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Conferencia 7 - Toxicologia
Conferencia 7 - Toxicologia
Conferência 6
Duração: 50
minutos
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TOXICOLOGIA DE MEDICAMENTOS
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Objectivos de Aprendizagem
Ao final desta aula os estudantes devem ser
capazes de:
Caracterizar os medicamentos e explicar o
seu comportamento toxicológico;
Descrever a toxicocinética, toxicodinamica e
a fase clínica dos medicamentos;
Eleger um tratamento adequado para uma
situação clínica especifica.
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Antidepressivos Inibidores da
Serotonina
Os antidepressivos inibidores selectivos de
receptação da serotonina são medicamentos de
maior índice terapêutico, com menos efeitos
colaterais e/ou tóxicos e por isso de utilização
mais segura que o tricíclicos.
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Produtos de Utilização mais Comuns
Fluoxetina com dose tóxica maior que 600 mg e dose
letal maior que 2 g;
Paroxetina com dose tóxica > 850 mg e sem descrição de
óbitos;
Sertralina com dose tóxica > 1g e casos graves > 2g, sem
relatos de óbitos;
Citalopram com dose tóxica e dose letal não
estabelecidas, porém a dose letal podendo ser de mais
de 2 g;
Fluvoxamina com dose tóxica > 1g, sem descrição de
óbitos
Venlafaxina com dose tóxica > 1 g, sem descrição de
óbitos
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Toxicocinética
Sua absorção digestiva é lenta, levando de 4 a 8
h, e diminuída ainda mais pela alimentação
(fluoxetina e sertralina).
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Toxicocinética (cont.)
Seus metabólitos são inactivos, com excepção
dos da fluoxetina cujo derivado principal, a
norfluoxetina, é um inibidor selectivo de
receptação da serotonina clinicamente activo.
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Toxicodinâmica
Os inibidores seletivos de recaptação da
serotonina actuam inibindo a recaptura da
serotonina (5-hidroxitriptamina ou 5-HT) de modo
específico aumentando assim, a taxa de
neurotransmissores monoaminados (dopamina,
serotonina, noradrenalina) na sinapse neuronal.
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Sinais e Sintomas
Sinais anticolinérgicos, com sonolência, náuseas
e vômitos, taquicardia, hipertensão, tremores,
depressão do nível de consciência, convulsões,
hipertermia, mucosas secas, retenção urinária e
midríase;
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Sinais e Sintomas (cont.)
A síndrome serotoninérgica, pode ser
dividida didacticamente em:
I. Leve, com manifestações de tremores,
confusão mental, incoordenação,
movimentos coréicos e midríase;
II. Moderada, com inquietude, agitação
psicomotora, hiperreflexia, ataxia, rubor e
diaforese;
III. Grave, com delírio, trismo, rigidez muscular,
hipertermia, mioclonia e diarréia.
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Tratamento
Aspiração de vias aéreas e oxigenação;
Descontaminação gastrintestinal com lavagem
gástrica e uso do carvão ativado;
Suporte das funções vitais;
Controle da hipertermia com medidas físicas;
Controlo de agitação e convulsões com
benzodiazepínicos;
Tratamento da rigidez muscular: também com
diazepam.
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Antidepressivos Triciclicos
Os antidepressivos tricíclicos são medicamentos
desenvolvidos para o tratamento da depressão,
mas também utilizados como coadjuvantes do
tratamento de dor crónica, na profilaxia da
enxaqueca, na abstinência à cocaína, etc.
.
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Antidepressivos Triciclicos (cont.)
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Toxicocinética
Apresentam uma absorção lenta e irregular por
via oral quando em altas doses, devido a
seus efeitos anticolinérgicos que retardam a
actividade gastrointestinal e o tempo de
esvaziamento gástrico.
A distribuição no organismo é rápida com ligação
a proteínas plasmáticas em torno de 75%.
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Fase Clinica (2)
Didaticamente podemos dividir em 3 fases de
intoxicação :
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Fase Clinica (3) - Segunda fase
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Fase Clinica (4) - Terceira fase
Aparece após 72 horas, tem como característica o
retorno do quadro de agitação, delírios e marcada
síndrome anticolinérgica.
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Tratamento (2)
As alterações como agitação, delírio e
alucinações, decorrentes do efeito
anticolinérgico não são tratadas com
anticolinesterásicos como a fisostigmina, e
também se deve evitar o uso de neurolépticos,
pois há risco de agravar os efeitos
anticolinérgicos.
Normalmente o uso de benzodiazepínicos como
o diazepam controla bem essas manifestações,
assim como as convulsões.
A hipertermia responde bem a medidas físicas
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Tratamento (3)
As alterações cardiovasculares devem ser tratadas
como entidades clínicas cardíacas de rotina. Por
exemplo:
Nas taquicardias supraventriculares, o uso de
bicarbonato com a alcalinização geralmente
normaliza o paciente, mas, às vezes, há
necessidade do uso de beta-bloqueadores ou
bloqueadores do canal de cálcio;
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Tratamento (4)
Nos distúrbios de condução, o bicarbonato ou o
marca-passo podem ser úteis;
Em arritmias ventriculares, deve-se usar
lidocaína nos casos refratários ao bicarbonato;
Finalmente, nos casos de hipotensão,
cristalóide e aminas vasoativas podem ser
necessárias.
O suporte respiratório é sempre importante. O
suporte nutricional também pode ser útil.
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FIM
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