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Oncobiologia

02-06-2022
Cancer
New, uncontrolled growth of cells
Loss of physiologic control
Less differentiation
Tendency to invade surrounding tissue
Ability to metastasize to distant tissues
“Atypical” cytologic features: hiperchromatism, bizare
mitoses, altered nuclear and or cell size: anaplasia
Rapid growth
Stages of the carcinogenic process
INITIATION PROMOTION PROGRESSION

Malignant
Cell with Carcinoma
Neoplasia
gene(s) in situ
alteration Hyperplasia
Abnormal
growth
O que define o crescimento descontrolado?

Cell cycle
Survival

Morte
celular
O que leva as células cancerígenas a se dividir e
metastatizar sem controle?

Cell proliferation
PROTO- TUMOUR
ONCOGENES
Cell survival SUPPRESSORS
Cell death
Dominante Recessivo
Invasion
Stress resolution
Proto-oncogenes can be activated by genetic
and epigenetic changes affecting either protein
levels or protein structure

Gain of function
• Activating mutation
• Increased number of copies (gene and/or
RNA)
• Increased activity of the protein
Tumour suppressors are inactivated by genetic
and epigenetic changes either protein levels or
protein structure

Loss of function
• Mutated DNA sequence
• Lower number of copies (gene and/or RNA)
• Loss of protein activity
• Gene methylation (epigenetic silencing)
A tumorigénese é um processo de várias etapas

Um gene mutado (oncogene ou supressor de tumor)


pode ser necessário para a formação do tumor, mas
não irá, por si só, causar uma neoplasia
Driver mutations confer
selective advantage and are
biologically relevant
Passenger mutations are
irrelevante to the
carcinogenic process,
Mutational load increases
with progression as a result
of genomic instability
Heterogeneidade intra-tumoral
= Her-2

Allred C. Clin Cancer Res.2008


Quantas células originam um tumor?
Os tumores se originam como entidades
monoclonais que evoluem constantemente
Instabilidade genotípica e fenotípica de
populações de células tumorais

Uma coleção relativamente homogênea de


células (um crescimento monoclonal)
adquire mutações adicionais e modificações
epigenéticas e se torna heterogênea

Esconde a verdadeira origem


monoclonal desta população de células

Heterogeneidade tumoral

O cancro evolui de forma contínua


Evolução clonal do cancro
As unidades em evolução são células individuais competindo umas
com as outras em uma população de células.
Presume-se que as mutações aleatórias criam variabilidade genética
em uma população de células.
Uma vez que uma população geneticamente heterogênea surgiu, as
forças de seleção podem então favorecer o crescimento de células
individuais (e seus descendentes) que por acaso conferem
características vantajosas, que favorecem a proliferação e
sobrevivência no microambiente de um tecido.
Pressupõe que não existe plasticidade fenotípica

Existe plasticidade fenotípica


Cancers 2019, 11, 345;
doi:10.3390/cancers11030345
O microambiente tumoral
As células normais, moléculas e vasos sanguíneos que cercam e
alimentam uma célula tumoral. Um tumor pode alterar seu
microambiente, e o microambiente pode afetar como um tumor
cresce e se espalha.
The tumour microenvironment provides physiologic
support for cancer growth and metastasis

VEGF
PDGF Matrix degrading
ezimes
Originate new (proteases: MMPs,
blood vessels cathepsins)

VEGF, PDGF Tumour –


Supports the antagonizing and
tumour tumour
endothelium promoting!
Major sources of
GFs, angiogenic
Growth factors, ECM VEGF, PDGF factors and ECM
Structural support; Originates remodelling
proliferation, angiogenesis, lymphatic
invasion and metastasis vessels
Heterotypic signalling in cancer

For the common benefit of overall tumour growth


Resumo I
Caracteristicas do cancro
Etapas da carcinogénese
Ganho de função dos proto-oncogenes
Perda da função dos Supressores tumorais
Mutações driver e passenger
Heterogeneidade tumoral
Evolução clonal
Células istaminais do cancro / plasticidade tumoral
Microambente tumoral
Sinalização heterotípica
Reprogramação metabólica
Aerobic glycolysis / Warburg effect (WE)
1950s: Otto Warburg
Altered energy metabolism is the driving force in the formation of cancer cells

The process of aerobic glycolysis operates in a wide variety of cancer cells


(80%), representing one of the many consequences of cell transformation.

• Normal cells use more than 30% of their imported glucose to make ATP,
while cancer cells use only ~1% of their glucose for this purpose

• Increased glycolysis allows the diversion of glycolytic intermediates into


various biosynthetic pathways, including those generating nucleosides and
amino acids; this facilitates, in turn, the biosynthesis of the
macromolecules and organelles required for assembling new cells.
Glycolysis and mitochondria respiration
cytosol mitochondria

O2
OXPHOS
H2O

TCA cycle

2 ATP molecules 36 ATP molecules


Anaerobic
Pyruvate kinase (PKM) splicing
Normal cells

pyruvate pyruvate

Sun Y. Oncology Reports 2012


Oncogene activation supports the glycolytic pathway
GLUT1: glucose entry into the cell

PTEN

PI3K/AKT

MYC HIF1
MONDO

Pyruvate dehydrogenase
Acetyl-CoA

lactate dehydrogenase

lactic acid

MCT4

Extracellular space
Regulation of HIF1alpha
• Transcription factor Hypoxia inducible factor (HIF1α)

Mutations VHL (Von Hippel-Lindau disease tumor suppressor), stabilize HIF1-α


PDH: prolyl-hydroxylase
Overexpression of GLUT1 by cancer cells can
be used for diagnostic

positron-emission tomography

2-Deoxy-2-(18F)fluoro-dglucose

FGD-PET
Summary II
1. Cancer cells reprogram cellular energy metabolism in order to support continuous cell growth and
proliferation (nucleic acid, fatty acid synthesis).

2. This, replaces the metabolic program that operates in most normal tissues and fuels the physiological
operations of normal cells (ATP).

3. Acidification of extracellular space promotes local invasion

4. The driver genes inducing the metabolic switch (MYC, PTEN) etc.. Regulate many other oncogenic processes

5. PET
Papel do sistema imunológico no cancro
The immune system

CD4 CD8
citokines MHCI

citokines
citokines MHCII
Imunidade contra o cancro
A exposição inicial a células cancerígenas mortas imuniza os
1. ratos contra as células vivas originadas no mesmo tumor.

It is by no means inconceivable that


small accumulations of tumour
cells may develop and, because of
their possession of new antigenic
2. potentialities, provoke an effective
immunological reaction with
regression of the tumour and no
clinical hint of its existence.

Macfarlane Burnet, 1957


3.

O sistema imunológico pode reconhecer as células


cancerígenas e eliminá-las. Por que temos cancro?
What makes a cancer immunogenic?
All cells present their proteome in MHC I class
MHC class I presentation

This antigen-presenting mechanism is the


more widespread, since it is used by the
great majority of cell types throughout the
body; these routinely divert a portion of
their recently synthesized protein to the
antigen presenting machinery.

Thymus negative selection of T cells


recognizing self antigens
Immune evasion through suppression of MHC class I expression

CRC
HLA-A

Note that this area of the tumour lost HLA-A staining


Vigilância imunológica do cancro
Um sistema imunológico funcional desempenha um papel importante e
eficaz na eliminação de uma fração significativa de células neoplásicas

anti-CD3 antibody
(T cell receptor)
Oral carcinoma

TIL: tumor infiltrating lympjocyte

Os humanos imunocomprometidos são muito mais suscetíveis do que a população em geral a certos tipos de cancro.
Efeitos do sistema imunológico comprometido na incidência de cancro

Receptores de transplante renal acompanhados até 24


anos após a realização do procedimento de transplante:
72% desses pacientes desenvolveram pelo menos um
tipo de cancro.

Risco três a cinco vezes maior de cancro em pacientes


transplantados.

Pacientes submetidos a transplantes de fígado


comumente desenvolvem novos tumores dentro de cinco
anos após o transplante e início da imunossupressão.

Os humanos imunocomprometidos são muito mais


suscetíveis do que a população em geral a certos tipos de
Metanalysis: pooled data from several studies to calculate the standardized
incidence ratio (SIR)—#of cancer cases observed in immunosuppressed cancro.
individuals and HIV/AIDS patients / # expected in the age-matched general
population.
Imunoedição
• Eliminação: A imunidade inata e adaptativa trabalham para reconhecer e destruir tumores
em desenvolvimento antes que sejam clinicamente aparentes.

• Equilíbrio: as células tumorais ocultas residuais não destruídas na fase de eliminação são
mantidas em um estado de dormência e são editadas para escapar.

• Escape: as células tumorais editadas não são reconhecidas ou destruídas pela imunidade,
crescem, induzem o microambiente imunossupressor. O sistema imunológico não consegue
restringir o crescimento tumoral e as células tumorais emergem causando doença
clinicamente aparente.
Immune evasion through FasL
• T lymphocytes through a two-step process. First, they acquire resistance to killing by FasL, the ligand of the
Fas death receptor. Second, they acquire the ability to produce and release FasL, which allows them to kill
lymphocytes.

melanoma cells can release the FasL-loaded


melanosomes (black) into the extracellular
space, where the FasL trigger the death of Fas-
expressing lymphocytes.
T cell inhibition by PDL1
Immunoevasive strategies used by cancer cells
Strategy Mechanism Agent being evaded
Hide Repress tumor antigens CTL
Repress MHC class I presentation

Inactivation Destroy or antagonize receptors NK cells; CTLs


Induce Treg formation T cells

Induce apoptosis Release soluble FasL CTL


Release IL-10, TGF-β CTL
Dendritic cells
Macrophages
Avoid apptosis Resistance to FasL
Resumo III
• Imunogenicidade tumoral
• vigilância inmunologica
• Estratégias de evasão da resposta inmune
Metastasis
• Metastases are formed by cancer cells that have left the
primary tumour mass and travelled through blood and
lymphatic vessels

• Metastases are seeds from the primary tumour that grow in


new sites throughout the body.

• The metastasis site depends on the type of tumour


-Breast cancers are promiscuous brain, liver, bones, and lungs)
-Prostate tumors are most often seeded to the bones
- Colon carcinomas preferentially form new colonies in the
liver.
• Primary tumour:
responsible for only about 10% of deaths from cancer.

• The remaining approximately 90% of deaths are from


Metastasis
Journey of cancer cells from a primary tumour to a
site of potential metastasis
invasion–metastasis cascade
1. Angiogénese
O crescimento de novos vasos sanguíneos capilares no corpo a
partir dos já existentes. Importante para o desenvolvimento de
tumores macroscópicos de crescimento rápido

• A angiogênese é um processo fisiológico A vasculatura do tumor:


ativo no crescimento embrionário e que • Aberrante
no adulto permanece principalmente • Vasos com ramificação complicada e
quiescente. excessiva, distorcidos e alargados
• Durante a progressão do tumor, as • Fluxo sanguíneo irregular
células neoplásicas secretam VEGF para • Microhemorragia
estimular o brote de vasos novos a partir • Vazamentos
da vasculatura normal -> acesso aos nutrientes e
ao oxigênio transportados pelo sangue -> sobrevida e • Proliferação endotelial anormal
proliferação. • Apoptose endotelial anormal
VEGF: Vascular Endothelial Growth Factor
Angiogenesis
Tumor Normal

Meca-32: endothelial cell antibody


VEGF
• Gene up-regulated by hypoxia and by oncogene
activation.
• VEGF ligands are released from the ECM and activated by
VEGFR is a target of anti-
metalloproteases (MMP9)
• It signals through three different receptors (VEGFR1-3)
angiogenic therapy
VEGF VEGF

Endothelial cell
Angiogenesis is regulated by a counterbalance of factors that
induce or oppose angiogenesis

In general, the levels of activators and inhibitors dictate whether an endothelial


cell will be in a quiescent or an angiogenic state.
Changes in the angiogenic balance mediate the angiogenic switch.
Tumorigenesis and the angiogenic switch. Gabriele Bergers & Laura E. Benjamin. Nature Reviews Cancer 3, 401-410 (June 2003)
2. Invasão
A perda da membrana basal (MB/BM) é o prelúdio para uma eventual disseminação de células do tumor
primário, e serve como marcador prognóstico de doença metastática.

MB (verde): barreira física importante para impedir a invasão local. É uma fonte de vários fatores de crescimento e
sobrevivência que mantem-se sequestrados por ligação covalente a esta matriz. Esses factores são clivados por proteases
associadas secretadas pelas células do microambente tumoral.
Uma vez que invadem o estroma, as células neoplásicas tem acesso direto ao sangue e aos vasos linfáticos e podem ser
estimuladas por fatores que promovem a sua migração (ex. Colagenio II) que lhes-permite entrar nos vasos.
3. Intravasamento e circulação
Movimento através das paredes dos vasos sanguíneos e linfáticospara entrar no lúmen

• Capacidade individual das células ou pequenos


grupos de células de se separarem das suas
vizinhas(EMT).
• Capacidade de entrar por conta própria na
circulação ou
• Capacidade de cooptar células do sistema
imunológico para poder atravessar os vasos.
• Sobreviver o ambiente ativamente hostil da
circulação sanguínea ou menos hostil do
sistema linfático.
Chiang SP, et al.
Células tumorais circulantes (CTCs)
Após o intravasamento, as células tumorais podem ser detectadas como células tumorais circulantes (CTCs)
na circulação sanguínea ou linfática. São consideradas uma medida direta de intravasamento.

• Presumivelmente representam células malignas que irão originar metástases.


• Apenas uma pequena proporção de CTCs pode originar novas colônias
metastáticas com sucesso
• Não se sabe se sua quantidade tem alguma associação com o desfecho da
doença.
Pacientes com tumores primários histologicamente semelhantes de
CTCs (verdes) costumam atrair nuvens tamanho comparável e que experimentam cursos clínicos semelhantes
de plaquetas (vermelhas) ao seu redor,
por isso são frequentemente
encontradas na circulação como tem concentrações comparáveis ou muito diferentes de CTCs em
agregados multicelulares. O tamanho
das CTCs e os agregados celulares sangue -> não existe correlação.
promove a captura nos capilares.
4. Embolismo na microvasculatura

Cancer cell is trapped microthrombus CC-BM direct contact

Dissolution of microthrombus proliferation of CCs invasion (extravasamento)


5. Extravasamento
Quando as células cancerosas escapam do lúmen dos vasos e penetram no tecido circundante

Estratégias:

• os mesmos mecanismos
bioquímicos e celulares que
anteriormente lhes
permitiam invadir a partir do
tumor primário e intravasar.
Exemplo: Liberação de Angptl4 pelas células
cancerosas. Angptl4 induz as células
• Proliferar dentro do lúmen
endoteliais a se retraírem, deixando lacunas
do vaso, criando um nas paredes capilares que facilitam o
pequeno tumor que cresce e extravasamento
eventualmente oblitera a
parede adjacente do vaso.
Angptl4: angiopoietin-like protein 4
6. Micrometástasis
Ambientes de tecidos estranhos (falta de fatores tróficos) -> estresse

Sem suporte fisiológico, as células malignas


podem morrer rapidamente, ou apenas
sobreviver como micrometástases, sem
desenvolvimento posterior ou células
dormentes.

No momento de suas apresentações


clínicas, mais de 30% dos pacientes com
cancro da mama abrigam 100-1000
micromestástases na medula óssea. Só
Dormência: as células cancerosas metastáticas podem
apenas metade dos pacientes desenvolverá
permanecer viáveis por longos períodos de tempo em um
estado dormente sem divisão em locais de tecido estranho. doença metastática.
6. Colonização / macrometastasis

A colonização é a etapa mais desafiadora (a etapa limitante de todo o processo):


Ineficiência metastática

A probabilidade de uma célula cancerígena completar com sucesso todas as


etapas da cascata de invasão-metástase é muito baixa:
• até um milhão de células podem ser semeadas na circulação a cada dia
• as metástases visíveis formadas podem ser contadas nos dedos de uma mão.
Succesive steps of metastasis

Ding D, et al. Oncology Letters 2016.


Resumo IV

• Cascada invasão-metastasis
• Regulação da angiogénese
• Terapia antiangiogénica
• Invasão local e EMT
• Estrategias de intravassamento e extravassamento
• CTCs
• micrometástases/dormência
• Colonização
Vermelho (diapositivos 44-52): tópicos que não tive tempo de explicar e por tanto os detalhes em essas diapositivos
não entram no teste
The cell cycle is a synchronized process
G0 growth factors

Mutations in cell cycle


regulators contribute to cancer

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