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A psicologia social busca entender o sujeito no contexto de sua vivência, ou seja, o indivíduo dentro da sociedade e
na sua interação humana. A Psicologia Social estuda a influência do contexto histórico-social e cultural no
comportamento e na subjetividade, assim como na relação entre as pessoas. Também é objeto de estudo a maneira
como a sociedade influencia nosso pensamento sem que nos dermos conta, afetando nosso comportamento. Se
preocupa com a maneira como as pessoas são influenciadas pela sua interpretação, ou constructo, do ambiente
social em que vivem.
A Psicologia Social pode ser definida como o estudo científico de como os pensamentos, os sentimentos e os
comportamentos das pessoas são influenciados pela presença concreta ou imaginada de outras pessoas.
TEORIA
Método de observação: o pesquisador pode participar de forma
participante (observação participante) ou fundir-se no meio que está
pesquisando. Ajuda a descrever o comportamento social.
Levantamento de hipóteses
- Analise documental: olhar singular dos valores de uma cultura.
Generalização
Nossos julgamentos a respeito de pessoas e nações dependem do modo como explicamos seu comportamento,
sendo válido ressaltar que isso ocorre a partir de atribuições feitas por nós nos mostrando que o fenômeno de
atribuição de causalidade nem sempre é racional, podendo muitas vezes decorrer de tendenciosidades derivadas de
aspectos emocionais, visto que sempre estamos em busca de proteger o nosso ego.
Nossas explicações à respeito dos motivos de como as pessoas agem são importantes: elas determinam nossas
reações e decisões em relação ás pessoas.
Várias tendenciosidades tem sido apontadas no processo atribuicional , dentre as quais destacaremos as seguintes:
Quando A olha para B ele não enxerga B e sim suas emoções que se voltam para o que julgamos de B.
- O que ele considera nessa teoria: a partir da análise da psicologia do “senso comum” na qual as pessoas explicam
os eventos cotidianos foi possível concluir que as pessoas tendem a atribuir o comportamento de alguém a causas
internas ( por exemplo, a disposição da pessoa) ou causas externas (por exemplo, alguma coisa na situação da
pessoa).
OBS.: Essa distinção entre causas internas e externas, muitas das vezes se torna indefinida, pois situações externas
provocam mudanças internas.
Atitudes Preconceituosas:
Atitudes Sociais – Fenômeno Psicológico
Estereótipo: Componente cognitivo (marcas, percepções) se
- Componente Emocional : Sentimentos; relaciona com contextos históricos;
TED: Chimmanda
- Única história da África; impossibilita pensar em sua cultura, seu povo, pois a única coisa que é contada é sobre a
sua pobreza, guerra e povos que não pensam por si mesmos á espera de um estrangeiro que os salvassem;
- “É assim que se cria uma única história: mostre um povo como uma coisa, como somente uma coisa repetidamente
e será o que eles se tornarão. “ – Poder: não só contar a história de uma pessoa, mas torná-la definitiva;
-“ Todas as histórias fazem quem eu sou, mas insistir somente nessas histórias negativas é superficializar minha
experiência e negligenciar as muitas outras histórias que me formaram; “
- “A única história cria estereótipos e o problema dos estereótipos não é que sejam mentira, mas são incompletos. “
- “A consequência de uma única história: ela rouba das pessoas usa dignidade, faz o reconhecimento de nossa
identidade compartilhada difícil enfatiza como somos diferentes invés de como somos semelhantes;”
- “Histórias podem ser usadas para humanizar e capacitar, histórias podem destruir a dignidade de um povo, mas
podem também reparar essa dignidade perdida.”
Bruner: A percepção envolve um ato de categorização, dependente de nossa experiência, participação na cultura e,
ainda, de nossas necessidades. (Livro: Estudos sobre a psicologia social).
O racismo é um dos modos pelo qual o Estado e as demais instituições estendem o seu poder sobre toda a
sociedade;
Dimensão do poder como elemento constitutivo das relações raciais;
Comportamentos individuais e processos institucionais são derivados de uma sociedade cujo racismo é regra
e não exceção;
Raça: relação social;
Racismo estrutural: processo político e histórico;
Preconceito não é um problema de ignorância, mas de algo que tem sua racionalidade embutida na própria
ideologia;
Ser branco e ser negro são construções sociais;
A nação é constituída por uma tecnologia de poder que se apóia em raça e gênero para estabelecer
hierarquias sociais;
O racismo não se resume a um problema de representatividade, mas é uma questão de poder real;
Focault: o racismo é uma tecnologia de poder, mas que terá funções específicas, diferente das demais de
que dispõe o Estado;
Direito seria apenas uma abstração sem o poder;
As leis são uma extensão do poder político do grupo que detém o poder institucional;
Racismo é uma relação estruturada por legalidade;
Podemos dizer que o racismo é uma forma sistemática de discriminação que tem a raça como fundamento,
e que se manifesta por meio de práticas conscientes ou inconscientes que culminam em desvantagens ou
privilégios para indivíduos, a depender do grupo racial ao qual pertençam;
A tese central é a de que o racismo é sempre estrutural, ou seja, de que ele é um elemento que integra a
organização política e econômica da sociedade. O racismo não é um fenômeno patológico, muito menos
anormal O racismo fornece o sentido, a lógica e a tecnologia para a reprodução das formas de desigualdade
e violência que moldam a vida social contemporânea;
Assim, a classificação de seres humanos serviria, mais do que para o conhecimento filosófico, como uma das
tecnologias do colonialismo europeu para a submissão e destruição de populações das Américas, da África,
da Asia e da Oceania.
Frantz Fanon ( Pele negra, máscaras brancas): O colonizado vai ter questões subjetivas de ter sido colonizado. A
humanidade foi vista nesse processo de dominação como branca, o desejo de se enbraquecer é para ser considerado
humano. O colonizador tem um sentimento de superioridade moral, intelectual e estética
A categoria raça é um jeito de dar significado as relações de poder ou de naturalizar os processos históricos,
ao criar a categoria raça entende-se que há uma superioridade moral, intelectual e estética do branco sobre
os outros grupos.
*Patologia do branco brasileiro (Guerreiro Ramos): apagar a origem negra e indígena e supervalorizar a origem
européia. Outra patologia é estudar o negro como objeto e o branco como se fosse o ser humano em si.
Intuito da teoria dos aspectos críticos da branquitude: recolocá-lo nas categorias raciais e responsabilizar o branco
também pelo racismo. Entender qual é o problema branco nas relações raciais. A identidade racial não é uma
questão de escolha e sim de classificação racial.
É a brancura da pele se apropria dos significados construídos socialmente, culturalmente sobre o que é ser branco
através da ideia de raça que foi construída no séc. XIX que são significados de beleza, inteligência, legitimidade,
humanidade. Se torna um lugar de poder e vantagem estrutural na sociedade.
TED – Djamila Ribeiro
Romper com os silêncios (intitucionais, naturalização da morte de corpos negros, silêncio em relação as
desigualdades);
O silêncio é construído por conta da determinação e imposição de uma voz única que quer falar sobre os
negros. Ter direito a voz é ter direito a humanidade ;
Os homens brancos tem o poder da fala. Norma branca e masculina. A ausência (da fala) é ideologia e
existem muitas coisas por detrás dessas ausências.
Algumas vozes colocam as mulheres negras no lugar da subalternidade ou da exotização;
Se não rompermos com os silêncios, nós estamos compactuando com esse tipo de violência. É necessário
que o sujeito privilegiado se incomode;
Se não estiver bom para todos não estará bom para ninguém – aumento da desigualdade e da
criminalização.