Como melhorar o nosso desempenho no teste dos Vaivéns da

bateria de testes do FIT-escola, utilizando os nossos

conhecimentos de Física.
Física e Química A + Educação Física
Prof. Hugo Santos (FQ A) e Prof. Gonçalo Silva (EF)

11º1C
António Monteiro Nº 3
Diogo Silva Nº 4
Tiago Ferreira Nº31
1
Introdução
O teste dos Vaivéns consiste na realização do número máximo de percursos realizados
numa distância de 20 metros a uma cadência pré-determinada, avaliando a aptidão
aeróbica de cada pessoa e verificando se nos encontramos ou não nos encontramos na
zona saudável.
Esta prova de resistência pode ser feita num pavilhão ou num recinto exterior adequado
desde que haja um espaço de 20 metros delimitado por duas linhas.
Os alunos que estão a ser avaliados devem começar atrás duma das linhas que
delimitam o espaço e deve correr até à outra linha e tocar, com pelo menos um pé, no
outro lado da linha sempre que ouvir o som “bip”, caso o som tocar e o aluno ainda não
tiver chegado à linha do outro lado do campo, este sofre uma falta e o percurso é
anulado.
Após 2 faltas o aluno é chumbado caso não tenha realizado o número mínimo de
percursos, (nº mínimo de percursos: rapazes com 16 anos = 47 vaivéns, rapazes com 17
anos = 50 vaivéns, raparigas de 16 anos = 32 vaivéns, raparigas de 17 anos = 35 vaivéns).

Objetivo
Descobrir se o uso de suplementos, isto é, bebida energética irá aumentar
consideravelmente o nosso desempenho mo teste dos vaivéns.

Procedimento
1. Fazer o teste dos vaivéns sem o uso de suplementos e recolher todos os dados.

Repetições Distância (d) Δt Vm

António 45 900 m 340,36 s 2,644 m/s
Diogo 50 1000 m 375,36 s 2,665 m/s
Tiago 50 1000 m 373, 23 s 2,679 m/s

Vm = d/Δt
António: Vm = 900 / 340,36 = 2,644 m/s
Diogo: Vm = 1000 / 375,36 = 2,665 m/s

2
Tiago: Vm = 1000 / 373,23 = 2,679 m/s
2. Descansar até ao dia da próxima prova para que estejamos nas mesmas
condições iniciais em ambas as provas.
3. Antes da próxima prova, beber uma certa quantidade de bebida energética.

Quantidade ingerida e valores energéticos na mesma quantidade:

António: 125 ml - 116,5 kJ - 27,5 kcal
Diogo: 125 ml - 116,5 kJ - 27,5 kcal
Tiago: 250 ml - 233 kJ - 55 kcal
4. Repetir a prova com o efeito das bebidas energéticas e recolher os dados.
Repetições Distância (d) Δt Vm
António 55 1100 m 404,07 s 2,722 m/s
Diogo 55 1100 m 403,81 s 2,724 m/s
Tiago 60 1200 m 435,13 s 2,758 m/s

Vm = d/Δt
António: Vm = 1100 / 404,07 = 2,722 m/s
Diogo: Vm = 1100 / 403,81 = 2,724 m/s
Tiago: Vm = 1200 / 435,13 = 2,758 m/s
3
 5. Comparar resultados para descobrir se o uso de suplementos, (bebidas
energéticas, fazem diferença no nosso rendimento nos testes do vaivém.

Discussão
Será que o nosso desempenho aumentou com o uso de bebidas energéticas?
A resposta é sim, não só o nosso número de repetições aumentou, mas também, o
nosso nível de cansaço após a prova desceu:
Nível de cansaço de 0 a 10 após primeira prova, sem o uso de bebidas energéticas:
António: 7/10, ofegante, frequência cardíaca muito alta e suor em excesso.
Diogo: 6/10, ofegante, frequência cardíaca alta e leve cansaço nas pernas
Tiago: 5,5/10, pouco ofegante, frequência cardíaca um pouco alta e leve dor nas pernas

Nível de cansaço de 0 a 10 após segunda prova, com o uso de bebidas energéticas:

António: 6/10, menos ofegante, frequência cardíaca mais baixa (+ 10 vaivéns).
Diogo: 6/10, um pouco menos ofegante, frequência cardíaca alta e menor cansaço nas
pernas (+5 vaivéns).
Tiago: 5/10, pouco ofegante e frequência cardíaca um pouco alta e menor dor nas pernas
(+10 vaivéns)

Mais detalhadamente, as diferenças que sentimos durante os dois testes foram as

seguintes:
 Primeiramente, no final do segundo ensaio, mesmo completando um maior
número de vaivéns, as nossas frequências cardíacas, mantiveram-se quase
idênticas às do primeiro ensaio. Isto significa que obtivemos resultados melhores
com esforços iguais.
 Depois, ao praticar qualquer atividade física, se esta for bem feita, a dor muscular
ou o cansaço são inevitáveis, e, como foi possível observar, após o segundo ensaio,
concluímos mais vaivéns, logo, a atividade física foi mais intensa e como
consequência devíamos sentir mais fatiga ou devíamos sentir mais dor nas pernas,
mas, pelo contrário, sentimos menos fatiga, menos dor nas pernas, e no caso do
António, este não sentiu nenhuma dor.

4
  Outra diferença foi o facto de que, no caso do caso do António, durante o primeiro
teste, por volta dos 40 vaivéns a intensidade do teste aumentou e
consequentemente os níveis de cansaço do António aumentaram
consideravelmente, já no segundo teste, esta situação não se repetiu, ou seja, o
António conseguiu regular melhor o seu cansaço, e como consequência, não houve
nenhum momento durante o teste, onde ao aumentar a intensidade, aumentou
também os níveis de cansaço, isto é, aumentou bastante como foi observado no
primeiro teste.
 Por fim, a última diferença é o facto de que ao longo do teste nunca estivemos tão
ofegantes como tivemos no final do primeiro teste, como estávamos menos
cansados, conseguimos, como consequência, controlar melhor a respiração.

Sem o consumo de bebidas energéticas

Nível de cansaço

Nível de cansaço

Com o consumo de bebidas energéticas

Nível de cansaço

5
Parte teórica
Como pudemos observar, o consumo de bebidas energéticas provocou um efeito
positivo no nosso desempenho no teste dos vaivéns, mas porquê?
A powerade é uma bebida energética constituída por uma solução eletrolítica (soluções
que conduzem energia e libertam sais e iões ao serem colocadas em água) à base de
hidratos de carbono e que ajuda a manter o nível de resistência em exercícios que
requerem uma resistência prolongada ao estimular o metabolismo do consumidor.  
As bebidas fornecem muita energia por causa dos ingredientes, energia essa que vai ser
absorvida pelas células do corpo e vai ser usada na realização da atividade em causa. 
Como fornecem mais energia o corpo, como consequência possui mais energia para fazer
o exercício com uma resistência maior do que faria sem essa energia. Os ingredientes
presentes na bebida e que a deixam de forma a nos fornecer esta energia são: 

- A água, que liberta os sais e iões das soluções eletrolíticas e que permite que a bebida
seja uma solução aquosa ao atuar como solvente dos vários constituintes. Também
fornece nutrientes á bebida. 
 
- Açucares, ou seja, os hidratos de carbono da bebida, que têm como função dar energia
á bebida e consequentemente ao consumidor, estando presente 5g a cada 100ml. 
- O acido cítrico é uma substância orgânica e solúvel. Serve como antioxidante, ou seja,
evita ou pelo menos atrasa a oxidação do alimento em que esta contido. É rico em
vitaminas C e por isso é bom para o sistema imunológico. Também serve como um
redutor de acidez dos alimentos. Também influencia o metabolismo humano. 
 
- O citrato de sódio é o sal de sódio do ácido cítrico. Possui um sabor salino e por isso
pode ser usado como um aditivo alimentar e também como um conservante. Serve como
um agente flavorizante, ou seja, adiciona sabor e aroma ao alimento, neste caso á
powerade. 
Tanto o acido cítrico e o citrato de sódio têm como função principal de reguladores de
acidez, ajustando o ph da bebida de acordo com o que é pretendido 
 
- Estabilizadores são substâncias que ajudam a manter o estado físico-químico da
powerade. Para esta função a powerade ice storm possui os aditivos E-414 ou goma
arábica, que é uma resina natural composta por polissacarídeos e glicoproteínas. É
frequentemente usado como espessante (aumenta a viscosidade dos alimentos) e
também como estabilizador, mas pode ser usado como emulsionante (tornam possível a
formação ou manutenção de misturas de substâncias homologas).  O outro estabilizador
é o E-445 ou ésteres de glicerol da colofónia. Este é uma resina especial derivada da
síntese de esterificação de ácidos resinoso e serve como estabilizador e como
emulsionante. 

6
- Aromas são compostos químicos voláteis que são facilmente preceptivos pelos nossos
neurónios olfativos dos nossos órgãos olfativos. Dão cheiros aos alimentos sendo usados
na produção destes. Uma das principais fontes de aromas são ervas aromáticas.
  
- Edulcorantes são aditivos de baixo calor teórico usados para substituir o açúcar em
alimentos. Na powerade ice storm estão presentes o edulcorante E-950 ou acesulfame-K,
que é um adoçante dietético que tem um grande poder adoçante (125 vezes mais que
sacarose) e é um risco para a saúde humana caso seja consumido em grandes
quantidades. O outro edulcorante é o E-955 ou sucralose. Derivado do clorado de
sacarose, é altamente estável e solúvel, tem um poder adoçante 600 vezes maior que a
sacarose, é resistente ao calor tal como o acesulfame-K e, pelo contrário não apresenta
um grande risco de saúde. Este não tem qualquer valor calórico e não é metabolizado. 

- Corantes são substâncias que são usadas para dar cor aos alimentos quer seja dar uma
nova cor ou recuperar a que foi perdida no fabrico destes, garantindo uma coloração
uniforme dos mesmos. Na powerade ice storm apenas está presente o corante E-133 que
é um corante azul brilhante FCF que dá a cor á bebida.

Conclusão
Concluindo, bebidas energéticas melhoraram o nosso desempenho no teste dos
vaivéns, os nossos níveis de cansaço desceram, as nossas dores musculares eram quase
inexistentes e fomos capazes de fazer mais vaivéns com menor esforço.
Apesar de todos termos notado diferença, concluímos também, que a intensidade dos
efeitos das bebidas energéticas variam de pessoa para pessoa, por exemplo, o António
sentiu uma maior diferença do que o Diogo, como é possível observar no gráfico, após o
consumo da mesma quantidade de bebida energética, o António fez mais 10 vaivéns e o
Diogo fez apenas mais 5, e também, o António acabou com um nível de cansaço menor
do que tinha acabado no primeiro teste e o Diogo manteve o mesmo nível de cansaço.
Também aprendemos que as bebidas energéticas não melhoram o nosso desempenho
consideravelmente se nós não estivermos fisicamente aptos, isto é, as bebidas
energéticas também terão efeitos mais intensos em alguém que faça exercício
regularmente, é muito provável que, quando alguém que nunca faça exercício físico
tomar uma bebida energética, este não sinta quase nada e provavelmente o consumo da
mesma traga efeitos negativos para a saúde do consumidor.
Aprendemos que as bebidas energéticas não dos dão um pico de energia instantâneo,
mas, o que estas nos oferecem, é mais energia durante um certo período de tempo,
depois de algum tempo após o consumo das mesmas.

7
Por fim aprendemos que os componentes dentro das bebidas energéticas são escolhidos de
forma a que consigam tornar a bebida quimicamente estável, e que, ao mesmo tempo,
desempenhem a sua função principal que é fornecer energia ao consumidor fornecendo
uma maior resistência durante a prática de qualquer atividade física.

Autoavaliação e heteroavaliação
Nós, em grupo, acreditamos que conseguimos concretizar um bom trabalho
cooperativo. Todos participaram ativamente nas várias fases do trabalho e durante os
ensaios necessários para obter dados. Encontramos dificuldades na parte teórica do
trabalho, isto é, não conseguimos aplicar os nossos conhecimentos de física neste
trabalho, mas acabamos por encontrar uma solução. Concluindo achamos que apesar de
não termos conseguido aplicar a física, fizemos um bom trabalho pois todos trabalhamos
ativamente, obtivemos os dados necessários e encontramos uma maneira diferente de
explicar como o nosso desempenho aumentou.