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Exmo Senhor
1. O arguido vem acusado da prática, em concurso real, de um crime de ofensa a pessoa coletiva,
p. e p. pelo artigo 187, do Decreto-Lei n.º 400/82, de 23 de Setembro, Aprova o Código Penal.
2. Tal acusação assenta no conteúdo do de um e-mail enviado pelo arguido para a sede da
assistente, no dia ____________(indicar dia). (Doc.º n.º____________(indicar número), junto aos
autos)
3. O arguido apenas reclamou da forma como foi efetuada a proposta de venda de material
informático e solicitou a prestação de informações adicionais.
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4. Nos termos do artigo 187.1, do Decreto-Lei n.º 400/82, de 23 de Setembro, Aprova o Código
Penal, os elementos do tipo de crime de ofensa pessoa coletiva são os seguintes:
5. No que diz respeito ao primeiro elemento, resulta inequívoco que o arguido, no e-mail em causa,
"não propalou factos inverídicos, não correspondentes à realidade", mas apenas a descrever todo o
processo a que foi submetido para aquisição do referido material informático e a solicitar
informações adicionais.
7. Nenhuns dos factos, que constam do e-mail em causa, são idóneos a produzir efeitos negativos
na credibilidade, prestígio ou confiança da assistente.
8. Em relação ao terceiro elemento, o seu preenchimento fica prejudicado pelo não preenchimento
do primeiro.
9. Conclui-se pelo não preenchimento dos elementos do tipo legal de crime de ofensa a pessoa
coletiva, p. e p. pelo artigo 187, do Decreto-Lei n.º 400/82, de 23 de Setembro, Aprova o Código
Penal, não praticando assim o arguido o crime de que vem acusado.
Termos em que e nos demais de direito requer a V.ª Exc.ª. seja declarada a abertura de instrução
e, consequentemente, proferido despacho de não pronúncia do arguido pelo crime de que vem
acusado.
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O Advogado
____________(assinatura)
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