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INSTITUTO POLITÉCNICO PLANALTO – CHIMOIO

Cadeira de: Atenção Integrada a doenças de Infância (AIDI)

Curso: ESMI- 28

2° Ano I° Semestre

Tema:
Indentificação, avaliação e manejo das situações de saúde mental mais relevante

Discentes 3° Grupo:
Lurdes Mafanhane
Tabita
Noémia
Regina
Sandra

Bete

Claudia

Maria Cristina

Chimoio, Abril 2023


3°Grupo
Lurdes Mafanhane
Tabita
Noémia
Sandra
Bete
Claudia
Maria Crisatina
Regina

Indentificação, avaliação e manejo das situações de saúde mental mais relevante

Trabalho investigação da Disciplina de Atenção


Integrada a doenças de Infância (AIDI), a ser
apresentado ao Departamento (Curso) de
Enfermagem de Saúde Materno Infantil de carácter
avaliativo. Orientado sob:

Docente: Maria Sitembile

Chimoio, Abril 2023


Índice
1 Introdução..................................................................................................................1

2 Objectivos..................................................................................................................2

2.1 Geral....................................................................................................................2

2.2 Específicos..........................................................................................................2

3 Metodologia de pesquisa............................................................................................2

4 Enquadramento teórico..............................................................................................3

5 Perturbações do comportamento................................................................................3

5.1.1 Sintomas mais comuns das Perturbações do comportamento.....................3

5.2 Intervirvencao nas perturbações do comportamento?........................................3

6 Perturbação de hiperactividade com défice De atenção.............................................3

6.1 Epidemiologia.....................................................................................................4

6.2 Factores de Risco................................................................................................4

6.3 Avaliação............................................................................................................4

7 Dificuldades de aprendizagem...................................................................................5

7.1 Definição.............................................................................................................5

7.2 Sintomas..............................................................................................................5

7.3 Causas.................................................................................................................6

7.4 Diagnóstico.........................................................................................................6

7.5 Tratamento..........................................................................................................6

7.6 Prevenção............................................................................................................6

8 Pertubação de ansiedade............................................................................................7

8.1 Definição.............................................................................................................7

8.2 Sinais de ansiedade.............................................................................................7

8.3 As causas da Ansiedade......................................................................................7

8.4 Sintomas físicos da Ansiedade...........................................................................8

8.5 Sintomas psicológicos da Ansiedade..................................................................8


8.6 Tratamento para a Ansiedade.............................................................................8

9 Perturbações de humor...............................................................................................9

9.1 Definição.............................................................................................................9

9.2 Tipos de transtorno do humor.............................................................................9

9.3 Sintomas............................................................................................................10

9.4 Causas do problema..........................................................................................10

9.5 Tratamentos......................................................................................................10

10 Recusa Escolar.........................................................................................................10

10.1 Definição...........................................................................................................10

10.2 Sintomas............................................................................................................11

10.3 As causas...........................................................................................................11

10.4 sinais de alerta para detectar a Recusa Escolar.................................................11

10.5 Consequências..................................................................................................12

11 Comportamento suicida...........................................................................................12

11.1 Definição...........................................................................................................12

11.2 Suicídios consumados ao redor do mundo.......................................................12

11.3 Causas...............................................................................................................12

11.4 O factor que contribui para o comportamento suicida......................................13

11.4.1 Depressão..................................................................................................13

11.5 Factores de risco para o comportamento suicida..............................................13

11.6 Antidepressivos e o risco de suicídio................................................................13

11.6.1 Suicídio por contágio.................................................................................14

11.7 Prevenção..........................................................................................................14

11.8 Controle............................................................................................................14

11.9 Impacto.............................................................................................................15

12 Transtorno de sintomas somáticos...........................................................................15

12.1 Definição...........................................................................................................15
12.2 Sintomas do transtorno de sintomas somáticos................................................16

12.3 Diagnóstico do transtorno de sintomas somáticos............................................16

12.4 Tratamento do transtorno de sintomas somáticos.............................................17

13 Perturbações do sono................................................................................................17

13.1 Definição...........................................................................................................17

13.2 Sintomas............................................................................................................17

13.3 Diagnóstico.......................................................................................................18

14 As perturbações de eliminação.................................................................................18

14.1 Diagnostico.......................................................................................................18

14.1.1 Enurese......................................................................................................18

14.1.2 Encoprese..................................................................................................18

14.2 CAUSAS...........................................................................................................18

15 Transtorno psicótico.................................................................................................19

15.1 Definição...........................................................................................................19

15.2 Sintomas do transtorno psicótico......................................................................20

15.3 Delírios..............................................................................................................20

15.4 Causas...............................................................................................................20

15.5 Diagnóstico.......................................................................................................21

15.6 Tratamento do transtorno psicótico..................................................................21

15.7 Prevenção..........................................................................................................22

16 Conclusão.................................................................................................................22

17 Referências Bibliográficas.......................................................................................23
1

1 Introdução
Saúde e saúde mental têm conceitos complexos e historicamente influenciados por
contextos sócio-políticos e pela evolução de práticas em saúde. Os dois últimos séculos
têm visto a ascensão de um discurso hegemônico que define esses termos como
específicos do campo da medicina. Entretanto, com a consolidação de um cuidado em
saúde multidisciplinar, diferentes áreas de conhecimento têm, gradualmente,
incorporado tais conceitos.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), “A saúde é um estado de
completo bem-estar físico, mental e social, e não consiste apenas na ausência de doença
ou de enfermidade”. Essa definição, de 1946, foi inovadora e ambiciosa, pois, em vez
de oferecer um conceito inapropriado de saúde, expandiu a noção incluindo aspectos
físicos, mentais e sociais.
Apesar das intenções positivas pressupostas nessa definição, ela tem recebido intensa
crítica ao longo de seus 60 anos de existência. Isso se deve especialmente ao fato de que
é proposto um significado irreal, em que as limitações humanas e ambientais fariam a
condição de “completo bem-estar” impossível de ser atingida.
Decorrentes das críticas ao conceito da OMS e somadas aos vários eventos políticos e
econômicos, surgiram as discussões sobre um novo paradigma, a saúde como produção
social. Essa nova visão constitui-se da combinação das abordagens da medicina
preventiva e da saúde integrativa, da expansão do conceito de educação em saúde e da
rejeição da abordagem higienista.
As Perturbações do Comportamento e a Perturbação de Hiperactividade com Défice de
Atenção (PHDA) constituem as formas mais comuns de psicopatologia na infância e na
adolescência. Estas perturbações acarretam pesados encargos individuais e sociais, em
termos humanos e económicos, podendo ser precursoras de perturbações muito
incapacitantes na idade adulta. O seu tratamento é dificultado pela complexidade dos
factores implicados na sua etiopatogenia, pelo elevado grau de disfuncionalidade das
famílias envolvidas e pela escassez de recursos comunitários para implementar
estratégias de intervenção eficazes.

2 Objectivos
2

2.1 Geral
Analisar a Indentificação, avaliação e manejo das situações de saúde mental
mais relevante
Entretanto para uma melhor efectivação do trabalho e enquadramento do
conteúdo tivemos que deduzir os nossos objectivos primordiais em pequenas
metas. Deste modo apresentámos como objectivos:

2.2 Específicos
Explicar a Indentificação, avaliação e manejo das situações de saúde mental
mais relevante ;
Identificar Cada situações de saúde mental mais relevante;
Caracterizar e Descrever as causas, sinais e sintomas, diagnóstico e tratamento
de situações de saúde mental mais relevante.
3 Metodologia de pesquisa
A metodologia de investigação usada na elaboração do presente trabalho foi a consulta
bibliográfica, no qual foram consultados manuais e sites em torno do tema abordado,
assim como ilustra as referências bibliográficas, os nomes dos autores citados.

4 Enquadramento teórico
5 Perturbações do comportamento
3

Segundo American Academy of Child and Adolescent Psychiatry. 1997. As


Perturbações do Comportamento são caracterizadas por dificuldades comportamentais e
emocionais, variando de acordo com os sintomas que a criança/jovem manifesta.

As Perturbações de Comportamento interferem significativamente com o


desenvolvimento e comportamento nos contextos em que a criança/jovem se insere,
causando dificuldades com o grupo de pares, com a família e com os demais adultos que
participam nas suas vidas, como os professores.

5.1.1 Sintomas mais comuns das Perturbações do comportamento

 Dificuldades na gestão da frustração e birras;


 Dificuldade em aceitar a crítica e  o “não;
 Comportamentos explosivos de raiva; 
 Desafio e/ou recusa em cumprir pedidos e regras.

5.2 Intervirvencao nas perturbações do comportamento?

Na Clínica NeuroImprove, a intervenção nas Perturbações de Comportamento é


realizada através de sessões de Psicologia e de Neurofeedback.

Após uma avaliação com o Eletroencefalograma quantitativo, é feito o levantamento das


áreas onde a criança revela dificuldades, quais os comportamentos que apresenta e qual
o percurso desenvolvimental. A avaliação neurológica permitir-nos-á encontrar o
nível de atividade ideal em cada região do cérebro, cujo será promovido através do
treino de Neurofeedback pois a criança irá aprender a recuperar o equilíbrio no
funcionamento seu cérebro.

6 Perturbação de hiperactividade com défice De atenção


Os critérios de diagnóstico de PHDA definidos nas classificações internacionais (DSM
IV-TR e ICD-10) englobam uma associação de sintomas de aumento da actividade
motora, impulsividade e défice da atenção, que se evidenciam durante mais de seis
meses em pelo menos dois contextos (casa, escola, situações sociais) e interferem
significativamente no funcionamento da criança.
4

6.1 Epidemiologia
A PHDA é o distúrbio neurocomportamental mais frequente na criança de idade escolar,
sendo a perturbação do desenvolvimento da infância e adolescência mais estudada.11
Estima-se que a PHDA afecte cerca de 7 % das crianças e adolescentes em idade
escolar, sendo três a quatro vezes mais comum no sexo masculino. É mais
frequentemente diagnosticada nesta fase, em unção das maiores exigências sociais e
académicas, podendo contudo manifestar-se em idades mais precoces.

6.2 Factores de Risco


Os factores de risco implicados na etiopatogenia da PHDA incluem:
Factores genéticos (hereditariedade estimada em 65-
-90%, com agregação familiar);
Factores pré e peri-natais (exposição a álcool e drogas
durante a gravidez, baixo peso ao nascimento,
Prematuridade, traumatismo cranioencefálico, anóxia);
Lesões neurológicas (ex.: epilepsia), principalmente
se associadas a défice cognitivo;
Família numerosa, desagregada, com conflito parental, de baixo nível socioeconómico.

6.3 Avaliação
Sendo o diagnóstico da PHDA essencialmente baseado em critérios clínicos
comportamentais, a avaliação médica está sujeita a subjectividade. Durante a entrevista
clínica com os pais, o médico deverá abordar aspectos como:
• Características das alterações da atenção, nível de actividade e controlo de impulsos:
idade de início, duração, frequência, intensidade, contexto, factores desencadeantes,
agravantes e protectores, tentativas de resolução, impacto funcional;
• Sintomas associados (ex.: baixa auto-estima, agressividade, oposição, intolerância à
frustração, comportamentos anti-sociais);
• Emoções: características e competências emocionais da criança, preocupações ou
medos excessivos, humor depressivo ou irritável;
• Sintomas funcionais: motores, sono, alimentar, controlo de esfíncteres;
• Percurso escolar: aproveitamento, adaptação, dificuldades de aprendizagem;
• Funcionamento social: relação com pares, capacidade de comunicação, actividades
extracurriculares;
5

• Experiências traumáticas anteriores e factores de stress ou mudanças recentes no meio


sociofamiliar;
• Ambiente familiar, regras de disciplina, contexto social da família, expectativas dos
pais;
• Antecedentes pessoais: desenvolvimento motor e da linguagem, factores de risco pré,
peri e pós-natais;
• Antecedentes familiares: PHDA, perturbações psiquiátricas depressão, doença
bipolar, ansiedade, tiques), doenças genéticas.
O exame objectivo da criança deverá incluir um exame neurológico sumário e uma
avaliação do desenvolvimento psicomotor, da visão e da audição. Como a observação
directa pode não ser esclarecedora quanto
7 Dificuldades de aprendizagem

7.1 Definição
Segundo World Health Organization 1992. São consideradas como o conjunto de
problemas de aprendizagem que afeta a forma como a criança processa a informação,
resultando em adversidades quanto à sua capacidade de falar, soletrar, escutar, ler,
escrever, raciocinar, organizar informação ou realizar cálculos matemáticos,
interferindo com o seu desempenho escolar.

7.2 Sintomas

Variam nas formas de apresentação e de acordo com a idade. Sempre que os pais
suspeitarem da presença de dificuldades de aprendizagem devem registar as suas
observações e partilhá-las com os professores e médicos de modo a que essa suspeita
possa ser avaliada.

A sua principal característica é a existência de uma disparidade marcada e inexplicável


entre aquilo que é legítimo esperar do desempenho de uma pessoa e o seu desempenho
real. Estas podem ser ligeiras ou graves e não é raro surgir mais do que um tipo na
mesma pessoa.
6

7.3 Causas

Não são ainda bem conhecidas mas pensa-se que possam corresponder a uma
perturbação de origem neurobiológica que resulta de uma estrutura ou de um
funcionamento cerebral diferente.

Admite-se algum papel da hereditariedade, uma vez que, em algumas famílias, ocorrem
vários casos.

Uma doença ou trauma durante a gravidez, o uso de álcool ou de drogas durante a


gestação, a prematuridade ou o baixo peso ao nascer, um trabalho de parto prolongado
parecem ser outras causas possíveis.

7.4 Diagnóstico

O diagnóstico passa por uma avaliação ponderada dos elementos obtidos através de
diversas fontes, como os pais, professores, médicos, psicólogos ou terapeutas da fala e,
naturalmente, do próprio indivíduo. Esta é a única metodologia capaz de identificar
corretamente a dificuldade de aprendizagem.

7.5 Tratamento

Existem diversas formas de abordagem que passam pela adaptação da forma de


instrução/educação de modo a potenciar a aprendizagem e a ultrapassar as dificuldades
sentidas. As estratégias de tratamento são múltiplas, dependendo do tipo e das suas
manifestações, mas, de um modo geral, estas estratégias devem envolver a família, os
professores e equipas especializadas.

7.6 Prevenção

Elas permanecem ao longo da vida, mas esse facto não deve impedir as pessoas afetadas
de alcançarem os seus objetivos. Não se trata de uma doença e, como tal, não existe um
tipo de tratamento ou intervenção que seja adequado a todos os casos.

Embora não possam ser prevenidas, a sua identificação precoce e a procura do apoio de
profissionais qualificados são os melhores caminhos para a obtenção de bons resultados
e para uma melhor qualidade de vida.
7

8 Pertubação de ansiedade

8.1 Definição

A Ansiedade é caracterizada por um sentimento de tensão, preocupação e medo. Ainda


que a Ansiedade seja um estado mental e emocional normal e útil ao ser humano,
quando sentida sem uma razão aparente, ou de uma forma excessiva e continuada,
torna-se num problema de saúde, ou seja, numa doença psicológica. A Ansiedade
enquanto perturbação psicológica torna-se extremamente incapacitante e limitadora.

8.2 Sinais de ansiedade


Sente medos que não são reais, que limitam o seu dia-a-dia ;
Preocupa-se excessivamente com o que os outros pensam sobre si próprio;
Evita locais ou situações porque se sente desconfortável ;
Sofre por antecipação sem viver de forma plena ;
Tem dificuldade em adormecer ou acorda várias vezes durante a noite;
Sente dores e pressões físicas;
Sente confusão mental e apatia;
Tem pensamentos repetitivos que não consegue ultrapassar;
Sente que está sempre acelerado até em situações calmas;
Não consegue sentir equilíbrio entre o corpo e a mente;
Tem um medo excessivo de falhar nas suas tarefas e desafios diários

8.3 As causas da Ansiedade

Ao longo da nossa vida, vivemos experiências negativas que se tornam, muitas vezes,
traumáticas e perturbadoras no nosso bem-estar. Essas experiências poderão condicionar
a forma como nos sentimos e agimos e no futuro serão a origem de estados de
Ansiedade.

A infância e a adolescência são os períodos em que ocorrem grande parte dos eventos
traumáticos, que no futuro irão potenciar estados de Ansiedade.

Também as diferentes pressões a que somos submetidos diariamente a nível


profissional, social, financeiro e familiar, fazem-nos sentir medo de falhar, o que por si
só, gera estados de Ansiedade que nos condicionam e nos fazem sofrer.
8

8.4 Sintomas físicos da Ansiedade

Batimento cardíaco acelerado;


Pressão no peito;
Dificuldade em respirar;
Tensão muscular;
Suores frios;

8.5 Sintomas psicológicos da Ansiedade

Nervosismo;
Irritabilidade;
Preocupação constante;
Dificuldade de concentração;
Medos sem razão aparente;
Insónia.

8.6 Tratamento para a Ansiedade

A Psicoterapia HBM tem-se mostrado muito eficaz e eficiente no tratamento da


Ansiedade.

90,3% dos pacientes tratados com a Psicoterapia HBM reduziram significativamente o


grau da Perturbação de Ansiedade.

A Psicoterapia ajuda as pessoas que sofrem de Ansiedade a desenvolverem ferramentas


psicológicas necessárias ao controlo das emoções e medos que condicionam o bem-estar
de quem sofre.

A Psicoterapia HBM trabalha das causas da Ansiedade, ajudando as pessoas que sofrem
a superar os medos que sofrem e sofreram no passado.

A Psicoterapia HBM não é só conversa. É um método que ajuda a trabalhar o sistema


emocional, para que as pessoas se libertem das emoções negativas que transportam, tais
como o medo, a dor, a mágoa e a angústia. A intervenção clínica apoiada nas técnicas
que utilizamos permite a alteração desses estados ansiosos. Os psicoterapeutas utilizam
9

técnicas terapêuticas como a Morfese e a Athenese que têm um impacto verdadeiro na


gestão das emoções de forma eficaz.

9 Perturbações de humor

9.1 Definição
Segundo Coordenação Nacional para a Saúde Mental. 2009. Transtorno do humor é
uma condição patológica que apresenta alterações no temperamento e comportamento,
na energia, na forma de sentir, de pensar e reagir. Também chamado de perturbação do
humor, esse tipo de transtorno compromete não apenas o humor, como também a
afetividade e relações sociais.

9.2 Tipos de transtorno do humor

Como foi mencionado anteriormente, não há somente um tipo de perturbação do humor.


Confira a seguir os principais transtornos existentes:

 Depressão – Transtorno do humor que gera um estado de angústia, melancolia,


ansiedade, desânimo, queda de energia, fadiga e falta de motivação. Não deve
ser confundida com os episódios pontuais de tristeza diante dos problemas da
vida.
 Bipolaridade: A bipolaridade, ou transtorno afetivo bipolar, é uma condição
caracterizada pela alternância, muitas vezes súbita, de humor e comportamento.
A pessoa bipolar oscila momentos de depressão e euforia.

 Ciclotimia – Ciclotimia é uma condição que integra o espectro bipolar, sendo


considerada uma forma mais leve de bipolaridade. Chamada também de
transtorno afetivo de personalidade ou personalidade ciclotímica, essa
perturbação do humor mescla períodos de euforia, excitação e hiperatividade
com outros de tristeza, desânimo e inatividade.

 Distimia – A distimia, ou transtorno depressivo persistente, é um tipo de


depressão. Ela tem a intensidade moderada e duração mais longa que a
depressão. Pessoas com distimia são vistas como indivíduos constantemente mal
humorados, o que produz impactos negativos para o convívio social.
10

9.3 Sintomas

Os sinais individuais de cada transtorno do humor já foram mencionados, porém, há


sintomas gerais e comuns que se repetem em todos esses tipos de perturbação. São eles:
alteração na energia, reações desproporcionais diante de fatos estressantes, mudança de
estado de espírito sem razão aparente, perda de interesse em atividades que antes eram
tidas como prazerosas, dificuldade para manter relacionamentos interpessoais saudáveis,
perda ou aumento do apetite, distúrbios do sono, sentimentos negativos, agitação ou
retardo psicomotor, além de prejuízos no desempenho profissional.

9.4 Causas do problema

Os transtornos do humor apresentam causas multifatoriais. Eles podem ter origens


genéticas, psicossociais ou os dois. Perturbações do humor podem acontecer devido
alterações bioquímicas no cérebro, como o déficit no metabolismo da serotonina,
hormônio responsável pela sensação de bem-estar e equilíbrio do humor.Eventos
negativos, como a morte de alguém querido, o desemprego repentino, mudanças físicas,
episódios de doença e términos de relacionamentos também podem provocar o
aparecimento de transtornos do humor.

9.5 Tratamentos

O tratamento para o transtorno do humor pode ser psicoterápico, farmacológico ou


ambos, a fim de aumentar a efetividade. O tratamento farmacológico é realizado através
de medicamentos antidepressivos, enquanto a psicoterapia traz abordagens que visam
melhorar a qualidade de vida do paciente e ajudá-lo a desenvolver diversos recursos
internos para lidar com as disfunções.

10 Recusa Escolar

10.1 Definição
Segundo Institut National de la Santé et de la Recherche Médicale. 2005. A recusa em
ir à escola é um problema que afeta muitas crianças em idade escolar. A criança com
Recusa Escolar sente-se ansiosa, assustada, e por vezes até mesmo em pânico perante
a necessidade de ir para a escola.
11

10.2 Sintomas

Estes sintomas são tipicamente mais frequentes e intensos nos dias de semana, com
maior frequência ao acordar e à hora de ir para a escola, e a sua intensidade tende a
diminuir ao longo do dia.

Estas situações são mais frequentes no início da escolaridade (entre os 5 e os 7 anos) ou


na transição do 1.º para o 2.º ciclo (10-11 anos). À Recusa Escolar da criança está
frequentemente associada a ansiedade de separação dos pais e do mundo que lhe é
familiar e no qual se sente protegido. Nas crianças, o medo e a ansiedade podem ser
expressos por choro, birras, imobilidade ou retraimento.

10.3 As causas

Os motivos que levam a criança a desenvolver Recusa Escolar podem ser muito
variados ou uma associação entre eles. Na origem da recusa em ir à escola podem estar
problemas ou alterações na dinâmica familiar (ex. mudança de casa, nascimento de um
irmão, divórcio dos pais, morte de um familiar, conflitos familiares).

Em qualquer das situações, é necessário que os pais estejam muito atentos, que
consigam perceber que criança precisa de ajuda para ultrapassar esse momento e não
permitam que a situação se prolongue, pois quantos mais dias estiver afastada da escola
mais difícil será o seu regresso.

10.4 sinais de alerta para detectar a Recusa Escolar

 Resistência em levantar-se de manhã para ir para a escola.


 Queixas somáticas frequentes (ex. cefaleias, dores de estômago) sem causas
físicas.
 Preocupação ou angústia excessivas com as suas responsabilidades escolares.
 Faltas à escola ou chegadas tardias às aulas frequentes e não justificadas.
 Ausência em dias significativos (ex. dias de testes, de apresentação de trabalhos
ou a aulas de Educação Física).
12

10.5 Consequências

Quando a situação de absentismo às aulas se prolonga, a criança apresenta


progressivamente maior dificuldade em regressar à escola. É comum instalar-se uma
situação de atraso ou insucesso escolar e, progressivamente, a criança distancia-se dos
colegas e amigos, isolando-se do convívio com eles.

A estas dificuldades graves no funcionamento educacional e social, associa-se ainda o


maior risco que estas crianças têm de desenvolver uma Perturbação de Ansiedade (ex.
Perturbação de Pânico ou Fobia Social) na adolescência ou idade adulta, caso não se
intervenha atempadamente sobre as suas dificuldades.

11 Comportamento suicida

11.1 Definição
Segundo Hughes T, Garralda ME,Tylee A. 1995. O suicídio é a morte causada por um
ato intencional de autoagressão, que é concebido para ser letal. O comportamento
suicida inclui o suicídio consumado, a tentativa de suicídio e a ideação suicida.

11.2 Suicídios consumados ao redor do mundo

Quase 800.000 pessoas morrem por suicídio por ano no mundo.

O suicídio foi a segunda principal causa de morte em pessoas entre 10 e 34 anos de


idade nos Estados Unidos.

Há evidência que sugere que para cada pessoa que morre por suicídio, há muitas mais
que tentam cometê-lo. Essa proporção varia muito entre países, região, sexo, idade e
método.

11.3 Causas

Aproximadamente uma em cada seis pessoas que cometem suicídio deixam um bilhete
que, às vezes, dá pistas para as razões para essa atitude. Os motivos fornecidos incluem
doença mental, sentimentos de desesperança, a sensação de ser um fardo para os outros
e a incapacidade de lidar com os vários estresses da vida.
13

Pesquisas demonstram que muitas pessoas que consumaram o suicídio estavam


vivenciando múltiplos fatores de risco no momento da morte. Entre 85% e 95% das
pessoas que morrem por suicídio têm algum problema de saúde mental diagnosticável
no momento da morte.

11.4 O factor que contribui para o comportamento suicida

11.4.1 Depressão

A depressão, incluindo a depressão que faz parte do transtorno bipolar, está envolvida
em mais de 50% das tentativas de suicídio e em uma porcentagem ainda maior de
suicídios consumados. A depressão pode ocorrer do nada, ser desencadeada por uma
perda recente ou outro evento angustiante, ou resultar de uma combinação de fatores.
Problemas conjugais, prisão ou problemas com a lei recentes, uma relação amorosa
infeliz ou que terminou, desentendimentos com os pais ou bullying (entre adolescentes)
ou a perda recente de um ente querido (sobretudo em idosos) podem desencadear uma
tentativa de suicídio por pessoas com depressão. O risco de suicídio é maior, se a pessoa
com depressão também tiver ansiedade significativa.

11.5 Factores de risco para o comportamento suicida


 Comportamento agressivo ou impulsivo;
 Ser descendente indígena americano, nativo do Alasca ou do sexo masculino;
 Luto ou perda;
 Bullying, intimidação ou assédio moral (por exemplo, bullying cibernético,
rejeição social, discriminação, humilhação, desonra);
 Depressão (sobretudo quando acompanhada por ansiedade, como parte do
transtorno bipolar, ou associada a uma hospitalização recente) e outros
transtornos mentais.

11.6 Antidepressivos e o risco de suicídio

O risco de tentativa de suicídio é maior no mês anterior ao início de um tratamento com


antidepressivos e o risco de morte por suicídio não é maior depois do início do
tratamento. Contudo, os antidepressivos às vezes aumentam discretamente a frequência
de pensamentos suicidas e tentativas de suicídio (mas não de suicídios consumados) em
14

crianças, adolescentes e pessoas jovens. Assim, os pais de crianças e adolescentes


devem ser alertados sobre esse risco, e as crianças e os adolescentes devem ser
monitorados com atenção quanto à presença dos seguintes efeitos colaterais, sobretudo
durante as primeiras semanas depois que eles começam a tomar o medicamento:

 Aumento da ansiedade
 Agitação
 Inquietação
 Irritabilidade
 Raiva

11.6.1 Suicídio por contágio

O suicídio por contágio diz respeito a um fenômeno pelo qual um suicídio parece levar
a outros em uma comunidade, escola ou local de trabalho. Casos de suicídio
amplamente divulgados podem ter um efeito muito abrangente. Os adolescentes e os
adultos jovens são particularmente vulneráveis aos efeitos do suicídio por contágio. É
possível que eles sejam diretamente expostos a ele porque conhecem alguém que
cometeu tentativas ou morreu por suicídio. Além disso, é possível que eles sejam
indiretamente expostos a ele devido a uma cobertura detalhada, sensacionalista e
ininterrupta pela mídia da morte de uma pessoa famosa.

11.7 Prevenção

Ainda que a maioria das tentativas de suicídio ou suicídios consumados sejam um


choque para parentes e amigos, muitas pessoas exibem sinais de advertência. Sinais de
angústia ou pensamentos suicidas que devem ser observados incluem qualquer mudança
no padrão de comportamento habitual da pessoa, como, por exemplo, mudanças no
humor, comportamento, padrão de sono ou nível de energia.

11.8 Controle

Os profissionais de cuidados de saúde levam todo ato suicida a sério, mas o plano de
segurança e tratamento é personalizado para atender à situação da pessoa.
15

Se a pessoa estiver seriamente praticando automutilação, o médico avalia e trata a lesão


e, normalmente, interna a pessoa no hospital. Se a pessoa tiver tomado uma dose
excessiva de um medicamento com efeito possivelmente letal, o médico imediatamente
toma medidas para evitar a absorção do medicamento e acelerar sua eliminação pelo
organismo. A pessoa também recebe o antídoto disponível e cuidados clínicos como,
por exemplo, um tubo de respiração.

Depois da avaliação inicial, a pessoa que cometeu uma tentativa de suicídio será
encaminhada para consultar um psiquiatra, que tenta identificar os problemas que
contribuíram para a tentativa e planeja tratamento adequado.

11.9 Impacto

A morte por suicídio tem um marcante efeito emocional em todos os envolvidos.


Parentes, amigos e médicos podem se sentir culpados, envergonhados e com remorso
por não terem evitado o suicídio. Eles também podem sentir raiva em relação à pessoa
que cometeu suicídio. É possível que eles acabem enfrentando essas experiências
complicadas de luto e lidando com a perda.

12 Transtorno de sintomas somáticos

12.1 Definição
Segundo Graham PJ , 2007. O transtorno de sintomas somáticos é caracterizado por um
ou mais sintomas físicos crônicos acompanhados por níveis significativos e
desproporcionais de angústia, preocupação e dificuldade em desempenhar funções
diárias, relacionadas a esses sintomas.

 A pessoa com transtorno de sintomas somáticos fica preocupada com seus


sintomas e gasta muito tempo e energia com esses sintomas e preocupando-se
com a saúde.
 O médico faz o diagnóstico desse transtorno quando a pessoa continua
preocupada com seus sintomas depois de a possibilidade de haver doença física
já ter sido descartada ou quando a resposta à sua doença física verdadeira for
excepcionalmente intensa.
 Psicoterapia, especialmente terapia cognitivo-comportamental, pode ajudar,
assim como ter um relacionamento de confiança e de apoio com um médico
16

12.2 Sintomas do transtorno de sintomas somáticos

A pessoa com o transtorno de sintomas somáticos fica preocupada com seus sintomas
físicos, sobretudo com a gravidade que podem ter. Para essas pessoas, as preocupações
quanto à saúde são geralmente o foco principal da vida e, às vezes, elas não conseguem
pensar em mais nada.

Os sintomas físicos normalmente começam antes dos 30 anos, às vezes, durante a


infância. A maioria das pessoas apresenta muitos sintomas, mas algumas apresentam
apenas um sintoma grave, normalmente dor. Os sintomas podem ser específicos (como
dor no abdômen) ou vagos (como fadiga). Qualquer parte do corpo pode ser o foco da
preocupação.

A pessoa com transtorno de sintomas somáticos se preocupa excessivamente com os


sintomas e suas possíveis consequências catastróficas. Sua preocupação é
desproporcional aos sintomas. É possível que a pessoa acredite que sensações ou
desconforto normais como, por exemplo, roncos estomacais, estejam sendo causados
por uma doença física grave. Ela tende a pensar o pior sobre qualquer sintoma que
apresenta. Os próprios sintomas ou a preocupação excessiva com eles é angustiante ou
perturba todos os aspectos da vida rotineira. Algumas pessoas ficam deprimidas.

Os sintomas podem diminuir ou piorar, mas eles persistem e raramente melhoram


completamente por qualquer período.

12.3 Diagnóstico do transtorno de sintomas somáticos

 A avaliação do médico, tomando por base critérios específicos

O médico diagnostica o transtorno de sintomas somáticos em pessoas que fazem o


seguinte:

 Apresentam sintomas com os quais se preocupam excessivamente e/ou que


perturbam sua vida rotineira
 Pensam constantemente sobre a gravidade de seus sintomas
 Se sentem extremamente ansiosas em relação à sua saúde ou seus sintomas
 Gastam muito tempo e energia com os sintomas e preocupando-se com a saúde
17

Para determinar se os sintomas são decorrentes de uma doença física, o médico realiza
uma avaliação completa e geralmente faz exames.

12.4 Tratamento do transtorno de sintomas somáticos

 Terapia cognitivo-comportamental

Mesmo quando a pessoa tem um bom relacionamento com o médico de família, ela
geralmente será encaminhada a um psiquiatra. Psicoterapia, especialmente terapia
cognitivo-comportamental, é o tratamento mais eficaz.

13 Perturbações do sono

13.1 Definição
Segundo Searight HR, Rottnek F,Abby SL. 2001 . A insónia constitui uma das queixas
mais frequentes, quer na população geral, quer nos contextos médicos. A Perturbação de
Insónia caracteriza-se pela insatisfação com a quantidade e/ou qualidade do sono,
estando associada à dificuldade em iniciar ou manter o sono e aos despertares precoces
mesmo num contexto adequados para manter o mesmo.

13.2 Sintomas

Este padrão de sono está relacionado com sofrimento significativo e/ou com
dificuldades no funcionamento diurno nas áreas ocupacional, académica,
comportamental e outras.

São comuns queixas diurnas de

 sonolência
 irritabilidade ou labilidade do humor
 humor depressivo ou ansioso
 Dificuldades de atenção, concentração e memória

13.3 Diagnóstico

Esta perturbação do sono pode ocorrer em comorbilidade com outros quadros


psicopatológicos, com condições médicas e com outras perturbações do sono
18

14 As perturbações de eliminação

A Enurese e a Encoprese relacionam-se com a falta de controlo sistemático da urina ou


dos esfíncteres (respetivamente), em locais inapropriados e após a idade em que seria
expectável que este existisse. Manifestam-se com maior prevalência em rapazes e
ambas poderão ser consideradas primária (caso a criança ainda não tenha adquirido a
capacidade de controlo) ou secundária (caso já tenha chegado a controlar por um
período mínimo de 6 meses). Conforme a altura do dia em que ocorrem poderão ser
consideradas diurnas ou nocturnas.

14.1 Diagnostico

14.1.1 Enurese

(Idade cronológica de pelo menos 5 anos). Quando a criança faz xixi involuntariamente
(na cama ou na roupa), pelo menos duas vezes por semana num mínimo de 3 meses
consecutivos

14.1.2 Encoprese

(Idade cronológica de pelo menos 4 anos)

Quando a criança faz cocó involuntariamente em locais indesejáveis (na roupa ou no


chão) mais de uma vez por mês, no mínimo de 3 meses consecutivos

14.2 CAUSAS

A Enurese pode surgir devido a vários factores entre os quais genéticos, hormonais ou
neurofisiológicos. Também problemas do tipo orgânico relacionados com deformações
ou alterações funcionais do aparelho urinário podem levar a esta problemática.

A Encoprese pode estar associada a “prisão de ventre” e a incontinência (incapacidade


de a criança conter). Muitas vezes a primeira está relacionada com factores de ordem
emocional tais como (ansiedade em fazer cocó em determinado local, mudanças
significativas na vida da criança); infamações na região do ânus ou alimentação pobre
em fibras/ excessiva em açúcares e produtos lácteos.
19

15 Transtorno psicótico

15.1 Definição
Segundo American Academy of Child and Adolescent Psychiatry 2007. Transtorno
psicótico diz respeito a um conjunto de problemas de saúde mental graves em que o
doente tem uma perceção distorcida da realidade ou interpreta-a de uma forma diferente
da daqueles que o rodeiam. Este tipo de sintomas, quando são mais severos e
incapacitantes, implicam a terapêutica e a vigilância clínica rigorosos de modo a
permitir que o doente viva o seu dia a dia com os sintomas controlados.

Este grupo de doenças mentais podem afetar algumas capacidades associadas não só ao
raciocínio como às perceções:

 Compreensão da realidade
 Comportamento adequado / apropriado
 Bons juízos de valor
 Raciocínio claro
 Resposta emocional
 Comunicação eficaz

Existem vários tipos de transtorno psicótico, sendo alguns exemplos:

 Esquizofrenia
 Distúrbio bipolar
 Parafrenia
 Transtorno esquizoafetivo
 Transtorno psicótico induzido por substância, como drogas
 Transtorno psicótico causado por outro problema de saúde e que afete o
funcionamento do cérebro, como é o caso de lesões cerebrais ou tumores
cerebrais

15.2 Sintomas do transtorno psicótico

O transtorno psicótico pode ter vários sintomas associados, mas há dois que têm maior
importância: as alucinações e os delírios.
20

15.3 Delírios

Enquanto as alucinações são falsas perceções da realidade, os delírios são falsas


crenças. Isto é, acreditar em coisas que não são reais, como pensar que há alguém ou
algo a conspirar contra si ou até que está a receber mensagens secretas da televisão.

Além disso, a pessoa pode também ter delírios sobre si mesma, achando que é alguém
muito importante (por exemplo, rica e poderosa) ou que consegue ressuscitar outras
pessoas ou controlar o tempo.

Além dos delírios e alucinações, existem outros possíveis sintomas de transtorno


psicótico, como:

 Agir de forma fria e distante, incapaz de expressar emoções


 Discurso desorganizado ou incoerente
 Comportamento anormal
 Raciocínio confuso
 Perda de interesse na higiene pessoal
 Perda de interesse em atividades habituais de lazer ou familiares

15.4 Causas

Alguns problemas / situações identificados como podendo causar psicose são:

 Problemas de saúde físicos, como acidente vascular cerebral, tumor cerebral e


infeção cerebral
 Experiência traumática
 Mudança drástica na vida familiar ou laboral
 Stress
 Consumo de álcool e de drogas
 Efeitos adversos de medicamentos

15.5 Diagnóstico

A recolha do histórico médico e psiquiátrico e um exame físico estão na base do


diagnóstico do transtorno psicótico.
21

Além disso, o médico assistente poderá prescrever alguns exames para excluir outras
doenças ou causas para o problema, como análises ao sangue e exames de imagem
como a ressonância magnética, para obter imagens do cérebro.

Quando não é identificada qualquer causa física que possa explicar os episódios
psicóticos, o médico assistente poderá encaminhar o doente para um psiquiatra, que
usará outros métodos de diagnóstico específicos, determinando assim se a pessoa tem
algum tipo de transtorno psicótico.

15.6 Tratamento do transtorno psicótico

É possível tratar o transtorno psicótico e a maioria dos doentes tem uma boa
recuperação com a adoção do tratamento e do acompanhamento.

O plano terapêutico depende sempre da causa do transtorno psicótico, podendo incluir:

 Medicação: consiste sobretudo em fármacos antipsicóticos, eficazes no controlo


de sintomas como as alucinações, os delírios e até os problemas de raciocínio.
Enquanto alguns doentes tomam antipsicóticos ao longo de toda a sua vida,
noutros pode ser possível ir reduzindo a dosagem e até deixar de tomar quando
há melhoria de sintomas. Regra geral, a medicação é dada na dose mais baixa
possível para cada caso, com o objetivo de minimizar os seus efeitos adversos.
 Psicoterapia

Em casos mais graves da doença, em que o doente pode representar um perigo para si
próprio ou para terceiros ou em que não consegue cuidar de si próprio devido à doença,
pode ser necessária hospitalização.

15.7 Prevenção

Não existem estratégias que possam ajudar a prevenir os transtornos psicóticos.


Contudo, é importante ter em consideração que quanto mais cedo o tratamento for
iniciado, melhor. Esta é a melhor forma de minimizar o impacto que a doença pode ter
na vida do doente.

Pessoas que têm elevado risco de vir a ter transtornos psicóticos - por exemplo, as que
têm histórico familiar destes problemas - devem evitar o consumo de drogas (como a
22

marijuana) e de álcool. Estas medidas podem ajudar a prevenir estes problemas de saúde
mental

16 Conclusão
Na finalização do presente trabalho foi possível notar e compreender que As
Perturbações de Comportamento interferem significativamente com o desenvolvimento
e comportamento nos contextos em que a criança/jovem se insere, causando
dificuldades com o grupo de pares, com a família e com os demais adultos que
participam nas suas vidas, como os professores. São consideradas como o conjunto de
problemas de aprendizagem que afeta a forma como a criança processa a informação,
resultando em adversidades quanto à sua capacidade de falar, soletrar, escutar, ler,
escrever, raciocinar, organizar informação ou realizar cálculos matemáticos,
23

interferindo com o seu desempenho escolar. Ansiedade enquanto perturbação


psicológica torna-se extremamente incapacitante e limitadora.
Também chamado de perturbação do humor, esse tipo de transtorno compromete não
apenas o humor, como também a afetividade e relações sociais.
Há evidência que sugere que para cada pessoa que morre por suicídio, há muitas mais
que tentam cometê-lo. Essa proporção varia muito entre países, região, sexo, idade e
método.

A pessoa com transtorno de sintomas somáticos se preocupa excessivamente com os


sintomas e suas possíveis consequências catastróficas. Sua preocupação é
desproporcional aos sintomas. É possível que a pessoa acredite que sensações ou
desconforto normais como, por exemplo, roncos estomacais, estejam sendo causados
por uma doença física grave. Ela tende a pensar o pior sobre qualquer sintoma que
apresenta. Os próprios sintomas ou a preocupação excessiva com eles é angustiante ou
perturba todos os aspectos da vida rotineira. Algumas pessoas ficam deprimidas.

17 Referências Bibliográficas
1. American Academy of Child and Adolescent Psychiatry. Practice parameters for
the assessment and treatment of children and adolescents with conduct disorder.
J Am Acad Child Adolesc Psychiatry 1997 Oct;
2. World Health Organization. The ICD-10 Classification of Mental and
Behavioural disorders: Clinical Descriptions and Diagnostic Guidelines.
Geneva:World Health Organization; 1992.
3. Coordenação Nacional para a Saúde Mental. Recomendações para a Prática
Clínica da Saúde Mental Infantil e Juvenil nos Cuidados de Saúde Primários.
Lisboa: Alto Comissariado da Saúde, Ministério da Saúde. Disponível em:
http://www.acs.min-saude.pt/wp-content/uploads/
2009/10/cnsm_recpraticaclinicasaudemental_csp.pdf [acedido em 10/10/2009].
24

4. Institut National de la Santé et de la Recherche Médicale. Expertise Collective:


troubles des conduites chez l’enfant et l’adolescent. Paris: Centre d’expertise
collective de l’Inserm, Updated: 2005.
5. Hughes T, Garralda ME,Tylee A. Child Mental Health Problems: a booklet on
child psychiatry problems for general practicioners. London: St. Mary’s C.A.P.;
1995.
6. Graham PJ,Verhulst FC, editors. Child psychiatry: a developmental approach.
4th ed. New York: Oxford University Press, 2007.
7. Searight HR, Rottnek F,Abby SL. Conduct disorder: diagnosis and treatment in
primary care. Am Fam Physician 2001 Apr 15; 63 (8): 1579- -88.
8. American Academy of Child and Adolescent Psychiatry Work Group on Quality
Issues. Practice parameter for the assessment and treatment of children and
adolescents with attention-deficit/hyperactivity disorder. J Am Acad Child
Adolesc Psychiatry 2007 Jul; 46 (7): 894-921.
9. Kutcher S,Aman M, Brooks SJ, Buitelaar J, van Daalen E, Fegert J, et al..
International consensus statement on attention-deficit/hyperactivity disorder
(ADHD) and disruptive behaviour disorders (DBDs): clinical implications and
treatment practice suggestions. Eur Neuropsychopharmacol 2004 Jan; 14 (1):
11-28.
10. Cordinha AC, Boavida J. A criança hiperactiva: diagnóstico, avaliação e
intervenção. Rev Port Clin Geral. 2008 Set-Out; 24 (5): 577-8

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