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Colocar Raul sob controle das inter-relações entre os três termos das
contingências de reforçamento;
Torná-lo consciente da história de contingências que produziu padrões
de comportamentos adequados e inadequados e da influência de tal
história (via generalização ou relações de equivalência) sobre a função
das contingências atuais, tanto as que geram fuga-esquiva e ansiedade,
como aquelas que produzem comportamentos reforçados positivamente
e bem-estar;
Desenvolver repertórios de comportamentos de interação social que
produzam reforçadores positivos, de tal forma que não sejam
associados a reforçamento negativo;
Prover reforçadores positivos sem atentar para as contingências, exceto
não os tornando contingentes a comportamentos inadequados;
Há mais de dez meses Raul não tem nenhum ataque de pânico. Tem
relatado progressivamente menos crises de sintomas, os quais têm enfrentado
e eliminado usando procedimentos desenvolvidos com ele durante o processo
terapêutico. Dr. Mauro vem reduzindo sistematicamente sua medicação, sem
que com isso tenha ocorrido qualquer piora dos sintomas.
- Estou morando sozinho. Avisei minha mãe que ela deve vir à minha
casa apenas quando a chamar. Ela costuma invadir meu espaço e fico inibido”
(comportamento de fuga-esquiva).
Raul começou a dar aulas em um curso preparatório para concursos.
Não
sentiu nenhum ‘sintoma’ durante as aulas, pelo contrário, disse: ‘Senti-me
muito bem. Acho que nasci para isso...; É a coisa que mais adoro fazer
atualmente. Saí realizado da aula. Feliz da vida. Realmente eu tenho salvação:
preciso da terapia e das aulas” (comportamentos mantidos por reforçamento
positivo). Aprendi uma coisa: se estou com sintoma, saio com um amigo e o
sintoma some. Se estiver com sintoma: vou dar aula ele some.
Dr. Hélio, a oportunidade que você me deu de dar aulas para seus
alunos foi de um valor incrível para mim. Sabia muito bem do que eu estava
falando e me tocou a atenção que os alunos e psicólogos me deram.
No curso em que dou aula, tenho tido oportunidade de desenvolver
autoconfiança: os alunos dizem que sou bom professor, que entendem tudo
que eu explico, que adoram exemplos que dou. Esporadicamente, alguém me
diz que sou simpático, que gosta do meu jeito alegre de ser. Nestes exemplos
eles estão reforçando eu mesmo, não meus comportamentos. É por aí que vou
melhorar minha autoestima. Estou correto?
- Nas aulas que dei para seus alunos, me senti competente e me senti
querido. É ali que posso desenvolver autoconfiança e autoestima.
Vou para casa feliz da vida. Nessas horas, nem me lembro que um dia
tive sintomas.