Você está na página 1de 47

i

Manuel José Lemos Laquimane

Riscos de Incêndios: Percepção, Factores e Combate nas Organizações da


Cidade de Nampula (2015 - 2020).

(Licenciatura em gestão de Recursos Humano com Habilitações em Higiene Segurança no


Trabalho)

Universidade Rovuma

Nampula

2021
ii

Manuel José Lemos Laquimane

Riscos de Incêndios: Percepção, Factores e Combate nas Organizações da Cidade de


Nampula (2015 - 2020).

Monografia Científica apresentada a Faculdade de


Ciências Económicas e Empresariais da Universidade
Rovuma – Delegação de Nampula para obtenção do grau
académico de Licenciatura em Gestão de Recursos
Humanos com habilitações em Higiene e Segurança no
Trabalho.

Supervisor: dr. Issufo Amisse Yancubo

Universidade Rovuma
Nampula
202
iii

INDICE

LISTA DE ABREVIATURAS ............................................................................................................ v

LISTA DE TABELAS ........................................................................................................................ vi

LISTA DE FIGURAS ........................................................................................................................ vii

DECLARAÇÃO DE HONRA .......................................................................................................... viii

DEDICATÓRIA ................................................................................................................................. ix

AGRADECIMENTOS ......................................................................................................................... x

RESUMO ............................................................................................................................................ xi

CAPITULO I: INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 12

1.1. Contextualização dos Riscos de Incendio ...................................................................... 12

1.2. Objectivo do Estudo....................................................................................................... 13

1.2.1. Objectivo Geral ........................................................................................................... 13

1.2.2. Objectivos Específicos ................................................................................................ 13

1.3. Justificativa .................................................................................................................... 13

1.4. Definição do Problema .................................................................................................. 14

1.5. Hipótese de Estudo ........................................................................................................ 15

1.6. Delimitação do Estudo ................................................................................................... 15

1.7. Estrutura do Trabalho .................................................................................................... 15

CAPÍTULO II: REVISÃO DA LITERATURA ................................................................... 16

2. Conceitos de Riscos .......................................................................................................... 16

2.1. Tipos de Riscos .............................................................................................................. 18

2.3. Conceito de Organização ............................................................................................... 19

2.4. Conceito de Fogo e Incêndio ......................................................................................... 19

2.4.1. Fogo ............................................................................................................................ 19

2.4.2. Definição dos Elementos do Tetraedro do Fogo ........................................................ 20

2.4.3. Conceito de Incêndio .................................................................................................. 21


iv

2.5. Formas de Propagação do Fogo ..................................................................................... 21

2.6. Causas de Incêndio ........................................................................................................ 22

2.6.1. Fases do Incêndio ........................................................................................................ 23

2.6.2. Classes de Incêndio ..................................................................................................... 24

2.7. Métodos de Extinção do Fogo ....................................................................................... 25

2.8. Medidas de Prevenção e Combate aos Incêndios .......................................................... 25

2.9. Medidas de Proteção ...................................................................................................... 26

CAPITULO III: METODOLOGIA DE INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA .......................... 27

3.1. Tipo de pesquisa ............................................................................................................ 27

3.1.1. Quanto aos objectivos ................................................................................................. 27

3.1.2. Natureza de pesquisa................................................................................................... 27

3.1.3. Quanto a abordagem ................................................................................................... 27

3.1.4. Quanto os procedimentos técnicos ............................................................................. 28

3.1.4. Técnicas e instrumento de colecta de dados ............................................................... 28

3.1.5. População em estudo e tamanho da amostra .............................................................. 28

CAPITULO IV: APRESENTAÇÃO, ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE DADOS ...... 29

4.1. Descrição do Objeto de Estudo ...................................................................................... 29

4.2. Descrição dos Incêndios na Cidade de Nampula nos últimos 5 Anos. .......................... 30

4.3. Análise, Interpretação e Discussão de Resultados ......................................................... 32

4.4. Verificação das Hipóteses .............................................................................................. 38

CAPÍTULO IV- CONCLUSÃO E SUGESTÕES................................................................ 39

5.1. Conclusão....................................................................................................................... 39

5.2. Sugestões ....................................................................................................................... 40

6. Referencias Bibliográficas ................................................................................................ 41


Apêndice ............................................................................................................................... 43
Anexos .................................................................................................................................. 47
v

LISTA DE ABREVIATURAS

ABT – Auto Bomba Tanque

Apud – citado por

EDM – Electricidade de Moçambique

GLP – Gás Liquefeito de Petróleo

NFPA – National Fire Protection Association

P. – páginas

Pa – Participante aleatório

Pc – Participante colaborador

Pe – Participante empresário

PRM – Policia da República de Moçambique

RH – Recursos Humanos

RI – Risco de Incêndio

SCI – Segurança Contra Incêndio

SENSAP – Serviço Nacional de Salvação Pública.

Sic – erro do texto original


vi

LISTA DE TABELAS

Tabela 2: Classe de fogo e agente extintor …………………………………………………. 22

Tabela 1: Causas de Incêndio ……………………………………………………………… 21


vii

LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Ilustração de fogo ………………………………………………………………….17

Figura 2: Triângulo do fogo ………………………………………………………………17

Figura 3: Ilustração de incêndio ……………………………………………………………19

Figura 4: Ilustração de incêndio ao pé da 1ª Esquadra, 30/09/2015 …………………………28

Figura 5: Ilustração de incêndio no mercado Bombeiros, 8/06/2016 ……………………….29

Figura 6: Ilustração de incêndio no Apeadeiro, 22/06/2019 ……………………………….30

Figura 7: Ilustração de incêndio no Mavuco, 15/08/2017 …………………………………31


viii

DECLARAÇÃO DE HONRA

Declaro por minha honra que esta monografia é o fruto do meu trabalho, sob orientações do
meu supervisor, o seu conteúdo é original excepto as fontes consultadas, citadas e
apresentadas devidamente no trabalho. Declaro ainda, que este trabalho nunca foi
apresentado em nenhuma intuição para obtenção de nenhum título académico.

Autor
__________________________________
(Manuel José Lemos Laquimane)

Data: / /

Supervisor

(dr. Issufo Amisse Yancubo)

Data: / /
ix

DEDICATÓRIA

Dedico a toda minha Família, especialmente a minha esposa e meus maravilhosos filhos.
x

AGRADECIMENTOS

Quero demonstrar a minha gratidão a todos os que me possibilitaram a concretização deste


objectivo. Dentre os quais:

Primeiro gradeço a Deus por ter me guiado e iluminado o meu caminho até aqui.

O próximo agradecimento vai para minha Família, por realizarem inúmeros sacrifícios ao
longo do meu trajecto escolar e académico, contribuírem para a minha educação e estarem
sempre do meu lado, bem como incentivarem-me sempre a seguir em frente.

Ao comandante da Banda Musical da PRM de Nampula, o senhor José Albano Ronda, pelo
seu companheirismo e por ter me apoiado sempre que necessário, estando sempre ao meu lado
e, incentivando à realização deste trabalho, mesmo quando tudo parecia irremediavelmente
perdido.

Aos meus amigos, pela amizade e companheirismo ao longo deste trajecto, em especial ao
grande amigo José Gavinara Pistola Jone.

Ao dr. Issufo Amisse Yancubo, meu orientador na realização deste estudo…Pela prontidão a
ajudar, pela quantidade de conhecimentos que me transmitiu. Um verdadeiro exemplo de
rigor e profissionalismo.

À equipa docente que me acompanhou ao longo destes quatro anos de trajecto na


Universidade Rovuma.

E por final a todos aqueles que contribuíram, de forma directa ou indirecta, para que este
trabalho pudesse ser realizado.

A todos vós, o meu muito


obrigado!
xi

RESUMO

O presente tem como tema “Riscos de incêndios: Percepção, factores e combate nas
organizações da cidade de Nampula (2015 - 2020), com o objectivo de analisar as medidas de
combate dos RI na cidade de Nampula. Risco é a possibilidade de sofrer danos em contacto
com o perigo. Fogo é a consequência duma combustão, que produz calor ou calor e luz. Os
riscos podem ser biológicos, químicos, físicos, ergonómicos e psicossociais. É considerado
como RI a qualquer fogo fora do controlo por causas naturais, artificiais ou acidental. Pode-se
combater os incêndios pelo resfriamento, abafamento, isolamento e extinção química através
de vários agentes extintores que variam de categorias A,B,C, D e K. Quanto a metodologia, é
de abordagem qualitativa, objectivos exploratório, natureza aplicada, estudo de caso e
questionário para uma população de 100 e amostra de 5 organizações. O estudo concluiu que
a principal causa dos incêndios nas organizações é curto-circuito, classificado como uma
causa artificial não intencional, os principais meios de combate aos incêndios são os
extintores de incêndios, a actuação do SENSAP é considerada morosa, e em relação aos
meios de combate aos incêndios o SENSAP dispões de extintores e ABT’s. Concluiu-se
igualmente que as empresas não estão preparadas para situações de incêndios, apesar de tudo,
o SENSAP desempenha um papel importante no combate aos incêndios. São descritas como
factores de fracasso do SENSAP a falta de colaboração e em relação as características dos
incêndios decorridos no período em análise quanto ao material, foi de combustíveis sólidos e
gasosos.
Palavras-Chaves: Riscos. Incêndio. Fogo. Curto-circuito. Organização.
12

CAPITULO I: INTRODUÇÃO

Neste capítulo apresentar-se-á os elementos iniciais da pesquisa como a introdução, Objectivo


do Estudo, Justificativa, Definição do Problema, Hipótese de Estudo, Delimitação do Estudo,
e por último Estrutura do Trabalho.

1.1. Contextualização

Uma das principais etapas do desenvolvimento do homem foi a descoberta do fogo, trazendo
conforto e segurança, com o desenvolvimento das organizações, o homem passou a enfrentar
outros problemas relacionado aos riscos no ambiente do trabalho que ganharão destaque no
epicentro da era da revolução industrial no século XVIII, onde o médico Bernardino
Ramazzini, considerado o “Pai da Medicina do Trabalho”, publicou o livro: “De Morbis
Artificium Diatriba” Descrevendo com bastante profundidade as doenças relacionadas acerca
de cinquenta profissões.

O presente Trabalho tem como tema riscos de incêndios: percepção, factores e combate nas
organizações da cidade de Nampula (2015 - 2020). O risco como “elemento determinante do
objecto do contrato de seguro.” Segundo Coelho, o risco de incêndio é uma consequência
indesejável da actividade humana, uma vez que qualquer projecto de edifício terá sempre
associado a ele um certo risco de incêndio ao longo da vida útil.

Hoje na actualidade todas as organizações do mundo no geral e da cidade de Nampula em


específico, usam a electricidade o que propicia a existência de riscos de incêndios. Por isso, é
necessário a sua abordagem uma vez que, os incêndios na cidade de Nampula constituem uma
realidade, nos últimos anos a cidade registou efeitos negativos relacionados aos incêndios
ocorridos num restaurante próximo da 1ª Esquadra no dia 30/09/2015, no mercado dos
Bombeiros no dia 08/11/2016, no Mavuco no dia 15/08/2017 e Apeadeiro no dia 25/06/2019.
Por tanto, isso constitui uma preocupação e necessidade de realização do estudo.

Os riscos estão presentes em todas as organizações e num mundo globalizado onde há


necessidade de uso de vários equipamentos, o consumo da rede eléctrica cresceu
consideravelmente elevando de igual modo a existência de riscos eléctricos nas organizações
da cidade de Nampula em particular sem descriminação do tipo de actividade. É importante o
estudo do tema, uma vez que, temos poucas oportunidades de vermos temas relacionados com
incêndios, daí que, este, vai ajudar-nos a reflectir sobre maus hábitos que temos quando se
trata de fogo.
13

1.2. Objectivo do Estudo

No final, esses objectivos devem ser reflexos na pesquisa, com isso, o autor ainda esclarece
que podem ser gerais e específicos.

1.2.1. Objectivo Geral

Analisar as medidas de combate dos riscos de incêndios nas organizações da cidade de


Nampula.

1.2.2. Objectivos Específicos

 Conhecer a percepção das medidas de combate dos riscos de incêndios nas


organizações da cidade de Nampula;
 Identificar os principais factores que contribuem para a ocorrência dos incêndios nas
organizações da cidade de Nampula;
 Explicar as principais medidas de combate dos riscos de incêndios utilizadas nas
organizações da cidade de Nampula.

1.3. Justificativa

Nos dias actuais o curto-circuito é apontado como a principal causa dos incêndios nas
organizações públicas assim como privadas, residências e estabelecimentos públicos e de
lazer, isso tudo acontece por deficiência nas instalações eléctricas, falta de vistoria periódica,
excesso de sobrecarga de electrodomésticos ligados simultaneamente.

Por outro lado o fogo se propaga gerando incêndio por falta de instalação de extintores nas
organizações, por falta de capacitação dos colabores que se encontra na organização. Visto
que na medida que dá início a um incêndio, o colaborador ao invés de pegar no extintor e
eliminar o fogo, ele se intimida por falta de conhecimento no manuseamento do extintor e
foge, dai que, o fogo se descontrola e gera incêndio, destruindo tudo quando for necessário.

Na perspectiva pessoal, a escolha do tema não foi por acaso, mas sim, pelo facto de que, tem
que ser visto com grande importância o estudo sobre incêndios, uma vez que este, ceifa vidas,
destrói infra-estruturas, cria lutos nas famílias, retarda o desenvolvimento socioeconómico,
aumenta o índice de desemprego na comunidade.

Na perspectiva profissional, este tema é de maior relevância na área de Recursos Humanos,


visto que, um gestor de recursos humanos dentro da organização lida com diferentes tipos de
pessoas e comportamentos e atitudes diferentes, daí que é imperioso o gestor incutir alguns
14

conhecimentos básicos aos seus colaboradores a respeito sobre os impactos dum suposto
incêndio dentro da organização.

Na perspectiva académica científica, o tema é de grande relevância e vai contribuir para o


desenvolvimento da área de higiene segurança no trabalho, tanto para cidade de Nampula
como para todo o País, uma vez que há poucos estudos sobre o fenómeno, não só, como
também o tema vai contribuir no combate aos incêndios que vem sendo intensificados nos
últimos cinco anos, o estudo vai trazer abordagens locais sobre a problemática. Na índole
social, o estudo também vai trazer grandes ganhos no sentido de sensibilizar a população a
reconhecer e combater os incêndios.

Espera-se com resultados do presente estudo, mostrar as organizações públicas e privadas


bem como a sociedade no geral da cidade de Nampula a saberem lidar e com os incêndios e
chamar atenção aos patronatos a adoptarem as medidas de combate aos incêndios. Por outro
lado, espera- se também que o estudo seja uma referência para trabalhos académicos,
revisões, e convida-se a pesquisadores, leitores na análise crítica dos resultados deste estudo e
que seja base também para o desenvolvimento de outros estudos semelhantes.

1.4. Definição do Problema

Em Moçambique, o fenómeno dos incêndios nas organizações é uma realidade, as províncias


mais afectadas nos últimos anos é a cidade de Maputo e Nampula, enquanto outras cidades
registam menor ocorrência deste fenómeno, dos incêndios que tem acontecido na cidade de
Nampula são atribuídos varias causas.

Na cidade de Nampula, muitas organizações estão desprecavidas de medidas de combate de


riscos de incêndios, outras até só pela vista vê-se instalações eléctricas defeituosa, a demais
não fazem revisão das instalações eléctricas periodicamente, levando com que estes factores
causem incêndios no seio delas.

Por outro lado nos últimos tempos a corrente eléctrica fornecida pela Empresa EDM, chega
aos seus consumidores defeituosamente oscilando dum lado para outro, criando assim
condições apropriadas para a ocorrência dos incêndios nas organizações. Sem deixar também
de referir que condições climáticas também fazem parte dos factores que influenciam para
ocorrência dos incêndios nas organizações.

Assim, lança-se a seguinte questão: Qual é a principal causa para a ocorrência dos
incêndios nas organizações da cidade de Nampula?
15

1.5. Hipótese de Estudo

Para responder ao problema da pesquisa apresenta-se as seguintes hipóteses:

Hipótese 1: A principal causa para a ocorrência dos incêndios nas organizações da cidade de
Nampula é de origem natural. O incêndio é originado em razão dos fenómenos da natureza,
que agem por si só, completamente independente da vontade humana.

Hipótese 2: A principal causa para a ocorrência dos incêndios nas organizações da cidade de
Nampula é de origem artificial acidental. O incêndio é proveniente do descuido do homem,
muito embora ele não tenha intenção de provocar o acidente. Esta é a causa da maioria dos
incêndios

Hipótese 3: A principal causa para a ocorrência dos incêndios nas organizações da cidade de
Nampula é de origem artificial proposital. O incêndio tem origem criminosa, ou seja, houve a
intenção de alguém em provocar o incêndio.

1.6. Delimitação do Estudo

Logo, o presente projecto de pesquisa realizar-se-á na província de Nampula no ano de 2015-


2020, área de actuação em recursos humanos com foco nos riscos de incêndio.

1.7. Estrutura do Trabalho

O presente projecto encontra-se estruturando em três capítulos. O primeiro Capítulo constitui


a introdução, os objectivos do estudo, a justificativa, define o problema da pesquisa, as
hipóteses teóricas, e, por fim a delimitação do Estudo.

O Segundo Capítulo, compreende a revisão de literatura, através da qual, se apresenta vários


conceitos e o enquadramento legal sobre a temática de Segurança Contra Incêndio.

O Terceiro Capítulo finalmente, apresenta de forma detalhada a metodologia adoptada na


realização da pesquisa.
16

CAPÍTULO II: REVISÃO DA LITERATURA

Neste capítulo abordaremos sobre conceitos de riscos, tipos de riscos, conceito de


Organização, Conceito de fogo e incêndio, Formas de propagação do fogo, Fases do Incêndio,
Causas de incêndio, Métodos de extinção do fogo e Classes de incêndio.

2. Conceitos de Riscos

O trabalho em condições degradantes, que era desempenhado por homens, mulheres, idosos e
crianças agravou as condições desumanas de trabalho, a falta de experiencia, formação e
desconhecimento de novas formas de trabalho e novos materiais e a aglomeração de pessoas
possibilitou a ocorrência de incêndios, explosões, intoxicação por gases, inundações e
desmoronamento, a exploração de mão-de-obra infantil, também eram comuns as doenças
ocupacionais e acidentes de trabalho. Apartir desse ponto, vários estudos foram realizados
para compreender tais fenómenos até então desconhecidos.

De acordo com Slovic (2002) a temática do risco é abordada desde as décadas 70 e 80, onde
investigadores estudaram o risco intensivamente e desde várias perspectivas. Porém este
conceito, esteve ligado às actividades do ramo financeiro (risco financeiro) e aquelas
directamente relacionadas ao extrativismo (risco ambiental). A partir dos anos 1990 começou-
se a disseminar os conceitos de riscos corporativos de forma mais abrangente do que havia-se
pretendido até o momento.

Com regras empresariais mais rigorosas, em um ambiente competitivo torna-se necessário o


surgimento de novas alternativas de gerenciamento das corporações. Neste contexto, o risco
passou a ser objecto de estudo e controle nas corporações que pretendiam melhorar seus
processos produtivos e consequentemente gerar incrementos em sua lucratividade.

A expansão conceitual do risco pode ser compreendida de diversas formas. Para Cocurullo
(2003) um dos conceitos aplicáveis a risco encontra-se na existência de situações que possam
impedir o alcance dos objectivos corporativos ou a não-existência de situações consideradas
necessárias para chegar a tais objectivos. (p.71)

Nisto, a visão do autor não limita o risco ao campo financeiro, pois no mundo corporativo os
objectivos são estabelecidos em diversos aspectos e deverão ser alcançados pelas diversas
áreas que compõem a empresa. Assim tem-se que risco é toda inconformidade com os
objectivos anteriormente traçados pela administração da empresa. Na mesma década, e de
acordo com Solomon e Pringle (1981) citado por Fortunato (2013), o conceito de risco é
17

definido como o grau de incerteza que se tem em relação a um evento, e, onde haverá
incerteza, haverá sempre um risco associado.

Segundo Kumamoto e Henley (1996), o conceito de risco tem várias implicações, pois
algumas pessoas definem o risco de forma diferente de outras. Esta discordância gera
confusão no campo da avaliação e da gestão do risco. Os autores defendem que as definições
de dicionário não são suficientemente precisas para avaliação e gestão do risco.

Segundo Modarres, Kaminskiy e Krivtsov (1999), o risco pode ser definido como o
potenciador da perda, resultante da exposição ao perigo. Segundo os mesmos autores, o risco
pode ser visto de forma qualitativa e quantitativa. Qualitativamente, quando há uma fonte de
perigo sem que exista protecção face à exposição ao perigo, que por sua vez possibilita perda
ou dano. Esta possibilidade é designada por risco. A análise quantitativa do risco envolve
estimativas dos graus ou probabilidade de perdas. Esta análise de risco está relacionada com o
conceito de probabilidade de ocorrência do perigo.

Para Kochen (2009), o risco é o evento ou condição incerta, que poderá ter efeitos positivos
e/ou negativos. Quando tem efeitos positivos, é usualmente designado de sorte.
Na perspectiva de Brito (2002) o risco compreende “ a possibilidade de um evento, que nos
afecte negativamente acontecer”(p.3).

Este conceito foca o risco sob o aspecto negativo de seus impactos, neste mesmo sentido, de
acordo com Santos (2002). “ Risco é o grau de incerteza em relação à possibilidade de
ocorrência de um determinado evento, o que, em caso afirmativo, redundará em prejuízos.
Assim, risco é a possibilidade de perda decorrente de um determinado evento”. (P. 23)

Portanto, para estes autores o risco está ligado a eventualidades no ambiente empresarial com
consequências negativas ao resultado económico da entidade. De acordo com Campos (2011),
O risco define-se como a probabilidade de ocorrência de uma falha na operacionalidade do
sistema, podendo a partir dessa falha serem estudadas as suas consequências negativas e
indesejadas. A definição de risco assume um papel importante no conhecimento das áreas
críticas, onde existe uma maior necessidade de investimento na de segurança. Deve ser uma
análise cuidada, tendo em atenção que uma probabilidade baixa pode ser associada a um
elevado risco e uma probabilidade alta a um risco baixo.

Dos vários conceitos acima mencionados, o presente trabalho se assenta no conceito de


Kochen (2009), que conceitualiza o risco como sendo é o evento ou condição incerta, que
18

poderá ter efeitos positivos e/ou negativos. Que quando tem efeitos positivos, é usualmente
designado de sorte. Na minha percepção o risco é a probabilidade de concretização do dano
em função das condições de utilização, exposição do trabalho que apresente perigo.

De acordo com as normas BS OHSAS 18000 (2007), Perigo é a propriedade intrínseca de


uma instalação, actividade, equipamento, um agente ou outro componente material do
trabalho com potencial para provocar dano, ou seja é qualquer elemento material ou imaterial
com capacidade para provocar danos as pessoas e ao património.

2.1. Tipos de Riscos

Os riscos no ambiente laboral podem ser classificados em cinco tipos, de acordo com Miguel
(2008 apud Yancubo, 2017: 23). Estes podem ser:

Riscos físicos – são as diversas formas de energia a que possam estar expostos os
trabalhadores, tais como: ruído, calor, frio, pressão, humidade, radiações ionizantes e não-
ionizantes, vibração, etc.

Riscos biológicos - Consideram-se como agentes de risco biológico as bactérias, vírus,


fungos, parasitos, entre outros.

Riscos ergonómicos - factor que possa interferir nas características psicofisiológicas do


trabalhador, causando desconforto ou afectando sua saúde. Exemplos: o levantamento de
peso, ritmo excessivo de trabalho, monotonia, repetitividade, postura inadequada de trabalho,
etc.

Riscos químicos – resultante de substâncias, compostos ou produtos que possam penetrar no


organismo do trabalhador pela via respiratória, nas formas de poeiras, fumos gases, etc.

Riscos psicossociais – resultante de fadiga, stress, monotonia, atendimento ao público,


assédio e violência sexual no trabalho.

Neste trabalho vamos destacar os riscos físicos de origem elétrica (riscos de incêndio). O risco
de incêndio é uma consequência indesejável da actividade humana, uma vez que qualquer
projecto de edifício terá sempre associado a ele um certo risco de incêndio ao longo da vida
útil.

Segundo Coelho, o risco de incêndio envolve um conjunto de factores extremamente diversos,


dos quais se destacam os seguintes:

 Probabilidade esperada de ocorrência de um determinado cenário de incêndio;


19

 Grau esperado de exposição a esse cenário,


 Maior ou menos capacidade potencial de afetação que o cenário pode apresentar.

2.3. Conceito de Organização


As organizações podem ser definidas “como conjunto de pessoas que trabalham de forma
coordenada para atingir objectivos comuns” (Cunha, Rego, Cunha & Cardoso, 2007),
envolvendo distribuição de tarefas e atribuição de responsabilidades. (p. 38).

Uma organização é formada pela soma de pessoas, máquinas e outros equipamentos, recursos
financeiros e outros. E estas organizações esto expostas a todos tipos de riscos, de acordo com
o tema do estudo, as organizações da cidade de Nampula assim como qualquer organização é
exposto de riscos físicos de origem de incêndio devido a vários factores, tendo o princípio que
todas usam a corrente eléctrica, logo, o risco de incêndio é uma realidade.

2.4. Conceito de Fogo e Incêndio

De acordo com Chiavenato (1999), a Segurança Contra Incêndio (SCI) é uma especialidade
de uma área de Gestão que se ocupa da preservação da integridade física humana e do
património, designada Segurança no Trabalho, a qual se refere a um “conjunto de medidas
técnicas, educacionais, médicas e psicológicas utilizadas para prevenir acidentes, quer
eliminando as condições inseguras do ambiente, quer instruindo ou convencendo as pessoas
sobre a implantação de praticas preventivas”.

2.4.1. Fogo
De acordo com Seito (2008) a Norma Internacional – ISO 8421-1 define o fogo como um “
processo de combustão caracterizado pela emissão de calor acompanhado de fumaça, chama
ou ambos” (p.35). Pode-se definir o Fogo como a ‘‘consequência de uma reação química de
nominada combustão, que produz calor ou calor e luz’’ (Girão 2014:4).

Figura 1: Ilustração de fogo Figura 2: Triângulo do fogo

Fonte: Simiano e Baumel, 2013 Fonte: Girão, 2014


20

Para facilidade de compreensão, o fogo é representado simbolicamente por um triângulo, ao


qual denominamos "triângulo do fogo". A existência do fogo está condicionada à presença
desses três elementos em condições favoráveis. Durante a reacção, isto é, durante a queima,
há desprendimento do calor e luz, continuamente. (Vivian 2016:3).
Os processos de combustão, embora muito complexos, eram representados por um triângulo,
em que cada um dos seus lados representava um dos três factores essências para a deflagração
de um fogo: combustível, comburente e calor. (Rosa, 2015:10). Esta representação foi aceita
durante muito tempo, não obstante fenómenos anómalos não podiam ser completamente
explicados com base neste triângulo.

Para poder explicar tais fenómenos, foi necessário incluir um quarto factor: a existência de
reacções em cadeia. Por essa razão, foi proposta uma nova representação em forma de
tetraedro que compreende as condições necessárias para que se dê origem ao fogo. A razão
para empregar um tetraedro e não um quadrado é que cada um dos quatro elementos está
directamente adjacente e em conexão com cada um dos outros três. Ao retirar um ou mais dos
quatro elementos do tetraedro do fogo, este ficará incompleto e, por consequência o resultado
será a extinção.

2.4.2. Definição dos Elementos do Tetraedro do Fogo


 Combustível
Segundo Vivian (2016) combustível é “toda substância capaz de queimar e alimentar a
combustão” (p.4). Os combustíveis dividem-se em três grupos, de acordo com o estado físico
em que se apresentam:
 Combustíveis Sólidos:
A maioria dos combustíveis sólidos transforma-se em vapores e, então, reagem com o
oxigénio, exemplos: madeira, papel, plástico, ferro, etc.
 Combustíveis Líquidos:

Tem algumas propriedades físicas que dificultam a extinção do calor, aumentando o perigo.
Os líquidos assumem a forma do recipiente que os contém, é importante notar também que a
maioria dos líquidos inflamáveis são mais leves que a água, e portanto, flutuam sobre esta.

Outra propriedade a ser considerada é a sua volatilidade, que é a facilidade com que os
líquidos liberam vapores, também é de grande importância, porque quanto mais volátil for o
líquido, maior a possibilidade de haver fogo ou mesmo explosão.
21

 Combustíveis Gasosos:

Os gases não têm volume definido, tendendo, rapidamente, a ocupar todo o recipiente que
estão envolvidos.
 Oxigénio (Comburente):
É o elemento que possibilita vida às chamas e intensifica a combustão. O mais comum na
natureza é o oxigénio, encontrado na atmosfera a 21%. Composição do ar: 21% oxigénio,
78% Nitrogénio e 1% outros gases.
 Fonte de calor:
Calor é uma forma de energia que eleva a temperatura, gerada da transformação de outra
energia, através de processo físico ou químico. Pode ser descrito como uma condição da
matéria em movimento, isto é, movimentação ou vibração das moléculas que compõem a
matéria.
 Reacção em cadeia:
A reacção em cadeia torna a queima auto-sustentável. O calor irradiado da chama atinge o
combustível e este e decomposto em partículas menores, que se combinam com o oxigénio e
queimam, irradiando outra vez calor para o combustível, formando um círculo constante.

2.4.3. Conceito de Incêndio


De acordo com Girão (2014) o incêndio “é o fogo que foge ao controle do homem, destrói
vidas humanas e bens patrimoniais.”(p.4). Isso significa que o incendio é todo fogo ano
controlado, seja provocado pelo homem ou outras causas naturais.
Figura 3: Ilustração de incêndio

Fonte: Girão, 2014.

2.5. Formas de Propagação do Fogo

É de importância indiscutível nos trabalhos de extinção ou nos trabalhos de prevenção, o


conhecimento das maneiras que o calor poderá ser transmitido. As formas de transmissão de
calor de um corpo para o outro ou para um meio, são: condução, convecção e irradiação. Cabe
22

ressaltar que, em algumas situações, podemos ter mais de uma forma de propagação
envolvida na transmissão do fogo, como por condução, convecção e irradiação.

 Condução

É a forma pela qual o Calor é transmitido de corpo para corpo ou em um mesmo corpo, de
molécula para molécula. Um bom exemplo é quando acendemos um fósforo e percebemos
que o fogo vem consumindo a madeira do palito de forma gradual, ou seja, molécula a
molécula.

 Convecção

Ocorre quando o calor é transmitido através de uma massa de ar aquecida, de um ambiente


para o outro, por meio de compartimentações.
Como exemplo temos algumas situações em que um ambiente de um edifício está em chamas
e, em minutos, outro edifício que não tem ligação directa, nem elemento físico os ligando,
também começa a pegar fogo. Isso geralmente ocorre pela transmissão de calor por massa de
ar aquecida.

 Irradiação

É a transmissão do calor por meio de ondas caloríficas através do espaço. Um bom exemplo é
a transmissão de calor do sol para a terra, através dos raios solares.

2.6. Causas de Incêndio

As causas dos incêndios são inúmeras devido a complexidade das organizações, contudo elas
várias de acordo com tipo de actividade, organização e factores naturais e ou humanos, no
geral as causas dos incêndios são classificadas de acordo com Rosa (2015), nesse sentido,
apresenta-se a seguinte tabela que resume as causas dos incêndios.

As mesmas causas dos incêndios são descritas por Miguel (2012), este autor, esclarece que os
incêndios podem ser provocado por instalações defetuosas, causas naturais ou pelo
comportamento do próprio homem, no que se refere a organizações formais ou informais.
Assim, em virtude das causas acima apresentadas, destacam-se, vide a tabela 1:
23

Tabela 1: Causas de Incêndio

Causas Descrição

Quando o incêndio é originado em razão dos fenómenos da natureza, que agem


Naturais
por si só, completamente independente da vontade humana.

Artificiais: Acidentais e Quando o incêndio irrompe pela acção directa do homem, ou poderia ser por ele
Propositais evitado tomando-se as devidas medidas de precaução.

Quando o incêndio é proveniente do descuido do homem, muito embora ele não


Acidental
tenha intenção de provocar o acidente. Esta é a causa da maioria dos incêndios.

Quando o incêndio tem origem criminosa, ou seja, houve a intenção de alguém


em provocar o incêndio.

Exemplos de origens: Fogos de Artifícios; Velas, lamparinas, iluminação à


Proposital
chama aberta sobre móveis; Aparelhos electrodomésticos / Instalações Eléctricas
Inadequadas; Pontas de Cigarros e Vazamento de Gás Liquefeito de Petróleo
(G.L.P.)

Fonte: Rosa, 2015.

2.6.1. Fases do Incêndio

Se o fogo ocorrer em área ocupada por pessoas, há grandes chances de que o fogo seja
descoberto no início e a situação resolvida. Mas se ocorrer quando a edificação estiver deserta
e fechada, o fogo continuará crescendo até ganhar grandes proporções. (Vivian, 2016:6).

O incêndio pode ser melhor entendido se estudarmos seus três estágios de desenvolvimento,
que são:

 Fase Inicial

É a fase em que grande parte do calor está sendo consumido no aquecimento dos
combustíveis. A temperatura do ambiente, neste estágio, está ainda pouco acima do normal. O
calor está sendo gerado e evoluirá com o aumento das chamas.

 Queima Livre

É a fase em que o ar, em virtude do suprimento de oxigénio, é conduzido para dentro do


ambiente pelo efeito da pressão negativa provocada pela convecção, ou seja, o ar quente é
expulso do ambiente para que ocupe lugares mais altos, enquanto o ar frio é “puxado” para
dentro, passando pelas aberturas nos pontos mais baixos do ambiente.
24

 Queima Lenta

Consumo das fases anteriores torna o comburente insuficiente para manter a combustão plena,
então, caso não haja suprimento suficiente de ar (ou de aberturas para que ele entre), as
chamas podem deixar de existir. Com a concentração de oxigénio entre 0% e 8%, o fogo é
reduzido a brasas.

2.6.2. Classes de Incêndio

Visando obter maior eficiência nas acções de combate a incêndio, tornando-as mais objectivas
e seguras com o emprego do agente extintor correto, os incêndios foram classificados de
acordo com o material combustível neles envolvidos. Essa classificação foi elaborada pela
NFPA (National Fire Protection Association), uma associação norte-americana. (Rosa,
2015:18). As classes foram divididas desta maneira para facilitar a aplicação e utilização
correta do agente extintor correto para cada tipo de material combustível.

Tabela 2: Classe de fogo e agente extintor

Classe Tipo de fogo Exemplos Tipo de agente extintor

Fogos que resultam da


combustão de madeira Madeira, carvão, papel, Água Espumas Pó
A
sólidos, geralmente de matéria têxtil, etc. Químico Seco ABC
natureza orgânica
Éteres, álcoois, acetona,
Fogos que resultam da Espuma Pó Químico BC
vernizes, gasolinas,
B combustão líquida ou e ABC Dióxido de
gasóleos, ceras, pomadas,
sólidos liquidificáveis Carbono.
etc.

Fogos que resultam da Metano, propano, etano, Pó Químico BC e ABC


C
combustão de gases butano, acetileno, etc. Dióxido de carbono.

Sódio, potássio, Pó Químico seco


Fogos que resultam da
D magnésio, urânio, apropriado a cada tipo
combustão de metais
zircónio, etc. de produto

Fonte: Rosa, 2015.


25

2.7. Métodos de Extinção do Fogo

A extinção de um incêndio corresponde sempre em extinguir a combustão pela eliminação ou


neutralização de pelo menos um dos elementos essenciais da combustão representados pelo
tetraedro do fogo (Rosa, 2015:20).

De acordo com Simiano e Baumel, (2013), dizem que, considerando a ‘‘teórica básica do
fogo, concluem que o fogo só existe quando estão presentes, em proporções ideais, o
combustível, o comburente e o calor, reagindo em cadeia’’ (p.11). Todavia, calcado nesses
conhecimentos, concluo que, quebrando a reacção em cadeia e isolando um dos elementos do
fogo, teremos interrupção da combustão. Para os autores acima, existem 4 método de extinção
do fogo que são:

 Extinção por resfriamento - Este método consiste na diminuição da temperatura e,


consequentemente, na diminuição do calor. O objectivo é fazer com que o combustível
não gere mais gases e vapores e, finalmente, se apague. O agente resfriador mais
comum e mais utilizado é a água.
 Extinção por abafamento - Método de extinção de incêndio que consiste na redução
da concentração do oxigénio tornando a mistura pobre ou da retirada de Oxigénio,
pela aplicação de um agente extintor, que deslocará o ar da superfície do material em
combustão.
 Extinção isolamento - O isolamento visa atuar na retirada do combustível da reação.
Existem duas técnicas que contemplam esse método: Através da retirada do material
que está queimando; Através da retirada do material que está próximo ao fogo e que
deverá entrar em combustão por meio de um dos métodos de propagação.
 Extinção química - Método de extinção de incêndio que consiste em aplicar agentes
extintores que interferem com certos radicais livres que alimentam a combustão,
provocando a quebra da reacção química, o que impede que o incêndio tenha
continuidade.

2.8. Medidas de Prevenção e Combate aos Incêndios

As medidas de prevenção e combate aos incêndios visam limitar os riscos de ocorrência de


incêndios. Abaixo seguem-se algumas medidas preventivas.

 Assegurar a ventilação geral ou a aspiração localizada em locais ou pontos onde haja


o risco de formação acidental de certos locais ou zonas de perigo;
26

 Assegurar a refrigeração ou ventilação de certos ambientes, cujo aquecimento pode


constituir um risco de incêndio;

 Fazer um dimensionamento correto e manutenção das instalações eléctricas, evitando


desse modo a ocorrência de curto-circuitos;
 Observar rigorosamente as normas aplicáveis à segurança de instalações eléctricas;
 Ter cuidado ao ligar mais de um aparelho eléctrico na mesma tomada, porquanto se a
corrente eléctrica estiver acima do que a fiação suporta, pode ocorrer um
superaquecimento dos fios, causando desse modo curto-circuito;
 Não utilizar fios eléctricos descascados ou estragados, pois o seu contacto pode
provocar curtos-circuitos e faíscas, capazes de ocasionar incêndio e não fazer
ligações improvisadas.

2.9. Medidas de Protecção

As medidas de protecção contra o incêndio são criadas com a finalidade de minimizar os


danos ou consequências decorrentes de um eventual incêndio, limitando seu crescimento e sua
propagação para outros ambientes, assim como propiciando condições de combate às chamas
e/ou da sua (auto) extinção. Elas dividem-se em dois tipos: protecção passiva e protecção
activa.

 Medidas de protecção passiva

Igualmente designadas Medidas de protecção estrutural, estas podem ser definidas como um
“conjunto de peças e elementos construtivos de um edifício, os quais (sic), sob a forma de
controlo passivo, vão constituir uma barreira ao avanço do fogo, confinando-o a um sector e
limitando as consequências do mesmo ” (Miguel,2005:136).

 Medidas de protecção activa

Diferentemente das medidas de protecção passiva acima descrita, a protecção contra incêndio
pode ser assegurada através das medidas de protecção activa as quais consistem num conjunto
de meios (equipamentos e sistemas) que são accionados, quer manual ou automaticamente,
para funcionar em situação de incêndio. As medidas de protecção activa compreendem os
seguintes tipos de instalações fixas de combate a incêndio: Equipamentos de extinção,
sistemas de detecção e alarme, sinalização de equipamento de combate a incêndios.
27

CAPITULO III: METODOLOGIA DE INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA

Neste capítulo, abordar-se-á sobre tipos de pesquisa e a sua natureza, técnicas e instrumentos
de colecta de dados, população em estudo, amostra e análise e interpretação dos dados.

3.1. Tipo de pesquisa

3.1.1. Quanto aos objectivos

Neste trabalho, assenta-se no tipo de pesquisa exploratória, que segundo Gil (2008) “Pesquisa
exploratória são desenvolvidas com o objectivo de proporcionar visão geral, de tipo
aproximativo, acerca de determinado facto. Este tipo de pesquisa é realizado especialmente
quando o tema escolhido é pouco explorado” (p.27).

Contudo, muitas vezes pesquisas exploratórias são estudos preliminares que envolve o
levantamento bibliográfico e entrevistas com pessoas que tiveram experiências práticas com o
problema pesquisado de modo a proporcionar maior familiaridade com o problema, torna-lo
explícito.

3.1.2. Natureza de pesquisa

Esta é uma pesquisa aplicada, aquela que objetiva gerar conhecimentos para aplicação prática
e dirigidos à solução de problemas específicos. Envolve verdades e interesses locais.

3.1.3. Quanto a abordagem

Esta é uma pesquisa qualitativa, considera que há uma relação dinâmica entre o mundo real e
o sujeito, isto é, um vínculo indissociável entre o mundo objectivo e a subjectividade do
sujeito que não pode ser traduzido em números.

A interpretação dos fenómenos e a atribuição de significados são básicas no processo de


pesquisa qualitativa. Não requer o uso de métodos e técnicas estatísticas. O ambiente natural é
a fonte directa para colecta de dados e o pesquisador é o instrumento-chave. É descritiva. Os
pesquisadores tendem a analisar seus dados indutivamente. O processo e seu significado são
os focos principais de abordagem.

Todavia, no presente trabalho assenta-se na pesquisa qualitativa, onde o autor deslocar-se-á ao


SENSAP, para fazer estudos através dos relatórios de casos de incêndios dos últimos 5 anos
que será facultado pela entidade em referência.
28

3.1.4. Quanto os procedimentos técnicos

Considerando que as pesquisas quanto aos procedimentos podem ser de carácter bibliográfica,
documental, experimental, levantamento, estudo de caso entre outros. Esta é uma pesquisa do
tipo estudo de caso, descrita como aquela que envolve o estudo profundo e exaustivo de um
ou poucos objectos de maneira que se permita o seu amplo e detalhado conhecimento.

3.1.4. Técnicas e instrumento de colecta de dados

No espaço relativo à actividade de recolha de dados, recorreu-se a entrevista não estruturada


ou despadronizadas e análise documental.

As entrevistas não estruturadas são radicalmente opostas às entrevistas estruturadas. O


entrevistador não possui um conjunto especificado de questões e nem as questões são
perguntadas numa ordem específica.

3.1.5. População em estudo e tamanho da amostra

Assim sendo a presente pesquisa foi desenvolvida essencialmente na cidade de Nampula e foi
constituída por um universo de 30 organizações no círculo dos incêndios dos últimos 5 anos.

Amostra é composta por 10 organizações circunvizinhas dos focos dos incêndios, na qual, são
entrevistados 35 participantes, dos quais 5 empresários 5 agentes do SENSAP, 10
colaboradores das respectivas organizações e 15 participantes aleatórios.

É uma amostra combinada, pois pela natureza do estudo optou-se por uma amostra não
probabilística intencional, aquela que o pesquisador determina de forma intencional os
participantes necessários para a pesquisa, nesse caso os 5 empresários e os 10 colaboradores.

Também é uma amostra aleatória simples, aquela que da possibilidade de qualquer pessoa que
estiver no local na hora em que o pesquisador esteja no campo, tenha a possibilidade de
participar no estudo.
29

CAPITULO IV: APRESENTAÇÃO, ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE DADOS

Neste capítulo, é apresentado a análise e interpretação de dados com base nas informações do
local de estudo.

4.1. Descrição do Objeto de Estudo

Nampula é a cidade capital da província do mesmo nome, em Moçambique, país em que se


localiza a província, é conhecida como a Capital do Norte. Administrativamente, a Cidade de
Nampula é um município, tendo um governo local eleito. O Município de Nampula, Possui
uma Superfície total de 404 km², com 6 Postos Administrativos Municipais e 18 Bairros e
Tem 471.717 Habitante (Censo 2007).

Os últimos anos têm testemunhado uma constante em transformação. Novas infra-estruturas,


como hotéis, centro comerciais, edifícios de serviços públicos, estradas e vias férreas estão a
fazer crescer a cidade.

Nota-se que o sector da hotelaria e turismo é um dos que mais se tem notabilizado, em
crescimento e expansão das actividades na cidade de Nampula. Só nos últimos 5 anos,
abriram dois grandes hotéis que dão emprego a milhares de moçambicanos.

A cidade recebeu um dos maiores empreendimentos do sector jurídico que acolhe várias
instituições, nomeadamente, a procuradoria, o serviço nacional de investigação Criminal, o
Tribunal Judiciário, o Instituto de Patrocínio e assistência Jurídica e a Administração do
próprio Palácio da Justiça. O empreendimento foi construído de raiz e ocupa uma área de
mais de dois quilómetros quadrados.

Com a descoberta e exploração de vários recursos minerais e naturais na província, muitas


organizações, na sua maioria de origem estrangeira, fixam-se nesta cidade de Nampula.
Muitas delas arrendam escritórios em centros comerciais. Um dos exemplos é o do Milénio
Center, construído nos últimos anos. Fornece serviços de aluguer de escritórios, lojas,
cafetarias, estabelecimentos bancários entre outros.

E de salientar que não são só grandes empresas que contribuem para desenvolver a cidade.
Também há um aumento de quiosques que confeccionam e vendem produtos na via pública.
Desde 2016, só na cidade de Nampula, as autoridades municipais já licenciaram centenas
destes estabelecimentos para o exercício de actividades. Em quase todas ruas existem
quiosques, vulgarmente conhecidas por “take-away”
30

4.2. Descrição dos Incêndios na Cidade de Nampula nos últimos 5 Anos.

Nos últimos 5 anos, província de Nampula está sendo fustigada pelos incêndios que vem
causando enormes prejuízos avultados, em perdas humanas assim como em bens materiais. O
curto-circuito é a principal causa dos incêndios nas residências ou estabelecimentos públicos e
de lazer. Segundo Especialistas, apontam para deficiência nas instalações eléctricas e falta de
vistoria periódica. Abaixo abordaremos de alguns focos que deixarão marcas indeléveis, em
alguns estabelecimentos comerciais na cidade de Nampula.

Figura 4: Ilustração de incêndio ao pé da 1º Esquadra, 30/09/2015

Fonte: https://www.google.co.mz

No dia 30/09/2015, um incêndio de grandes proporções deflagrou num restaurante que


localizava-se na avenida 25 de Setembro, próximo da 1ª Esquadra da PRM, além de causar
prejuízos em bem materiais, também tirou a vida dos dois proprietários do estabelecimento. O
vazamento de gás e o curto-circuito são apontadas como causa do sinistro. Como o incidente
aconteceu na meia-noite e os proprietários encontravam se no interior do estabelecimento a
dormirem, não ajudou muito para serem resgatados com vida a tempo.
Figura 5: Ilustração de incêndio no mercado Bombeiros, 8/06/2016

Fonte: https://www.google.co.mz
Trezentas e cinquenta e nove barracas de material precário foram literalmente destruídas por
31

um incêndio no mercado vulgarmente conhecido por Bombeiros, localizado na zona central


da cidade de Nampula. O incidente ocorreu cerca das 23 horas de terça-feira do dia 8/11/2016
e aponta-se um curto-circuito como provável causa do incêndio, que deixou os proprietários,
maioritariamente estrangeiros, numa situação de desespero total.

Não há vítimas humanas a lamentar nem feridos, mas os prejuízos financeiros resultantes do
incêndio podem ser elevados porque as mercadorias ali comercializadas, nomeadamente
utensílios domésticos, electrodomésticos, vestuário, bijutaria, calçado, foram destruídas pelo
fogo, que rapidamente se propagou pelo recinto.

O Comando do Corpo de Salvação Pública, titular do espaço onde foi erguido o Mercado dos
Poetas, como também é conhecido, não teve tempo suficiente para esboçar qualquer
intervenção dada a proporção das chamas que, inclusive, ameaçavam residências vizinhas.

Segundo testemunhas, um deles o senhor António Adriano, vigilante da empresa Actual, em


serviço numa das barracas, disse em contacto com a Reportagem do “Notícias” que terá
ouvido um ruído estranho perto das 23 horas e percebeu que era no transformador eléctrico da
empresa Electricidade de Moçambique implantado no mercado.

De seguida, houve uma faísca que rapidamente se transformou em chamas que se propagaram
rapidamente para as barracas em redor.

Uma outra testemunha, o senhor Abibo Tuahir, guarda particular de uma residência que
reparte o muro do quintal das barracas, disse que o incêndio pode ter sido provocado por uma
carrinha que descarregava mercadoria próximo do transformador. Por causa da altura, o carro
que transportava carga terá tocado nos cabos eléctricos, provocando curto-circuito. Os
indivíduos em causa, contou, depois desapareceram. A mesma tese é defendida pelos
bombeiros.

Figura 12: Ilustração de incêndio no Mavuco, 15/08/2017

Fonte: https://www.google.co.mz
Incêndio de grandes proporções deflagrou na manha do dia 15 de Agosto de 2017, na zona
do Mavuco centro da cidade de Nampula, tendo reduzidos a cinza 8 barracas de construção
32

precária, erguidas no âmbito das festividades dos 61 anos da elevação de Nampula a


categoria de cidade. Segundo testemunhas alegam que o fogo foi provocado por curto-
circuito eléctrico, embora não haver vítimas mortais, mas resultou em danos matérias
avultados. Todavia, e de salientar que o corpo de salvação pública fez de tudo para evitar que
mais barracas fossem destruídas conseguindo controlar o incêndio depois da destruição de 8
barracas.
Figura 13: Ilustração de incêndio no Apeadeiro, 22/06/2019

Fonte: https://www.google.co.mz

No dia 22 de Junho de 2019, um incêndio de grandes proporções deflagrou uma


estância de lazer no centro da cidade de Nampula, denominada “APEADEIRO”. De
acordo com testemunhas, as chamas iniciaram depois duma explosão do quadro
eléctrico que se encontrava no recinto do incidente. Suspeita-se que o curto-circuito
esteja na origem do incêndio que causou altos prejuízos aos proprietários.
De salientar que a intervenção tardia dos bombeiros deixou revoltados os populares
que assistiam o incidente sem poder fazer nada para travar as chamas.

4.3. Análise, Interpretação e Discussão de Resultados

Primeiramente referente a descrição dos participantes do estudo, importa destacar que estava
previsto para ser entrevistados 25 participantes, dos quais 5 empresários 5 agentes do
SENSAP, 10 colaboradores das respectivas organizações e 15 participantes aleatórios. Mas
não foi possível colher informações desses todos participantes, porque outros não quiseram
dar informações por motivos alheios.

Somente um empresário é quem mostrou a disponibilidade de prestar algumas informações e


a SENSAP disponibilizou somente um agente por eles escolhidos para responder a entrevista.
Os 10 colaboradores previsto para a entrevista somente houve a disponibilidade de dois
33

colaboradores e nos 15 participantes aleatório houve também a disponibilidade de apenas um


participante. De salientar que as organizações não me deixarão entrevistar os seus
colaboradores devido a restrição da pandemia da Covid-19, segundo eles.

Num trabalho de pesquisa como este, é de lamentar a indisponibilidade de algumas


organizações não prestarem ajuda nas informações relacionados com o tem em causa. Muitos
Empresários criam suposições equivocadas na presença dum pesquisador, dificultam
informações, supõe que os pesquisadores vêm bisbilhotar o que esta acontecendo dentro da
organização, mas isso não constitui a verdade, eles não percebem que a pesquisa pode dar
soluções para os problemas enfrentados.

Apesar disso, as informações colectadas, são suficientes para atingir os objectivos da pesquisa
mesmo que não sejam na totalidade.

Em seguida, para melhorar a compreensão sobre o fenómeno, as questões são respondidas de


forma coordenadas e conjunta considerando os participantes do estudo para questões
similares, com isso sobre a questão: Já sofreu algum incêndio ou presenciou algum a
redores? Os participantes responderão:

“Sim” (Pa). “Nunca sofre, mas já presenciei” (Pc1). “Nunca sofre um Incêndio, mas já
presenciei uns arredores” (Pc2). “Nunca mas já presenciei ao pé da 1ª Esquadra” (Pe).

Interpretando as respostas dos participantes, percebe-se que a maior parte deles nunca sofreu
um incêndio mas já presenciaram arredores, isso monstra que eles estão próximos dos locais
que acontecem os incêndios e é um facto vistos que, foram entrevistados arredores dos focos
dos incêndios em estudos, seria inaceitável que não presenciassem.

Continuando, procurou-se saber sobre os prejuízos dos incêndios através da seguinte


afirmação: os incêndios causam muitos prejuízos, relate os mais frequentes! “Destruição de
infra-estruturas, bens diversos e perdas de vidas humanas” (Pa). “perdas de bens e vidas
humanas” (Pc1). “muito deles não houve vitimas humanas, houve prejuízo de muitos bens”
(Pc2). “Destruição de Bens materiais e cria desemprego”. (Pe). “Perda de muitos bens,
nalgumas vezes perda de vidas humanas. (SSP)

Nota-se que maior parte dos participantes afirmam que os prejuízos mais frequentes dum
incêndio são a destruição de bens e perda de vidas humanas.

Sobre a questão: Na sua opinião quais são as principais características dos incêndios nas
organizações da cidade de Nampula? “Na minha opinião as principais característica dos
34

incêndios nas organizações da cidade de Nampula é de característica eléctrica” (Pa). “Na


minha opinião as principais características dos incêndios nas organizações da cidade de
Nampula é incêndios de maiores proporções e de menores proporções” (Pc1). “Na minha
opinião as principais característica dos incêndios nas organizações da cidade de Nampula é do
tipo curto-circuito de característica eléctrica” (Pc2). “Na minha opinião as principais
característica dos incêndios nas organizações da cidade de Nampula é do tipo curto-circuito
eléctrico provocado através de oscilações de energia que empresa EDM nos fornece” (Pe);
“As características dos incêndios na cidade de Nampula no intervalo de 2015 a 2020, é visto
como sendo curto-circuito.” (SSP).

Sobre as respostas dos participantes, é visto que maior parte deles são de opinião que as
principais características dos incêndios nas organizações da cidade de Nampula é de
características eléctricas. É bem notável que muitos incêndios são mais caracterizados por tipo
de material de combustível sólido, como madeira, panos, papéis entre outros.

Segundo a questão: Qual é a principal causa para a ocorrência de incêndios nas


organizações da cidade de Nampula? “A principal causa de ocorrência dos incêndios em
Nampula são os curtos circuitos devido a oscilação da corrente eléctrica” (Pa); “A principal
causa para ocorrência de incêndios nas organizações da cidade da Nampula são curto-circuito
devido a oscilação da corrente eléctrica.” (Pc1); “A principal causa para ocorrência de
incêndio nas organizações da cidade de Nampula é através da oscilação eléctrica provocando
assim curto-circuito.” (Pc2); “A principal causa para ocorrência dos incêndios nas
organizações da cidade de Nampula na mina opinião é a corrente eléctrica que oscila de
qualquer maneira assim provocando curto-circuito.” (Pe); “através das estalações defeituosas”
(SSP).

Das respostas dos participantes, quase todos apontam como a principal causa para a
ocorrência de incêndios nas organizações da cidade de Nampula o curto-circuito. A SENSAP
vai mais além afirmando que estes incêndios são causados mais por estalações defeituosas,
em que estas mesmas estalações propiciam que as organizações sejam mais vulneráveis em
incêndios.

Seguiu-se para outra questão: Quais são os principais meios de combate aos incêndios que a
empresa dispõe? “Os principais meios de combate aos incêndios na minha empresa são
extintores.” (Pa); “Os principais meios de combate a incêndio na minha óptica e sem dúvida a
prevenção e os extintores.” (Pc1); “Os principais meios de combate aos incêndios que a minha
empresa dispõe é o extintor. (Pc2); “Os principais meios de combate aos incêndios que a
35

empresa dispõe são os extintores na mina opinião.” (Pe); “A SENSP dispõe de vários meios
de combate aos incêndios, mas dentre elas vou citar simplesmente duas, temos ABT (Auto
Bomba Tanque) e os extintores são os equipamentos que compõem as nossas viaturas”.
(SSP).

Das respostas acima, os participantes apontam como os principais meios de combate aos
incêndios que as suas empresas dispõem são os extintores e o SENSAP afirma que além dos
extintores eles possuem também de viaturas ABTs (Auto Bomba Tanque) que servem para
repelir os incêndios.

Posteriormente seguiu-se para a seguinte questão: Das medidas de combate ao incêndio qual
é a principal e é eficaz? “Na minha opinião, a medida de combate aos incêndios mais eficazes
e a prevenção.” (Pa); “A principal e eficaz é a prevenção.” (Pc1); “Das medidas de combate
aos incêndios a principal é evitar a presença dos resíduos inflamáveis nas organizações e esta
é eficaz.” (Pc2); “Das medidas de combate aos incêndios a principal é de não brincar com o
fogo porque pode causar prejuízos avultados e esta medida é eficaz.” (Pe); “O uso correcto
dos equipamentos de combate aos incêndios”.(SSP).

No que diz respeito as respostas dos participantes na questão acima, dois participantes
afirmam que a principal medidas de combate aos incêndios é a prevenção e afirma que é
eficaz, os outros participantes vão mais além afirmando que a principal é evitar a presença dos
resíduos inflamáveis nas organizações e esta é eficaz, a principal é de não brincar com o fogo
porque pode causar prejuízos avultados e esta medida é eficaz e por sua vez o SENSAP
conclui a principal medida de combate aos incêndios é o uso correcto dos equipamentos de
combate aos incêndios e esta é eficaz.

Na questão: Fale da actuação do SENSAP no combate aos incêndios? “A actuação do


SENSAP no combate aos incêndios em Nampula é muito morosa, se fosse a classificar diria
muito má. Pois, chega sempre muito tardiamente e sem meios materiais para rebelar os
incêndios.” (Pa); “O SENSAP na maior parte de vezes que é solicitado para debelar o
incêndio, chega tarde, e eu não conheço as razões” (Pc1); “Os Bombeiros muitas das vezes
decepcionam as vítimas dos incêndios, porque depois de serem comunicados chegam tarde
não sei porque.” (Pc2); “A SENSAP quando são solicitados as vezes atrasam de chegar, e
quando chegam, depois de pouco tempo queixam-se de falta de água e assim acabam não
resolvendo definitivamente o problema de incêndio.” (Pe). Focalizando nas respostas dos
participantes, vê-se que a maior parte deles dão culpa ao corpo de Bombeiro afirmando que o
corpo de Bombeiro sempre que são solicitados atrasam na sua chegada.
36

Sobre a questão: O que a organização tem feito ou deve fazer para combater os incêndios?
“A minha organização pouco faz para combater os incêndios, sobre tudo no que se refere a
disponibilização dos extintores de incêndios ao nível das repartições. Onde muitas vezes vale
a própria prudência dos colaboradores para evitá-los.” (Pa); “Primeiro deve-se prevenir-se,
segundo dispor-se de extintores para debelar o incêndio caso aconteça na organização.” (Pc1);
“Para combater os incêndios as organizações devem possuir varias medidas de combate aos
incêndios, principalmente os extintores não devem faltar e número de contacto do corpo de
bombeiros.” (Pc2); “Para combater os incêndios as organizações tem feito palestras nalguns
momentos aos seus colaboradores em matérias sobre o incêndio.” (Pe). Segundo as respostas
dos participantes, aponta-se o uso de extintor como uma das formas de combate aos
incêndios.

Na questão: As empresas estão prontas para responder esse fenómeno? “De forma geral
diria que não.” (Pa); “Algumas estão, mais a maioria não estão prontas para responder com
eficácia este fenómeno.” (Pc1); “Não estão preparadas.” (Pc2); “Na minha óptica de
observação as empresas não estão preparadas para responder este fenómeno porque não
possuem equipamentos adequados.” (Pe).

Verificando as respostas dos participantes, vê-se que a maior parte deles afirmam que as
empresas não estão preparadas para responder o fenómeno de incêndios caso aconteça, uma
vez que, estas não possuem meios suficientes e adequados para este fenómeno.

Em relação ao posicionamento do SENSAP, relativo a importância do combate aos


incêndios? “A importância em si significa diminuição dos choros das pessoas e reservar os
bens das pessoas, por isso quando SENSAP sai para um combate ele vai para lá, tem que fazer
o máximo de poder ajudar a população porque naquele momento a pessoa encontra-se numa
aflição.” (SSP). De acordo a resposta do SENSAP, eles recaem na ajuda de pronto socorro as
vítimas do incêndio como um importante passo para que as vitimas se sintam acalmadas.

Sobre a questão: Das ocorrências atendidas no período em análise que tipo de organização
foi mais propenso aos incêndios? (Empresas, residências, locais de lazer). “Locais de lazer”
(SSP). No que diz respeito a questão acima, o SENSAP aponta os locais de Lazer como sendo
locais mais propenso aos incêndios no período em análise.

Na questão: Dos incêndios ocorridos entre 2015 a 2020, qual foi a principal característica
em relação ao material? (combustível). “Foram líquidos” (SSP).
37

Da resposta acima: o SENSAP afirma que a principal característica em relação ao material


(Combustível) foram os combustíveis líquidos.

Na questão: As organizações colaboram com a SENSAP para garantir o sucesso no


combate aos incêndios? “Sim colaboram, quando estamos a falar das instituições, mas
quando estamos a falar sobre população ou os cidadão não colaboram bem com instituição,
uma das vezes nós temos notados ou quando somos solicitados para um incidente, o SENSAP
se desloca até ao local e vai no lugar de sinistro, chegando lá nós temos detectados algumas
anomalias em que elas só acabam atribuindo a SENSAP, dizendo que acabou de chegar tarde,
porque o não tem meios, não é possível e não constitui a verdade, porque O SENSAP esta
aqui 24/24, na medida que o SENSAP sai é porque ele foi comunicado, e o que chega tarde é
a informação, e se pudéssemos ver se depois de ter acontecido o incidente e comunicar o
SENSAP, este seria mais rápido a intervir a situação.” (SSP).

Na visão do SENSAP, sobre a questão acima, a resposta deles afirma que as organizações
colaboram com o SENSAP, mas a população em geral do outro lado não colaboram com a
SENSAP e quando se sentem lesados culpam os serviços da Salvação Publica.

Em seguida seguiu-se para seguinte questão: Quais são os factores críticos de sucesso e
fracasso para o SENSAP? “Os factores críticos do SENSAP é da população não ter
colaborado com a instituição, e do sucesso através do monitoramento da comunidade, porque
o SENSAP nalgumas vezes vai numa certa comunidade depois faz uma formação.” (SSP).

Sobre a questão acima a resposta do SENSAP afirma que os factores críticos que eles
enfrentam é sobre população de não colaborarem com eles, e de sucesso recaem na formação
que eles fazem nalgumas vezes as populações na prevenção do sinistro.

Sobre a questão: Como é que os Sistemas Públicos de Distribuição de Água estão


preparados para garantir o acesso à água para o combate a incêndio? “O SENSAP faz uma
colaboração com a FIPAG, nós temos um entendimento em que, só FIPAG fornece água o
SENSAP. ” (SSP). No que diz respeito a questão acima, a resposta do SENSAP afirma que há
um memorado de entendimento entre as duas entidades.

E por fim seguiu-se a questão: Que papel tem vindo a ser exercido pelo SENSAP em matéria
de prevenção e combate a incêndios nas instituições do Estado, em particular? “O SENSAP
dispõe um papel muito importante, porque o SENSAP só desloca para as instituições publicas
e privadas, estabelecimentos, chega lá ele da umas informações ou proferimos algumas
palestras, e estas tem a ver com o uso correcto dos extintores e todo equipamento de combate
38

aos incendi-os, realizações de formações de noções básicas do uso e manejo dos extintores
assim como os primeiros socorros.”

De acordo com a resposta do SENSAP, sobre a questão dada acima, eles afirmam que
desempenham um papel muito importante em matéria de prevenção e combate a incêndios nas
instituições do Estado uma vez que eles capacitam colaboradores em matérias de prevenção
dos incêndios e boas práticas no uso dos Extintores.

4.4. Verificação das Hipóteses

Confrontando os dados da pesquisa com as abordagens da literatura, verificas as hipóteses,


decidiu-se validar a hipótese 2: Nesse caso, a principal causa para a ocorrência dos incêndios
nas organizações da cidade de Nampula é de origem artificial acidental. Ou seja, os incêndios
são provenientes do descuido do homem, muito embora ele não tenha intenção de provocar o
acidente.

Valida-se esta hipótese porque a maior parte dos participantes afiram que as causa dos
incêndios nas organizações da cidade de Nampula é de origem eléctrica, causado por curto-
circuito. Daí que o incêndio é proveniente do descuido do homem, muito embora ele não
tenha intenção de provocar o acidente. De igual forma, são rejeitadas as hipóteses e 3
respetivamente.
39

CAPÍTULO IV- CONCLUSÃO E SUGESTÕES

Neste, capítulo apresenta-se as principais conclusões do estudo de acordo com os resultados


da pesquisa.

5.1. Conclusão

Finalizado o estudo, conclui-se que o conceito de risco tem várias implicações, pois algumas
pessoas definem o risco de forma diferente de outras. Esta discordância gera confusão no
campo da avaliação e da gestão do risco. Desse modo, risco é a possibilidade de sofrer danos
em contacto com o perigo. Fogo é a consequência duma combustão, que produz calor ou calor
e luz. Os riscos podem ser biológicos, químicos, físicos, ergonómicos e psicossociais.

É considerado como RI a qualquer fogo fora do controlo por causas naturais, artificiais ou
acidental. Pode-se combater os incêndios pelo resfriamento, abafamento, isolamento e
extinção química através de vários agentes extintores que variam de categorias A,B,C, D e K.
O estudo concluiu que a principal causa dos incêndios nas organizações é curto-circuito,
classificado como uma causa artificial não intencional, os principais meios de combate aos
incêndios são os extintores de incêndios, a actuação do SENSAP é considerada morosa, e em
relação aos meios de combate aos incêndios o SENSAP dispões de extintores e ABT’s.
Concluiu-se igualmente que as empresas não estão preparadas para situações de incêndios,
apesar de tudo, o SENSAP desempenha um papel importante no combate aos incêndios. São
descritas como factores de fracasso do SENSAP a falta de colaboração e em relação as
características dos incêndios decorridos no período em análise quanto ao material, foi de
combustíveis sólidos e gasosos.

A maior dificuldade enfrentada foi a rejeição dos participantes em participar nas entrevistas e
o SENSAP não permitiu a observação dos relatórios de incêndios, mesmo assim, os
objectivos da pesquisa foram alcançados, o problema foi respondido, as hipóteses foram
testadas, aprovadas e rejeitadas.

Finalmente, num futuro estudo, abordaria a importância da auditoria de RH nas organizações,


face as problemas ligadas as praticas de RH.
40

5.2. Sugestões

Para minimizar ou combater os riscos de incêndios nas organizações da cidade de Nampula,


considerando a principal casa dos incêndios sugere-se que:

 As organizações devem garantir a manutenção dos seus sistemas eléctricos;


 As organizações devem montar equipamentos de monitoramento prévio, sistemas de
alarmes;
 O SENSEP deve possuir uma central de comando para o monitoramento das suas
actividades e unidades móveis em diferentes locais com focos para incêndios em
períodos mais propensos;
 As organizações devem possuir e actualizar meios de combate aos incêndios;
 As organizações devem capacitar seus colaboradores em matéria de prevenção e
combate aos incêndios.
41

6. Referencias Bibliográficas

Abnt. (2006). Associação Brasileira de normas técnicas. NBR 14276:2006 – Brigada de

Incêndio Requisitos. Rio de Janeiro.

Bello, J. (2005). Metodologia Científica. s/ed; editora Uva, RJ.

Brito, O. S. (2007). Gestão de riscos: uma abordagem orientada a riscos operacionais. São

Paulo: Savaiva.

Chiavenato, I. (2004). Comportamento Organizacional: A dinâmica do sucesso das


organizações. Rio de Janeiro: Campus.

Cocurullo, A. (2002). Gestão de riscos corporativos: riscos alinhados com algumas


ferramentas de gestão: um estudo de caso no sector de celulose e papel. São Paulo: Scortecci.

Coelho, A. L. (2010). Incêndios em edifícios. 1ª Edição. Edições Orion, Amadora.

Fortunato, T. (2013). Modelo de gestão de risco em obras de escavação de túneis em


rocha. Consultado em Julho, 17, 2021, em:

Gil, A. C. (2000). Como elaborar projecto de pesquisa. Atlas São Paulo.

Gil, A. C. (1999). Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. s/ed., editora Atlas, São
Paulo.

Gil, A. C. (2008). Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. 6ª Edição Atlas. São

Paulo.

Girão, M. (2014). Prevenção e combate a incêndios. Edital câmara (polícia) item 03.

http://www.brasilengenharia.com/portal/images/stories/revistas/edicao595/Art_construcaocivi
l.pdf

Ivala, H., Luís, M. (2007). Orientações para elaboração de projectos e monografias

científicas. Nampula.

Kochen, R. (2009), Gerenciamento de riscos em obras subterrâneas de engenharia. Web site.

Consultado em Julho, 17, 2021, em:

http://fenix.tecnico.ulisboa.pt/downloadFile/395145359882/Tese%20final%20%20Ter
esa.pdf.
42

Kumamoto, H. & Henley, E, J. (1996). Probabilistic risk assessment and management


forengineers and scientists. (2nd edition).

Lakatos, E. M. & Marconi, M. de A. Metodologia científica. 3ed, Atlas editora São Paulo

2001.

Lakatos, E. M. & Marconi, M. de A. (1992). Metodologia de trabalho Científico. 4ª Edição,

Editora Atlas S.A. São Paulo.

Modarres, M. K. M. & Krivtsov V. (1999). Reliability engineering and risk analysis. Quality

and reliability; 55. New York: Basel.

Rego et al. (2007). Citado: “O Compromisso organizacional como resultado da percepção

dos benefícios da Formação”. ISPA, Lo e, F.

Rosa, R. C. (2015). Apostila Prevenção e combate a incêndio e Primeiro Socorros. Porto

Alegre – RS.

Rúdio, F. V. (1986). Introdução ao projecto de pesquisa científica. Petrópolis Vozes.

Ruiz, J. Á. (1996). Metodologia científica. 5. ed. São Paulo: Atlas.

Santos, P. S. M. dos. (2005). Gestão de riscos empresariais. Osasco, SP: Novo

Século Editora. São Paulo.

Seito, A. et. Al. (2008). A segurança Contra Incêndio no Brasil, São Paulo.

Simiano, L. F. e Baumel, L. F S. (2013). Manual de Prevenção e Combate a principio de

Incêndio.

Slovic, P. (2002). Perception of risk posed by extreme events. New York: Palisades.

Vivian, N. E. S. (2016). Prevenção e Combate a Incêndio.


43

Apêndice
44

Apêndice 1: Guião de Entrevista aos Empresários

Guião de entrevista dirigida aos empresários com o objectivo de colectar informações para
elaboração do trabalho de culminação de curso intitulada: Riscos de Incêndios: Percepção,
Factores e Combate nas Organizações da Cidade de Nampula (2015 - 2020).
Objectivos Descrição Questões
Esclarecer aos
Explicar o propósito
participantes o motivo da -----
da entrevista
entrevista
1. Já sofreu algum incêndio ou
presenciou algum a redores?
3. Os incêndios causam muitos prejuízos,
Perceber as
Percepção sobre os relate os mais frequentes?
características dos
incêndios 3. Na sua opinião quais são as principais
incêndios em Nampula
características dos incêndios nas
organizações em Nampula?
1. Qual é a principal causa para a
Principais factores e Identificar os principais
ocorrência de incêndios nas organizações
causas dos incêndios factores
da cidade de Nampula?
1. Quais são os principais meios de
combate aos incêndios que a empresa
Analisar as medidas dispõe?
Conhecer as medidas de
de combate dos 3. Das medidas de combate ao incêndio
combate a incêndios
incêndios qual é a principal e é eficaz?
5. Fale da actuação do SENSAP no
combate aos incêndios?
Verificar a 1. O que a organização tem feito ou deve
colaboração e Conhecer acções fazer para combater os incêndios?
acções de prevenção preventivas e de 2. As empresas estão prontas para
dos incêndios em colaboração responder esse fenómeno?
Nampula

Fonte: Autor, 2021.


45

Apêndice 1: Guião de entrevista ao SENSAP

Guião de entrevista dirigida ao SENSAP com o objectivo de colectar informações para


elaboração do trabalho de culminação de curso intitulada: Riscos de Incêndios: Percepção,
Factores e Combate nas Organizações da Cidade de Nampula (2015 - 2020).
Objectivos Descrição Questões
Explicar o Esclarecer aos
propósito da participantes o motivo -----
entrevista da entrevista
1. Fale das características dos incêndios em
Nampula nos intervalo entre 2015 a 2020.
2. Fale da importância do combate aos
incêndios?
3. Os incêndios causam muitos prejuízos,
relate os mais frequentes?
Perceber as
Percepção sobre 4. Das ocorrências atendidas no período em
características dos
os incêndios análise que tipo de organização foi mais
incêndios em Nampula
propenso aos incêndios? (Empresas,
residências, locais de lazer).
5. Dos incêndios ocorridos entre 2015 a
2020, qual foi a principal característica em
relação ao material? (combustível).
1. Quais são as causas que contribuem para a
Principais factores
Identificar os principais ocorrência de incêndios nas organizações da
e causas dos
factores cidade de Nampula?
incêndio
2. Na sua opinião qual delas é a principal?
1. Quais são os principais meios de combate
aos incêndios que a SENSAP dispõe?
Analisar as 3. Das medidas de combate ao incêndio qual
medidas de Conhecer as medidas de é a principal?
combate dos combate a incêndios 4. Essa medida é eficaz?
incêndios 5. As organizações colaboram com a
SENSAP para garantir o sucesso no combate
aos incêndios?
46

1. Quais são os factores críticos de sucesso e


fracasso para o SENSAP?

Verificar a 2. Como é que os Sistemas Públicos de


colaboração e Distribuição de Água estão preparados para
Conhecer acções
acções de garantir o acesso à água para o combate a
preventivas e de
prevenção dos incêndio?
colaboração
incêndios em 3. Que papel tem vindo a ser exercido pelo
Nampula SENSAP em matéria de prevenção e
combate a incêndios nas instituições do
Estado, em particular?

Fonte: Autor, 2021.


47

Anexos

Você também pode gostar