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Após 1ª Frequência Direito Bancário 08 de Junho de 2020

A supervisão geral é exercida desde que a instituição nasce, atém o seu fim.
A supervisão prudencial, define os principais objetivos aos administradores das
instituições, determinado controlo que deve ser exercício, entre outros.

As instituições por vezes possuem anomalias, podem ser detetadas em duas vias
(embora existam outras vias):
 Próprios administradores ou conselho fiscal  são obrigados a comunicar
ao supervisor que a instituição vai ter problemas, podendo estar em risco a
própria solvibilidade da instituição, podem ocorrer a cessação de pagamentos
de depósito.
 Próprios inspetores dos supervisores (Banco de Portugal) que vão as
instituições regularmente, verificando determinados pontos estratégicos e
comportamentos do banco. Verificam se as coisas estão na normalidade, ou se
há algum problema, transmitem as informações posteriormente ao Banco de
Portugal, que analisa as observações (através de departamentos).

Existem ou podem surgir problemas, dentro da instituição, aplicando-se as


seguintes medidas e intervenções:
Menor conta (medidas corretivas)  adota-se medidas corretivas perante o
desequilíbrio financeiro, sendo reguladas pelos arts. 116º e s.s, salientando-se o
art. 1169º-C RGIC.
Cabe ao Banco de Portugal fiscalizar e analisar os riscos, aconselhando
posteriormente a instituição a aplicação de certas medidas corretivas.

Se estas medidas não forem suficientes, passamos para outro tipo de medidas:

Medidas de intervenção  o regulador mete a mãozinha dentro da instituição,


mexendo dentro da mesma. Cria-se um plano, para verificar como as coisas podem
ser resolvidas (plano de restruturação), que deve ser elaborado pela instituição.
 Intervenção coletiva e administração provisória  mexe nos órgãos
da instituição, reduzindo por exemplo, o número de administradores, ou
substituído um ou até mesmo dois dos administradores que são
nomeados pelo Banco de Portugal. Em certos casos, nomeia-se o
conselho inteiro de supervisão, como aconteceu no BPP.
Podendo ir até a resolução e absolvição.
 Intervenção corretiva  Realiza-se a liquidação – apura-se quais são
os ativos - (quando é possível, porque nem sempre o é). Verifica-se
dois fundos para a proteção dos depositários e obrigacionistas destas
instituições:
o Fundo de garantia dos depósitos  Garantia oferecida as
pessoas singulares, de 100 mil euros
o SII  Serve de garantia para os investidores, que entregam
dinheiro a instituição, para compra de valores mobiliários, não é
um deposito, serve para o banco comprar ações (dai não estar
abrangido pelo fundo de deposito).

 Bail-in  São os detentores de títulos obrigacionais e depositantes,


que irão injetar dinheiro na instituição, perdendo as suas obrigações e
depósitos, de forma a poupar os contribuintes (ocorre antes da
falência).
 Bailout  Há uma injeção de liquidez, que se realiza a um banco perto
ou já na falência, para que possa cumprir os seus compromissos a curto
prazo. Quem realiza o bailout por norma, é o governo ou então, um
consorcio de investidores (externos a instituição), ganhando em troca o
controlo parcial ou total da instituição.

Nota: Sempre que se fala de intervenção do Estado na vida económica privada, que
pode ocorrer em duas vias:
 Intervenção direta  Cada vez menos aplicada. Esta intervenção baseia-se
na criação de agentes económicos próprios, que atuam no mercado,
concorrendo com outros, melhorando as condições de concorrência (há uma
intervenção, não através de legislação, mas através de atividade económica).
 intervenção indireta  O Estado faz opções que influenciam as economias
privadas, colocando isso na legislação (fazem legislação) de forma a que os
particulares se orientem da forma pretendida pelo Estado. Exemplo: Fornece
incentivos fiscais.

Medidas de resolução  A instituição bancaria chegou a um limite, não consegue


cumprir as suas obrigações, nem conseguiu resolver a situação aplicando as medidas
anteriormente mencionadas.
Chega-se a conclusão, que não se pode aplicar o comum das liquidações e
insolvências, porque possui depósitos das pessoas (há uma confiança especial que os
depósitos sejam mantidos e assegurados) cujos devem ser protegidos.
Resolução - Sistema muito híbrido que se traduz em parte continuar a atividade,
assegurar ativos, e deixar cair outras atividades, outros credores. Artigo 145º-C do
RGIC

Liquidação  Aplica-se quando não há muitos lesados (não possui depósitos).


Passando-se automaticamente para a liquidação, através de um diploma fornecido
pelo Estado.

Fundo de resolução  alimentado pelo conjunto de todos os bancos portugueses, e


esse fundo quando não tem dinheiro suficiente o estado empresta.

O Estado é um financiador no limite. O Estado deita a mão quando vê que o incendio


começa a alastrar.

15 de Junho de 2020

Fenómenos de resolução bancaria  São complexos e polémicos porque se


altera a titularidade de bens, mexe-se no direito de propriedade que é um direito
fundamental que deve ser respeitado, previsto na Constituição da República
Portuguesa.
Com estas medidas tomadas, por entidades administrativas, ou seja, quem têm
poderes para a resolução, que em Portugal é o Banco Central Português (banco de
Portugal).

Quando não há resolução, ou quando há a resolução e a passagem de


atividade para outra entidade, passa-se para a liquidação. A liquidação é a
consequência do desaparecimento da pessoa coletiva, contudo, é diferente o que se
sucede no âmbito das sociedades, das instituições de crédito.
Enquanto das sociedades, todos os interessados possam pedir insolvência,
nas instituições de crédito isto não é assim, ninguém pode ter a insolvência sem ser
através do banco de Portugal. Isto, devido a necessidade de acautelar os bens
envolvidos.
Só o banco de Portugal é que pode desencadear o processo de resolução e
liquidação, retirando a autorização de atividade, cessando a atividade da instituição,
não chega a haver a declaração de insolvência.
A liquidação resulta de uma decisão do banco central que determina que
aquela instituição não se encontra capaz de exercer a atividade. Esta decisão
corresponde a declaração de insolvência realizada por um juiz, possui os mesmo
efeitos.

Liquidação  é complexa, porque mexe com os direitos da pessoa singular ou


coletiva, sendo da competência dos tribunais, que é quem faz a liquidação. Quando há
uma liquidação, o banco de Portugal pode apenas acompanhar o processo, promover
a atividade, pratica de medidas, opor-se e requerer, intervém como pessoa juridica
interessada, não decide.
Nem sempre foi assim, foi alterado para respeitar os poderes judiciais.

Nota: Hoje a banca, não tem fronteiras, sobretudo na europa encontra-se em


todos os países, e quando há um problema num destes países, nos outros ocorre uma
liquidação especial, para alem das fronteiras, afeta as sucursais que estão fora do
pais. Esta matéria é regulada pelo Decreto-Lei n.º 199/2006, de 25 de outubro.
Alterado pelo Decreto-Lei n.º 31-A/2012 e Decreto-Lei n.º 23-A/2015, este
diploma regula a liquidação de uma instituição com sede em Portugal, ou sucursais de
instituições em Portugal com sede estrangeira.
Se houver credores, estes credores poderiam ficar desprotegidos, todavia, as
informações têm que ser partilhadas em todos os países, e os credores, podem assim
exercer os seus direitos. Cria-se um conjunto de regras que todos os países são
obrigados a adotar para estes processos de liquidação – diretiva 2001/24/CE.
Os credores têm que instaurar um processo no país onde esta a ocorrer o
processo, os credores de outros países são informados (notificados) pelo banco que
se encontra em liquidação (a liquidação é universal, abrange todos).

Problema da Responsabilidade das Instituições de Crédito:


Quando a instituição está a funcionar, que direito é aplicado?
Fundamentalmente, aplica-se nos negócios e contratos a lei comercial,
especialmente aos contratos bancários. Embora a maioria não esteja prevista na lei
comercial, muitos deles são contratos atípicos, todavia, não deixam de ser comerciais
porque as próprias relações de banco são consideradas atos de comercio e as
instituições bancarias são também, instituições de comercio.
No exercício da sua atividade, a instituição de crédito/bancário pode cometer
ilícitos e se isto se verificar, elas serão responsabilizadas, respondendo pelo ilícito.
As instituições de crédito incorrem numa responsabilidade tal e qual qualquer
outra entidade no nosso ordenamento jurídico, tanto singular como coletivas, onde a
responsabilidade mais grave, é a responsabilidade criminal, embora o legislador tem
que o considerar como tal, atingindo os valores consignados pelo direito criminal.
O art. 200º diz que qualquer instituição que receba depósitos do publico de
forma sistemática sem estar autorizada, comete um crime. Só estão autorizadas a
receber depósitos do publico, as instituições de crédito (bancos) previstas no art. 8º e
art. 9º RGIC – segundo o princípio da exclusividade, qualquer outra entidade
financeira, se o realizar recolha de fundos perante o publico, comete o crime
previsto no art. 200º.
O art. 200º-A, é um artigo recente, adveio da necessidade de fazer as
instituições obedecer ao regulador quando este dá instruções concretas, se não
obedecer, estará a cometer um crime, sendo punido até com penas de privação da
liberdade ou multas.
Estes dois crimes, são tipicamente bancários.
A matéria criminal também se aplica a pessoas singulares, verdadeiros
culpados da prática de ilícitos criminais, embora hoje em dia também já se verifique
uma criminalização das pessoas coletivas.
No RGIC encontramos sanções para as pessoas coletivas e singulares.
Se dentro da instituição forem cometidos outros crimes, será matéria de direito
penal, sendo tratados consoante o código penal.

Ilícitos que não são criminais, mas que podem trazer prejuízos, são a principal
problemática da atividade bancaria. Se houver ilícito, tem que haver prejuízo e
consequentemente tem que ser possível estabelecer um nexo de causalidade.
Neste caso, estaremos perante um problema de responsabilidade civil, quer
isto dizer, que as instituições serão responsáveis criminalmente e também civilmente.

Contudo, verificasse outro tipo de responsabilidade: Responsabilidade


Contraordenacional.
A responsabilidade Contraordenacional, estabelece-se em ilícitos que não são
civis, nem criminais, são ilícitos onde o legislador entende que a gravidade não é tão
elevada como é no âmbito penal, mas também não é uma mera pratica civil.
As contraordenações são muito frequentes no âmbito do código da estrada,
sendo sancionadas com coimas, que são o resultado punitivo sancionatório resultante
da prática de ilícitos contraordenacionais (o mesmo ocorre no âmbito do direito
bancário).
Quem tem competência para instaurar e instruir os processos são as
autoridades administrativas, e aplicam de forma subsidiaria a legislação processual
penal, agem como se tivessem a instruir um processo penal, tendo os poderes
equiparados ao juiz penal, todavia, não deixa de ser um processo disciplinar.
Quando se chega ao fim do processo, é esta autoridade administrativa que irá
aplicar a coima.
A pessoa singular ou coletiva, atingida por esta decisão, possui o poder de a
impugnar. Todos os atos administrativos são por natureza impugnáveis, mas será
impugnado para um tribunal especial, sendo este o de comercio e concorrência.
Em regra, nos ilícitos bancários, previstos no art. 210º (contraordenações
menos graves) e art. 211º (contraordenações mais graves), aplica-se a
responsabilidade contraordenacional e não criminal, a criminal só se aplica no âmbito
dos arts. 200º e art. 200º-A (é uma exceção).
Tanto o art. 210º, como o art. 211º, prevê limites de responsabilização.
A alínea m) do art. 210º é uma norma residual, que deixa de elencar uma
atividade em concreto, estabelecendo que qualquer infração contra o regulador ou
decretos-lei, será punível.
Cabe ao banco de Portugal averiguar se é um ilícito, se houver, aplica-se uma
coima.

Penas acessórias  sempre que há aplicação de coimas nas


contraordenações pode-se verificar as penas acessórias. Uma das principais, é a
inibição do exercício da atividade durante x tempo (até 10 anos).
As penas acessórias são mais graves que a pena principal (coima – que pode
ficar suspensa a espera da decisão judicial, se forem impugnadas enquanto as penas
acessórias entram logo em vigor e não ficam suspensas).

Ilícito  pode ser civil ou não, se for civil pode se verificar uma indeminização.
Responsabilidade disciplinar  ocorre em alguns casos, pode ser do
empregado bancário que não cumpre as regras do seu banco dando origem a
prejuízos, o trabalhador pode sofrer um processo de responsabilidade disciplinar,
podendo ainda ser despedido. Esta responsabilidade é da pessoa singular.
Todavia, também pode ocorrer uma responsabilidade disciplinar de uma
pessoa coletiva. Existe um código de conduta, que tem regras bem explicitas, se a
instituição não cumprir, pode ser instaurado um processo disciplinar para se fazer
aplicar as sanções previstas no próprio pacto, pode haver suspensão ou exclusão da
própria instituição.

No âmbito do direito bancário, encontramos a aplicação de todos os tipos de


responsabilidade existentes no direito português.

Nota1: Qualquer insolvência em Portugal, tem que verificar se foi por força do
mercado ou se foi pela prática de um ou mais crimes, no segundo caso é uma
insolvência criminosa, e a pessoa será penalizada.

Problema do branqueamento de capitais  a principal entidade visada para detetar


estes movimentos são as instituições de crédito, porque é nelas que passa o dinheiro
e se realiza o branqueamento de capitais.
Esta atividade consiste na prática de crimes, que rendem dinheiro, mas que
como são crimes é dinheiro criminoso. Quem tem este dinheiro pretende lavar o
dinheiro, para que este seja utilizado como dinheiro normal.
Este dinheiro entra no mercado através de compra de imoveis ou moveis.
Neste caso, verifica-se dois crimes:
 Crime antecedente ou precedente  Comete-se o crime para ganhar
dinheiro ilícito.
 Crime da lavagem  Ato de o esconder.
O legislador como resposta, obrigou os agentes económicos que mais lidam
com esta atividade, a denuncia-la perante o IF que trabalha junto do M.P, que
recebem informações sobre a possibilidade ou a efetiva lavagem de dinheiro.
Os bancos não praticam branqueamento, mas podem não ser diligentes e por
isso, deverão ser penalizados pelas práticas ilícitas e não criminosas, a não ser que
também esteja envolvido na atividade.

Se um advogado tiver o conhecimento deste crime por parte do seu cliente:


Os advogados, se entenderem que deve comunicar, deve comunicar ao
bastonário, que irá apreciar e enviar ou não ao IF (assegura-se a possibilidade de
comunicação), e não diretamente aos I.
O advogado só está obrigado a denunciar se também for o representante do
seu cliente, ser estiver na prática unicamente judicial, atos próprios ou atos de
aconselhamento estritamente legal, não terá que comunicar. Cabe ao advogado
defender o seu cliente.
Todavia, se o advogado recebeu uma procuração, e andou a praticar atos por
conta do outro, não sendo um ato estritamente de advogados, deverá denuncia-lo.

Operações bancarias dividem-se em três tipos:


 Operações Bancarias Passivas
 Operações Bancarias Ativas
 Operações Bancarias Atípicas

22 de Junho de 2020
A matéria do direito bancário encontra-se dividida em duas partes
fundamentais: direito institucional e aos atos que podem ser praticados pelas
instituições, estas instituições são fundamentalmente definidas como instituições de
crédito (bancos que podem praticar todas as operações consideradas bancarias e
outras instituições, que estão mais limitadas na sua atividade) e as sociedades
financeiras (praticam determinados atos – atividade para que foram criadas, mas
nunca todas as operações bancarias).
A cima deste conjunto de instituições, encontramos a estrutura supranacional,
incluindo o banco central europeu e os bancos centrais nacionais, que vai influenciar a
produção de legislação e efetuar a supervisão.
As instituições possuem deveres, e se não os cumprirem, podem incorrer numa
responsabilidade, ou seja, incorrem a ilícitos que podem ter uma penalização por
coimas.

Entramos no direito publico das instituições, aplicando-se o Direito Comercial,


uma vez que os bancos são comerciantes na via subjetiva e na via objetiva.

As operações bancarias, praticadas pelas instituições de crédito, salientando


os bancos.
Posições passivas  O banco coloca-se na posição de devedor. O banco
pode necessitar de mais dinheiro, para alem do valor que o banco possui no seu
capital social, especialmente, quanto mais desenvolve a sua atividade. Deste modo,
para alimentar todo este movimento, são necessários investidores (salientando-se os
depósitos), que se irão constituir credores.
O banco pode ainda socorrer-se de empréstimos, que podem ser pedidos aos
outros bancos ou a banco central.
Ainda se admite, que o banco emita títulos de obrigações, colocando-os no
mercado. As pessoas que compram estes títulos, constituem-se credores dos bancos
que os emitiu. Não é muito comum os bancos recorrerem a emissão de obrigações.
Posições ativas  Com esta suma de capitais, o banco pode praticar ações
ativas, emprestando esse dinheiro aos clientes. Neste caso, o banco será constituído
como credor, e os clientes serão os seus devedores.
O banco deve publicar as taxas, para que o cliente possa estabelecer se é
favorável permanecer naquele banco ou trocar.

Cada vez é menos frequente os atos de prestação de serviços, que seriam


consideradas atípicas, mantem-se na zona neutra (uma vez que não se estabelecem
numa posição ativa ou passiva). Contudo, continua a ser operações bancarias, nos
termos do art. 4º RGIC.

Depósito bancário  Uma das formas do banco adquirir dinheiro, o dinheiro é uma
coisa fungível. Ou seja, é uma atividade passiva realizada pelo banco.
Se uma instituição for declarada insolvente, os clientes passam para credores.
Compete ao banco constituir uma lista dos seus credores.
O cliente, só receberá o valor que sobrar após o pagamento de credores à
cabeça, como o Estado ou outras entidades semelhantes. Isto não é propriamente um
deposito bancário, contudo, a lei define-o como tal.
Juridicamente pode ser qualificado como deposito irregular, podendo ser um
contrato atípico que mistura as caraterísticas do contrato mútuo e do contrato de
deposito. Contudo, o cliente não será possuidor, nem proprietário, não pode intentar
ações.
O deposito bancário possui modalidades, regulados por diplomas
próprios:
 Depósito a ordem
 Contratos a prazo  existem vários tipos
 Depósitos a prazo  apresentam melhores condições para adquirirem
depósitos, uma vez que necessitam de adquirir dinheiro para o exercício
da sua atividade.
o Mobilizáveis:
 Com perda de juros
 Sem perda de juros
o Não mobilizáveis
Deposito geral previsto no direito civil  o depositante colocar algo, uma
coisa, no depositário. Competindo ao depositário guarda-la e restitui-la tal e qual como
a recebeu. Estabelece-se numa prestação de serviços porque o depositante, dono da
coisa depositada, paga ao depositário para ele o guardar.
Há certos casos, onde este deposito se torna irregular, especialmente quando
se tratam de coisa infungíveis.

Contas bancarias:
A abertura de conta bancaria, possui vários contratos: Um dos primeiros é
que o banco a aceitar a ficha bancaria, fica obrigado a prestar serviços. O cliente é
que fornece ordens ao banco, e o banco tem a obrigação de as seguir.
Encontra-se também implícito o contrato de deposito, uma vez que banco não
abre a conta sem a verificação de um deposito mínimo, sendo este valor estipulado
pelo banco – é um contrato genérico, porque todos os bancos aplicam este contrato,
ou seja, no contrato de abertura de conta, é necessário efetuar vários depósitos de
forma a alimentar a nossa conta.
Se a nossa conta estiver devidamente provisionada, o banco será obrigado por
lei a efetuar as operações.
Acrescenta-se que o banco tem que cumprir todas as leis nacionais, tal como
os regulamentos da Lei Uniforme relativamente a livranças, letras e cheques, que
possuem regras próprias.

Regime da abertura de conta – aceitação dos deveres do banco, perante o cliente.


Embora, o cliente também possua deveres perante o banco, salientando-se o dever de
lealdade e de provisão da conta para os atos que pretende praticar.

Ficha de abertura de conta:


Exige-se personalidade juridica e capacidade juridica para praticar
determinados atos.
Movimentadores  de modo geral, são os titulares da conta, podendo a conta
ser movimentada por outras pessoas, todavia, pode ser estipulado no momento da
celebração do contrato.
Estabelece-se se a conta é conjunta ou solidária, sendo contas coletivas,
embora exista contas singulares (possui um só titular):
 Conjunta  Significa que ela só pode ser movimentada com assinatura de
todos os titulares dessa conta. Não há a possibilidade de a movimentar se isto
não se verificar.
 Conta solidaria  dos titulares, qualquer deles pode movimentar a conta toda,
tanto a crédito como a debito. Aplica-se o conceito da responsabilidade
solidária, são solidários de forma ativa e passiva.

Cheques:
Cheque visado  é um cheque acautelado garantia que o banco controlou a
suficiência do valor do cheque. Não é uma segurança absoluta, tem que ter saldo
cativo.
Cheque bancário  É o próprio banco que emite um cheque dele, assinado
por ele a dizer que vai pagar a importância estipulada.

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