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Ficha da leitura correspondente à aula nº7

A respeito das "Contingências do reforço e o planejamento da cultura", o psicólogo e filósofo


social estadunidense Burrhus Frederic Skinner analisa a evolução no estudo dos conceitos de "meio
ambiente", "estímulo e resposta", "interpretação do comportamento" e "manipulação do
comportamento", começando por como eles foram entendidos inicialmente. Ademais, por meio de
oposições com saberes mais atualizados joga luzes sobre como tais conceitos podem ser melhor
entendidos.
No tocante à "manipulação do comportamento", descreve como esse campo é importante para
a educação, psicoterapia, economia, governo e como todos estes juntos influenciam a vida cotidiana.
Relativamente à educação expõe:
"Os professores têm tradicionalmente usado apenas as medidas
ambientas mais conspícuas. A vergasta e o açoite marcam uma longa história
de controle aversivo, que ainda não chegou ao fim. A maioria dos estudantes
ainda estuda, recita e presta exames principalmente para evitar consequências
de não fazê-lo.
As consequências podem ter sido moderadas, entretanto, são
suficientemente aversivas para ter efeitos colaterais perturbadores. A simples
permissividade não constitui uma alternativa eficaz, e reforços positivos
forçados tais como boas notas, graus, diplomas e prêmios dificilmente podem
ser tornados contingentes ao comportamento de maneira eficaz.
Ensino é o arranjo das contingências de reforço que acelera a
aprendizagem. Um aluno aprende sem que lhe ensinem, mas aprenderá mais
eficientemente sob condições favoráveis.” (SKINNER; 1980, p.187)
Logo, o pensador americano faz uma explicação de dois conceitos chaves para a classificação do
comportamento, que são a filogênese e a ontogênese. Para uma melhor compreensão decide usar
exemplos práticos de como estes dialogam com a agressividade.
"O comportamento agressivo, de origem filogenética, é acompanhado por respostas
autonômicas que contribuem para a sobrevivência, pelo menos na medida em que suportam atividades
vigorosas. Essas respostas são a maior parte do que é sentido na agressão." (SKINNER; 1980, p. 331)
E o comportamento agressivo de origem ontogênica pode ser entendido como um
comportamento no qual o "dano aos outros" age como reforçador, originando um comportamento
agressivo. Como esclarece Skinner:
"Não basta definir o comportamento agressivo ontogenético, dizendo
simplesmente que ele prejudica os outros. Quais são as dimensões do
‘prejuízo’? Presumivelmente, os estímulos reais, que reforçam a ação agressiva,
serão encontrados no comportamento do recipiente quando grita, chora, se
humilha, foge ou dá outros sinais de que foi ferido." (SKINNER; 1980, p. 332)
Referências

OS PENSADORES. Skinner - São Paulo. Abril Cultural. 1980. p. 177-195; 301-335.

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