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UNIDADE 6:

O PAPEL DO PROFESSOR NA
INCLUSÃO DA CRIANÇA AUTISTA

Caro(a) Aluno(a)

Seja bem-vindo(a)!

Nesta sexta e última unidade, ainda discorreremos so-


bre o papel do professor e a importância de uma boa for-
mação para que um trabalho de inclusão seja realizado
com qualidade.

Bons estudos!!!

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Conteúdos da Unidade
Acompanhe os conteúdos desta unidade. Se preferir, vá assina-
lando os assuntos, à medida que for estudando.
9 A importância do trabalho em equipe para o TEA
9 Os desafios da inclusão
9 Intervenção mediatizada
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UM TRABALHO EM EQUIPE

CAPÍTULO 11:
UM TRABALHO EM EQUIPE

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UNIDADE 6: O PAP EL D O P R O FESSO R N A IN C L U SÃO DA CR I ANÇA AUTI STA
UM TRABALHO EM EQUIPE

Para Rodriguez (2006) a exclusão é fruto provavelmente de


fatores culturais, que nos levam a pensar que a diferença é amea-
çadora. Exige-se cuidado com o que é diferente – seja isto resulta-
do da identidade sexual, socioeconômica, deficiência ou etnia. As
ideias preconcebidas da sociedade sobre o que é diferente resulta
em exclusão, isolamento ou o banimento de indivíduos, surgi en-
tão a necessidade de identificar e criar programas de combate à
exclusão, suscitando assim um conceito oposto: a inclusão.
Klein (2010) afirma que a palavra ‘’inclusão’’ vem sendo
utilizada como jargão na área educacional para assinalar as prá-
ticas que desejaríamos que fossem mais justas, democráticas e so-
lidárias. O ato de incluir, como sabemos, vai além da inserção, o
objetivo maior é tornar o indivíduo parte de um todo, para que o
mesmo não seja rotulado nem excluído por seus comportamentos
e características diferenciadas.
O ensino que possibilita educar de forma inclusiva para as
diversidades pressupõe a construção de um projeto bem estrutu-
rado e este não é uma tarefa individual. Ao contrário, versa so-
bre um trabalho coletivo, implicando discussões e embates entre
diferentes esferas (governo, sociedade, escola e indivíduo),
refletindo sempre sobre a escola que almejamos construir e quais
indivíduos pretendemos formar.
Para que a inclusão aconteça de fato, os sistemas de ensino
precisam promover escolas e capacitar professores e funcionários,
de maneira que estes entendam a individualidade de cada criança,
aprendendo a conviver, respeitar e sobretudo oferecendo a mesma
qualidade de ensino a todos, com condições iguais de desenvolvi-
mento. De acordo com Lopez (2011, p. 16):

[...] Esta tomada de consciência pode tornar a escola um


espaço onde os processos de ensino e aprendizagem estão

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disponíveis e ao alcance de todos e onde diferentes conhecimen-


tos e culturas são mediados de formas diversas por todos os in-
tegrantes da comunidade escolar, tornando a escola um espaço
compreensível e inclusivo.

A inclusão de crianças com autismo em sala de aula é tema


que, por vezes, suscita polêmica e muitas discussões pela comple-
xidade das características apresentadas quando estas crianças são
inseridas no ambiente escolar. O aluno com TEA pode vir a apre-
sentar comportamentos agressivos para com os professores e ami-
gos o que é um grande desafio a ser superado. Outra questão, aqui
já apresentada, é que a grande dificuldade do tea em interagir e se
comunicar. Acerca disso, Felício (2007, p. 25) diz:

É importante salientar que, para se educar um autista é pre-


ciso também promover sua integração social e, neste ponto, a
escola é, sem dúvidas, o primeiro passo para que aconteça esta
integração, sendo possível por meio dela a aquisição de concei-
tos importantes para o curso da vida.

Ao ingressar na escola brotam as primeiras desarmonias na


aprendizagem de das crianças com TEAs, pois parte delas terá fei-
to progresso substancial, e outras ainda enfrentarão desafios sig-
nificativos. Não se sabe ao certo por que algumas se desenvolvem
mais do que outras, mesmo fazendo uso de estratégias muito pa-
recidas e adequadas. Ao atingir os 6 anos, é possível termos uma
noção muito melhor das suas habilidades verbais. A inclusão em
sala de aula pode apresentar-se problemática: as dificuldades com
a brincadeira, a interação social, os interesses incomuns. O profes-
sor não deve se surpreender se os maiores prazeres das crianças
com desenvolvimento típico (p. ex., recreio, educação física,

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UM TRABALHO EM EQUIPE

cantina) serem os fatores de maior estresse para aquelas com


TEA (VOLKMAR; WIESNER, 2019).
O aluno autista poderá transitar por todos os espaços, uma
equipe preparada e conhecedora das suas necessidades poderá
conduzir e orientar, assim como acalmar a criança com mais segu-
rança, trazendo o conforto necessário para o seu desenvolvimento
em todos os segmentos.

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