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INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA

FACULDADE DE DIREITO

LICENCIATURA EM DIREITO

FONTES DE DIREITOS REAIS

Josefina José Rajabo

PEMBA, MARÇO DE 2023 1


Índice

Introdução ............................................................................................................................................. 3

1. Direitos reais ..................................................................................................................................... 4

1.1. Contextualização ............................................................................................................................ 4

1.2. Direitos pessoais ............................................................................................................................ 4

1.3. Direitos reais sobre coisa própria ................................................................................................... 5

1.3.1. Propriedade ................................................................................................................................. 5

1.4. Direitos reais sobre coisas alheias.................................................................................................. 6

2. Fontes de direitos reais...................................................................................................................... 7

Conclusão.............................................................................................................................................. 9

Referência bibliográfica ...................................................................................................................... 10

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Introdução

Os direitos reais são os direitos subjectivos de ter, como seus, objectivos materiais ou coisas
corpóreas ou incorpóreas. As coisas corpóreas são objectos aptos a serem percebidos pelos órgãos
dos sentidos e as incorpóreas são objectos destituídos dessa aptidão.

Os direitos reais é o conjunto de regras que regulam as situações jurídicas havidas entre os sujeitos
de direito e os bens susceptíveis de apropriação, bem como os modos de utilização económica de tais
bens. São exemplos de diversas manifestações regulado pelo direito das coisas a aquisição, o
exercício, a conservação, a reivindicação e a perda de bens. Os direitos reais podem ser
compreendidos nas relações jurídicas sobre os bens materiais ou imateriais apropriáveis pelo
homem, esses direitos são exercidos pelo possuidor e recai sobre a coisa.

A primeira e mais importante distinguem os direitos reais sobre a própria coisa e sobre coisa alheia.
Essa divisão obedece à possibilidade de desdobramento da titularidade do direito real, tornado
limitado o direito de propriedade. Propriedade, condomínio, propriedade horizontal são direitas reais
sobre coisa própria. Os Direitos Reais por sua vez, dividem-se em direitos de gozo, de garantia e
aquisição

Os direitos pessoais, que também são conhecidos como direito das obrigações, compreendem um
conjunto de normas que gere as relações jurídicas de 31 ordem patrimonial, cujo um sujeito possui o
dever de oferecer e outro de receber uma prestação.

Metodologia

Quanto a metodologia usada para elaboração deste trabalho foi necessária a consulta de obras
bibliográficas e pesquisas feita na internet, que consistiu na recolha, critica e interpretação dos dados
cujas referências estão citadas dentro do trabalho e na referência bibliográfica.

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1. Direitos reais
1.1. Contextualização

Segundo DINIZ, (2005, p.359), os direitos reais são os direitos subjectivos de ter, como seus,
objectivos materiais ou coisas corpóreas ou incorpóreas. As coisas corpóreas são objectos aptos a
serem percebidos pelos órgãos dos sentidos e as incorpóreas são objectos destituídos dessa aptidão.

Segundo a doutrina, os direitos reais é o conjunto de regras que regulam as situações jurídicas
havidas entre os sujeitos de direito e os bens susceptíveis de apropriação, bem como os modos de
utilização económica de tais bens. São exemplos de diversas manifestações regulado pelo direito das
coisas a aquisição, o exercício, a conservação, a reivindicação e a perda de bens.

Os direitos reais podem ser compreendidos nas relações jurídicas sobre os bens materiais ou
imateriais apropriáveis pelo homem, esses direitos são exercidos pelo possuidor e recai sobre a coisa.

PEREIRA relata que o direito real é aquele que afecta a coisa directa e imediatamente sob todos ou
sob certos aspectos e a segue em poder de quem quer que a detenha. (2004, p.22).

O direito real é subdividido em direito sobre coisa própria, na qual compreende a propriedade, e
direito real sobre coisa alheia limitado ao gozo ou fruição, de garantia e de aquisição.

Nesse sentido VENOSA expõe em sua doutrina que:

A primeira e mais importante distinguem os direitos reais sobre a própria coisa e


sobre coisa alheia. Essa divisão obedece à possibilidade de desdobramento da
titularidade do direito real, tornado limitado o direito de propriedade. Propriedade,
condomínio, propriedade horizontal são direitas reais sobre coisa própria. Os
Direitos Reais por sua vez, dividem-se em direitos de gozo, de garantia e aquisição
(2005, p.42).

1.2. Direitos pessoais

VARELA, (1977, p. 15), os direitos pessoais, que também são conhecidos como direito das
obrigações, compreendem um conjunto de normas que gere as relações jurídicas de 31 ordem
patrimonial, cujo um sujeito possui o dever de oferecer e outro de receber uma prestação.

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SIMÃO, (2008, p. 12), afirmam sobre os direitos pessoais que: [...] tratasse do conjunto de normas e
princípios jurídicos reguladores das reguladoras das relações patrimoniais entre um credor (sujeito
activo) e um devedor (sujeito passivo) a quem incumbe o dever de cumprir, espontânea ou
coactivamente, uma prestação de dar, fazer ou não fazer.

Consoante com o tema, DINIZ dispõe acerca dos direitos pessoais que: “ [...] O direito das
obrigações consiste num complexo de normas que regem relações jurídicas de ordem patrimonial,
que têm por objecto prestações de um sujeito em proveito de outro” (2005, p.13).

Diante do exposto, os direitos pessoais ligam dois ou mais sujeitos, diferenciando dos direitos reais
que manifestam as relações jurídicas entre as coisas de pessoas naturais ou jurídicas (VENOSA,
2005, p.23).

GOMES, (1999, p. 20), apresenta uma divergência ao mencionar “ [...] o direito real como o poder
imediato da pessoa sobre a coisa, que se exerce erga omnes. O direito pessoal, ao contrário, opõe-se,
unicamente, a uma pessoa, de quem se exige determinado comportamento”.

1.3. Direitos reais sobre coisa própria


1.3.1. Propriedade

Segundo SIMÃO, (2008, p. 111), a propriedade é denominada como direito real sobre coisa própria,
e produz o direito de senhoria onde uma pessoa exerce poder sobre uma coisa, 33 excluindo dela
qualquer actuação de terceiro. Possuindo a faculdade de usufruir os direitos sobre a coisa dentro dos
limites normativos de usar, gozar, e dispor.

O direito de propriedade está expresso no Código Civil em seu artigo 1228 que assim dispõe: “O
proprietário tem a faculdade de usar, gozar e dispor da coisa, e o direito de reavê-la do poder de
quem quer que injustamente a possua ou detenha”.

Propriedade refere-se objectos pertencentes aos titulares desse direito, como


propriedades desses direitos, como propriedades deles, constituindo o domínio
desses indivíduos. Os direitos subjectivos concernentes ao domínio são os direitos
reais chamados direitos de propriedade (DINIZ, 2005, p. 359).

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VENOSA, (2005, p.22), direito de propriedade é o mais amplo da pessoa em relação à coisa. Esta
fica submetida à senhoria do titular do dominus, do proprietário, empregando-se esses termos sem
maior preocupação semântica

a propriedade é submissa de uma coisa, em todas as suas relações jurídicas, a uma pessoa, no sentido
analítico a propriedade está relacionada com os direitos de usar, fruir, dispor e alienar a coisa. No
entanto a propriedade é um direito complexo, absoluto, perpétuo e exclusivo, pelo fato de a coisa

1.4. Direitos reais sobre coisas alheias

DINIZ, (2005, p. 271), os direitos reais sobre coisas alheias, ou jus in re aliena, com amparo legal no
artigo 1.225 do Código Civil, é o direito sobre a coisa de receber permissão para usar ou tê-la como
se fosse sua, através das normas jurídicas ou sob acordo em contrato válido que respeite a legislação
vigente.

Para LEVENHAGEN, (1992, p.218), os direitos reais sobre coisas alheias são os que [...] resultam
do fato de ser a propriedade susceptível de certas restrições que se traduzem em desmembramento de
algum ou de alguns dos elementos que a constituem, que vão, então, proporcionar proveito a outra
pessoa.

COELHO, (2006, p. 221), expõe sobre a classificação dos direitos reais sobre coisas alheias: [...] Os
direitos reais sobre coisas alheias se subdividem em três classes: direitos reais de gozo (servidão,
usufruto, uso, etc.), de garantia (penhor, hipoteca e anticrese) e à aquisição (titulados pelo promitente
comprador).

Neste sentido, DOWER, (2004, p. 21), relata em sua obra sobre as espécies dos direitos reais sobre
coisas alheias que: Os direitos reais sobre coisas alheias podem ser direitos de fruição, que alcança a
substância da coisa, ou seja, a substância da coisa fica a serviço do titular; o direito de garantia, que
recai sobre o valor da coisa, pois o papel económico desse direito é assegurar o cumprimento da
obrigação pela sua vinculação a determinados bens.

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2. Fontes de direitos reais

O termo “fonte do direito“ é empregado metaforicamente, pois em sentido próprio fonte é a nascente
de onde brota corrente de água. Justamente por ser uma expressão figurativa tem mais de um
sentido.

“Fonte jurídica” seria a origem primária do direito, confundindo-se com o problema da génese do
direito. Trata-se da fonte real ou material do direito, ou seja, dos factores reais que condicionaram o
aparecimento da norma jurídica.1

Emprega-se também o termo “fonte do direito” como equivalente ao fundamento de validade da


ordem jurídica. A teoria kelseniana, por postular a pureza metódica da ciência jurídica, libera-a da
análise de aspectos fáticos, teleológicos, morais ou políticos que, porventura, estejam ligados ao
direito. Com isso essa doutrina designa como “fonte” o fundamento de validade jurídico-positiva da
norma jurídica, confundindo a problemática das fontes jurídicas com a noção de validez das normas
de direito.

Usa-se a expressão fontes de direito em vários sentidos. Retemos somente a acepção técnico-
jurídica, segundo a qual se trata dos modos de produção e revelação de normas jurídicas, ou seja dos
instrumentos de pelos quais essas normas são estabelecidas e, do mesmo passo expostas ao
conhecimento público. Na senda das fontes de direito reais à que mencionar em: segundo MANUAL
da ISCED, (s/d).

1º- A Constituição da República de Moçambique (CRM)

A CRM é a principal fonte de direito enquanto base de todo o sistema jurídico e que, contêm a
máxima protecção à propriedade privada, encontrando-se vigentes normas que respeitam a matéria
dos direitos reais, como è o caso do art. 82˚, Capitulo do já referido dispositivo legal que trata
de propriedade privada.

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2º- Código Civil

O Código Civil e nele no seu livro III, constituem a sede fundamental do regime dos direitos reais.
Porem, nem a CRM, o C.C e nem o livro III, constitui as únicas fontes do Direito das Coisas, nem
contem todo o regime dos direitos reais.

Por exemplo, em matéria de direito de propriedade, o C.C apenas se ocupa do que tem por objecto
coisas corpóreas. (vide art.˚ 1302˚). Refira-se ainda, para além da Constituição e do Código Civil as
leis especiais como Código do Registo Predial, o Código de propriedade industrial, e Código de
Registo de Entidades Legais etc, também são fontes de Direito das coisas.

Fontes materiais ou reais são não só factores sociais, que abrangem os históricos, os religiosos, os
naturais (clima, solo, raça, natureza geográfica do território, constituição anatómica e psicológica do
homem), os demográficos, os higiénicos, os políticos, os económicos e os morais (honestidade,
decoro, decência, fidelidade, respeito ao próximo), mas também os valores de cada época (ordem,
segurança, paz social, justiça), dos quais fluem as normas jurídico-positivas.

São fontes formais estatais: a legislação que é o processo pelo qual um ou vários órgãos estatais
formulam e promulgam normas jurídicas de observância geral. A actividade legiferante, é tida,
portanto, como a fonte primacial do direito.

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Conclusão

Alguns pontos referentes a esse trabalho compreende-se os direitos reais são os direitos subjectivos
de ter, como seus, objectivos materiais ou coisas corpóreas ou incorpóreas. As coisas corpóreas são
objectos aptos a serem percebidos pelos órgãos dos sentidos e as incorpóreas são objectos destituídos
dessa aptidão.

Segundo a doutrina, os direitos reais é o conjunto de regras que regulam as situações jurídicas
havidas entre os sujeitos de direito e os bens susceptíveis de apropriação, bem como os modos de
utilização económica de tais bens. São exemplos de diversas manifestações regulado pelo direito das
coisas a aquisição, o exercício, a conservação, a reivindicação e a perda de bens. Os direitos reais
podem ser compreendidos nas relações jurídicas sobre os bens materiais ou imateriais apropriáveis
pelo homem, esses direitos são exercidos pelo possuidor e recai sobre a coisa.

A primeira e mais importante distinguem os direitos reais sobre a própria coisa e sobre coisa alheia.
Essa divisão obedece à possibilidade de desdobramento da titularidade do direito real, tornado
limitado o direito de propriedade. Propriedade, condomínio, propriedade horizontal são direitas reais
sobre coisa própria. Os Direitos Reais por sua vez, dividem-se em direitos de gozo, de garantia e
aquisição. Os direitos pessoais, que também são conhecidos como direito das obrigações,
compreendem um conjunto de normas que gere as relações jurídicas de 31 ordem patrimonial, cujo
um sujeito possui o dever de oferecer e outro de receber uma prestação.

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Referência bibliográfica

COELHO, Fábio Ulhoa. (2006). Curso de direito civil. São Paulo: Saraiva

DINIZ, Maria Helena.(2005). Curso de Direito Civil Brasileiro: Direito das Coisas. (18ª ed). V.4.
São Paulo: Saraiva

DOWER, Nelson. (2004). Direito civil: Direito das coisas. (2ª ed). São Paulo: Nelpa

GOMES, Orlando. (1999). Direitos reais. (14ª ed). Rio de Janeiro: Forense

LEVENHAGEN, A. (1992). Comentários didácticos - direito das coisas. (2ª ed)., São Paulo: Atlas

PERREIRA, Lafayette. (2004). Direito das Coisas. (2ª ed). Rio de Janeiro, Editora Forense

SIMÃO, José Fernando. (2008). Direito das Coisas. São Paulo, ed. Método

VARELA, Antunes. (1977). Direito das Obrigações. Rio de Janeiro, Forense

VENOSA, S. (2005). O Direito de Superfície no Novo Código Civil. (5ª ed). São Paulo, SP: Ed
Atlas

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