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Revista Recuperar Ed43
Revista Recuperar Ed43
GLOSSÁRIO
Figura 1 - Monitorando
a corrosão dentro de
uma viga caixão de uma
ponte.
Os efeitos do aumento
da despesa no controle
Joaquim Rodrigues de uma estrutura.
O controle da corrosão
Em nossa vida diária, já não se toleram paralizações devido a corrosão, especialmente
aquelas que envolvem interrupções não programadas, tragédias com pessoas ou fatalidades.
O conceito de estruturas de concreto armado/protendido inteligentes, felizmente, já existe.
Qual é o governo, seja do Brasil, dos EUA tura após a surgência de problemas é tão “os sintomas de corrosão só se manifes-
ou de qualquer outro país que não gasta, estúpida quanto ignorante, pois expõe a tam após uma ou duas décadas de uso”.
anualmente, grandes valores em obras de vida e o bolso do usuário de forma expo- A linha de conduta, hoje, em plantas indus-
estruturas sintomáticas por corrosão? Ocor- nencial. Numa crítica relâmpago, poder-se- triais, pontes ou edificações comuns infeli-
re que, na engenharia civil e na indústria da á afirmar que análises feitas apenas entre zamente não passa de “inspeções” basea-
construção, aqui no Brasil, corrosão é uma longos períodos sempre conduzem a con- das sempre em sintomas terminais que con-
“desgradável surpresa” baseada no here- clusões incompletas ou mesmo enganosas. duzem a situações do tipo “para ou não”
ditário “teste de São Tomé”. Efetivamente, Na verdade, torna-se difícil argumentar ou uma estrutura. Sem comentários.
pois temos exemplos catastróficos. A téc- convencer técnicos e dirigentes da impor- Monitorar a corrosão significa medir o seu
nica de se analisar ou “controlar” a estru- tância do controle das estruturas, já que desenvolvimento e os danos conseqüen-
tes por um longo período de tempo e, fre-
qüentemente, envolve um ganho de infor-
mações que possibilitam um profundo co-
nhecimento de como e porque a velocida-
de da corrosão, na estrutura, oscila em fun-
ção do tempo. (O Instituto de Patologias
da Construção dispõe de apostila sobre o
tema “O controle da corrosão através de
inspeções e monitoramento. Escrita em in-
glês, com 109 páginas. Custa R$ 15,00, já
Figura 2 - Programa de com despesas de correio. Os tópicos desta
controle de uma
estrutura.
apostila são: introdução, inspeção, evolu-
ção do controle, monitorando e gerencian-
A técnica do potencial
Almofada
com esponja
da armadura
Figura 3 - O detalhe da
superfície do “prato de
A técnica de controle da corrosão mais sim-
eletrodos”, que facilita Anel de proteção
Eletrodos de
ples é a medida dos potenciais das armadu-
Eletrodo
muito a análise. auxiliar
referência
ras com a semi-pilha, cujos procedimentos
e interpretação são descritos na ASTM
do os danos da corrosão, sensibilização da desintegração, seja pela simples presença C876 e nas RECUPERAR 6, 37, 38, 39, 40 e
corrosão com fibras óticas e ensaios não de água dentro do concreto, seja por fato- 41. A base desta técnica recai no fato de
destrutivos). res acelerantes como o ingresso de íons ati- que o potencial de corrosão das armaduras
Equipamentos de controle de corrosão, hoje vos, como os cloretos ou pela diminuição mudará, na direção negativa, se sua super-
disponíveis, atestam a evolução do proces- de sua alcalinidade (pH) devido à reação fície mudar de um estado passivo inicial sem
so, orientando para serviços de recupera- do hidróxido de cálcio, presente no concre- corrosão para um estado de corrosão ati-
ção eficazes e por que não dizer, insignifi- to, com o dióxido de carbono atmosférico, vo. Os resultados desta técnica são quali-
cantes, no que diz respeito a custos. processo este chamado carbonatação. É tativos, sem qualquer informação a respei-
O conceito “estruturas de concreto arma- bom lembrar que corrosão é a desintegra- to da verdadeira velocidade de corosão da
do/protendido inteligentes” já é uma reali- ção do aço pela reação com seu ambiente. armadura. É interessante ressaltar que nem
dade lá fora, exatamente pela absorção do A verdade, bem sinistra por sinal, é que uma sempre potenciais muito negativos repre-
conceito de controle com o uso de equipa- vez iniciada a corrosão nas armaduras, este sentam alta velocidade de corrosão, já que
mentos que, efetivamente, atestam a estru- processo de desintegração do aço é abso- poder-se-á ter pouca ou nenhuma difusão
tura. Trata-se de uma evolução lógica. lutamente auto-sustentável, sendo que, o de oxigênio, seja pelo fato do concreto, na-
volume dos produtos de corrosão é maior quela área, estar saturado d´água ou modi-
A corrosão do que o volume do aço consumido, con- ficado com polímeros, o que asfixiaria as
duzindo o concreto protetor a um processo reações catódicas adjacentes.
Teoricamente, armaduras dentro de um am- de desintegração bem conhecido por todos
biente chamado concreto, de boa qualida- nós. As técnicas de polarização
de, não devem corroer. Sua alta alcalinida- A partir dos anos 80, foram introduzidos
de, algo em torno de 12, dá à superfície do novos conhecimentos e maior domínio so- A seguir, apresentamos as duas técnicas
aço a condição que chamamos de passiva- bre o processo de corrosão no concreto ar- que, efetivamente, controlam o processo de
ção, a qual reduz as chances de sua auto mado, surgiram então os primeiros supere- corrosão nas armaduras. Ambas as técni-
Figura 4 - Valores da velocidade da corrosão, potenciais de
corrosão e resistividade do concreto medidos com o GALVAPULSE
em um pé pilar de um viaduto. A velocidade média de 19mA/cm2
corresponde a uma perda de seção transversal anual de cerca de
200 micrômetros ou de 0,2mm.
VELOCIDADE DE CORROSÃO
GRAU DE CORROSÃO Densidade de Corrente Perfuração
µ A/cm 2 µ m/ANO
RECUPERAÇÃO CA
TÓ
DI
ESTRUTURAL
CA
Fax consulta nº 03
Não faça recuperação sem ela!
A resistência de
polarização (RP) com o
GECOR
Fax consulta nº 04
RECUPERAR • Setembro / Outubro 2001 9
equipamento analisa então o potencial ele- variações na velocidade de corrosão entre
GLOSSÁRIO
troquímico resultante na armadura testa- áreas ativas e passivas.
da em função do tempo de polarização im- O monitoramento da velocidade de corro- Potencial de circuito aberto - O potencial da
posto. são, portanto, promove a mais profunda armadura medido em relação à semi-pilha, sem que
haja corrente circulando.
O GALVAPULSE, da mesma forma que o visualização da situação das armaduras de Densidade de corrente - Corrente elétrica de
GECOR, é fornecido com “prato de eletro- peças de concreto armado e protendido ou para uma unidade de área da armadura.
Potencial do eletrodo - É o potencial do aço,
dos” e anel de proteção. Em recente traba- fornecendo, a partir do início da vida da
por exemplo, em um eletrolito como o concreto,
lho de pesquisa efetuado por pesquisado- estrutura, se possível, um aviso do proces- medido contra um eletrodo de referência.
res suecos e alemães, atestou-se a excelen- so de corrosão que poderá se instalar, utili- Pilha ativa-passiva - Uma pilha de corrosão na
qual o anodo é uma região do aço (por exemplo) no
te qualidade dos dois equipamentos. zando-se estes dados para recuperar, de for- estado ativo e o catodo é uma outra região do aço
ma precisa, à estrutura e avaliando-se tam- no estado passivo.
Conclusão bém a efetividade do tratamento. Curva de polarização - Um gráfico de potencial
versus densidade de corrente do aço para uma
Fax consulta nº 06 combinação específica aço/eletrolito.
As medições são feitas em intervalos de Inclinação de Tafel - A inclinação da região reta
Para ter mais informações sobre da curva de polarização, usualmente para valores
aproximadamente quatro meses. Os íons
Corrosão. superiores a 50mV do potencial de circuito aberto,
cloretos, agentes aceleradores do proces- quando a curva é apresentada em um gráfico semi-
click aqui:
so de corrosão, principalmente pelo fato de logarítmico em termos de volts por ciclo logarítmico
http://www.recuperar.com.br de densidade de corrente (comumente relacionado
aumentarem a condutividade elétrica da
como volts por década).
água, far-se-ão notados pelo volume de cor-
REFERÊNCIAS
rosão provocado.
• Klinghoffer, D. “Assessment of reinforcement
O resultado proveniente das medidas é pos- • Joaquim Rodrigues é engenheiro civil, membro de corrosion by galvanostatic pulse tecnique”.
to em um gráfico velocidade de corrosão, em diversos institutos nos EUA, em assuntos de patolo- • Wietek, B. “Monitoring the corrosion of steel in
micrômetros de perfuração por ano versus gia da construção. É editor e diretor da RECUPE- concrete” F.I.P. Symposium ou post-tensioned
RAR, além de consultor técnico de diversas empresas. concrete structures.
tempo ou na forma de densidade de corrente • J.L. Dawson et al., Corrosion of Reinforcement in • Elsener, B. Potential mapping and corrosion steel in
versus tempo, utilizando-se cores de modo Concrete. concrete ASTM STP 1065.
a se ter uma perfeita visão do processo, par- • J.P. Broomfield et al, Materials Performance. • Macdonald, D.D. “Determination of the polarization
ticularmente pelo conhecimento de grandes • Stern M., Geary A., J. Electrochem. Soc. 104. resistence of rebar in reinforced concrete”.
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Fax consulta nº 05
O uso de endurecedores de
superfícies após a acabadora
mecânica, além dos aditivos
usados no concreto poderão
afetar a aplicação ou a perfor-
mance de um piso epóxico
posterior?
GLOSSÁRIO
Pisos de concreto
O uso de aditivos no concreto ou o posterior uso de endurecedores pode afetar a adesão do
piso epóxico?
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Os endurecedores de superfície
Piso modificado
com endurecedor,
penetrando de 2 a 30mm. Esquema do Além de incrementarem substancialmente
piso final após
o tratamento. a resistência superficial do piso também
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Limpeza
Após a preparação da superfície, toda a nata
superficial deverá ser removida, assim como
as eflorescências ou qualquer outra conta-
minação. Se houver qualquer dúvida sobre
contaminação por ácido, dever-se-á testar
agem como agentes de cura. Não há, até a o pH da superfície. Caso se constate valo-
presente data, qualquer informação que res inferiores a 8, poderá haver contamina-
associe um comprometimento da futura ção por algum ácido ou sal ácido.
adesão com o uso prévio de endurecedo-
res de superfície. Textura
É muito relativo o termo “textura ótima” para
Eliminando qualquer possibilidade receber uma tinta ou sistema epóxico de
proteção. Entretanto, não deixa de ser um
A melhor maneira de eliminar possíveis efei- belo parâmetro ou indicador da efetiva pre-
tos negativos dos aditivos utilizados no paração da superfície. Claro que se a textu-
concreto, na adesão com o futuro sistema ra obtida com a preparação for igual a exis-
de proteção é seguir etapas bem definidas tente no início dos trabalhos, dever-se-á
de preparação das superfícies, de modo a levantar suspeitas.
garantir a melhor limpeza, textura, resistên- Se a superfície ainda retém o liso original
cia e secagem para a superfície. As etapas característico da acabadora mecânica, cer-
são: tamente ainda apresenta-se inadequada (su-
Fax consulta nº 10
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Resistência
A maioria das referências e especificações
citam a resistência do concreto à compres-
são como parâmetro abalisador, atribuindo
um mínimo de 28MPa após 28 dias de cura.
A química do epóxi, durante
seu tempo de endurecimen-
É interessante relatar, no entanto, que a
to, é extremamente adesão e a performance do sistema ou pin-
vulnerável a qualquer tura de proteção só quer saber da resistên-
surgência de umidade no
concreto. cia superficial a ser oferecida, isto significa
que poder-se-á ter uma resistência à com-
pressão ótima de 30MPa e uma resistência
superficial ou de adesão virtual igual a zero,
O conhecimento do concreto
utilizado no piso, uma preparação
adequada da superfície e o
conhecimento da presença de
umidade dinâmica são fundamentais.
O acabamento do epóxi é
incontestável.
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Michelle Batista
De um modo geral, utilizam-se pinturas em inibir a atividade metabólica do microor- • Serem específicos para o microorganismo
forma de barreiras e proteção catódica para ganismo. em questão e a existência de biofilmes.
o tratamento da corrosão. A proteção por • Mudando as características do meio onde • Possuírem ação inibidora diante de ou-
barreira já foi bastante comentada em edi- se desenvolve o processo de corrosão, tras substâncias presentes no meio, em
ções anteriores da RECUPERAR. Com rela- de modo a torná-lo inadequado ao de- condições similares de temperatura e pH,
ção à proteção catódica, os números 37 e senvolvimento dos microorganismos. Por não podendo desenvolver tolerância por
38 falam bastante a respeito. Do ponto de exemplo, impondo aeração, no caso de parte do microorganismo.
vista microbiológico, o problema deve ser bactérias anaeróbicas. • Não desenvolver qualquer tipo de ação
resolvido com base nas seguintes estraté- corrosiva no ambiente.
gias: Existe uma quantidade formidável de bioci-
• Adicionando-se biocidas (substâncias das oxidantes e não oxidantes no mercado. Biodispersantes, usualmente moléculas não
bactericidas ou bacteriostáticas) e biodis- Deve-se, portanto, exigir que cumpram de- iônicas, são um exemplo bastante interes-
persantes ao meio, de modo a destruir ou terminados requisitos obrigatórios. Entre sante pois as moléculas formadoras destas
eles: substâncias adsorvem na superfície do aço
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GLOSSÁRIO
BIOCIDAS
Gatos ainda possuem 7 vidas,
mas águas de processamento e produtos industrializados não.
Para liquidar algas, fungos e bactérias
que afetam seu sistema use biocidas BIOCOM.
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Microfotografia de “fios” retorcidos de hidróxido de
ferro, subproduto da bactéria oxidante do ferro
24 Tubérculos destes fios causam biocorrosão. RECUPERAR • Setembro / Outubro 2001
(galionela).
de forma mais rápida e eficiente que os po- como os clorofenóis, poliaminas e as subs- fontes de enxofre para o caso dos tioba-
límeros formadores do biofilme. Reduzin- tâncias provenientes do boro. cilus.
do o tamanho dos pontos de contato do Uma outra estratégia de tratar os microor- • Modificação da concentração de oxigê-
biofilme com a superfície, os dispersantes ganismos e sua ação corrosiva, consiste nio, para o caso das bactérias anaeróbi-
promovem seu descolamento desestabili- na transformação das características do cas. A aeração tem sido uma excelente
zando-os. meio, tornando-o modificado ao desenvol- estratégia para interromper o crescimen-
No tratamento da BRS, utiliza-se corriquei- vimento das bactérias. Diversas formas to deste tipo de bactérias.
ramente cromatos, já que comportam-se são propostas: • O pH apresenta limites para determinar
como bons inibidores de corrosão. Os sais • Remoção dos nutrientes essenciais à tipos de bactérias. Geralmente um pH me-
de cobre são excelentes biocidas, assim bactéria, por exemplo, removendo-se as nor que 5 pode inibir o crescimento de
A biocorrosão atua
literalmente em todas as
áreas industriais,
particularmente em
estruturas offshore.
HOSPITAIS TANQUES
Laje
protendida
reforçada com Use Tecnologia.
Em defesa dos
adesivos epóxicos
Mudança do módulo
de elasticidade na
região da TDC.
GLOSSÁRIO
Polímeros - Materiais com altíssimo peso molecular, formados a partir de pequenas moléculas submetidas à
ligações covalentes que permitem a ligação entre elas. Polímeros podem ser feitos com apenas um tipo ou com
diversos tipos de molécula. As propriedades dos polímeros, sejam borrachas, plásticos, fibras ou adesivos são
baseadas em seu alto peso molecular, grande tamanho de moléculas e a ligação entre estas cadeias individuais
em uma forma volumosa. Cadeia ou rede de unidades repetidas combinadas quimicamente, formadas a partir de
monômeros pela polimerização.
Tensão - Força por unidade de área, usualmente expressa em kg/cm2 ou MPa.
Módulo de elasticidade - Se em uma peça de concreto de dimensões fixas, com comprimento igual a unidade
e de seção igual a unidade, aplicarmos uma tensão de tração muito pequena T, haverá um alongamento em seu
comprimento de C. Tão logo se suprima a tensão, o comprimento volta ao valor inicial. A relação T/C é, por
definição, o módulo de elasticidade. É o coeficiente angular da reta que constitui o diagrama tensão-deformação.
Fax consulta nº 29
RECUPERAR • Setembro / Outubro 2001 www.pcsystems.com.br 29
pcsystems@infolink.com.br Fax consulta nº 30
Tel/Fax: (21) 2484-2287
Propriedades que
O epóxi e o calor excessivo caracterizam o epóxi
Os epóxis são maus condutores de ca- Já o coeficiente de dilatação do aço é
lor. A capacidade de armazenar calor é muito menor que o dos polímeros epó- Nos trabalhos de reforço estrutural com
avaliada pelo seu calor específico, que xicos. Isto é explicado pelo fato de que PAF, o adesivo epóxico torna-se parte inte-
é a quantidade de energia térmica ne- nos polímeros epóxicos os segmentos grante da “armadura” de reforço, transfe-
cessária para elevar 1ºC à unidade de macromoleculares são unidos por liga- rindo tensões sem aquele efeito constante
massa do material. O aço apresenta va- ções covalentes, muito mais pronuncia- da histerese. Adesivos epóxicos que te-
lores abaixo de 0,1cal/gramaºC, en- das que as ligações iônicas, próprias do nham sido tensionados por longos perío-
quanto que os polímeros epóxicos em aço. O polímero epóxico é um mau con-
dos de tempo não retornam à sua forma ori-
torno de 0,5. Por comparação, o calor dutor de eletricidade. Seu módulo de
específico da água é 1cal/gramaºC, elasticidade é medido pela razão entre ginal, imediatamente após o alívio desta
muito superior aos materiais emprega- a tensão e a deformação, dentro do li- tensão atuante, pois um processo de rela-
dos na engenharia civil. mite elástico em que a deformação é xação precisa ocorrer antes que o adesivo
Sua expansão térmica é avaliada pelo totalmente reversível e proporcional à retorne completamente à sua dimensão ori-
seu coeficiente de dilatação térmica li- tensão. Aplica-se tanto à tração quanto ginal. Esta demora no retorno à forma origi-
near, que é o alongamento relativo da à compressão, referindo-se à área trans- nal é chamada histerese. Poder-se-á dizer
peça por unidade de temperatura. É versal no início do ensaio. que é a memória do epóxi para uma determi-
expresso em ºC–1 e pode ser determi- O alongamento na rutura representa o nada propriedade que, dependente do seu
nado pelo método ASTM D696. Os ade- aumento percentual do comprimento da
estado anterior. Os adesivos epóxicos utili-
sivos epóxicos têm coeficiente de dila- peça sob tração, no momento da rutu-
tação térmica de 2 a 5 vezes superior ra. A dureza mede a resistência ou a zados nos reforços com PAF devem ter alto
ao concreto (9 x 10-6 mm/mm/C°). penetração ao risco. módulo e, obrigatoriamente, alta tempera-
tura de deflexão ao calor (TDC), de modo a
oferecer a necessária resistência à fluência
(creep) e, melhor ainda, ao cizalhamento. O
epóxi, assim como o concreto e o aço, tam-
bém sofre mudanças fundamentais, à medi-
da que sua temperatura ultrapassa uma cer-
ta temperatura característica de todos os
Propriedades físicas polímeros, a chamada temperatura de tran-
típicas entre concreto e sição vítrea (Tg). Cada sistema epóxico tem
adesivos epóxicos rígidos
e flexíveis. uma TDC bem definida e uma Tg específi-
GLOSSÁRIO
A verificação da resistência de aderência entre a superfície do concreto refor- Resistência de aderência e o tipo de ruína (ASTM C881) de
çado e a manta de fibra de carbono. A qualidade da aplicação, invariavelmen- um adesivo rígido com TDC~160ºC, em função da tempera-
te, indica o rompimento no concreto, abaixo da interface de colagem. tura.
A medição da Tg é feita com equipamento No entanto, há um teste bastante rápido e do valor real da Tg. Este teste, primeira-
sofisticado, segundo norma ASTM D-3418. prático que oferece excelente aproximação mente, estabelece a TDC para caracterizar
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Fax consulta nº 31
Fax consulta nº 32
GLOSSÁRIO
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Use Tecnologia.
Fax consulta nº 35