendemos ao longo desse trabalho que a ludicidade é uma metodologia muito interessante e já
provada sua eficácia em diferentes trabalhos para que a criança possa desenvolver suas habilidades. Como objetivo
geral compreender o lúdico na educação infantil: jogar, brincar, uma forma de educar, a partir desses pilares. Como
objetivos especificos : entender o que é ludicidade; elencar aspectos da educação infantil no Brasil; o papel do
professor no contexto do ensino lúdico para as crianças; identificar como a família percebe essa educação baseada no
lúdico. Justifica-se o tema pois ainda encontramos entre pais e professores uma concepção errôneo sobre a ludicidade.
Para os pais principalmente a criança tem que aprender a ler e escrever, a brincadeira só na recreação, e quanto aos
educadores por se exigir resultados imediatos no processo de alfabetização da criança muitas vezes se vê forçado a
inibir atividades lúdicas, embora de caráter educativo por uma pressão do próprio sistema que exige desde cedo
resultados na aprendizagem da criança. A metodologia utilizada no trabalho foi uma pesquisa bibliográfica através
das publicações de autores como Huizinga (2004), Herrmann, F. A.; Lima, A. A (1992), Chalita (2014) entre outros
que discorreram sobre a importância da brincadeira na aprendizagem da criança. Os resultados apontaram que a
brincadeira é importante, e muitos trabalhos aqui apresentados como outros já existem reforçam a necessidade de se
ter um outro olhar sobre as brincadeiras e jogos na educação infantil possibilitando ao mesmo um desenvolvimento
mais prazeroso permitindo que a criança se motiva a participar efetivamente das atividades propostas.
ABSTRACT
The article in question presents some considerations about playfulness in early childhood education: playing, playing,
a way of educating. We understand throughout this work that playfulness is a very interesting methodology and its
effectiveness has already been proven in different works so that the child can develop their skills. As a general
objective to understand the ludic in early childhood education: play, play, a way of educating, from these pillars. As
specific objectives: to understand what ludicity is; list aspects of early childhood education in Brazil; the teacher's
role in the context of playful teaching for children; to identify how the family perceives this education based on play.
The theme is justified because we still find a misconception about playfulness among parents and teachers. For
parents, mainly, the child has to learn to read and write, playing only in recreation, and as for educators, because
immediate results are required in the child's literacy process, they are often forced to inhibit recreational activities,
although of an educational nature a pressure from the system itself that demands early results in the child's learning.
The methodology used in the work was a bibliographic research through the publications of authors such as Huizinga
(2004), Herrmann, F. A.; Lima, A. A (1992), Chalita (2014) among others who discussed the importance of play in
children's learning. The results showed that play is important, and many works presented here, as others already exist,
reinforce the need to have another look at play and games in early childhood education, allowing for a more pleasant
development, allowing the child to be motivated to participate. effectively from the proposed activities.
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Pedagogía. Professora. Prefeitura municipal de Barreira. E-mai: flima101112@gmail.com
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Orientador. Diana Pereira de Sousa, CEJA Pacajus Coordenadora das Ciências Humana -
profadianafmb@gmail.com, Geógrafa, Pedagoga, Historiadora, Psicopedagoga e Especialista em AE
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INTRODUÇÃO
papel do professor no contexto do ensino lúdico para as crianças; identificar como a família
percebe essa educação baseada no lúdico.
Justifica-se o tema pois ainda encontramos entre pais e professores uma concepção
errôneo sobre a ludicidade. Para os pais principalmente a criança tem que aprender a ler e
escrever, a brincadeira só na recreação, e quanto aos educadores por se exigir resultados
imediatos no processo de alfabetização da criança muitas vezes se vê forçado a inibir atividades
lúdicas, embora de caráter educativo por uma pressão do próprio sistema que exige desde cedo
resultados na aprendizagem da criança.
1. REVISÃO DE LITERATURA
Muita gente não valoriza os momentos que a criança passa brincando, o que pode custar
muito caro lá na frente. É simples entender: a brincadeira não serve apenas para entreter. Por
meio dela, os pequenos “experimentam” o mundo: testam habilidades (fisicas e cognitivas);
aprendem regras, treinam as relações sociais. Isso sem contar que, ao brincar, eles tem a chance
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É necessário salientar que existe, porém, diferentes maneiras de otimizar esse processo
no dia a dia, tanto por meio de brincadeiras em si, como também por outras atividades lúdicas.
sempre respeitando a idade, e a individualidade de cada criança.
é, o que ela traz, suas vivências em grande parte serão refletidas nesse momento e o professor
precisa esta muito atento para tais aspectos e dessa forma corrobora para a afetividade das
atividades que o mesmo se propôs a realizar com essas crianças e que tem um cunho além de
educacional também que implica na formação pessoal da criança fazendo com que a mesma vá
se descobrindo em aspectos importantes que devem ser levados em consideração nessa etapa
de sua escolarização.
Sobre o conceito de ludicidade, a autora Maria da Conceição Oliveira Lopes (2004) traz
importantes contribuições. A autora defende a ludicidade a partir de três premissas: a) como
condição ontológica, e, portanto, anterior a qualquer uma de suas manifestações; b) a ludicidade
é consequencial, gera consequências pelas suas manifestações: o brincar, o jogar, o recrear,o
lazer e o criar de artefatos lúdicos: c) a ludicidade produz efeitos que resulta das interações
humanas (as aprendizagens informais, por exemplo).
A partir desse entendimento, a autora nos leva a refletir sobre a relação entre ludicidade
e educação a partir do princípio da não linearidade, ou seja, nessa relação não existe moldes,
regras engessadas e padrões rigidos, pois, se partir do princípio de que a ludicidade se estrutura
na relação dialética entre os campos objetivos e subjetivos, admite-se a fluidez e incerteza que
caracterizam, dentre outros, a singularidade do sujeito.
Brincar, jogar, brinquedo. Essas palavras tem um sentido bem conhecido de todos nós,
especialmente quando criança. Elas representam a possibilidade de imaginarmos ser quem não
somos, de estarmos em lugares e planetas diferentes, o prazer de satisfazer o desejo mesmo que
de forma ilusória, de viver o suspense do inesperado, de viver a loucura sem ser louco, de
divertir-se.
Por isso, Freud (1968) nos diz que a ocupação preferida e mais intensa da criança é o
brincar. Elas entregam-se às suas brincadeiras, aos seus jogos, às suas histórias, com vigorosa
seriedade. Com rara facilidade se põe a brincar e a jogar, a contar e a ouvir uma história,
constituimdo um cenário imaginário em que cria e representa diferentes personagens, vive as
mais fantásticas aventuras, inventa, constrói e destrói, conhece(-se). Faz do seu corpo um
versátil brinquedo com o qual explora a realidade. No “como se”, disfarça-se, passa a ser, ao
menos naquele momento, quem não é.
Como Freud (1968) já apontava a brincadeira como uma atividade preferida da criança,
essa situação não mudou. A criança ainda gosta das brincadeiras, embora estejamos diante de
um mundo muito tecnológico onde algumas brincadeiras foram esquecidas ou substituidas por
outras, ainda o sentido é o mesmo para muitas crianças. E é isso que é importante ressaltar, a
interação e as relações entre as crianças na ação de brincar, principalmente quando são jogos,
onde existe um envolvimento de várias crianças e existe uma disputa que os motiva.
Concordamos com Herrmann (1999) a brincadeira traz muitas verdades sobre a criança
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e esse imaginário faz com que percebamos a influência que um determinado comportamento
traz para a vida das mesmas. E nesse momento as mesmas conseguem definir de forma bastante
clara, quando transforma a realidade vivenciada em uma brincadeira.
Huizinga (1980), historiador, em uma leitura mais ampla, situa o lúdico como um
elemento da cultura, presente em todas as formas de organização social, das mais primitivas às
mais sofisticadas. Ainda segundo o autor concebe-lhes uma função significante, ou seja, afirma
que a essência do lúdico não é material, uma vez que ultrapassa os limites da realidade fisica,
encerra um determinado sentido, transcendendo as necessidades imediatas da vida. O autor
descreve um conjunto de características formais do lúdico que corrobora em muito com a
compreensão do lugar que ele ocupa na cultura:
Nesse sentido entende-se que é fundamental a escola assim como também a família
possa ver a brincadeira como algo sério e dissociá-la da visão de entretenimento. É ainda
aceitável que muitas famílias não compreendam essa ferramenta e que em visão a brincadeira
deve acontecer somente na recreação das crianças a considerar que nem sempre as famílias
acompanham a evolução que acontece e as mudanças constantes nas diretrizes que norteiam a
educação do país. É por isso que muito se discute sobre a importância da família acompanhar
de perto a educação dos filhos, para evitar esses desencontros tão comuns haja vista não existir
uma parceria efetiva e assim uma comunicação eficaz, existindo sempre uma desconfiança nas
ações que a escola promove. Mas os educadores precisam sim, estes estarem preparados e se
preparem para oferecer a suas crianças todas as possibilidades que as ferramentas como a
brincadeiras tem sido apresentado já algum tempo. E assim ter a propriedade de dialogaar com
os pais a respeito das mesmas.
família esse comportamento reverbera na sala de aula e isso dificulta ou facilita o trabalho do
professor tendo em vista que as primeiras lições na vida da criança são apreendidas no seio da
família.
Muitos pais perguntam se o ideal é manter os filhos mais tempo em casa ou, desde cedo,
enviá-los para as creches. Não se trata de discutir o ideal, mas o real. Deixar as crianças em
casa o dia todo, sem os cuidados necessários com a sua saúde e os sinais que a convivência com
outras pessoas proporciona, não é saúdavel. (CHALITA, 2014)
Dito essas coisas pequenas, talvez, para o entendimento de alguns, mas imprescindível
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para a convivência dessas crianças no ambiente escolar. Essa convivência saúdavel em casa,
cheia de respeito e atenção faz com que as crianças respondam com essa mesma atenção as
interações no espaço escolar.
2. METODOLOGIA
Dessa forma a opção pela metodologia em questão nos permitiu fazer levantamento de
diferentes artigos, livros que discorreram sobre o tema que foi pesquisado e que nos permitiu
encontrar as respostas para os objetivos propostos ao longo do trabalho.
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Acreditamos que por mais informações que a família e até mesmo o professor disponha
a prática de seu trabalho em sala de aula com essa metodologia e os resultados ao longo do
desenvolvimento da criança é que irá permitir uma compreensão mais clara do mesmo tendo
em vista que até alguns professores não acreditam tanto assim, embora de certa forma os
mesmos estão tendo que se adaptar a uma nova realidade que hoje se faz presente no próprio
Projeto Pedagógico da escola que norteia esse princípio de levar a criança a aprender através
das brincadeiras, dos jogos, metodologias essas que as crianças já conhecem como
entretenimento e que na sala de aula com uma visão pedagógica fará com que as mesmas se
sintam motivadas a realização das atividades propostas.
As informações aqui elencadas reforçam os conhecimentos que ao longo dos estudos foi
se tornando algo real, palpável e que possibilita uma nova visão do que é ludicidade e as
possibilidades que a mesma traz. Acreditamos que o diálogo seja a melhor forma de demonstrar
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
A atividade lúdica está presente desde muito cedo na vida da criança onde até mesmo
através de objetos de seu cotidiano a mesma se transforma em uma forma de brincadeira que
está relacionado com suas experiências, seu cotidiano, e a realidade por ela percebida.
Diante do exposto ficou evidente que embora os debates devam permanecer por um
longo período, acreditamos que as experiências vivenciadas pelos professores que trabalham
com a educação infantil e outras etapas venham corroborar através de futuros trabalhos no
entendimento de que é possivel sim existir aprendizagem com brincadeiras, jogos, sendo estes
bem direcionados, organizados e de caráter pedagógico. E a família assim como a escola deve
contribuir para que esse entendimento deixe de ser possibilidade para alguns, mas realidade
tendo em vista que ao que nos parece ao longo desse processo de construção os conhecimentos
adquiridos corroboram para a importância desse tipo de atividade para a formação e
desenvolvimento da criança.
REFERÊNCIAS
CHALITA, Gabriel. Famílias que educam: uma relação harmoniosa entre pais e filhos. 1
ed. São Paulo: Cortez, 2014
HUIZINGA, J. Homo ludens: o jogo como elemento da cultura. São Paulo: Perspectiva,
2004.