17/09/2019

Introdução à Gestão

Capítulo 6

Motivação

Teorias sobre a natureza humana

Teorias sobre a motivação
A motivação na prática

Contabilidade e Administração 1

Cap. 6 Motivação

Objetivos

Apresentar algumas teorias sobre a natureza humana.

Analisar as principais teorias sobre a motivação das pessoas baseadas nas

necessidades e sua satisfação.
Analisar as teorias da equidade, do reforço e das expetativas na explicação
da motivação.
Refletir sobre a forma como, na prática, os gestores atuam com o intuito de
motivar os seus colaboradores.

Analisar as tendências recentes em matéria de motivação.

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Cap. 6 Motivação

Direção

É a tarefa de gestão que consiste em determinar ou influenciar o

comportamento dos subordinados de modo a que atuem em conformidade
com os objetivos da organização.

A influência sobre o comportamento dos outros no trabalho pode exercer-

se de várias maneiras, isto é, existem vários tipos de direção.
Em todo o caso dirigir implica sempre:

A motivação do pessoal

A liderança e

Uma comunicação eficaz

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Cap. 6 Motivação
A direção e as outras funções da gestão

Direção
Motivação
Comunicação Liderança

Planeamento Organização Controlo

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Cap. 6 Motivação

Motivação - teorias sobre a natureza humana

Para estudar a motivação é necessário compreender a natureza humana.

O homem é um ser social, vive em sociedade.

A sociedade é composta por grupos orientados para

determinados objetivos (clube, partido, família, empresa …).

Os indivíduos influenciam o comportamento do grupo e o

grupo influencia o comportamento do indivíduo.

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Cap. 6 Motivação
Fatores que influenciam o comportamento de uma pessoa.
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Família

Religião Grupo
desportivo

O indivíduo
Trabalho Profissão

Política Escola

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Cap. 6 Motivação
Motivação - teorias sobre a natureza humana.

O comportamento humano pode ser explicado por diferentes teorias.

Vamos apenas referir as teorias x e y de McGregor.
Os gestores desenvolvem sobre os seus subordinados um conjunto de
suposições que se podem dividir em dois grupos:

Teoria X

Teoria Y

Douglas McGregor
1906-1964

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Cap. 6 Motivação

TEORIA X E Y DE McGREGOR
Teoria X Teoria Y
 A média das pessoas, por natureza, não gosta do  O esforço físico e mental gasto no trabalho é tão
trabalho e evita-o se possível. natural como o prazer ou o descanso.
 As pessoas têm de ser coagidas, controladas,  As pessoas são capazes de se autodirigir e
dirigidas e ameaçadas. autocontrolar na execução dos objetivos que lhes
estão cometidos.
 O homem médio tem falta de ambição, evita
responsabilidade e procura segurança e  Mediante condições apropriadas, as pessoas não só
recompensas económicas acima de tudo . aceitam mas até procuram responsabilidades.
 Falta de habilidade criativa.  Largamente (não escassamente) existente um elevado
grau de imaginação e criatividade.
 Resistência às mudanças.
 O empenhamento no cumprimento dos objetivos é
 Preocupação consigo próprio e não com os objetivos
uma função de recompensa apropriada ao grau de
da organização.
realização (dos objetivos).

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Cap. 6 Motivação
A teoria y assenta em pressupostos mais realistas e leva a um tipo de gestão
mais participativa.

Qualquer que seja a teoria aceite sobre o comportamento humano, o gestor

necessita de canalizar (influenciar) os comportamentos dos seus
subordinados para uma finalidade.

A par da liderança e da comunicação, a motivação é uma das maneiras de

influenciar os comportamentos.

Vejamos alguns tópicos sobre as teorias da motivação.

Podemos definir motivação como a vontade de uma pessoa desenvolver

esforços com vista à prossecução dos objetivos da organização.

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Cap. 6 Motivação
As teorias sobre a motivação assentam no pressuposto que a motivação é de dois
tipos:

Motivação intrínseca – relacionada com a realização da pessoa.

Teoria das necessidades

 Maslow
 Herzberg
 Alderfer
 Mcclelland

Motivação extrínseca – orientada por uma recompensa de carácter exterior

(louvor, prémio, …).

 Teoria da equidade
 Teoria do reforço
 Teoria das expectativas

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Cap. 6 Motivação

Motivação - teorias das necessidades.

Estas teorias relevam os comportamentos que resultam do esforço das pessoas para
satisfazer as suas necessidades intrínsecas.

Tudo se passa segundo um ciclo motivacional que:

Inicia-se com um estímulo

E termina (eventualmente)
para a satisfação de uma
num estado de equilíbrio.
necessidade.

Os estados de equilíbrio são sempre transitórios.

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Cap. 6 Motivação

Ciclo Motivacional.

Situação inicial

Estímulo Necessidade

Equilíbrio Tensão

Satisfação Comportamento

Situação final

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Cap. 6 Motivação

Motivação - teorias das necessidades.

Quando, apesar dos esforço do indivíduo, a necessidade não é satisfeita, este:

Assume um
Atinge um estado de
frustração. ou comportamento
compensatório.

Em gestão é importante encontrar soluções compensatórias quando as

necessidades não podem ser satisfeitas.

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Cap. 6 Motivação

Frustração e comportamento compensatório.

Equilíbrio Comportamento Obstáculo Frustração

Comportamento
Compensação
derivado
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Cap. 6 Motivação

Motivação - Teoria das necessidades de Maslow.

São as necessidades insatisfeitas que motivam as pessoas.

Existe uma hierarquia nas necessidades (pirâmide).

Enquanto as necessidades de um certo nível inferior não estiverem

satisfeitas as dos outros níveis não exercem influência sobre os
comportamentos (princípio da dominância).

As necessidades de qualquer nível só são motivadoras quando as

necessidades dos níveis inferiores estiverem satisfeitas (princípio da
emergência).

Abraham Harold Maslow foi

um psicólogo americano,
conhecido pela proposta
Hierarquia de necessidades
de Maslow.
1908 -1970 - EUA
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Cap. 6 Motivação
A hierarquia das necessidades e o princípio de emergência.
Poder de motivação

Desenvolvimento psicológico

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Cap. 6 Motivação
Hierarquia das necessidades de Maslow.

Secundárias

Primárias

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Cap. 6 Motivação

Motivação - Teoria das necessidades de Maslow.

Segundo Maslow:

Uma pessoa nunca está satisfeita quanto às necessidades de qualquer

nível.
Mas uma necessidade só sobressai se as necessidades dos níveis
inferiores estiverem satisfeitas.

O gestor para motivar os seus subordinados deve identificar o grau de

satisfação das necessidades destes e quais as necessidades que são
dominantes.

A teoria de Maslow é objeto de algumas críticas, nomeadamente quanto ao

número de categorias de necessidades e quanto à ordem na hierarquia.

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Cap. 6 Motivação

Motivação - teoria das necessidades de McClelland.

David McClelland (20 de Maio de

1917 - 27 de Março de 1998),
psicólogo americano, Apresentou
3 necessidades (ou motivos)
como os responsáveis pelo
comportamento humano.

McClelland põe o destaque nas necessidades adquiridas pelos indivíduos ao

longo da vida, isto adquiridas socialmente por interação com o ambiente,
destacando aí três tipos:

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Cap. 6 Motivação

Realização

Necessidades adquiridas –
Poder
McClelland

Filiação

Realização Autodefinição de objetivos difíceis.

Poder Gosto pela tomada de decisões de risco.

Filiação Tendência para tipo de gestão colaborativa.

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Cap. 6 Motivação
Necessidades adquiridas – McClelland

Para McClelland:

Todas as pessoas têm estes três tipos de necessidades.

As necessidade mais relevantes diferem de indivíduo para indivíduo.

Os gestores mais eficazes têm:

Maior necessidade de poder.

Moderada necessidade de realização.

Menor necessidade de relacionamento amigável.

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Cap. 6 Motivação
A motivação na prática.

Provavelmente nenhum gestor seguirá exclusivamente uma única teoria.

Embora as teorias divirjam, acabam por concordar que a motivação se

relaciona com a satisfação de necessidades e a concretização de objetivos
dos indivíduos.

Como do ponto de vista da gestão o que interessa são os objetivos da

organização, a motivação tem de ser vista como a satisfação das
necessidades e a concretização dos objetivos individuais através de
comportamentos que satisfaçam também os objetivos da organização.

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Cap. 6 Motivação
Objetivos Individuais e Coletivos

Objetivos coletivos

Objetivos individuais
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Cap. 6 Motivação
A motivação na prática.

Os gestores recorrem a várias técnicas para aumentar a coincidência entre os

objetivos individuais e os objetivos coletivos:

Motivação e sistema de remunerações

Definição, enriquecimento e alargamento de cargos
Participação
Horário flexível
Horário comprimido
Trabalho repartido
Círculos de qualidade e Teoria Z.
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Cap. 6 Motivação
A motivação na prática.

Técnicas Observações
A recompensa financeira contribui para uma melhoria comportamental e profissional,
Motivação e sistema de
mas a motivação é um estado mental, ou seja, é algo intrínseco que parte de dentro da
remunerações
pessoa.
Definição do Especificar tarefas e atribuir funções mais motivadoras para o trabalhador ( Por ex.
cargo/função produzir peças completas e identificáveis).
Enriquecimento de
É um deliberado aumento da responsabilidade, da amplitude e do desafio das funções.
cargos
É a alocação de um maior número de tarefas para as pessoas. O objetivo é aumentar a
Alargamento de cargos autonomia, as oportunidades de desenvolvimento pessoal e reduzir a repetição no
trabalho.
A participação de trabalhadores na análise de problemas e na procura de soluções pode
Participação
ser uma boa técnica de motivação.
A adoção do horário flexível por muitas empresas tem sido uma fonte de motivação. Esta
Horário flexível situação diminui a rotina e a correria e aumenta a qualidade de vida. O objetivo deste
técnica é aumentar a satisfação, a produtividade e a motivação dos seus colaboradores.
Consiste na distribuição do número de horas de trabalho semanal ao longo de um número
Horário comprimido menor de dias de trabalho por semana. Esta situação permite ao trabalhador fazer um
melhor uso do seu tempo de lazer, tempo dedicado à família, etc.

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Cap. 6 Motivação
A motivação na prática.

Técnicas Observações
Consiste na divisão do trabalho, que normalmente seria prestado por uma pessoa a full-
time em dois períodos correspondentes a dois trabalhadores em part–time.
Trabalho repartido O trabalho repartido é atrativo para pessoas com disponibilidade mais reduzida, como
estudantes, mães de filhos pequenos, etc.
São pequenos grupos constituídos por funcionários da empresa, que se reúnem durante o
Círculos de qualidade período normal de trabalho, para desenvolver formas de melhorar a qualidade e
quantidade de trabalho.
Esta teoria assume que os trabalhadores têm um grau de envolvimento idêntico aos dos
gestores, quando existe um sistema de incentivo eficaz que premeie o esforço e o
contributo de cada um para os resultados globais da empresa. Esta abordagem sustenta
Teoria Z que a tomada de decisão mais eficaz é aquela que é realizada em grupo e não por um
determinado gestor ou diretor.
A principal manifestação da Teoria Z no local de trabalho foi a introdução dos círculos de
qualidade (CQ).

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Cap. 6 Motivação
Tendências

Nas novas organizações, com reduzido número de gestores intermédios, os

trabalhadores (do conhecimento) são quem melhor conhece as tarefas a desempenhar.

A motivação tenderá a passar por algum, ou alguns, dos seguintes aspetos :

Maior autonomia e responsabilidade pessoal.

Perfeito entendimento da missão.
Reputação reconhecida pelos seus pares.

Instituição de um clima favorável à aprendizagem permanente e

aplicação das capacidades únicas de cada pessoa.

Partilha dos resultados alcançados pela organização.

A conclusão que parece poder tirar-se é a de que os pressupostos sobre as principais

teorias da motivação se mantêm.

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Cap. 6 Motivação

Fim do
Capítulo

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