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Linfocitos

O que são Linfócitos - definição

Os linfócitos são um tipo de células brancas do sangue (leucócitos), produzidos na medula


óssea vermelha.

Função dos Linfócitos:

- Realizar a defesa do organismo contra agentes infecciosos (vírus, bactérias, substâncias


alergênicas e outros corpos hostis que podem penetrar no corpo humano).

Características principais:

- Possuem formato esférico;

- São mononucleares (presença de apenas um núcleo);

- Possuem cor azul;


- Possuem tamanho entre 5 e 8 micrômetros;

- No corpo humano de uma pessoa saudável existem entre 1 mil e 4 mil linfócitos por mililitro de
sangue. Eles são de 20 a 30% do total de leucócitos. Quando uma pessoa está estressada ou
deprimida este número pode cair, enfraquecendo seu sistema imunológico. Por outro lado,
quando uma pessoa está com uma infecção, o número de linfócitos cresce, indício de que o
sistema imunológico está combatendo vírus ou bactérias.

Tipos de Linfócitos e suas funções:

- Linfócito T - possuem a função de fabricar os anticorpos do sangue, atuando também na


imunidade celular.

- Linfócito B - são responsáveis pelo reconhecimento dos antígenos (corpos estranhos que
entram no corpo humano). Produzem os anticorpos contra os antígenos.

- Células NK (Natural Killers) - totalizam cerca de 10% dos linfócitos presentes no sangue.
Possuem a capacidade de atacar e destruir células hostis ao corpo humano.

Curiosidade biológica:

- Para manter nosso sistema imunológico saudável devemos: ter uma alimentação saudável e
diversificada (rica em vitaminas e minerais), evitar estresse, não fumar, não abusar de bebidas
alcoólicas, dormir bem e praticar exercícios físicos regularmente (não ser sedentário).

Os linfócitos são um tipo de célula de defesa do organismo, também conhecidos como


glóbulos brancos, que são produzidos em maior quantidade quando existe uma infecção,
sendo, por isso, um bom indicador do estado de saúde do paciente. Existem dois tipos de
linfócitos, o das células B e o das células T, que exercem diferentes funções no sistema
imune.
O número de linfócitos pode ser avaliado através do exame de sangue, de forma que
quando estão aumentados é normalmente indicativo de infecção, enquanto que a
diminuição do número de linfócitos pode estar relacionada com alguma alteração na medula
óssea.

Linfócitos alterados

Os valores normais de referência dos linfócitos são entre 1000 a 3900 linfócitos por mm³ de
sangue, que representa de 20 a 50% na contagem relativa, podendo variar de acordo com o
laboratório em que o exame é feito. Quando os valores estão acima ou abaixo do valor de
referência é caracterizado um quadro de linfocitose ou linfopenia, respectivamente.

1. Linfócitos altos

A quantidade de linfócitos acima dos valores de referência recebe o nome de linfocitose e


normalmente está relacionado a processos infecciosos. Assim, as principais causas de
linfócitos altos são:

​ Infecções agudas, como mononucleose, poliomielite, sarampo, rubéola, dengue


ou coqueluche, por exemplo;
​ Infecções crônicas, como tuberculose, malária;
​ Hepatite viral;
​ Hipertireoidismo;
​ Anemia perniciosa, que é caracterizada pela deficiência de ácido fólico e
vitamina B12;
​ Intoxicação por benzeno e metais pesados;
​ Diabetes;
​ Obesidade;
​ Alergia.

Além disso, o aumento no número de linfócitos também pode acontecer devido a situações
fisiológicas, como por exemplo gestantes e lactentes, além de carências nutricionais, como
deficiência de vitamina C, D ou cálcio.

. Linfócitos baixos

A quantidade de linfócitos abaixo dos valores de referência recebe o nome de linfopenia e


normalmente é relacionada com situações envolvendo a medula óssea, como anemia
aplástica ou leucemia, por exemplo. Além disso, a linfopenia também pode ser sinal de
doenças auto-imunes, em que o próprio organismo atua contra o sistema imunológico de
defesa, como o lúpus eritematoso sistêmico, por exemplo (LES).

A linfopenia ainda pode acontecer devido à AIDS, terapia com drogas imunossupressoras
ou tratamento quimioterápico ou radioterápico, doenças genéticas raras, ou ser
consequência de situações de estresse, como pós-operatório e sobrecarga corporal, por
exemplo.

A diminuição dos valores de linfócitos pode também ser uma consequência da COVID-19,
em que a presença do vírus no organismo pode levar à destruição dos linfócitos. No
entanto, para confirmação da COVID-19 são necessários outros exames de sangue, além
de resultado positivo no teste molecular.

tipos de linfócitos

Existem 2 tipos principais de linfócitos no organismo, os linfócitos B, que são células


imaturas produzidas na medula óssea e lançadas para a corrente sanguínea para produzir
anti-corpos contra bactérias, vírus e fungos, e os linfócitos T, que são produzidos na medula
óssea mas que depois são desenvolvidas no timo até se dividirem em 3 grupos:

​ Linfócitos T CD4: ajudam os linfócitos B a eliminar infecções, sendo o primeiro


alerta do sistema imune. Normalmente estas são as primeiras células a serem
afetadas pelo vírus do HIV, sendo que em pacientes infectados o exame de
sangue indica um valor inferior a 100/ mm³.
​ ​Linfócitos T CD8: diminuem a atividade de outros tipos de linfócitos e, por isso,
encontram-se aumentados em casos de HIV;
​ Linfócitos T citotóxicos: destroem células anormais e infectadas por vírus ou
bactérias.

Porém, os testes do tipo de linfócitos, especialmente do tipo CD4 ou CD8, devem ser
sempre interpretados por um médico para avaliar se existe risco de ter HIV, por exemplo,
uma vez que outras doenças também podem provocar o mesmo tipo de alterações.

O que são linfócitos atípicos?

Linfócitos atípicos são linfócitos que apresentam forma variada e que surgem normalmente
quando há infecções, principalmente infecções virais, como a mononucleose, herpes, AIDS,
rubéola e varicela. Além do aparecimento nas infecções virais, os linfócitos atípicos podem
ser identificados no hemograma quando há uma infecção bacteriana, como a tuberculose e
a sífilis, infecção por protozoários, como a toxoplasmose, quando há hipersensibilidade a
drogas ou nas doenças auto-imunes, como no lúpus.
Normalmente a quantidade desses linfócitos volta ao normal (valor de referência dos
linfócitos atípicos é 0%) quando o agente causador da infecção é eliminado.

Esses linfócitos são considerados linfócitos T ativados que são produzidos em resposta aos
linfócitos do tipo B infectados e desempenham as mesmas funções que os linfócitos típicos
na resposta imune. Os linfócitos atípicos são geralmente maiores que os linfócitos normais
e forma variável.

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