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Caso
Atendimento Educacional
Especializado para pessoa com
deficiência física
Professora: Dra. Vânia de Fátima Matias de Souza
Me. Fernanda Regina Cinque de Brito
Unicesumar
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estudo de
caso
estudo de
caso
Os meses se passaram e os sintomas da Paralisia Cerebral eram cada vez mais visíveis.
Lívia teve uma lesão cerebral grave, devido à falta de oxigenação no cérebro, ocasionando
uma paralisia nos membros inferiores. Carlos explicou que a Paralisia poderia ter causado
a debilidade dos membros superiores também, mas não era o caso de Lívia, pois a parali-
sia causou a intensa fraqueza das pernas. Os pés da menina mantinham-se quase o tempo
todo contraídos, visivelmente pareciam como se os pés estivessem torcidos, causando cons-
trangimento em algumas situações, sobretudo quando iniciou o Ensino Fundamental, fator
este que envolveu grande luta por parte da família, ou seja, adquirir o direito ao atendimen-
to educacional especializado na rede regular de ensino.
Na escola em que Lívia foi matriculada, ensino regular, não havia a infraestrutura adequa-
da. Faltavam rampas de acesso e, por isso, a turma do primeiro ano do ensino Fundamental
teve de mudar de bloco, pois por conta dos degraus que davam acesso a sala de aula não
possibilitarem a locomoção de Lívia até a aula, uma vez que utilizava cadeira de rodas. A
solução da direção escolar foi trocar os alunos de sala e permitir que Lívia tivesse melho-
res condições de acesso. Porém os desafios não ficaram apenas na ausência de rampas de
acesso, outras dificuldades estavam presentes em seu cotidiano escolar, como, por exemplo,
a falta de corredores largos em todos os blocos do prédio escolar.
O primeiro ano do Ensino Fundamental para Lívia foi muito difícil. Além dos problemas
na estrutura física da escola, a professora (Karina) responsável por acompanhá-la neste ano
não contribuiu de forma satisfatória. Karina entendida que a participação da família preju-
dicava seu trabalho, pois além do tempo para preparar as atividades, precisava dispor de
tempo extra para atender a família. Ao longo do ano letivo, a interação com a família não
teve bons resultados pela resistência estabelecida pela professora, interferindo no processo
de desenvolvimento de Lívia. As atividades eram reproduzidas sem levar em conta as parti-
cularidades da aluna, por consequência a avaliação não considerava as especificidades do
caso, a mesma foi realizada para classificar o que Lívia sabia e o que ela não sabia. Lívia ficava
isolada na sala sem interação com os demais alunos.
O final do ano se aproximou e a família de Lívia foi informada de que a professora Karina
não daria continuidade no seu acompanhamento, pois havia passado em um concurso em
outra cidade. Tal notícia gerou a expectativa de quem seria a professora de Lívia no segundo
ano. A menina ficou bastante ansiosa, mas acabou se distraindo, já que estava de férias.
Período que foi bem tranquilo.
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