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Código de processo civil [livro eletrônico] / Organização: Edson Roberto Reis, Nelson
Finotti Silva. -- São Paulo: Escola Superior de Advocacia da OAB SP, 2021. Mobi
Bibliografia.
ISBN 978-65-87351-51-3
Art. 554. A propositura de uma ação possessória em vez de outra não obstará a que o juiz
conheça do pedido e outorgue a proteção legal correspondente àquela cujos pressupostos
estejam provados.
§ 1º No caso de ação possessória em que figure no polo passivo grande número de pessoas,
serão feitas a citação pessoal dos ocupantes que forem encontrados no local e a citação por
edital dos demais, determinando-se, ainda, a intimação do Ministério Público e, se envolver
pessoas em situação de hipossuficiência econômica, da Defensoria Pública.
§ 2º Para fim da citação pessoal prevista no § 1º, o oficial de justiça procurará os ocupantes
no local por uma vez, citando-se por edital os que não forem encontrados.
§ 3º O juiz deverá determinar que se dê ampla publicidade da existência da ação prevista no
§ 1º e dos respectivos prazos processuais, podendo, para tanto, valer-se de anúncios em
jornal ou rádio locais, da publicação de cartazes na região do conflito e de outros meios.
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Advogado e Professor universitário. Mestre em Direito Processual Civil pela Pontifícia Universidade
Católica de São Paulo (PUC/SP). Autor da obra "Ônus da Prova e suaInversão no Novo Direito Processual
Civil" (Juruá/PR). Coautor das obras "DoutrinasEssenciais - Novo Processo Civil" (Revista dos Tribunais/SP),
"Estudos em Homenagem à
Professora Thereza Alvim - Controvérsias do Direito Processual Civil: 5 Anos do CPC/2015" (Revista dos
Tribunais/SP), "Alienação Fiduciária de Bem Imóvel e Outras Garantias" (Foco/SP), "Novo Código de
Processo Civil - Análises e Reflexos nos Demais Ramos do Direito" (Boreal/SP), "Ensaios sobre Políticas
Públicas" (Boreal/SP), "Segurança Jurídica e Estado Democrático de Direito" (Instituto Memória/PR) e
"Direito Público Contemporâneo" (Instituto Memória/PR). Autor e coautor de diversos artigos jurídicos
publicados em revistas científicas de relevância nacional e internacional (v.g. Revista dos Tribunais, Revista
de Processo-RT, Revista de Direito Privado-RT, Revista Forense), notadamente nas áreas de Direito Civil e
Direito Processual Civil..
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Pelo prisma da teoria objetiva, a posse não depende que o sujeito possuidor tenha
animus domini, ou seja, uma efetiva intenção de ser o proprietário da coisa. Para a
caracterização da posse, basta, pois, o corpus, assim entendido o poder fático sobre a coisa,
exercido mediante conduta que, externamente, confira à relação entre o sujeito e a coisa a
aparência de domínio.
Em suma: para a teoria objetiva, chancelada pelo ordenamento jurídico brasileiro, a
posse é o poder fático mas não necessariamente físico, sendo mais importante, na
realidade, o aspecto moral desse poder de fato , que alguém exerce sobre uma coisa, agindo
como normalmente age um proprietário (não como agiria, por exemplo, o mero detentor da
coisa) e conferindo, assim, à relação fática uma aparência externa de domínio.
Justamente essa correta concepção de poder fático baseada, pois, em seu aspecto
moral e não no mero poder físico é que permite que o ordenamento jurídico desta Terra
de Santa Cruz contemple, verbi gratia, as figuras da posse indireta (artigo 1.197 do Código
Civil) e do constituto possessório (artigo 1.267, parágrafo único, do Código Civil).
3. Natureza jurídica da posse: a posse não é, em si, um direito, mas uma relação
fática, embora juridicamente relevante, entre um sujeito (possuidor) e um bem (coisa
possuída), situação essa que gera, ao sujeito possuidor, o direito de exercer pacificamente
as prerrogativas que caracterizam esse poder fático. A posse, portanto, possui natureza
jurídica de situação de fato, não se qualificando como direito e, muito menos, como um
direito real, de modo que sua violação ou ameaça de violação não enseja ação real, senão
apenas confere, ao possuidor legítimo, interesse para o ajuizamento de ação judicial de
natureza pessoal.
5. Posse legítima e posse ilegítima: a posse pode ser legítima ou ilegítima. A posse
legítima (ou justa) é, nos termos do que preceitua o artigo 1.200 do Código Civil, aquela
não violenta, clandestina ou precária, ou seja, adquirida e exercida legitimamente, sem vício
jurídico externo. A contrario sensu, a posse ilegítima (ou injusta) é aquela viciada, isto é,
adquirida ou mantida de modo violento (por força física, como ocorre no caso de roubo),
clandestino (oculto, como se dá, verbi gratia, no furto e na receptação) ou precário (quando
há abuso de confiança, a exemplo do estelionato e da apropriação indébita).
7. Posse ilegítima de boa-fé e posse ilegítima de má-fé: nos termos dos artigos
1.201 e 1.202 do Código Civil, compreende-se que a posse ilegítima é de boa-fé quando o
possuidor desconhece a existência de obstáculos à regularidade de sua posse, ou seja,
quando ignora a ilegitimidade de sua posse, enquanto a má-fé caracteriza-se quando o
possuidor ilegítimo conhece a ilegitimidade de seu exercício de posse.
A posse de boa-fé, desse modo, pode converter-se em posse de má-fé, desde que o
possuidor ilegítimo, antes inconsciente da ilegitimidade da posse por ele exercida, passe a
ter ciência dessa ilegitimidade. Torna-se de má-fé a posse, então, no exato momento em que
o possuidor é feito ciente dos obstáculos à legitimidade de sua posse por exemplo, quando
citado para compor o polo passivo de ação possessória.
11. As ações possessórias típicas têm natureza pessoal: visto que a posse é uma
situação fática e não um direito, menos ainda um direito real , as ações possessórias
típicas, então voltadas à sua proteção, não são ações judiciais de natureza real, mas
autênticas demandas de natureza pessoal.
13. Legitimidade ativa para as ações possessórias: para as ações possessórias, tem
legitimidade ativa o possuidor legítimo (ou possuidores, no caso de composse) que alega ter
sido ofendido ou ameaçado em sua posse (artigo 1.210 do Código Civil e artigo 560 do
Código de Processo Civil de 2015), seja ele possuidor direto ou indireto (nos casos de
fracionamento da posse, como ocorre, verbi gratia, nas alienações fiduciárias, consoante
artigo 23, parágrafo único, da Lei nº 9.514/1997 e artigo 1.361, § 2º, do Código Civil), sendo
legitimados ativos também os herdeiros do possuidor falecido, visto que, pelo princípio da
saisine, a posse se transmite ex lege aos sucessores, conforme artigos 1.206, 1.207 e 1.784
do Código Civil (vide REsp nº 1.244.118/SC, Rel. Ministra Nancy Andrighi, Terceira
Turma, julgado em 22/10/2013, DJE 28/10/2013 e REsp nº 537.363/RS, Rel. Ministro
Vasco Della Giustina, Terceira Turma, julgado em 20/04/2010, DJe 07/05/2010).
Também o Poder Público é parte legítima para a propositura de ações possessórias,
ainda que existente concessão de serviço público a terceiros que envolva o bem público cuja
posse se busca proteger. É, aliás, o entendimento do Superior Tribunal de Justiça (vide REsp
nº 1.766.791/RS, Rel. Ministro Herman Benjamin, Segunda Turma, julgado em 06/11/2018,
DJe 19/11/2018). Desse modo, por exemplo, em havendo violação ou ofensa de violação a
posse de trecho de rodovia sob concessão, o Poder Público concedente tem legitimidade
para propor a pertinente ação possessória.
14. Legitimidade passiva para as ações possessórias: nos termos do que preceitua
o artigo 1.212 do Código Civil, possui legitimidade passiva para a demanda possessória, de
início, todo aquele sujeito ou grupo de pessoas a quem se imputa a prática do esbulho, da
turbação ou da ameaça de violação da posse. Segundo estipula o mesmo dispositivo legal,
também é legitimado passivo para a ação possessória aquele que, mesmo não sendo o
esbulhador, receber de má-fé ou seja, tendo conhecimento da origem ilícita a coisa
esbulhada.
Quanto a essa última situação, perceba-se que, para ter legitimidade passiva para a
ação possessória, é imperioso que o terceiro seja, realmente, receptador, tendo recebido a
coisa ciente de se tratar de objeto de esbulho. Desta feita, não é legitimado passivo para a
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ação possessória o terceiro que receber a coisa de boa-fé, contra esse cabendo tão somente
ação de natureza reivindicatória.
É o que preceitua o Enunciado nº 80 da I Jornada de Direito Civil do Conselho da
Just é inadmissível o direcionamento de demanda possessória
ou ressarcitória contra terceiro possuidor de boa-fé, por ser parte passiva ilegítima diante
do disposto no art. 1.212 do novo Código Civil. Contra o terceiro de boa-fé, cabe tão-
somente a propositura de demanda de natureza real
19. Fungibilidade das ações possessórias e sua finalidade: o caput do artigo 554
do Código de Processo Civil de 2015, à semelhança do que dispunha o artigo 920 do Código
de 1973, estabelece verdadeira fungibilidade com relação às ações possessórias típicas,
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normando que a propositura equivocada de uma ação possessória, ou mesmo a
superveniência de fato que altere a configuração jurídica da lesão possessória sofrida, não
impede o juiz de conceder a medida adequada à proteção da posse do demandante,
consoante o material probatório acostado aos autos. Em qualquer caso, o juiz deverá sempre
deferir a proteção possessória mais adequada à situação de fato que restar provada nos autos.
A fungibilidade conferida às ações possessórias visa atender justamente a duas
peculiaridades das lides materiais possessórias: (i) o caráter dinâmico das relações
possessórias, notadamente a facilidade e a rapidez com que se pode alterar (especialmente
pelo agravamento) a situação fática que embasa a demanda; e (ii) a circunstância de que,
nos casos concretos, nem sempre é translúcida a distinção entre os graus de ofensa à posse,
sendo possível que o autor, no momento da propositura da demanda, tenha dúvida objetiva
acerca da categorização jurídica da ofensa concreta à posse e, portanto, também sobre a
espécie de ação possessória cabível.
Assim, se o autor, que inicialmente tem sua posse ameaçada de esbulho, ajuíza um
interdito proibitório, sobrevindo, após a propositura da demanda, a efetivação do esbulho
até então iminente, deve o juiz receber e julgar a demanda como ação de reintegração de
posse, nada impedindo, ainda, que novamente ajuste o objeto do julgamento, caso, em
momento posterior do processo, seja comprovada nos autos nova alteração do arcabouço
fático, a modificar o grau da lesão possessória sofrida e, por conseguinte, a espécie de
medida judicial adequada.
A fungibilidade das ações possessórias típicas funciona como um mecanismo
voltado a conferir uma prestação jurisdicional mais efetiva ao possuidor, em atenção ao
princípio da efetividade insculpido no artigo 37, caput, da Constituição Federal e no artigo
8º do Código de Processo Civil de 2015, evitando-se indevidas violações ao princípio da
economia processual e prestigiando-se, com tudo isso, o direito do jurisdicionado de acesso
a uma ordem jurídica justa.
apresenta-se como interesse coletivo lato sensu, enquadrando-se na situação do artigo 81,
parágrafo único, III, do Código de Defesa do Consumidor, visto tratar-se de interesse que,
embora individual e divisível, possui natureza homogênea, em vista da origem fática comum
a todos os pretensos violadores ou ameaçadores da posse.
Todavia, contrariamente às ações coletivas até então consagradas pelo Direito desta
Terra de Santa Cruz em que o grupo de pessoas substituído processualmente tem seus
interesses defendidos no polo ativo da demanda (como ocorre, verbi gratia, na ação civil
pública, na ação popular e no mandado de segurança coletivo) , nas ações possessórias
coletivas o interesse homogêneo encontra-se no polo passivo, o que significa que a ação
possessória coletiva regulamentada pelos artigos 554, §§ 1º a 3º, e 565 do Código de
Processo Civil de 2015 constitui-se em uma modalidade, se bem que bastante peculiar, de
ação coletiva passiva (defendant class action).
25. Qualificação das partes da ação possessória regra geral: o artigo 319, II, do
Código de Processo Civil de 2015, exige, para a propositura de qualquer demanda judicial,
como requisito da petição inicial, que o autor da ação indique a qualificação completa sua e
do réu (com seus nomes, prenomes, estado civil, existência de união estável, profissão,
domicílio, CPF ou CNPJ e endereço de e-mail), sendo que o cumprimento dessa exigência
é, via de regra, indispensável, a fim de que se possibilite a adequada citação do réu correto
para ação e a ciência desse réu acerca de quem é, exatamente, o autor da demanda. E referida
exigência de qualificação dos sujeitos da demanda vale como regra geral também para as
ações possessórias, devendo a parte autora da ação, via de regra, qualificar adequadamente
a si própria e à parte ré.
27. A citação nas ações possessórias coletivas: nos termos do que estabelece o
artigo 554, §§ 1º e 2º, do Código de Processo Civil, em se tratando de ação possessória
coletiva, a citação da parte ré deve realizar-se em duas etapas: (i) de início, uma vez proposta
a possessória coletiva, o oficial de justiça deve deslocar-se, por apenas uma oportunidade
(não se aplica, portanto, a regra do artigo 252 do Código de Processo Civil de 2015), até o
local em que situado o imóvel, conforme indicação constante da petição inicial, para, então,
proceder à citação de todos os supostos violadores ou ameaçadores da posse que ali se
encontrarem; após isso, (ii) todos os demais réus, então incertos, deverão ser citados por
edital.
A citação por edital, nessas circunstâncias, liga-se profundamente às disposições dos
artigos 256, I, e 259, III, ambos do Código de Processo Civil de 2015, e se efetivará, nos
mediante a publicação do
edital na rede mundial de computadores, no sítio do respectivo tribunal e na plataforma de
editais do Conselho Nacional de Justiça, que deve ser certificada nos autos
29. A ampla publicidade das ações possessórias coletivas: com o fito de melhor
assegurar a oportunização do contraditório no âmbito das ações possessórias coletivas,
estabelece o § 3º do artigo 554 do Código de Processo Civil de 2015 que é dever do órgão
jurisdicional em que tramita a demanda possessória coletiva conferir ampla publicidade a
respeito da existência da referida demanda e, ainda, dos prazos a ela relacionados (verbi
gratia, os prazos para contestação, para a interposição de recursos, para eventuais atos
probatórios, dentre outros).
Para tanto, o mencionado dispositivo legal indica a possibilidade de o órgão
jurisdicional utilizar-se de anúncios em jornal ou rádio locais e da publicação de cartazes na
região em que se desenvolve o conflito possessório (medidas de publicidade nominadas),
tudo sem prejuízo do emprego de outros meios (medidas de publicidade inominadas).
O dispositivo sob comento apresenta um rol meramente exemplificativo, indicando
que a definição in concreto
inominadas) deve ter como parâmetro a aptidão dos meios escolhidos para proporcionar a
amplitude necessária à mencionada publicidade, consideradas, por certo, as peculiaridades
da lide e das partes, bem como as características próprias da região em que se desencadeia
o conflito possessório. Atende-se, com isso, ao princípio da eficiência processual, inscrito
no artigo 8º do Código de Processo Civil de 2015.
Nessa toada, é também importante notar que a regra legal não estabelece qualquer
hierarquia ou ordem de preferência entre os meios a serem utilizados para dar ampla
publicidade à demanda nem entre os meios nominados, nem entre os nominados e os
inominados .
Não há, portanto, necessidade de utilizarem-se primeiramente anúncios em jornal ou
rádio para que, então, se possam expor cartazes na região do conflito e, enfim, empregarem-
se os meios inominados. Vale frisar: a tônica para a escolha dos meios para a conferência
de ampla publicidade à demanda possessória coletiva é a sua aptidão in concreto, diante da
realidade local e das circunstâncias da lide, para conferir à referida publicidade a amplitude
desejada, podendo o órgão jurisdicional, se assim lhe parecer mais eficaz, deixar de
empregar as duas medidas nominadas e fazer uso, já de proêmio, de alguma medida de
publicidade inominada que se apresente eficaz.
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Art. 555. É lícito ao autor cumular ao pedido possessório o de:
I - condenação em perdas e danos;
II - indenização dos frutos.
Parágrafo único. Pode o autor requerer, ainda, imposição de medida necessária e adequada
para:
I - evitar nova turbação ou esbulho;
II - cumprir-se a tutela provisória ou final.
Art. 556. É lícito ao réu, na contestação, alegando que foi o ofendido em sua posse,
demandar a proteção possessória e a indenização pelos prejuízos resultantes da turbação ou
do esbulho cometido pelo autor.
Art. 557. Na pendência de ação possessória é vedado, tanto ao autor quanto ao réu, propor
ação de reconhecimento do domínio, exceto se a pretensão for deduzida em face de terceira
pessoa.
Parágrafo único. Não obsta à manutenção ou à reintegração de posse a alegação de
propriedade ou de outro direito sobre a coisa.
Art. 560. O possuidor tem direito a ser mantido na posse em caso de turbação e reintegrado
em caso de esbulho.
Art. 562. Estando a petição inicial devidamente instruída, o juiz deferirá, sem ouvir o réu,
a expedição do mandado liminar de manutenção ou de reintegração, caso contrário,
determinará que o autor justifique previamente o alegado, citando-se o réu para comparecer
à audiência que for designada.
Parágrafo único. Contra as pessoas jurídicas de direito público não será deferida a
manutenção ou a reintegração liminar sem prévia audiência dos respectivos representantes
judiciais.
Art. 565. No litígio coletivo pela posse de imóvel, quando o esbulho ou a turbação afirmado
na petição inicial houver ocorrido há mais de ano e dia, o juiz, antes de apreciar o pedido de
concessão da medida liminar, deverá designar audiência de mediação, a realizar-se em até
30 (trinta) dias, que observará o disposto nos §§ 2º e 4º.
§ 1º Concedida a liminar, se essa não for executada no prazo de 1 (um) ano, a contar da data
de distribuição, caberá ao juiz designar audiência de mediação, nos termos dos §§ 2º a 4º
deste artigo.
§ 2º O Ministério Público será intimado para comparecer à audiência, e a Defensoria Pública
será intimada sempre que houver parte beneficiária de gratuidade da justiça.
§ 3º O juiz poderá comparecer à área objeto do litígio quando sua presença se fizer
necessária à efetivação da tutela jurisdicional.
§ 4º Os órgãos responsáveis pela política agrária e pela política urbana da União, de Estado
ou do Distrito Federal e de Município onde se situe a área objeto do litígio poderão ser
intimados para a audiência, a fim de se manifestarem sobre seu interesse no processo e sobre
a existência de possibilidade de solução para o conflito possessório.
§ 5º Aplica-se o disposto neste artigo ao litígio sobre propriedade de imóvel.
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1. Referência na legislação anterior: não há similar no Código de Processo Civil
de 1973.
Art. 567. O possuidor direto ou indireto que tenha justo receio de ser molestado na posse
poderá requerer ao juiz que o segure da turbação ou esbulho iminente, mediante mandado
proibitório em que se comine ao réu determinada pena pecuniária caso transgrida o preceito.
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1. Referência na legislação anterior: artigo 932 do Código de Processo Civil de
1973.
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É graduado pela Faculdade de Direito da Alta Paulista - FADAP, de Tupã-SP, Pós-Graduação em Gestão
de Estratégia e Negócios pela Universidade Estadual Paulista/UNESP de Bauru-SP, em Direito Imobiliário
Empresarial pela Universidade Secovi de São Paulo-SP e em Direito Processual Civil pela Escola Superior de
Advocacia da OAB/SP. Advogado militante desde 1998, foi membro do Comitê de Ética em Pesquisas da
Faculdade de Odontologia da USP em Bauru-SP; foi Assessor da Presidênciae Relator da X Turma do Tribunal
de Ética e Disciplina da OAB/SP; foi Coordenador da Comissão do Jovem Advogado, Membro efetivo da
Comissão de Direitos e Prerrogativas, Presidente da Comissão de Ética e Disciplina, Presidente da Comissão
de Atualização e Aperfeiçoamento Jurídico e Diretor Secretário Geral da OAB Bauru. Atualmente, é Diretor
Regional do IBRADIM - Instituto Brasileiro de Direito Imobiliário, Coordenador de Assuntos Legislativos da
Regional Bauru do SECOVI/SP e Vice-Presidente da OAB Bauru/SP.
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É graduado em 2002 pela Faculdade de Direito da Universidade Paulista - UNIP - campus
de Bauru e pós-graduado em Direito do Trabalho pela mesma universidade. Cursou especialização em
Educação Ambiental pela Escola de Engenharia da Universidade deSão Paulo - USP - campus São Carlos,
turma 2009/2010 e pós-graduado em Direito Processual Civil pela Escola Superior da Advocacia - ESA, turma
2017/2018. Foi Presidente da Comissão da Caixa de Assistência dos Advogados de São Paulo CAASP e
assessor da Comissão de Ética e Disciplina da 21ª Subseção da OAB Bauru/SP, exercendo atualmente a
função de Relator no Tribunal de Ética e Disciplina Décima Turma Disciplinar Bauru (SP).