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Índice

INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 2
ICTERÍCIA ......................................................................................................................................... 3
FACTORES DE RISCO DA ITERICIAS ....................................................................................... 4
SINTOMAS DA ITERICIAS ........................................................................................................... 4
DIAGNÓSTICO DA ITERICIAS ..................................................................................................... 5
TRATAMENTO DA ITERICIA ........................................................................................................ 6
COMPLICAÇÕES DA ICTERÍCIA ............................................................................................... 7
ICTERÍCIA NEONATAL................................................................................................................. 7
FOTOTERAPIA ................................................................................................................................ 9
INDICAÇÃO DA FOTOTERAPIA................................................................................................ 10
FUNCIONAMENTO DA FOTOTERAPIA ................................................................................... 10
APLICAÇÃO DA FOTOTERAPIA .............................................................................................. 11
TIPOS DE FOTOTERAPIA ...................................................................................................... 11
FOTOTERAPIA NEONATAL ............................................................................................... 12
EFEITOS COLATERAIS DA FOTOTERAPIA ...................................................................... 13
CONTRA INDICAÇÃO DA FOTOTERAPIA ............................................................................. 14
ANOMALIAS CONGÊNITAS ....................................................................................................... 14
CAUSAS DAS ANOMALIAS CONGENITAS ........................................................................... 16
AGENTES INFECCIOSOS DA ANOMALIAS CONGENITAS ............................................... 17
RADIAÇÃO ..................................................................................................................................... 17
TESTE DO PEZINHO .................................................................................................................... 18
CONCLUSÃO ................................................................................................................................. 19
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................................... 20
INTRODUÇÃO

É necessário socializar divulgar, cada vez mais, informações sobre as itericia

fototerapia, anomalias e suas causas, bem como o teste do pezinho e dessa forma,

contribuir para que muitos casos sejam evitados nas nossas maternidades. Apesar

de a etiologia genética existir e ser responsável por uma percentagem considerável

dessas patologias deve-se levar em consideração as causas evitáveis, como as

infecções que podem ser transmitidas ao feto, endocrinopatias maternas e

exposição à radiação. Nesse sentido faz-se necessário cada vez mais que o temas

como estes sejam debatidos e estudados. Mesmo com todas as políticas e

campanhas que visam à conscientização e o combate dessas patologias que geram

transtornos pré-natais e perinatais, o que se tem observado é que ainda há um

elevado número de casos nos nossos hospitais.

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ICTERÍCIA
Icterícia é a coloração amarelada das escleróticas (isto é, da superfície

branca do olho) e da pele. A icterícia não é uma doença por si, mas sim uma

manifestação de doença. O seu grau é avaliado pela quantificação no sangue de

uma substância denominada bilirrubina.

Amarelo é a cor que predomina na icterícia, um sintoma de diversas doenças,

e não uma condição patológica em si, O aspecto amarelado provém da elevação

não natural de um pigmento na corrente sanguínea, a bilirrubina, que resulta da

morte dos glóbulos vermelhos do sangue. Numa situação de normalidade, o fígado

capta esse pigmento da circulação após a morte das hemácias envelhecidas e o

processa. Só para ter uma ideia do caráter ininterrupto desse trabalho, as células

vermelhas se renovam a cada 120 dias. Após ser metabolizada, a bilirrubina fica

armazenada nas vias biliares e é excretada pelo intestino, juntamente com a

bile. Numa situação anormal, a quantidade de bilirrubina produzida ultrapassa a

capacidade de processamento do fígado devido à destruição acelerada de glóbulos

vermelhos ou, então, o metabolismo do pigmento está prejudicado por alguma

alteração no fígado ou nas vias biliares.

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FACTORES DE RISCO DA ITERICIAS
A icterícia pode acontecer quando muitos glóbulos vermelhos estiverem
morrendo, ou seja, por aumento de produção da bilirrubina, mas também se
houver a presença de alguma doença hepática - neste caso a anormalidade está
na metabolização. Além disso, também pode haver icterícia se a bilirrubina não for
capaz de passar adequadamente pelo trato digestivo, caracterizando algum
problema obstrutivo. Na maior parte das vezes a icterícia é sinal de algum
problema no fígado, vesícula biliar ou no pâncreas. Vale ressaltar que, conforme
já enumerado acima, infecções, o uso de drogas, câncer, doenças do sangue e
defeitos congênitos também podem provocar icterícia.

Os principais processos que podem causar aumento de bilirrubina no

sangue e, por consequência, icterícia são:

 Aumento da destruição dos glóbulos vermelhos, como em alguns tipos de

anemia, nomeadamente anemias hemolíticas;

 Diminuição da capacidade de conjugação do fígado;

 Diminuição da capacidade de excreção do fígado

SINTOMAS DA ITERICIAS
A icterícia é uma condição que pode aparecer repentinamente ou

desenvolver-se lentamente com o tempo. Os principais sinais e sintomas da

icterícia costumam incluir:

 Pele amarelada;

 Esclera (a parte branca do olho) amarela. Se a icterícia for ainda mais grave, essa parte

pode apresentar também uma coloração marrom;

 Cor amarela na parte de dentro da boca;

 Urina de cor anormal – em geral em tons mais escuros;

 Fezes esbranquiçadas ou cor de barro

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DIAGNÓSTICO DA ITERICIAS
A presença de icterícia é detectada pelo exame clínico, leva

necessariamente a uma investigação médica minuciosa para determinação da

causa. Neste contexto é importante repetir que a icterícia não é uma doença por

si só, mas sim a manifestação visível de uma doença subjacente. Após realizar

um questionário detalhado e feito o exame físico, o médico poderá solicitar a

realização de alguns exames complementares, a começar por exames de sangue,

que indicarão as quantidades de bilirrubina e glóbulos vermelhos presentes no

sangue, além de mostrar como anda o funcionamento do fígado através de testes

específicos de função hepática. Outros exames ainda podem ser realizados, mas

muitos dependem única e exclusivamente da causa subjacente à icterícia. Entre

os exames que podem ser pedidos estão:

 Painel do vírus da hepatite para procurar infecção no fígado;

 Testes de função hepática para determinar se o fígado está funcionando bem;

 Hemograma completo para verificar a baixa contagem de glóbulos sanguíneos ou

anemia;

 Ultrassom abdominal;

 Tomografia computadorizada abdominal;

 Colangiopancreatografia retrógrada endoscópica (ERCP);

 Biópsia do fígado.

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TRATAMENTO DA ITERICIA

O tratamento da icterícia depende da sua causa. Portanto, só após se

diagnosticar a doença que está a provocar a icterícia, podemos tratar o doente.

A icterícia é uma coloração amarela da pele e dos olhos, causada por um aumento

da bilirrubina na corrente sanguínea. A bilirrubina é uma substância amarela

formada quando a hemoglobina (a parte dos glóbulos vermelhos que transporta

oxigênio) é decomposta como parte do processo normal de reciclagem de glóbulos

vermelhos velhos ou danificados. A bilirrubina é transportada na corrente

sanguínea até o fígado e processada de modo a poder ser excretada do fígado

como parte da bile (o líquido digestivo que é fabricado pelo fígado). O

processamento da bilirrubina no fígado envolve a ligação a outra substância

química em um processo chamado de conjugação.

 A bilirrubina processada na bile é, portanto, chamada bilirrubina conjugada.

 A bilirrubina não processada é chamada bilirrubina não conjugada.

A bile é transportada através dos dutos biliares até o início do intestino delgado

(duodeno). Caso o fígado e os dutos biliares não consigam processar e excretar a

bilirrubina de maneira suficientemente rápida, ela se acumula no sangue

(hiperbilirrubinemia). À medida que as concentrações de bilirrubina aumentam no

sangue, primeiro o branco dos olhos fica amarelo, seguido pela pele. Durante a

primeira semana de vida, a maioria dos recém-nascidos a termo desenvolve

hiperbilirrubinemia não conjugada, frequentemente causando icterícia.

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COMPLICAÇÕES DA ICTERÍCIA

Se a icterícia é perigosa ou não depende:

 Das Causa da icterícia

 Do nível de bilirrubina

 Se a bilirrubina é conjugada ou não conjugada

Alguns distúrbios que causam icterícia são perigosos independentemente do valor

da concentração de bilirrubina. Níveis extremamente elevados de bilirrubina não

conjugada, independentemente da causa, são perigosos.

A consequência séria de uma concentração elevada de bilirrubina não

conjugada é: O querníctero é uma lesão cerebral causada devido ao acúmulo de

bilirrubina no cérebro. O risco deste distúrbio é mais elevado em recém-

nascidos prematuros, que estão gravemente doentes ou que estão recebendo

determinados medicamentos. Se não forem tratados, os quernícteros podem

causar danos cerebrais significativos, resultando em atraso no

desenvolvimento, paralisia cerebral, perda da audição, convulsões e até mesmo

morte. Embora atualmente seja raro, os quernícteros ainda ocorrem, mas é

possível prevenir esse quadro clínico em quase todos os casos através de um

diagnóstico e tratamento precoce da hiperbilirrubinemia. Depois de os danos

cerebrais ocorrerem, não há tratamento para revertê-los.

ICTERÍCIA NEONATAL
A icterícia neonatal acontece quando há aumento da concentração de

bilirrubina no sangue do bebê. Com isso, sua pele, olhos e mucosas ganham

coloração amarelada.

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A icterícia em recém-nascidos é normal durante a primeira semana de vida,

já que o fígado ainda não amadureceu o suficiente e não consegue processar a

bilirrubina e eliminá-la do organismo de maneira tão eficaz quanto os bebês mais

velhos. É a chamada icterícia fisiológica, que, em geral, não causa outros

sintomas e se resolve no prazo de uma semana.

 Icterícia Do Leite Materno: ocorre em bebês amamentados, devido à baixa

ingestão de calorias ou desidratação;

 Icterícia De Hemólise: ocorre devido a doença hemolítica do recém-nascido,

quando apresenta elevada contagem de células vermelhas no sangue;

 Icterícia Hepática está relacionada a alterações no fígado que prejudicam

a capacidade de captar a bilirrubina no sangue. Normalmente, está relacionada

a hepatite, uma inflamação do fígado que o torna menos capaz de transportar a

bilirrubina para os dutos biliares.

Doenças hepáticas relacionadas ao uso abusivo de álcool também causam

icterícia hepática, já que beber grande quantidade de bebidas alcoólicas por tempo

prolongado também causa lesões no fígado, assim como o uso de medicamentos,

toxinas e produtos herbais.

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 Icterícia Relacionada Com A Função Hepática Inadequada: ocorre devido

a infecção ou outros fatores.

 Icterícia Obstrutiva acontece quando há alterações nas vias biliares que

impedem a eliminação da bilirrubina junto com a bile. Normalmente, está

relacionada a cálculos biliares, estreitamentos ou tumores nas vias biliares,

doenças autoimunes ou síndromes hereditárias.

Se as vias biliares estiverem obstruídas, a bilirrubina pode se acumular no

sangue, levando à icterícia. A icterícia em recém-nascidos pode ser apresentada

como algo fisiológico (normal) desde que isso aconteça após 24 horas de vida, ou

seja, entre segundo e terceiro dias de vida e vá melhorando entre o quinto e sétimo

dia de vida. Caso essas características não sejam seguidas, doenças deverão ser

pesquisadas a fim de se identificar a causa.

FOTOTERAPIA
A fototerapia é um tratamento que consiste na utilização de luzes ultravioletas

artificiais UVA ou UVB, que possuem acção anti-inflamatória e

imunossupressora capazes de estimular ou inibir a atividade celular, sendo esse

tratamento principalmente utilizado em recém-nascidos com icterícia, além de

também poder ser indicado no tratamento da psoríase, vitiligo ou eczema, por

exemplo.

A fototerapia também pode ser utilizada pelos fisioterapeutas para promover

o rejuvenescimento e o combate às pequenas manchas de pele que podem ser

causadas pelo sol. Nas sessões são utilizadas um tipo de luz especial, a Luz Emitida

por Diodo (LED) que estimula ou inibe a atividade celular.

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Esse tipo de tratamento é simples e não necessita de preparo, sendo apenas

indicado que a pessoa tenha os olhos cobertos durante toda a sessão. De acordo

com o objetivo do tratamento, o médico pode também indicar a utilização de

remédios para potencializar os efeitos da fototerapia.

INDICAÇÃO DA FOTOTERAPIA
A fototerapia é indicada para problemas de pele, como: Psoríase; Eczema

crônico; Linfoma cutâneo de células T ou micose fungoide; Pitiríase liquenoide

plana; Dermatite atópica; Esclerodermia; Líquen plano generalizado; Eczema

crônico; Vitiligo; Alopecia areata; Foliculite eosinofílica associada ao HIV; Urticária

crônica espontânea; Granuloma anular; Mastocitose; Erupção polimorfa à luz;

Doença do enxerto contra o hospedeiro.

Além disso, a fototerapia pode ser indicada nos casos de icterícia

neonatal ou hiperbilirrubinemia do recém-nascido, em que o bebê apresenta a pele

mais amarelada devido ao acúmulo do pigmento bilirrubina. Assim, ao realizar a

fototerapia, é possível favorecer a absorção da luz emitida pela bilirrubina,

diminuindo sua concentração no sangue do bebê. A quantidade de sessões de

fototerapia pode variar de acordo com o objetivo do tratamento e gravidade da

doença, devendo ser sempre indicado pelo médico.

FUNCIONAMENTO DA FOTOTERAPIA
A fototerapia tem acção anti-inflamatória e imunossupressora, além de ser

útil para diminuir a superprodução de células em locais específicos da pele. Por

vezes, para potencializar os efeitos da fototerapia o médico pode receitar o uso de

medicamentos como retinoides, metotrexato ou ciclosporina antes da exposição à

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luz. A realização da fototerapia consiste em aplicar uma luz com espectro de onda

adequado diretamente no local a ser tratado, sendo importante que a pessoa tenha

os olhos protegidos por um tapa olho durante todo o tratamento.

APLICAÇÃO DA FOTOTERAPIA
A fototerapia é feita com diferentes tipos de equipamentos, que emitem a luz

ultravioleta no corpo todo ou em regiões específicas da pele, conforme orientação

do dermatologista, que deve indicar o tipo de fototerapia a ser utilizada, assim como

o comprimento de onda e dose a ser aplicada. Para iniciar a fototerapia, são

necessárias algumas medidas de segurança, como utilizar óculos de proteção,

cobrir os órgãos genitais e utilizar um protetor facial, que são fornecidos pelo médico

para a realização do procedimento. Após a realização da fototerapia, é

recomendada a utilização de óculos de sol com proteção ultravioleta, e protetor solar

regularmente, especialmente nas áreas de pele expostas ao sol.

TIPOS DE FOTOTERAPIA
Existem diferentes tipos de fototerapia que podem ser feitas para problemas

de pele, sendo os principais:

 Fototerapia UVB de banda estreita: esse o tipo de fototerapia utiliza

radiação UVB, com comprimento de onda mais intensa entre 311 a 313nm, sendo

mais indicado e mais eficaz para o tratamento da psoríase em adultos. Essa

fototerapia pode ser feita somente com a aplicação da luz UVB, podendo ser nesse

caso seguro para grávidas ou crianças. Além disso, essa fototerapia pode ser feita

em associação com retinoides tópicos, corticoides ou análogos da vitamina D,

sendo neste caso contraindicada para gestantes;

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 Fototerapia UVB de banda larga: esse tipo de fototerapia é feito

aplicando luzes de radiação UVB de amplo espectro, com comprimento de

onda entre os 280-320nm. Esse tipo de fototerapia é a menos utilizada atualmente,

devido a sua menor eficácia e maior risco de efeitos colaterais;

 Fototerapia UVA com psoraleno (PUVA): é um tipo de tratamento

combinado que consiste em primeiro em tomar por via oral ou aplicar sobre a pele

uma substância chamada psoraleno, indicada pelo médico, que deixa a pele mais

sensível ao tratamento, e 2 horas depois, expor a área da pele que será tratada à

radiação UVA, indicada especialmente em caso de vitiligo, psoríase, eczema, líquen

plano ou urticária pigmentosa, por exemplo. O tipo de fototerapia deve ser indicado

pelo dermatologista, de acordo com a condição a ser tratada, tratamentos

anteriores, estágio da doença e gravidade dos sintomas.

FOTOTERAPIA NEONATAL
A fototerapia no recém-nascido, ou neonatal, é indicada nos casos de

icterícia ou hiperbilirrubinemia, que causam pele e olhos amarelados no bebê,

devido à deposição de bilirrubina na pele, que é um pigmento produzido quando os

glóbulos vermelhos se decompõem. Assim, a fototerapia permite eliminar a

bilirrubina em excesso através da urina, evitando complicações neurológicas no

bebê. Para garantir a eficácia desse tratamento, é importante que a luz emitida

tenha um comprimento de onda capaz de ser absorvido pela bilirrubina e que se

tenha atenção à concentração inicial de bilirrubina, pois dessa forma é possível

indicar a quantidade de sessões necessárias.

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EFEITOS COLATERAIS DA FOTOTERAPIA
Os efeitos colaterais que podem surgir devido à exposição à radiação

ultravioleta da fototerapia são:

Envelhecimento da pele tratada; Vermelhidão da pele, que atinge um pico

em 12 a 24 horas após o tratamento; Sensação de queimação na pele tratada; Dor,

inchaço ou formação de bolhas na área tratada; Reativação do vírus do

herpes labial; Formação de bolhas nas placas de psoríase; Pele seca ou enrugada;

Alterações na cor da pele tratada; Perda da elasticidade ou maior fragilidade da

pele. Além disso, no caso da fototerapia PUVA, também podem ocorre dor intensa

na pele, mal-estar, febre, danos no leito da unha, hemorragia ou sangramentos

debaixo das unhas, náuseas, lentigos ou ceratoses, por exemplo. Outro efeito

colateral da PUVA é o risco aumentado de desenvolver catarata, sendo por isso

recomendada a proteção com óculos especial durante o tratamento.

A fototerapia, especialmente a fototerapia PUVA, pode aumentar o risco de

desenvolvimento de câncer de pele, como o carcinoma de células escamosas ou o

melanoma, quando é utilizada por longos períodos e em comprimento de onda

inadequado, em pessoas suscetíveis, como aquelas que apresentam casos de

câncer de pele na família. O tratamento com fototerapia só deve ser feito

com indicação do dermatologista, cumprindo as suas recomendações em relação

ao número de sessões e tempo de cada uma delas para este seja um método

seguro de tratamento.

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CONTRA INDICAÇÃO DA FOTOTERAPIA
A fototerapia não deve ser realizada nas seguintes situações: Lúpus

eritematoso sistêmico (LES); Dermatomiosite; Xeroderma pigmentoso; Síndrome de

Gorlin; Síndrome de Bloom; Síndrome do nevo displásico; Albinismo; Pênfigo;

Porfiria; Histórico de melanoma; Histórico de câncer de pele não melanoma;

Condições pré-malignas da pele; Histórico de exposição ao arsênio ou radiação

ionizante; Tratamento com imunossupressores; Insuficiência hepática grave;

Fotossensibilidade; Recém-nascidos que apresentem hiperbilirrubinemia devido a

problemas nos rins ou no fígado. Além disso, a fototerapia PUVA, é contra-indicada

para crianças, mulheres grávidas ou em amamentação, ou por pessoas que tenham

catarata ou utilizam remédios como varfarina ou fenitoína.

ANOMALIAS CONGÊNITAS

As anomalias congênitas são um grupo de alterações estruturais ou

funcionais que ocorrem durante a vida intrauterina e que podem ser detectadas

antes, durante ou após o nascimento. Podem afetar diversos órgãos e sistemas do

corpo humano e são causadas por um ou mais fatores genéticos, infecciosos,

nutricionais e ambientais, podendo ser resultado de uma combinação desses

fatores. Dentre as anomalias congênitas mais comuns, encontram-

se: as cardiopatias congênitas, que são alterações na estrutura ou função do

coração; os defeitos de membros, como membros ausentes, supranumerários ou

com desenvolvimento alterado; os defeitos de tubo neural, que se relacionam a uma

falha no fechamento adequado do tubo neural embrionário, como a anencefalia e a

espinha bífida; e as anomalias cromossômicas, como a síndrome de Down.

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As anomalias estruturais podem ser divididas em quatro categorias:

 Malformação,

 Ruptura,

 Deformação

 Displasia.

A MALFORMAÇÃO acontece devido a um defeito intrínseco tecidual que

tem origem durante o desenvolvimento dos tecidos ou quando o órgao é afetado,

resultando em alterações persistentes. Nessa categoria, também são considerados

os distúrbios cromossômicos apresentados como síndrome, como a síndrome de

Down, por exemplo.

É aconselhável que todas as crianças recém-nascidas devem fazer o teste

do pezinho A RUPTURA é definida como a destruição ou alteração de estruturas já

formadas e normais, como a redução de membros causada por anomalias

vasculares, por exemplo.

A DEFORMAÇÃO pode ser entendida como uma alteração da forma,

contorno ou posição de um órgão, como o pé torto congênito.

DISPLASIA é caracterizada como a organização anormal das células nos

tecidos, levando a alterações morfológicas, o rim policístico

A maioria das mortes por Anomalias Congénitas ocorrem durante o primeiro ano de

vida, impactando na taxa de mortalidade infantil. O impacto das AC na mortalidade

infantil depende de diversos fatores, como a prevalência das anomalias, a qualidade

e disponibilidade de tratamento médico e cirúrgico, e a presença e efetividade de

medidas de prevenção primária.

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CAUSAS DAS ANOMALIAS CONGENITAS

As principais causas das anomalias são os transtornos congênitos e

perinatais, muitas vezes associados a agentes infecciosos deletérios à

organogênese fetal, tais como os vírus da rubéola, da imunodeficiência humana

(HIV), o vírus Zika, o citomegalovírus; o Treponema pallidum e o Toxoplasma gondii.

O uso de drogas lícitas e ilícitas, de medicações teratogênicas e endocrinopatias

maternas também são causas de anomalias. Estima-se que 15 a 25% ocorram

devido às alterações genéticas, 8 a 12% são causadas por fatores ambientais e 20

a 25% envolvem genes e fatores ambientais (herança multifatorial). Porém, a

grande maioria (40 a 60%) das anomalias ainda é de origem desconhecida.

Substâncias Teratogênicas pode ser definido como qualquer substância,

organismo, agente físico ou estado de deficiência que, estando presente durante a

vida embrionária ou fetal, pode produzir uma alteração na estrutura ou função da

descendência.

O álcool é outra substância que, quando consumida na gravidez, pode

ocasionar anomalias congenitas. Entre as possíveis sequelas geradas por esse

consumo, estao a Síndrome Alcoólica Fetal (SAF) e suas formas incompletas; os

defeitos congênitos relacionados ao álcool (ARBD) e as desordens de neuro

desenvolvimento relacionadas ao álcool (ARND).

Em 2010, um estudo sugeriu que o uso de antiretrovirais durante a gestação esteve

associado com o aumento dos casos de Anomalias Congenitas, sendo as

cardiovasculares e osteomusculares as mais prevalentes.

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AGENTES INFECCIOSOS DA ANOMALIAS CONGENITAS

Apesar do feto ou do embrião estar protegido pela placenta, alguns agentes

infeciosos presentes na mãe podem atingi-lo. Os defeitos induzidos por micro-

organismos diferem dos induzidos por agentes ambientais, uma vez que nem todas

as lesões aparecem no período da gestação, sendo que muitas manifestações

clínicas aparecem após o nascimento, mesmo que congenitamente adquiridas. É

importante conhecer a soro prevalência gestacional de agentes infecciosos que

possam ser transmitidos para o feto gerando anomalias.

RADIAÇÃO

A radiação, que consiste na emissão de energia sob a forma de partículas

radioativas/aceleradas a alta velocidade ou sob a forma de ondas eletromagnéticas,

existe como dois tipos: não ionizante e ionizante. A primeiro não possui energia

suficiente para separar moléculas ou remover elétron, responsáveis pela ionização

dos átomos e consequentemente responsáveis pela lesão das células humanas. Já

a segunda, possui energia capaz de afetar a estrutura normal da célula tanto direta,

como indiretamente. Como exemplo, podem ser citados os raios gama e os raios-

X, que penetram facilmente os tecidos, causando lesões orgânicas. Através do

processo chamado de ionização, a radiação ionizante interage com átomos,

podendo modificar moléculas, alterar as células, transformar tecidos, afetar órgaos

e finalmente ter repercussões sobre o normal funcionamento do organismo.

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TESTE DO PEZINHO
Exame feito a partir do sangue coletado do calcanhar do bebê e que permite

identificar doenças graves, como: o hipotireoidismo congênito (glândula tireóide do

recém-nascido não é capaz de produzir quantidades adequadas de hormônios), a

fenilcetonúria (doença do metabolismo) e as hemoglobinopatias (doenças que

afetam o sangue – traço falcêmico e doença falciforme).

Faz-se o teste do pezinho porque muitas doenças não apresentam sintomas

no nascimento e, se não forem diagnosticadas e tratadas cedo, podem causar

sérios danos à saúde, inclusive retardo mental grave e irreversível.

É aconselhável que todas as crianças recém-nascidas devem fazer o teste do

pezinho. A data ideal para a coleta de sangue é entre o 3º e 5º dia de vida do recém-

nascido.

Traço falcêmico é uma alteração herdada dos pais que afeta, diretamente,

as células do sangue. Essa alteração não é uma doença. Mas, se duas pessoas

com traço falcêmico se unem, seus filhos podem nascer com doença falciforme.

Tanto o traço quanto a doença podem ser detectados através do Teste do Pezinho.

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CONCLUSÃO

No entanto é de estrema importância evitar a morbilidade da iterícia e das

doenças congénitas no recém-nascido tento em conta as doenças adjacentes que

acometem o mesmo. Pois as contrações elevado de bilirrubina ocorre

principalmente na hepatite viral que é uma da causa mais frequente de itericia em

crianças, para tal É aconselhável que todas as crianças recém-nascidas devem

fazer o teste do pezinho, de modo a identificar possíveis doenças graves.

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REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Malformações congênitas: aspectos maternos e perinatais. Revista da AMRIGS.
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