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TÓPI
TÓPIC
CO
O 3:
3: PE
PES
SS
SO
OA
A JU
JUR
RÍÍDIC
DICA
A
Vários são os critérios adotados para a classificação das pessoas jurídicas, para
fins de concurso, destaco os que seguem abaixo:
a) Quanto à nacionalidade: as pessoas jurídicas podem ser nacionais ou
estrangeiras.
b) Quanto à estrutura interna: as pessoas jurídicas podem ser uma universitas
personarum (conjunto de pessoas) como é o caso das corporações (associações
– fins não econômicos - e sociedades – fins econômicos), ou uma universitas
bonorum (patrimônio personalizado) como é o caso das fundações.
c) Quanto às funções e capacidade (arts. 40 a 42 do CC): as pessoas jurídicas são
de direito público (interno – art. 41 do CC - ou externo – art. 42 do CC) e de
direito privado.
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Art. 40 do CC - As pessoas jurídicas são de direito público, interno ou externo, e de
direito privado.
Art. 41 do CC - São pessoas jurídicas de direito público interno:
I - a União;
II - os Estados, o Distrito Federal e os Territórios;
III - os Municípios;
IV - as autarquias, inclusive as associações públicas;
V - as demais entidades de caráter público criadas por lei.
Parágrafo único. Salvo disposição em contrário, as pessoas jurídicas de direito público,
a que se tenha dado estrutura de direito privado, regem-se, no que couber, quanto ao
seu funcionamento, pelas normas deste Código.
Art. 42 do CC - São pessoas jurídicas de direito público externo os Estados
estrangeiros e todas as pessoas que forem regidas pelo direito internacional público.
Art. 44 do CC - São pessoas jurídicas de direito privado:
I - as associações;
II - as sociedades;
III - as fundações.
IV - as organizações religiosas;
V - os partidos políticos.
§ 1o São livres a criação, a organização, a estruturação interna e o funcionamento das
organizações religiosas, sendo vedado ao poder público negar-lhes reconhecimento ou
registro dos atos constitutivos e necessários ao seu funcionamento.
§ 2o As disposições concernentes às associações aplicam-se subsidiariamente às
sociedades que são objeto do Livro II da Parte Especial deste Código.
§ 3o Os partidos políticos serão organizados e funcionarão conforme o disposto em lei
específica.
SIMPLES
PESSOA SOCIEDADE
JURÍDICA A
fim econômico
CORPORAÇÃO ASSOCIAÇÃO
O U
N
DA
ÇÃ
F
universitas
bonorum 2
www.pontodosconcursos.com.br EMPRESÁRI
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pelo direito internacional público tal como a Santa Sé, uniões aduaneiras com o
objetivo de facilitar o comércio exterior (Ex: MERCOSUL, União Européia, etc) e
organismos internacionais (Ex: ONU, OEA, UNESCO, FMI, INTERPOL, OIT, FAO
– Food and Agriculture Organization, etc.).
3. As PESSOAS JURÍDICAS DE DIREITO PRIVADO são elencadas no art. 44 do
Código Civil. São elas:
- CORPORAÇÕES: são caracterizadas pela existência de seus membros. Toda
corporação é representada por um grupo de pessoas (naturais ou jurídicas), sendo
que o patrimônio não é essencial. No Direito Romano, as corporações eram
conhecidas como universitas personarum. Têm por objetivo sempre o bem-estar
de seus membros, ou seja, existem para beneficiar os seus membros.
O gênero corporações se subdivide em duas espécies: as associações e as
sociedades.
a) ASSOCIAÇÕES: surgem quando não há um fim lucrativo ou intenção de
dividir o resultado, embora tenham patrimônio, formado por contribuição de seus
membros para a obtenção de fins culturais, educacionais, esportivos, religiosos,
beneficentes, recreativos, morais, etc. Entretanto, não perdem a categoria de
associação mesmo que realizem negócios para manter ou aumentar o seu
patrimônio, desde que não proporcionem ganho aos associados. (Ex: APAE, UNE,
Associação de Pais e Mestres, Associação dos Advogados de São Paulo, etc.)
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personalidade jurídica, em atenção ao fim a que se destina (fins religiosos, morais,
culturais ou de assistência). O CC começa a regular a criação de uma fundação no
seu art. 62.
Art. 62 do CC - Para criar uma fundação, o seu instituidor fará, por escritura pública ou
testamento, dotação especial de bens livres, especificando o fim a que se destina, e
declarando, se quiser, a maneira de administrá-la.
Parágrafo único. A fundação somente poderá constituir-se para fins religiosos, morais,
culturais ou de assistência.
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seja suprida pelo magistrado; no entanto, se o estatuto for elaborado pelo MP,
sempre deverá passa pela aprovação do juiz; e
4) registro no Cartório das Pessoas Jurídicas: após ultrapassadas as fases
anteriores, a fundação deverá ser registrada no Cartório do Registro Civil das
Pessoas Jurídicas.
Nos termos do art. 66 do CC, também cabe ao Ministério Público Estadual (MPE)
o encargo de velar pelas fundações.
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Art. 53 do CC - Constituem-se as associações pela união de pessoas que se
organizem para fins não econômicos.
Parágrafo único. Não há, entre os associados, direitos e obrigações recíprocos.
Enunciado 142 do CJF, aprovado na Jornada de Direito CIvil de 2004: “Os partidos
políticos, os sindicatos e as associações religiosas possuem natureza associativa,
aplicando-se-lhes o Código Civil.”
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como ato constitutivo. Se a pessoa jurídica tiver fins lucrativos, seja uma
sociedade simples ou empresária, elabora-se um contrato social como ato
constitutivo. As fundações possuem como ato constitutivo o testamento ou
a escritura pública.
2) o registro do ato constitutivo: para que a pessoa jurídica de direito
privado exista legalmente é necessário inscrever os contratos ou estatutos
no seu registro peculiar. As sociedades empresárias devem se registrar no
Registro Público de Empresas Mercantis (Junta Comercial), porém, as
demais pessoas jurídicas devem se registrar no Registro Civil de
Pessoas Jurídicas.
Entretanto, algumas pessoas jurídicas necessitam de autorização do Poder
Executivo para terem a constituição e o funcionamento válidos. Temos como exemplo as
sociedades estrangeiras, as agências ou estabelecimento de seguros, as caixas
econômicas, as bolsas de valores, as cooperativas, etc.
Faz-se necessário compararmos o início da existência legal (aquisição de
personalidade jurídica) das pessoas naturais e das pessoas jurídicas de direito privado.
O registro, nas pessoas naturais, representa um ato meramente declaratório,
pois, mesmo que uma pessoa nasça e não seja feita a certidão de nascimento, ocorre o
início da personalidade jurídica.
No entanto, o registro, nas pessoas jurídicas, representa um ato constitutivo,
ou seja, apenas com o registro que se adquire personalidade jurídica. A personalidade
não surge, simplesmente, quando se firma o contrato.
Conforme o art. 45, § único do CC, havendo defeito no ato constitutivo de uma
pessoa jurídica de direito privado, pode-se desconstituí-la dentro do prazo decadencial de
três anos, contado este prazo a partir da publicação de sua inscrição no Registro.
Segue tabela:
REGISTRO CONSEQÜÊNCIA
PESSOA A personalidade é adquirida antes do registro,
natureza declaratória
NATURAL ou seja, através do nascimento com vida.
PESSOA
natureza constitutiva A personalidade é adquirida através do registro.
JURÍDICA
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TÓPICO 3.4: Fim da existência legal das pessoas jurídicas
Os mesmos fatores que dão origem a uma pessoa jurídica de direito público,
também acarretam o seu término. Dessa forma, extinguem-se pela ocorrência de fatos
históricos, por norma constitucional, lei especial ou tratados internacionais.
Já a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado termina através da
dissolução (ato declaratório motivado por causas supervenientes à constituição da
sociedade, oriundo de deliberação dos sócios, do Poder Judiciário ou de autoridade
administrativa, com a finalidade de fazer cessar as atividades) e da liquidação (objetiva a
desativação operacional da sociedade e a apuração do ativo e passivo para posterior
pagamento das dívidas e partilha do patrimônio remanescente entre os sócios). Após
estar encerrada a liquidação promove-se o cancelamento da inscrição da pessoa jurídica
no respectivo registro. Caso a pessoa jurídica esteja em funcionamento decorrente de
autorização do Poder Executivo, o seu término também pode ocorrer através de um ato
governamental que cassar a autorização para o funcionamento.
O fato da pessoa jurídica registrar seu ato constitutivo acarreta a sua aquisição da
personalidade, como já vimos. Essa personalidade jurídica é muito importante, pois ela dá
origem ao princípio da autonomia da pessoa jurídica. Ou seja, A pessoa jurídica,
quando personificada, não se confunde com as pessoas que a integram. Dessa forma, é a
pessoa jurídica, e não seus integrantes, que participa dos negócios jurídicos de seu
interesse e titulariza os direitos e obrigações dela decorrentes. Também é ela quem
demanda e é demandada em razão de tais direitos e obrigações. Finalmente, é apenas o
patrimônio da pessoa jurídica (e não o de seus integrantes) que, em princípio, responde
por suas obrigações. Ou seja, com a aquisição da personalidade ocorre uma separação
patrimonial entre os bens da pessoa jurídica e os bens dos sócios e administradores.
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Dessa forma, de acordo com o artigo 50 do CC, apesar de haver uma separação
patrimonial entre os bens dos sócios e administradores dos bens da pessoa jurídica, é
possível que em razão de atos fraudulentos e abusivos o juiz, a requerimento da parte
interessada ou do Ministério Público quando couber intervir, decida estender aos bens
dos sócios e administradores a execução por dívidas da pessoa jurídica. Quando este
fenômeno acontece, a doutrina diz que houve uma desconsideração da personalidade
jurídica.
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DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA NO CÓDIGO CIVIL
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Gabarito: Letra E. A FCBIA é uma fundação pública, portanto é uma pessoa jurídica
de direito público interno da administração indireta.
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6. (ESAF - Analista Judiciário – TRT 7ª Região – 2003) A Fundação Centro Brasileiro
para a Infância e Adolescência é:
a) pessoa jurídica de direito público interno de administração direta.
b) pessoa jurídica de direito público interno de administração indireta.
c) pessoa jurídica de direito privado.
d) pessoa jurídica de direito público, dotada de personalidade jurídica de
direito privado.
e) sociedade não personificada.
Gabarito: Certa.
Para decorar:
- PERSONARUM = PESSOAS
- BONORUM = BENS
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Gabarito: Errada. A fundação é o clássico exemplo de universitas bonorum e justamente
se caracteriza por ser um patrimônio personalizado destinado a um fim que lhe dá
unidade..
Gabarito: Certa. O Brasil, por exemplo, surgiu de fatos históricos; os Estados e Municí-
pios surgiram de norma constitucional; a Autarquia surge de lei especial e, atualmente,
novos países surgem de tratados internacionais.
16. (ESAF - Analista Jurídico – SEFAZ-CE – 2006) Para que uma fundação partic-
ular adquira personalidade jurídica será preciso:
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a) elaboração de seu estatuto pelo instituidor ou por aquele a quem ele cometer a
aplicação do patrimônio.
b) aprovação do seu estatuto pelo Ministério Público.
c) dotação e aprovação da autoridade competente com recurso ao juiz.
d) dotação e registro do seu estatuto.
e) dotação, elaboração e aprovação dos estatutos, e registro.
A instituição da fundação é um ato solene que depende de escritura pública ou
testamento. Tais documentos deverão conter a dotação de bens a serem transferidos
para a fundação, assim como a finalidade a que ela se destina.
Após a escritura pública ou o testamento, deve ocorrer a elaboração do seu estatuto.
Documento este que deve ser levado à apreciação do Ministério Público para depois
ocorrer o registro no Cartório das Pessoas Jurídicas.
Dessa forma, concluímos que a instituição de uma fundação deve atravessar as
seguintes fases:
1) dotação de bens livres;
2) elaboração do estatuto;
3) aprovação do estatuto pelo Ministério Público; e
4) registro no Cartório das Pessoas Jurídicas.
Gabarito: Letra E.
17. (ESAF – AFRFB – Auditor Fiscal – 2009) Na criação de fundação há duas fases:
a) a do ato constitutivo, que deve ser escrito, podendo revestir-se da
forma particular, e a do registro público.
b) a do ato constitutivo, que deve ser escrito, pois requer instrumento particular ou
testamento, e a do assento no registro competente.
c) a do ato constitutivo, que deve ser escrito, e a da aprovação do Poder Exec-
utivo Federal.
d) a da elaboração do estatuto por ato inter vivos, (instrumento público ou
particular), sem necessidade de conter a dotação especial, e a do registro.
e) a do ato constitutivo, que só pode dar-se por meio de escritura pública
ou testamento, e a do registro.
Obs: Todos os prazos do Código Civil que não estão nos arts. 205 e 206 são
decadenciais. Na penúltima aula estudaremos sobre a prescrição e a decadência.
Gabarito: Certa.
O erro, conforme questão anterior, ocorre ao afirmar que tais decisões são casos
de nulidade absoluta, quando, o correto, seria dizer que são casos de nulidade relativa,
além disso, também está errado dizer que tais decisões não são suscetíveis de
convalidação no tempo, pois a convalidação ocorrerá após o decurso de três anos.
Quando estudarmos os fatos jurídicos teceremos maiores detalhes sobre
nulidades e convalidação.
Gabarito: Errada.
Art. 1o da Lei 11.107/2005 - Esta Lei dispõe sobre normas gerais para a União, os
Estados, o Distrito Federal e os Municípios contratarem consórcios públicos para a
realização de objetivos de interesse comum e dá outras providências.
§ 1o O consórcio público constituirá associação pública ou pessoa jurídica de
direito privado.
§ 2o A União somente participará de consórcios públicos em que também façam parte
todos os Estados em cujos territórios estejam situados os Municípios consorciados.
§ 3o Os consórcios públicos, na área de saúde, deverão obedecer aos princípios,
diretrizes e normas que regulam o Sistema Único de Saúde – SUS.
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Art. 55 do CC - Os associados devem ter iguais direitos, mas o estatuto poderá instituir
categorias com vantagens especiais.
Gabarito: Errada.
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devido às inovações jurídicas e à evolução do dispositivo existente no CDC, passou a
figurar no novo CC de 2002.
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alguma forma, obstáculo ao ressarcimento de prejuízos causados aos
consumidores.
TÓPI
TÓPIC
CO
O 4:
4: DI
DIREI
REITOS
TOS DA
DA PE
PER
RS
SO
ON
NA
AL
LIID
DA
AD
DE
E
Não só a pessoa natural possui tais direitos, mas também a pessoa jurídica nas
situações que cabem à sua natureza (art. 52 do CC). Dessa forma, a pessoa jurídica pode
titularizar os direitos personalidade no que tange à honra, à imagem e ao nome.
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Art. 11 do CC - Com exceção dos casos previstos em lei, os direitos da personalidade
são intransmissíveis e irrenunciáveis, não podendo o seu exercício sofrer limitação
voluntária.
Art. 945 do CC - Se a vítima tiver concorrido culposamente para o evento danoso, a
sua indenização será fixada tendo-se em conta a gravidade de sua culpa em confronto
com a do autor do dano.
Para exemplificar a regra acima, caso fosse celebrado em nosso País, não teria
validade o contrato do jogador de futebol Ronaldo com a empresa esportiva Nike, pois,
nesse negócio, pelo menos de forma aparente, há uma cessão vitalícia de direitos de
imagem, o que representa uma limitação permanente do direito de imagem.
A solução da assertiva fica a cargo do art. 11 do CC. Gabarito: Errada, pois pode
sofrer exceção nos casos previstos em lei.
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O art. 12 do novo Código Civil traz o princípio da prevenção e da reparação
integral nos casos de lesão a direitos da personalidade.
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integridade física do doador de modo a comprometer suas aptidões vitais ou lhe provocar
deformação ou mutilação, pois não se pode exigir que alguém se sacrifique em benefício
de terceiro.
( ) 33. (ESAF – PGE-DF – Procurador – 2004) É vedado, seja qual for a hipótese,
à pessoa juridicamente capaz, dispor gratuitamente de tecidos, órgãos e partes do
próprio corpo vivo, pois os direitos de personalidade, entre os quais se pode citar a
integridade física, são irrenunciáveis.
Gabarito: Errada.
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( ) 35. (ESAF - AFC/CGU – Correição – 2008) O nome da pessoa pode ser
empregado por outrem, sem autorização, em propaganda comercial, desde que não
a exponha ao desprezo público.
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O art. 20 consagra expressamente a proteção da imagem, sub-classificada em
imagem retrato (aspecto físico da imagem, a fisionomia de alguém) e imagem atributo
(repercussão social da imagem).
Caso a pessoa que sofra lesão à imagem esteja morta, terão legitimidade para
promover a ação indenizatória os descendentes, ascendentes e o cônjuge.
IMPORTANTE !!!
No caso de lesão ao direito de imagem, a lei não reconhece legitimidade aos
colaterais até quarto grau.
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DIREITOS DA PERSONALIDADE EM GERAL DIREITO À IMAGEM
(art. 12, § único do CC) (art. 20, § único do CC)
Em se tratando de morto, terão legitimidade, Em se tratando de morto, terão legitimidade,
pela lei, os descendentes, ascendentes, cônjuge pela lei, os descendentes, ascendentes e
e colaterais até quarto grau. Pelo nosso cônjuge. Pelo nosso entendimento está incluído
entendimento está incluído o companheiro ou o companheiro ou convivente.
convivente.
Com certeza você percebeu que o Código Civil trata dos direitos da personalidade
de forma bem sucinta. Com essa atitude, pretendeu o legislador estabelecer diretrizes
gerais sobre o tema, de modo a propiciar que a própria doutrina e jurisprudência
pudessem atribuir um tratamento mais detalhado com condições de acompanhar as
diversas e freqüentes inovações trazidas com o mundo moderno.
A aula de hoje termina por aqui. Tenho certeza que o assunto começou a
ficar um pouco mais complicado. Isso é normal. Entretanto, preste atenção nas
questões de provas anteriores para saber qual é o “jeitinho” da banca ESAF.
Lembre-se, para ser aprovado você só precisa saber o que é cobrado na prova.
Dicler e Raphael.
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LISTA DOS EXERCÍCIOS APRESENTADOS:
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( ) 12. (ESAF - BACEN – Procurador – 2001) A universitas bonorum não é o
patrimônio personalizado destinado a um fim que lhe dá unidade.
( ) 13. (ESAF - BACEN – Procurador – 2001) As pessoas jurídicas de direito
público extinguem-se pela ocorrência de fatos históricos e por imposição de
norma constitucional, de lei especial ou de tratado internacional.
16. (ESAF - Analista Jurídico – SEFAZ-CE – 2006) Para que uma fundação partic-
ular adquira personalidade jurídica será preciso:
a) elaboração de seu estatuto pelo instituidor ou por aquele a quem ele cometer
a aplicação do patrimônio.
b) aprovação do seu estatuto pelo Ministério Público.
c) dotação e aprovação da autoridade competente com recurso ao juiz.
d) dotação e registro do seu estatuto.
e) dotação, elaboração e aprovação dos estatutos, e registro.
17. (ESAF – AFRFB – Auditor Fiscal – 2009) Na criação de fundação há duas fases:
a) a do ato constitutivo, que deve ser escrito, podendo revestir-se da
forma particular, e a do registro público.
b) a do ato constitutivo, que deve ser escrito, pois requer instrumento particular ou
testamento, e a do assento no registro competente.
c) a do ato constitutivo, que deve ser escrito, e a da aprovação do Poder Exec-
utivo Federal.
d) a da elaboração do estatuto por ato inter vivos, (instrumento público ou
particular), sem necessidade de conter a dotação especial, e a do registro.
e) a do ato constitutivo, que só pode dar-se por meio de escritura pública
ou testamento, e a do registro.
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( ) 26. (ESAF - PGFN - Procurador do Distrito Federal – 2007) O juiz poderá
desconsiderar a personalidade jurídica da sociedade quando, em detrimento do
consumidor, houver abuso de direito, excesso de poder, infração da lei, fato ou ato
ilícito ou violação dos estatutos ou do contrato social.
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( ) 33. (ESAF – PGE-DF – Procurador – 2004) É vedado, seja qual for a hipótese,
à pessoa juridicamente capaz, dispor gratuitamente de tecidos, órgãos e partes do
próprio corpo vivo, pois os direitos de personalidade, entre os quais se pode citar a
integridade física, são irrenunciáveis.
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GABARITO:
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