Relatório descritivo das atividades desenvolvidas no período de
abril a dezembro de 2023
A estudante Evelly Vitória Correia de Oliveira, matriculada no Pré I “01”
vespertino, é portadora de Síndrome de Down. No inicio, ao longo do primeiro e segundo bimestre observei que a criança chegou à escola introspectiva e desconfiada, a sua comunicação se baseava em gestos e mímicas, com oralidade limitada. Ao acompanhá-la notei que ela tinha dificuldade em obedecer às instruções da professora em sala, além de se mostrar pouco interessada em realizar as atividades e bricandeiras com os colegas da turma. A criança também apresentava problemas para seguir as regras de higiene, não avisava quando queria utilizar o banheiro e nem lavar as mãos. No entanto, com o passar dos bimestres a Evelly agora tem autonomia ao hábito de higiene, avisa quando quer ir ao banheiro, valoriza a higiene e a aparência pessoal. Quando apresenta dificuldade, não se limita em pedir auxilio. Ao longo do convívio, a Evelly adaptou-se bem com a professora e com os colegas de turma, mas sempre se manteve a vontade para interagir somente com alguns colegas mais próximos. É uma criança amiga, carinhosa, e de temperamento forte. A Evelly tem apresentado um bom interesse em aprender e explorar novos conhecimentos. Ela demonstrou habilidades de observação e concentração, mostrando-se curiosa em relação ao mundo ao seu redor. A criança evoluiu ao passar a compreender e seguir instruções simples, além de demonstrar um avanço em suas habilidades de linguagem e comunicação, expressando suas opiniões e desejos com muita clareza e expressividade. A mesma apresenta uma evolução significativa em suas habilidades motoras grossas. Ela foi capaz de realizar movimentos coordenados, como pular, correr e equilibrar-se. Além disso, desenvolveu melhor suas habilidades motoras finas, como desenhar, pintar e manipular objetos pequenos, mas ainda esta em progresso. Evoluiu ao demonstrar interesse em atividades lúdicas e a participar das propostas durante as aulas. A criança tem apresentado um acompanhamento familiar mediano ao longo de alguns bimestres, devido à falta de supervisão no caderno da aluna e da verificação das atividades passadas para fazer em casa. Além disso, a criança passou algum tempo sem frenquentar a sala do AEE no contra-turno. Ademais conseguimos uma boa comunicação com a família, foi conversado com o pai a respeito das dificuldades da criança, para que em conjunto possamos melhorar o processo de ensino e aprendizagem. Foi sugerida a família que trabalhassem em casa as propostas feitas no plano de ensino da escola, propiciando momentos de estudo dentro e fora da sala de aula. Trabalhar para com o desenvolvimento de uma aluna portadora de Síndrome de Down em uma classe regular foi, para mim uma grande missão, a experiência em atuar como AVE proporcionou desafios essenciais para meu trabalho enquanto profissional da educação, além de conseguir quebrar alguns paradigmas educacionais entre todas as crianças da turma, provocando a empatia em auxiliar uns aos outros, incentivando-as a crescerem sem qualquer preconceito, e respeitando assim toda e qualquer diferença. Desta forma, é de suma importância continuar orientando e desafiando a criança em seu processo de aprendizagem, proporcionando experiências significativas que contribuam para seu crescimento global, e principalmente auxiliando-a no desenvolvimento pleno dentro de suas capacidades sem que haja competitividade. ANEXOS ATIVIDADES REALIZADAS COM A CRIANÇA ATIVIDADES DESENVOLVIDAS EM SALA PARA AS DATAS COMEMORATIVAS PARTICIPAÇÃO DA CRIANÇA NA SEMANA DA PESSOA COM DEFICIÊCIA INTELECTUAL E MÚLTIPLA