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PROJETO DE ENSINO:
O USO DE IMAGENS PARA ESTUDO DA
SOCIEDADE FEUDAL COM ALUNOS DO 6º ANO DO
ENSINO FUNDAMENTAL.
Cidade
2020
Cidade
2020
Cidade
Linhares
2022
PAMELA SOARES CYPRIANO
PROJETO DE ENSINO:
O USO DE IMAGENS PARA ESTUDO DA
SOCIEDADE FEUDAL COM ALUNOS DO 6º ANO DO
ENSINO FUNDAMENTAL.
Linhares
2022
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO..............................................................................................................1
1 TEMA.........................................................................................................................2
2 JUSTIFICATIVA.........................................................................................................2
3 PARTICIPANTES.......................................................................................................3
4 OBJETIVOS...............................................................................................................3
5 PROBLEMATIZAÇÃO................................................................................................5
6 REFERENCIAL TEÓRICO.........................................................................................6
7 METODOLOGIA.......................................................................................................11
8 CRONOGRAMA DO PROJETO..............................................................................12
9 RECURSOS HUMANOS E MATERIAIS..................................................................12
10 AVALIAÇÃO...........................................................................................................13
CONCLUSÃO..............................................................................................................14
REFERENCIAS BIBLIOGRÀFICAS............................................................................15
INTRODUÇÃO
1 TEMA
O uso de imagens para estudo da Sociedade Feudal com alunos do 6º ano
do Ensino Fundamental.
2 JUSTIFICATIVA
A Baixa Idade Média (século XI ao XV) é marcada pela desintegração do
feudalismo e formação do capitalismo na Europa Ocidental. Ocorrem assim, nesse
período, transformações na esfera econômica (crescimento do comércio monetário),
social (projeção da burguesia e sua aliança com o rei), política (formação das
monarquias nacionais representadas pelos reis absolutistas) e até religiosas.
Culturalmente, destaca-se o movimento renascentista que surgiu em Florença no
século XIV e se propagou pela Itália e Europa, entre os séculos XV e XVI.
O período Renascentista, enquanto movimento cultural, vinha de encontro a
Igreja, exatamente porque pregava a valorização do homem e da natureza, em
oposição ao divino e ao sobrenatural. O renascimento resgatou da antiguidade greco-
romana os valores antropocêntricos e racionais, que adaptados ao período, entraram
em choque com o teocentrismo e dogmatismo medievais sustentados pela Igreja. No
filme, o monge franciscano representa o intelectual renascentista, que com uma postura
humanista e racional, consegue desvendar a verdade por trás dos crimes cometidos no
mosteiro. Ao analisar um filme, nem sempre é fácil especificar a categoria em que o
mesmo se enquadra.
Em 1830, França, Suíça, Bélgica, Itália e Alemanha viveram conflitos sociais
que exigiam a instituição de constituições liberais, numa demonstração que a
consciência democrática se alastrava por toda a Europa. Nessa obra Delacroix retrata
uma sublevação popular da qual foi testemunha ocular ocorrida entre os dias 26 e 28
de julho de 1830 e que culminou na deposição do rei Carlos X. O motivo: a suspensão,
pelo monarca deposto, de várias disposições democráticas, entre elas a liberdade de
imprensa. Esta pintura, que tem cunho político e social, significa comemorar o dia de 28
julho de 1830, quando os povos se levantaram e destronaram o rei.
Delacroix representa uma cena de batalha através da qual não só exalta a
bravura dos combatentes revolucionários, mas também caracteriza, através de detalhes
3
3 PARTICIPANTES
Este projeto é direcionado aos alunos do ensino fundamental anos finais,
mais especificamente ao 6º ano, pois nesta série os alunos passam as ver as
disciplinas separadamente, com isso é importante fazer com que eles passem a
identificar a disciplina de história, levando os alunos a conseguirem verbalizar e
escrever sobre os conteúdos estudados, utilizando-os para melhor entender ou explicar
sua realidade, relacionando o presente com o passado, posicionando-se diante dessa
realidade, situando-se diante dela e questionando-a, quando necessário.
Os alunos agregam às suas vidas os valores e explicações passados em
sala de aula, por isso, é função também do professor fornecer estímulos ou significados
que farão os alunos lembrar ou silenciar quanto aos fatos, eventos históricos, imagens
marcantes, processos. Algumas das informações e questões históricas, adquiridas de
modo organizado ou fragmentado, são incorporadas significativamente pelo aluno.
4 OBJETIVOS
O cinema e o vídeo vêm ocupando um espaço cada vez maior no cotidiano
das crianças e dos adolescentes. Assistir a um filme é sempre elucidativo e muitas
vezes vencem o imobilismo e a visão dirigida de certos assuntos, fazendo com que se
abram novos caminhos, novos espaços, novas visões. Assim, o filme pode despertar no
aluno outro tipo de relação com o processo de aprendizagem, e pode ser visto como
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história. Por isso é essencial que o professor esclareça as diferenças entre a ficção e a
realidade, dentro daquele contexto histórico. Isso significa, que, apesar de valorizarmos
as imagens, não devemos analisá-las isoladamente, mas associá-las a determinado
contexto histórico, social, político e ideológico. Lembrando Marc Ferro: “Analisar no
filme tanto a narrativa quanto o cenário, a escritura, as relações do filme com aquilo que
não é filme: o autor, a produção, o público, a crítica, o regime de governo. Só assim se
pode chegar à compreensão não apenas da obra, mas também da realidade que ela
representa”. Por meio das imagens, e aí podemos usar vários exemplos, como
fotografias, pinturas, charges e o próprio filme, ocorre uma maior aproximação com
fatos e acontecimentos do passado, permitindo um diálogo com outras temporalidades
de forma mais clara, com uma melhor compreensão de como se davam as relações em
outros contextos.
5 PROBLEMATIZAÇÂO
O trabalho com imagens deve possibilitar discussões sobre as condições de
produção daquela imagem, ou seja, o contexto social, temporal e espacial em que foi
produzida. Assim podem-se perceber seus significados, tanto para a época e sociedade
em que foi produzida como para outras sociedades, em outros períodos e contextos
históricos. Segundo Peter Burke, as imagens não devem ser consideradas simples
reflexos de suas épocas e lugares, mas sim extensões dos contextos sociais em que
elas foram produzidas e, como tal, devem ser submetidas a uma minuciosa análise,
principalmente de seus conteúdos subjetivos. Portanto, é preciso que se obtenha o
máximo possível de informações sobre qualquer objeto iconográfico produzido, é
preciso interrogá-lo, realizar uma leitura crítica, perceber quais são as intenções
contidas no mesmo: como e quando foi produzido, sua finalidade, seus significados e
valores para a sociedade que o produziu.
Dessa forma, pode-se avaliar com maior rigor o objeto, relacionando-o com o
período e/ou sociedade estudada. Para tanto, cabe a nós, educadores, buscarmos cada
vez mais conhecimento, investindo em formação contínua, uma vez que só podemos
ensinar aquilo que efetivamente sabemos.
6
6 REFERENCIAL TEÒRICO
Atualmente, o uso de imagens é uma das ferramentas metodológicas mais
utilizadas para o ensino de conteúdos da disciplina de história para ampliação e
melhoramento no processo de ensino/aprendizagem. As imagens podem ser utilizadas
de muitas formas, como: vídeos, cinema, pinturas, fotografias, mapas, histórias em
quadrinhos, etc. Enfim, são inúmeras as possibilidades, destacando-se duas que são as
mais usadas pelos professores no contexto da sala de aula na disciplina de história,
como é o caso do uso de filmes e fotografias. Trabalhar com filmes no contexto da sala
de aula aproxima os estudantes de situações reais, fazendo-os refletir a respeito de
problemas contemporâneos, possibilitando-lhe uma visão diferenciada dos assuntos
abordados, quebrando o imobilismo que certos assuntos tendem a ter, ele abre novos
espaços e caminhos e favorece no processo de aprendizagem dos alunos, levando
assim a construção do conhecimento sobre a história.
[...] A utilização do filme como recurso didático deve
facilitar a aprendizagem, fazendo com que o aluno encontre uma
nova maneira de pensar e entender a história, uma opção
interessante e motivadora, que não seja meramente ilustrativa e nem
substitua o professor, mas, que seja um momento crítico e reflexivo
de aprofundamento da história. (VIGLUS, s/d, p. 4).
sua capacidade crítica, para uma reflexão sobre as relações humanas e sobre a
consequência de suas ações. Naturalmente, que cada época tem sua própria maneira
de ver o mundo e que cada grupo social tem seu próprio modo de interpretar a
realidade. Estudar os acontecimentos do passado faz com que compreendamos que
eles contribuíram de alguma forma para a construção, organização e funcionamento da
sociedade.
7 METODOLOGIA
Discutiremos agora a experiência realizada em sala de aula na disciplina de
História com a aplicação de um filme como recurso didático para uma turma do 2º ano
do Ensino Médio buscando analisar a importância da imagem para a contribuição da
construção do conhecimento. Pois “conforme os Parâmetros Curriculares Nacionais –
PCNs, todo material pode ser didático, mesmo sem ser criado especificamente para
esse fim. Vai depender do uso que o professor fizer dele”. (SILVA, 2010, p. 173).
O assunto estudado foi “Cultura Afro-brasileira”, onde foi abordada a
importância da cultura afro-brasileira em nossa sociedade, bem como a formação da
mesma através não somente da miscigenação, mas também, da fusão de costumes,
hábitos, modos de vida, que contribuíram para a construção cultural do país e procurou-
se desenvolver nos alunos a sensibilidade contra concepções de discriminação e
preconceito em relação às diferentes etnias. Foi enfatizada a questão do preconceito
racial e utilizado o filme “Invictus” como apoio, sendo um filme do ano de 2009.
O mesmo acompanha o período em que Nelson Mandela sai da prisão no
ano de 1990, torna-se presidente no ano de 1994 e os anos subsequentes à
presidência. O filme mostra que na tentativa de diminuir a segregação racial na África
do Sul, o rugby1 é utilizado para tentar amenizar o preconceito existente entre negros e
brancos, que perdurou por quase 40 anos.
A partir da explicação do conteúdo e do filme assistido os alunos realizaram
um debate sobre a questão do preconceito racial; como o negro é visto na sociedade e
sobre a importância da valorização das diferenças. Foram realizadas atividades
relacionando o filme ao tema trabalhado, sendo uma aula bastante proveitosa. Ao
finalizar a aula foi entregue aos alunos um questionário para ser respondido com
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8 CRONOGRAMA DO PROJETO
Explicar aos alunos a importância que imagens têm no
1ª Aula
ensino da história, dando ênfase no período feudal.
Passar para os alunos o filme “Invictos”, filme este que
enfatiza o preconceito racial.
Pedir aos alunos que durante o filme observem os
seguintes tópicos:
Temática básica do filme;
Delimitação do tempo e espaço;
Relação do filme com os conteúdos
2ª Aula
desenvolvidos em sala;
Contexto da época retratado no filme
(aspectos culturais, sociais e políticos);
Cena que mais chamou a atenção. Por
quê?
Críticas às observações sobre o filme.
Recolher todos os relatórios e aplicar uma ampla
3ª Aula explicação do tema proposto para os alunos terem um
melhor aprendizado.
em pauta, tópicos estes que farão com que os mesmos pensem em cada detalhe para
abordar com atenção. A participação crítica do aluno, a partir do estudo do filme e do
conteúdo trabalhado, fará com que ele seja capaz de discernir a ficção da realidade,
além de despertar um maior interesse pelas discussões realizadas nas aulas. Porque
eles já terão um roteiro de avaliação, com o objetivo de orientá-los durante a exibição
do filme. Eles devem desenvolve-los com bastante atenção.
CONCLUSÂO
A partir deste trabalho propôs-se mostrar de que maneira o uso de simples
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BITTENCOURT, Circe (Org.). O Saber histórico na sala de aula. São Paulo: Contexto,
1998.
CERVO, Amado Luiz; BERVIAN, Pedro Alcino. Metodologia Científica. 4. Ed.; São
Paulo: Makron Books, 1996.
BUORO, Anamelia Bueno. Olhos que pintam: a leitura da imagem e o ensino da arte.
São Paulo: Educ / Fapesp /Cortez, 2002.
EAGLETON, Terry. Ideologia. São Paulo; Editora UNESP: Editora Boitempo, 1997.
FERRO, Marc. Cinema e História. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1992. p.87.