Antimicrobianos na Clínica Equina
Inespecíficos - desinfetantes e antissépticos
Específicos - quimioterápicos e antibióticos
Medicina Veterinária: antimicrobianos específicos
usados como terapêutica, profilaxia, metafilaxia e
aditivo zootécnico (desempenho)
Profilaxia: evitar uma possível infecção (ex: pós
cirúrgico)
Metafilaxia: alguns animais do rebanho doente, e
aplica-se em todos para prevenir
Aditivo zootécnico: diminuir mortalidade e melhorar
crescimento e conversão alimentar
Bacteriostático: inibe crescimento da
(reversível)
Bactericida: efeito letal sobre a bactéria (irreversível)
Dependem da concentração do medicamento no local:
alguns bacteriostáticos possuem a CIM e precisam de
dose maior para serem bactericidas (CBM)
**CIM e CBM próximo= bactericida x CIM e CBM
distantes= bacteriostático
a. Penicilinas e Aminoglicosídeos: bactericidas
(penicilina G em baixas [] é bacteriostática)
b. Tetraciclinas e Macrolídeos: bacteriostáticos
ANTIMICROBIANO IDEAL:
Destrói microrganismo
Amplo espectro de ação contra MO patogênicos
Alto índice terapêutico
Exerce atividade mesmo com fluidos orgânicos
Não atrapalha defesas do organismo
Não produz reações de sensibilidade
Não favorece resistência bacteriana
Distribui-se por todos tecidos e liquidos em [] certa
Diferentes vias de administração
Preço acessível
** associações de antimicrobianos com sinergismo: 1) inibição
sequencial de etapas sucessivas do metabolismo da
bactéria (ex. sulfa+trimetoprima); 2) inibição sequencial da
síntese da parede celular (ex. mecilinam+ampicilina); 3)
facilitação da entrada na célula bacteriana de um
antimicrobiano por outro (ex. antibiótico
betalactâmico+aminoglicosídio); 4) inibição de enzimas
inativadoras (ex. ampicilina+ácido clavulânico); 5) CEFALOSPORINAS
prevenção do surgimento de resistência bacteriana (ex.
eritromicina+rifampicina).
**associações de antimicrobianos com antagonismo: 1)
competição pelo mesmo sítio de ação (ex. macrolídios e
cloranfenicol); 2) inibição de mecanismos
permeabilidade celular (ex. aminoglicosídios
cloranfenicol); 3) indução de betalactamases por
antibióticos betalactâmicos (ex. imipeném e cefoxitina
associados aos betalactâmicos mais antigos instáveis à
betalactamase).
SULFAS
Amplo espectro Gram + e G- > antimetabólicos nos MO
[] terapêuticas - bacteriostáticas X [] altas -
bactericidas (reações adversas)
Toxicidade seletiva ao MO - segura para animal
VIAS: VO ou tópico (evitar > alergia e não age em
sangue e pus) - apenas sulfadimidina e sulfadimetoxina
pode IV (injetável)
Velocidade de absorção intermediária em equinos
Atravessam barreiras hematencefálica e placentária
Mais eficazes no inicio da doença com dose inicial
maior que dose de manutenção
bactéria
USO EM EQUINOS: infecções secundarias do trato
respiratório, poliartrite, doença navicular em potros,
doenças do trato digestório e casco
Associação com trimetoprima (sulfadimetoxina): VO ou IV
44 A 77 mg/kg SID
QUINOLONAS
Fluorquinolonas: Enrofloxacina (2 geração)
Bactericidas > amplo espectro G+ e G-
Mais usada em bovinos que em equinos
VIAS: IM ou IV lento 2,5 a 4 mg/kg
Absorção rápida com pico de [] em 30 min em
equinos >> IV pode causar mal estar e animal cair
Ampla distribuição e baixa ligação com albuminas
Danos articulares em potros (condrotóxicas) e
contraindicado em prenhes
Não administrar com antiácidos
Infecções do sistema urinário (principalmente por P.
aeruginosa; prostatites; gastrenterite bacteriana
grave; pneumonia causada por bacilos G-; otite por
Pseudomonas; infecções dérmicas; osteomielite por
G-; meningoencefalites bacterianas e endocardite
estafilocócica - mastites e cascos em bovinos
METRONIDAZOL
Bactérias anaeróbias e protozoários
VIAS: IV ou VO 15 mg/kg TID ou 20 mg/kg BID
Rápida absorção em monogástricos e ampla
distribuição
Atravessa barreiras hematencefálicas e placentária
Necessário altas doses em equinos >> linha humana
Betalactâmicos (cefalosporinas e penicilinas)
Gram+ e Gram-
Impedem a sintese da parede celular - bactericidas
4 gerações: 3- Ceftiofur e Ceftriaxona
VIAS:
de a. Ceftriaxona: IV ou IM (dolorido) > 125 a 50 mg/kg
e BID >> infecções mais graves
b. Ceftiofur: IM 1 mg/kg SID >> seguro
Não dá resíduo em leite bovino
PENICILINAS AMINOGLICOSÍDEOS
Gram + Gram - > bactérias aeróbicas apenas
NATURAIS (principal Penicilina G ou Bactericidas [] dependente (quanto maior nível sérico
benzilpenicilinas) acima da CIM maior erradicação de bactérias)
sódica cristalina - benzilpenicilina Toxicidade e resíduos > limita utilização
inativada pela acidez estomacal - adm exclusiva Interferem na síntese proteica
parenteral Sinergismo com betalactâmicos (interferem na síntese
60% da Penicilina G se liga à proteínas plasmáticas da parede celular) > facilitam entrada
Utilizados em infecções graves
>> somente a NÃO ligada exerce função
VIAS: IV, SC ou IM > VO tem pouca absorção intestinal
antimicrobiana
Nefrotóxicos > necrose tubular aguda
DOSE: 20.000 a 60.000 UI / kg
Neomicina é o mais nefrotóxico
Formas de penicilina G:
Estreptomicina menos nefrotóxico
Penicilina G cristalina (sódica e potássica) Amicacina: 10 A 25 mg/kg SID 5 a 7 dias IV, IM, SC
VIAS: SC, IM - única que pode IV + seguro para os rins que gentamicina e mais $$
Latência de 30 min para atingir níveis Pode ser usada intra-articular
terapêuticos >> mantidos por 4 a 6h Gentamicina: 4 a 6 mg/kg SID 5 a 7 dias IV, IM, SC
Potássica: infecções mais fortes Período de carência para carne: 30 dias
Penicilina G procaína Estreptomicina: 10mg/kg SID 3 a 5 dias VO
VIAS: SC ou IM Neomicina: 4 a 12 mg/kg SID 3 a 14 dias VO
Latência de 1 a 3h para atingir níveis Período de carência para carne: 14 a 30 dia
terapêuticos >> mantidos por 12 a 24h
TETRACICLINAS
Níveis séricos mais baixos que penicilina cristalina
Principais: Oxitetraciclina (antiga terramicina) e
Penicilina de longa duração
Doxiciclina
Penicilina G benzatina
Gram + e Gram - >> amplo espectro
VIAS: SC ou IM
Bacteriostáticas > inibem síntese proteica
Latência de 8h para atingir níveis terapêuticos VIAS: IM (dor local) ou VO (pó na ração) - IV
>> mantidos 3 a 30 dias no sangue Atravessam barreira placentária e são secretadas no
Níveis séricos baixos e decaem com o passar dos leite em [] próximas às do plasma
dias >> pode ser ineficaz a depender do MO Irritação tecidual > manifestações gastrintestinais (VO)
Penicilina de longa duração e dor local na injeção (IM)
Administração IV em equinos: diluído em solução
Gentopen: Gentamicina (G-) + Penicilina potássica fisiológica com infusão lenta > pode haver reações >
(G+) >> pode administrar IV parar -- não fazer IM > pode necrosar
20.000.000 UI de penicilina Bastante usado em lutaliose e babesiose em equinos e
Ex: animal de 400kg > +- 8.000 a 12.000 UI > infecções uterinas em vacas
administrar 2 frascos/dia
Agrovet ou Pencilvet ou Agrosil: 3 penicilinas POLIMIXINA B
(cristalina, procaína e benzatina) Indicada para inativação de endotoxinas em equinos >>
6.000.000 UI > 2 frascos por vez > 4 uso sistêmico em dose abaixo da antimicrobiana
frascos/dia Gram -
Sinérgica com sulfas e trimetoprima, com rifampicina e
Diclopen: 3 penicilinas (cristalina, procaína e
com cefalosporinas
benzatina) + diclofenaco
Nefrotóxicas e neurotóxicas na administração sistêmica
10.000.000 UI de penicilina
DOSE: 1 mg/kg VO QID ou IV TID > equinos com
Benzafort: Penicilina benzatina > benzetacil
endotoxemia
1.000.000 UI de penicilina
Longa ação > animais de difícil manejo IMIPENEM
Pode repetir a cada 3 dias (se quiser) Antibiótico mais forte que existe
Vaca: descartar leite Utilizado em superbactérias