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Capítulo V

O Estado e o Direito
Subordinação do Estado ao Direito
O primeiro momento histórico de subordinação do Estado ao Direito formaliza-se com o
Estado Liberal, expressivamente designado Estado de Direito Liberal. Até ao período liberal, o
poder estadual exprimia, sem limites de outra natureza, a vontade do monarca, não existindo
subordinação ao Direito.

O fenómeno de subordinação do Estado e do poder estadual a regras e princípios jurídicos


teve manifestações prévias às revoluções liberais dos séculos XVIII e XIX.

Primeiros sinais de limitação do poder político:

 Magna Charta – 1215;


 Petition of Right – 1628;
 Glorious Revolution – 1688;
 Bill of Rights – 1689;

Mas é com as revoluções liberais francesa e norte-americana (finais século XVIII) que se
formalizam documentos escritos normativos a reconhecer direitos fundamentais aos cidadãos
em face do poder estadual e a definir as regras de constituição e funcionamento dos principais
órgãos estaduais:

Referimo-nos à Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão – 1789; e às primeiras


Constituições liberais (1822 consagrou-se a primeira Constituição portuguesa). Pela primeira
vez, o poder público autovincula-se a um conjunto de regras de organização e funcionamento.

Comum às Constituições liberais é a afirmação dos direitos fundamentais e a definição da


organização do poder estadual, subordinada a um princípio consagrado: o princípio da
separação de poderes. Este princípio reclama a distribuição das diferentes funções do Estado –
legislativa, executiva e jurisdicional – por diferentes órgãos – Parlamento, Governo e Tribunais.
Estes devem exercer os correspondentes poderes de modo independente, porventura numa
lógica de contrapoder, garantindo o equilíbrio necessário à prevenção de eventuais excessos
de poder por parte de cada um deles.

Com a subordinação da organização, do funcionamento e da atividade do Estado e do poder


político em geral a um conjunto sistematizado de regras e princípios, criado por vontade da
própria comunidade estadual, nasce o Direito Público – normas constitucionais, consagradoras
e concretizadoras do princípio da separação dos poderes, desempenham uma importante
função de limitação dos diferentes poderes estaduais.

O Estado começa a ter de se subordinar ao Direito


Princeps a legisbus soluto

O Estado tem de respeitar o Direito

Manifestações anteriores: Magna Charta1215, Petition of right 1628, Bill of rights 1689
Revoluções Liberais: Declaração dos Direitos do Homem e do cidadão 1789, e primeiras
constituições liberais

Estado tem poder limitado pelo Direito

Estado de direito liberal:

Constituições escritas : poder de criar constituição: poder constituinte; poderes criados


pela constituição: poderes constitutivos

Catálogo de direitos fundamentais

Princípio de separação de poderes

Aparecimento do direito publico: ramo autonomo do direito que concede poderes especiais
a certas entidades em prol de interesses públicos

Os poderes também passaram a estar subordinados a administração publica

Principio da legalidade da administração publica: p. da primazia e p. da precedência da lei

Aparecimento de tribunais administrativos

Principio da legalidade diz que a atuação da administração publica não pode contrariar a
lei, tem de ser realizada nos termos da lei; subdivide se na primazia de lei diz que a lei
limita a atuação da administração publica na medida em que tal atuação não pode violar a
lei; e na precencedencia de lei que em determinadas matérias relacionadas com direitos
fundamentais a lei constitui a base autorisativa da atuação do poder executivo

Separação de poderes 111º CRP e interdependência dos poderes

Controlo reciproco de poderes

Auto e heterovinculação

Estado autovincula se as constituições e as imposições consequentes

Aprofundamento da subordinação do estado ao direito

Alargamento e universalização do DF

Atribuição de novas funções sociais do estado

lei 67/2007

pp
Estado em que após se ter constatado que o estado de direito social não é eficiente para
atingir os interesses públicos e que a máquina estadual não consegue suportar todos os
custos o Estado procura agora retirar-se de certas áreas que até aí ocupava transferindo
as para outras entidades publicas e privadas

Para garantir que satisfazem estas funções foram criadas entidades publicas para
fiscalizar ; entidades reguladoras são organismos públicos independentes que vao orientar
e fiscalizar a atividade das entidades privadas quando esta interferir com áreas de
interesse publico

Princípio de Separação de Poderes

É um principio que foi afirmado num estado de direito liberal

Constituições liberais

Tem como objetivo evitar abusos de poder

Náo e um principio que implique uma separação total, absoluat doa poderes

É compatível com uma certa articulação dos poderes

Art. 111 crp interdependência dos poderes ao mesmo que separação: co-
responsabilização e controlo reciproco(checks and balances)

Principio da separação de poderes diz nos que os poderes não devem estar todos
concentrados numa única pessoa ou órgão mas antes distribuídos por órgãos diferentes
que se ficalizarão mutuamente impedindo o abuso do poder; da dimensão postivia deste
pp resulta que os poderes devem ser atribuídos aos órgãos que estejam orgânica e
procedimentalmente mais habilitados para o seu exercício; da dimensão negativa resulta
que, os poderes estando separados devem em todo o caso controlar se mutuamente.

Poder legislativo consiste na aprovação de leis numa assembleia com todos os


representantes

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